Acidentalmente Apaixonados escrita por Lara


Capítulo 10
Acidentalmente Apaixonados




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"A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande.”

Roger Bussy-Rabutin

Seis meses se passaram desde que assumi o posto de capitão do time e derrotei Jasper naquela partida treino na escola. Apesar de ter sido divertido saborear o gosto da vitória e a expressão incrédula do jogador ao perceber que apesar de todas as suas tentativas de me atrapalhar, a partida também me possibilitou visualizar mais da força física, trabalho em equipe e conhecimento das regras dos Bulldogs.

Ainda hesitantes, depois do placar de vinte e três a trinta e cinco e a confirmação de todos que eu tinha conhecimentos e habilidades suficientes para levar o os Bulldogs ao NCCAA Football, os jogadores passaram a aceitar melhor as minhas orientações e estratégias, inclusive Jasper, que, por termos toda a escola como testemunha, não teve escolha além de cumprir com o nosso acordo.

A partir disso, passamos a concorrer com os outros times no campeonato regional. Por causa dos baixos resultados nas temporadas anteriores, diferente da maior parte dos outros times, nós tínhamos que vencer todos os jogos e contar com a sorte para ter a chance de participar do NCCAA Football. Por isso, passamos a treinar intensamente, sem folga nem mesmo no fim de semana, feriados ou dias de chuva. Nem mesmo o frio nos impedia de praticar nossas jogadas.

Aos poucos, todos passaram a ter um certo engajamento. Alguns jogadores que não se encaixavam no perfil de jogadores que precisávamos saíram e outros entraram com o desejo ainda mais intenso para alcançar o campeonato nacional. Com muita persistência, os Bulldogs voltaram a se tornar um nome a se temer pelos adversários.

De alguma forma, eu ganhei a confiança e o respeito dos outros jogadores. Mesmo Jasper, em algum momento, teve que dar o braço a torcer e passou a acatar meus pedidos sem ser por obrigação e sim porque confiava que essa era a melhor decisão para o time. E assim, conquistamos a vitória do campeonato regional e a vaga para participar do NCCAA Football.

E então veio o início da temporada regular, uma corrida de 12 jogos em que os times lutam pelas quatro primeiras posições no ranking geral para conquistar uma vaga nas eliminatórias. Uma disputa em que uma derrota pode ser suficiente para tirar a chance de título de alguma escola. Era tudo ou nada. E todos os jogadores dos Bulldogs sabiam disso.

Jogo após jogo, passamos a dar o nosso melhor. Vitória após vitória, chegar as finais do maior campeonato escolar de futebol americano do país deixou de ser um sonho para se tornar uma possibilidade. Passamos a ter maior visibilidade e até mesmo a conquistar mais fãs. Amando ou odiando os Bulldogs, era inegável que alcançamos a nossa melhor forma.

Mas enquanto eu permanecia cada vez mais próximo do meu objetivo, mais distante eu ficava de Cassidy. Não que tivesse sido proposital. Nenhum dos dois esperava por isso. Só que era difícil continuar a viver como se fôssemos a sombra um do outro quando ela continuava a trabalhar no Loco’s e havia se tornado uma das líderes de torcida titulares.

Eu estava me dedicando por completo aos Bulldogs, então nós só nos encontrávamos nas aulas que tínhamos juntos. Quando precisávamos fazer algum trabalho em grupo, eu acabava enviando a minha parte separada, porque meu único tempo livre era de madrugada. Eu sentia falta de nossas constantes trocas de mensagem e às vezes a saudade era tão dolorosa, que durante a noite eu ligava apenas para ouvir sua voz.

Infelizmente, sempre um dos dois acabava dormindo antes que a conversa pudesse ser prolongada ao ponto de diminuir um pouco a falta que sentiam um do outro. Estávamos tendo dias cansativos, então era natural que isso acontecesse.

E quando o aperto em meu peito me pegava de jeito e me fazia questionar o motivo de estar abrindo mão de tantos momentos ao lado de Cassidy, eu me lembrava de nossa promessa. Chegar as finais ao NCCAA Football significava dar a Cassidy a justificativa que ela precisava para superar o receio que ela sentia dos seus sentimentos por mim e isso me dava forças para continuar dando o meu melhor para alcançar o nosso objetivo.

Durante o tempo em que disputávamos o campeonato nacional, Trevor Howard foi autorizado pelos médicos a voltar a jogar. No entanto, os Bulldogs já estavam tão envolvidos com a meta de vencer o NCCAA Football e acreditavam tanto em minha liderança, que ficou decidido que ele poderia retornar a equipe para ajudar a equipe a ganhar, mas que eu permaneceria como capitão e quarterback dos Bulldogs, enquanto ele seria o running back.

Com a sua velocidade em campo, ele era perfeito para se tornar o corredor do time. Trevor ficaria responsável por receber a bola de minhas mãos e buscar conquistar as jardas necessárias atravessando a defesa pelo meio ou pela lateral. Também iria receber a bola por meio de lançamento, servindo como válvula de escape para mim quando eu estivesse sendo pressionado. Sua experiência somada a minha nos tornava uma excelente dupla para destruir a defesa dos adversários.

— Ei, Dallas, já falou com a Cassidy? - Comenta Trevor, tirando-me dos meus devaneios, enquanto encarava a última foto que tirei com Cassidy na tela do meu celular.

Desvio o olhar do aparelho e encaro o rapaz com um leve sorriso nos lábios e balanço a cabeça, negando. Trevor, assim como todo o restante do time sabia que o meu principal motivo de ter aceitado entrar para a equipe foi para conquistar o título de namorado de Cassidy Turner. Claro que eles me provocaram bastante e riram as minhas custas, mas no fim, decidiram que perturbar o capitão da equipe e, teoricamente, o treinador, não era uma boa ideia, então depois de alguns treinos pesados, eles perceberam que não importavam os meus motivos e sim as minhas técnicas que nos levariam a vitória.

— O celular dela está estragado e como estamos de férias, não conseguimos nos encontrar nas aulas. Os treinos das líderes de torcida estão tão pesados quanto os dos Bulldogs. – Respondo e ele dá uma risada anasalada.

— Parece que a sorte não está muito a seu favor. – Trevor rir e se encosta no armário ao lado do meu. – Se eu não me engano, vocês nem mesmo conseguiram conversar no último jogo.

— Sim. – Suspiro e dou um fraco sorriso, ainda encarando a foto do meu celular. – Ficar longe dela tem sido uma tortura. Nós sempre nos desencontramos e sem celular, nem mesmo conseguimos nos comunicar.

— Ei, Miller! Você parece nervoso. O que foi? Acha que não consegue só porque estamos na final do NCCAA Football? – Provoca Jasper e eu o encaro com um sorriso desafiador.

Sim. Nós tínhamos chegado as finais do campeonato e de certa forma, cumprido com a promessa de levar os Bulldogs as finais do campeonato juvenil, então eu já poderia me considerar o namorado de Cassidy. No entanto, ainda havia uma parte orgulhosa minha que me dizia que essa promessa só se cumpriria se eu levantasse a taça de campeão com o time.

— Por quê? Eu não tenho esse direito? – Pergunto, colocando o celular dentro de minha mochila dentro do armário. Encaro o jogador com um sorriso convencido nos lábios. – Que eu me lembre, fui eu que estipulei a meta de chegarmos até aqui e obriguei todos vocês a conhecerem o inferno durante os nossos treinos exaustivos.

— Realmente. Você fez um excelente trabalho como o diabo. Até mesmo nos fez decorar cada uma das inúmeras regras do futebol americano, enquanto fazíamos polichinelos debaixo de uma forte tempestade. – Comenta Richie com humor. Ele havia ganhado bastante confiança em si mesmo nos últimos seis meses e não parecia em nada com o garoto tímido do banco de reserva que conheci. Agora ele ocupava a posição de linebacker da equipe.

— Era necessário. Vocês não sabiam nem mesmo as regras básicas do esporte. – Afirmo, rindo enquanto fecho a porta do armário.

— Dallas, cinco minutos! – Karen entra no vestiário e me encara com ansiedade. O professor Russ e o treinador Carson a acompanhavam junto do restante da equipe de suporte aos Bulldogs.

— Parece que está na hora de fazer aqueles clichês de discurso motivacional para fazer vocês jogarem direito. – Brinco, rindo um pouco. Ouço algumas vaias e comentários idiotas dos jogadores, mas logo volto a prestar atenção em cada rosto presente no vestiário.

Todos sorriam com ansiedade. Era um sentimento inexplicável. Chegamos aonde tanto desejávamos e enfrentaríamos uma equipe muito forte. Os Crimson Tide eram conhecidos por ganharem esse campeonato por três anos consecutivos. Eles possuem jogadores fortes e rápidos. A defesa é quase impenetrável. E era exatamente por isso que eu havia previsto assim que entramos no campeonato.

— Certo, agora falando sério, apesar de todos os desentendimentos que tivemos quando tudo isso começou, eu tenho que confessar que eu me sinto muito feliz e orgulhoso por poder dizer que sou o capitão dos Bulldogs e que tenho vocês como meus companheiros de equipe. – Começo meu discurso e posso ver os sorrisos de todos se alargarem. – Não foi fácil chegar as finais. Todos nós demos o nosso sangue e suor para conquistar uma vaga no NCCAA Football e lidamos com todas as nossas diferenças, que não eram poucas, à propósito, mas que trouxeram resultados que eu acho que ninguém jamais imaginou que aconteceria.

“Nós treinamos muito. Repassamos nossas jogadas mais vezes do que qualquer outro time. Abrimos mão de nossa vida social para remodelar a imagem dos Bulldogs e é por isso que estamos aqui. Hoje estamos colhendo os frutos de todos os nossos sacrifícios e da nossa dedicação. Jamais teríamos chegado tão longe se não tivéssemos acreditado em nós mesmos e trabalhando em equipe.

Por isso, independente do resultado desse jogo hoje, eu quero que vocês saibam que todos vocês fizeram mais do que qualquer outro time de futebol americano foi capaz de fazer. Nós superamos os péssimos resultados duas temporadas desastrosas. Mais do que isso, nós chegamos as finais do NCCAA Football, algo que nunca aconteceu com os Bulldogs desde a sua criação a cinquenta anos atrás.

Hoje nós estamos fazendo história. Depois das portas que separam o campo desse vestiário, ficaremos diante de nossa família e amigos. Pessoas de diversas partes do mundo que estão torcendo por nós e que estão orgulhosos dos resultados que conquistamos nesses últimos meses. Pessoas que sabem o quanto nos dedicamos para chegar aqui e que esperam ansiosos por nós.

Então, ao invés de dizer o que sempre digo nos jogos, falando da importância do foco e de manter a calma, eu quero também que vocês se divirtam. Hoje nós somos as estrelas. Somos o inesperado e o que nenhum daqueles jogadores do Crimson Tide jamais viu antes, ao contrário de nós, que treinamos exaustivamente para os enfrentar.

Conhecemos seus pontos fortes e fracos. Sabemos suas jogadas. Analisamos cada um de seus jogos nos últimos três anos. Então ergam suas cabeças e deem o seu melhor. Nós estamos prontos para jogar de igual contra nossos adversários e vencer esse campeonato. Vamos mostrar para eles a força dos Bulldogs!” – Sorrio com confiança e ergo meu punho. – Vai, Bulldogs!

— Vai, Bulldogs! – Todos os presentes no vestiário gritam de volta.

Aplaudimos e gritamos algumas palavras de apoio, antes de pegarmos todos os nossos equipamentos de segurança e seguir para o corredor em direção ao campo de futebol americano. Assim que somos anunciados pelo locutor da partida, entramos de maneira concentrada no campo em meio aos gritos eufóricos das torcidas.

Quando o coloca os pés no campo de futebol, encontro as líderes de torcida declamando seus gritos de guerra e balançando seus pompons azuis e brancos enquanto elaboravam sua coreografia fascinante. Um sorriso escapa de meus lábios ao ver Cassidy com o seu uniforme de líder de torcida e os cabelos loiros presos em um alto rabo de cavalo. Ela estava incrível. Cantava e sorria o tempo inteiro, levando a torcida ao delírio.

Ao fim de sua apresentação, nossos olhos se encontram. Meu coração se agita como um louco. E no momento em que ela se vira para mim, vejo que ela havia pintado o número da minha camiseta em suas bochechas. Cassidy abre um lindo sorriso e grita alguma coisa que eu não consigo ouvir, mas posso sentir ser uma espécie de incentivo. Aceno e observo a garota se afastar do campo junto com sua equipe.

— Se concentra no jogo, capitão. Logo você vai poder namorar o quanto quiser. – Comenta Jonathan, dando duas batidas em meu ombro.

— Não se preocupe. Hoje eu não saio desse campo sem uma vitória. – Afirmo com confiança. Viro-me para Cassidy mais uma vez e a vejo fazer um coração e balançar os pompons freneticamente. – Não importa o que aconteça. Eu definitivamente levarei o troféu de campeão para casa.

— Esse é o espírito! – Celebra Trevor e não demora para que o juiz chamasse a nossa atenção para realizarmos a abertura do último jogo do NCCAA Football.

Depois de cantarmos o hino nacional e os de nossas escolas, cumprimentamos nossos adversários e assumimos nossas posições. Respiro fundo e me desligo de qualquer distração que pudesse me atrapalhar nessa partida. Coordeno os jogadores e com o apito do juiz, o jogo se inicia de forma fervorosa, com gritos dos jogadores e das torcidas, que esperavam ansiosas pelo resultado do confronto.

Como eu esperava, o ataque do Crimson Tide veio de maneira brusca e rápida. Eles corriam velozmente pelo campo e realizavam movimentos semelhantes aos que utilizaram no jogo contra os Ducks Oregan na final do último campeonato. Eles provavelmente não esperavam que fossemos estudar seus padrões de ataque com tanto afinco a ponto de todos dos Bulldogs saberem exatamente qual jogada eles realizariam em seguida.

No entanto, permanecemos os três períodos do jogo agindo com cautela. Ao contrário dos Crimson Tide, não tínhamos tanta força física em nosso time. Não podíamos nos desgastar demais. Então permanecemos mais na defensiva, apenas lendo seus ataques, observando seus padrões e jogadas, realizando notas mentais das fraquezas de nossos adversários.

— Muito bem, pessoal. Nós estamos empatados, mas essa é a nossa chance de virar. Ao contrário de nós, eles estão exaustos. Se desgastaram demais tentando nos destruir e esqueceram de poupar energias para o último período. – Oriento, quando todos se reúnem a minha volta. – Só mais quinze minutos e podemos ser os campeões do NCCAA Football. Então, vamos mostrar quem são os Bulldogs e o porquê de sermos chamados de Cães Diabólicos.

— É! Vamos lá! – Meus colegas de equipe passam a gritar, animados com os resultados.

E assim que tomamos o fôlego, tomamos um pouco de isotônico para repor as energias e voltamos a entrar no campo de futebol. Novamente, encontro os olhos de Cassidy sobre mim. Ao longe, eu podia ouvir seus gritos e ver os movimentos incríveis que fazia. A saudade me maltratava e a ansiedade para sentir seu corpo junto ao meu em um abraço apertado fazia o meu corpo tremer de expectativas.

— Vamos ganhar! – Grito para o time, assim que nos posicionamos no campo. – Vai, Bulldogs!

— Vai, Bulldogs! – Responde o time de volta.

O juiz apita e o quarto período começa. Ao contrário de como agimos nos períodos anteriores, nós nos tornamos mais ágeis e invasivos. Passamos a dominar completamente a partida, sem dar chance aos nossos adversários de reagirem. Marcando ponto atrás de ponto, mostramos aos nossos Crimson Tide nossas verdadeiras habilidades.

Nós aprendemos a trabalhar com base nos nossos instintos e rápida leitura de ambiente. Um pequeno sinal era o bastante para todos entenderem qual passo deveríamos tomar para pontuar. A torcida ia a loucura a cada ponto marcado. Nossos adversários nem mesmo conseguiam pegar na bola. Éramos precisos em nossos movimentos.

Em algum momento, os Crimson Tide parecem desistir de nos atacar e tentam evitar que mais pontos fossem marcados, mas nós conhecíamos bem suas jogadas para prever o que fariam. E é meio as comemorações e gritos de nossa torcida que a partida é encerrada com um placar inédito de virada de quarenta e quarto a dezesseis para os Bulldogs.

Enquanto os jogadores da South East High School pulam uns sobre os outros, aliviados pela vitória arrasadora que havíamos conquistado, a equipe da Reeltown High School chora e lamenta por terem chegado tão longe e acabar derrotados de forma tão brutal.

Fogos de artifício são estourados no céu. A torcida dos Bulldogs grita eufórica pela vitória. Os jogadores do time me levantam e correm comigo sobre os ombros, enquanto papéis picados nas cores azul e branco são jogados, colorindo a grama verde do campo. Após toda a comemoração, a equipe inteira se reuniu para tirar a foto oficial antes da entrega do troféu.

— Foi um massacre! Os Bulldogs da South East High School bateram os Crimson Tide do Reeltown High School por quarenta e quatro a dezesseis conquistando o título da temporada do futebol escolar americano, após duas temporadas desastrosas. Uma derrota até embaraçosa para a escola que defende o melhor histórico e é treinada por Ashton Murphy, o técnico mais vitorioso da história do futebol americano do NCAA com seis títulos. Foi a primeira vez, desde o novo formato das finais, que uma equipe se tornou campeã de forma invicta. E, com quinze vitórias em quinze jogos, quebrando um recorde que se mantinha desde 1997 e que pertencia a equipe Oklahoma Sooners! Meus parabéns, Bulldogs! – Anuncia o narrador do jogo e mais fogos de artifícios são lançados.

Nesse instante, vejo as líderes de torcida invadirem o campo. Meus olhos procuram por Cassidy em meio à confusão que se formou ao meu redor. Mas quando eu finalmente a encontro correndo em minha direção, sinto meu peito explodir junto aos fogos de artifícios da comemoração. Eu vejo inúmeros sentimentos brilhando em seus lindos olhos azuis, mas o orgulho e o amor eram os mais vívidos.

Abro meus braços e em questão de segundos, Cassidy pula sobre mim e me abraça com intensidade. Ela chorava de felicidade e eu a rodo, sentindo toda aquela gama de sentimentos que me envolvia e me trazia finalmente a paz que tanto senti falta nesses meses em que estivemos separados.

Quando nos separamos, retiro meu capacete e o protetor bucal e a encaro. Cassidy acaricia meu rosto e me puxa para encostar sua testa na minha. Nossas respirações se chocam. Estávamos ofegantes.

— Você venceu. – Ela sussurra e as lágrimas descem com ainda mais intensidade pelo seu rosto. Beijo sua testa e limpo suas lágrimas, quando nos afastamos. – Você venceu, Dallas!

— Eu disse que eu chegaria aqui. – Afirmo e ela ri, balançando a cabeça com intensidade.

— Beija logo! – Grita Trevor, fazendo todos da minha equipe gritarem juntos.

— Acaba logo com isso, Cassy! – Incentiva Kimi e a gente acaba rindo.

— Parece que nós temos torcida. – Comento, ouvindo as reclamações de todos que pareciam assistir o desfecho com ansiedade.

— Parece que sim. – Cassidy desvia o olhar, envergonhada. Suas bochechas estavam coradas e ela mordia os lábios com intensidade.

— Bom, pelo que eu me lembro, no acordo em que fizemos, se os Bulldogs chegassem nas finais do NCCAA do Football, você se tornaria minha namorada. Como eu ainda ganhei o campeonato, eu acho que você vai ter que ser obrigada a passar o resto de sua vida ao meu lado para compensar o bônus que recebeu. – Comento, chamando a atenção de Cassidy.

Ela me morde o lábio inferior, como se fosse difícil para si controlar seu sorriso. Cassidy então finge pensar no assunto e eu a encaro com divertimento, colocando meus braços em volta de sua cintura. Ela então sorri e passa os braços em volta de meu pescoço, ficando na ponta dos pés.

— Com todo o prazer. – Ela responde e finalmente sinto seus lábios sobre os meus, em um beijo cheio de ansiedade, paixão, saudade, desejo e carinho. – Eu te amo, Dallas Miller.

— Eu te amo, Cassidy Turner. – Declaro, encostando meu nariz no dela. – Eternamente.

E sob os gritos de felicitação e a comemoração histérica das líderes de torcida e dos jogadores dos Bulldogs, nós continuamos a nos beijar, selando o compromisso que faríamos de tudo para fazê-lo eterno. Não sabemos exatamente o que o futuro nos espera, mas eu não consigo imaginar meu futuro sem tê-la ao meu lado. E por mais difícil que possa ser, nós ficaremos bem, afinal, enquanto estivermos juntos e nos amarmos, eu tenho certeza de que seremos capazes de superar qualquer obstáculo, por mais difícil que ele possa ser. Acidentalmente nos apaixonamos, mas tenho certeza de que esse finalmente é o início do nosso felizes para sempre.


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