Idiot, sweet idiot escrita por Any the Fox


Capítulo 5
O plano de férias tinha tudo para dar certo, mas...




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A manhã havia chegado à grande mansão de Wakiya, fazendo os eventos da noite passada parecerem-se com um breve desvaneio, uma leve miragem, um sonho passageiro de quem dormiu estressado… Mas, para desgosto do loiro, fora real. Muito real. Ele arrependia-se do que tinha dito, tivera exagerado sem razão. Bem, talvez o Ranjiro não tivesse sido o mais certo no que disse, mas seria certo a maneira como o tratou? Wakiya ponderava se tivera sido muito duro com o irmão do amigo, mas logo se lembrou de quanto o achava um babaca.

            - Nah… O Ranjiro mereceu o que ouviu – Pensou em voz alta, encarando o teto deitado na sua cama de casal – mas Rantaro não…

            Os raios de Sol da manhã já clareavam toda a extensão do quarto, o chão de mármore frio refletia a luz nas paredes lilás da sala quadrada que eram os aposentos do herdeiro. Este repousava na cama encarando o teto alcatifado com um material semelhante a um tapete, da mesma cor que as paredes. Pensava em tudo e em nada ao mesmo tempo. Nada em sua mente parecia fazer sentido e se o tentasse verbalizar faria menos ainda. Quis levantar-se da cama, mas sentiu-se sem vontade. Continuou no sítio a encarar o teto e a pensar no nada e no tudo.

            - Menino Murasaki, – uma voz chamou do outro lado da porta de madeira escura de cerejeira – seu amigo Valt está no portão. Mando entrar?

            Wakiya olhou na direção da voz do empregado. Demorou um pouco para processar a informação dada, não estava esperando visitas hoje. Mas se era Valt, algo importante haveria de ser, ele não era de fazer visitas casuais. E sempre se podia distrair do acontecido na noite anterior.

            - Sim, por favor. Diga-lhe para esperar na sala. – Wakiya respondeu enquanto se levantava para vestir algo mais apresentável que o seu pijama.

            O empregado proferiu algumas palavras de confirmação do outro lado da porta e distanciou-se passo a passo para atender a porta. O jovem rapaz então mudou os seus trajes para a sua roupa roxa tradicional, apanhou os cabelos compridos num rabo-de-cavalo e saiu do quarto indo em direção a Valt.

            Ao descer as escadas deparou-se com o colega já instalado na sua imensa sala de estar. Sentava-se no seu sofá caro com a naturalidade de quem o faz há anos. Mexia no celular, esperando pacientemente que o anfitrião descesse as escadas e viesse ao seu encontro. Não demorou que Wakiya abrisse as portas de tal salão e se deparasse com esse cenário.

            - Wakyia! – O dono dos cabelos azuis exclamou enquanto esboçava um sorriso contente por o encontrar.

            Ao ver o loiro entrar na sala, Valt viu na face do outro que ele não parecia o mais entusiasmado com a sua presença. Ou com o facto de existir em geral. Via um vazio nos seus olhos azuis e uma ausência na sua alma ríspida.

            - Bom dia, Valt. – Respondeu de maneira seca, fechando a porta do salão atrás de si e caminhando até ao sofá para se sentar também. Sentou-se de uma maneira rija, inflexível, nada à vontade. Estranho para quem vive naquela casa há anos.

            - Você não parece muito feliz hoje, Wakiya… - O dono dos olhos azuis tentou conversar, o que sempre se revelava uma missão muito complicada quando se tratava deste loiro em específico.

            - Estou normal. – A resposta foi implacável, imutável – O que o traz aqui?

            A rudeza e indiferença não eram novidade vindas de Wakiya, mas naquele dia, ele estava tão ausente que até mesmo o ignorante Valt conseguia perceber que se passava alguma coisa. Também sabia que insistir num interrogatório não ia dar em nada, então esperava que o plano bolado pelo Daigo lhe desse algum ânimo e decidiu prosseguir com o que o levou ali.

            - Como você sabe, este é nosso último Verão juntos aqui no Japão. – Valt começou, com um tom um pouco incerto de se seria a melhor maneira de abordar o tópico.

            - Não precisa me lembrar. Eu sei bem disso. – Wakiya revirou os olhos. Se havia algo em que ele não parava de pensar, era nisso.

            - Bem, então para aproveitar o tempo que ainda temos, Daigo está planeando um acampamento para todos nós na próxima semana! – O azul anunciou esperançoso, analisando a reação de Wakiya, procurando uma resposta positiva.

            Wakiya hesitou. Todos? Mas mesmo todos? Ele não gostava de ambientes com muitas pessoas, gostava dos amigos dele e tudo mais, mas havia gente que ele não suportava! Especialmente das gerações mais novas do bleyding, mesmo que nunca tivesse tido o maior contacto com elas, apenas não tinha paciência para tantas crianças cheias de energia. E acampar? Trocar o conforto da sua mansão e empregados pelo mato e insetos? Nem pensar, tinha uma casa de campo para esse tipo de retiros.

            - Acampar? Valt, se eu quisesse acampar, ia para um hotel de quatro estrelas. – O loiro disse em tom de desdém, quase como em ostentação das posses que tinha e do estilo de vida que levava.

            Valt rio, como se já estivesse à espera daquela resposta da parte do colega. Uma resistência inicial era típica, mas se insistisse o suficiente era certo que ele ia ceder. Wakiya pintava-se de insensível, mas no fundo tinha um coração mole e incerto que adorava este tipo de encontros.

            - Mas vai lá estar todo o clube bey! – O azul exclamou entusiasmado - Eu, Rantaro, Shu, Ken… Não vai querer mesmo vir? Como daquela vez em sua mansão há uns anos atrás?

            O ar de tédio que o loiro tinha sobre a conversa do outro neste momento era mera representação, deixara de ouvir quando ele mencionou que Rantaro estaria lá. A fonte dos seus problemas e soluções estaria lá. O rapaz a quem se tinha de desculpar de ter sido um imbecil estaria lá… O rapaz a quem não se queria desculpar estaria lá… Uma última oportunidade para consertar tudo com o punk, deixar tudo como estava e poderem fazer boas últimas recordações um do outro…. Sim, ele estava tentado e queria ir nesse acampamento, mas não queria que parecesse obvio aos olhos do ex-campeão mundial.

            - Exato, há uns anos atrás havia a minha mansão. – Foi direto e rígido, quase como se se quisesse fazer de difícil.

            - E este ano há tendas e amigos, que diferença faz? – Valt disse em tom de provocação, como se não ligasse para o diferente nível de vida que Wakyia levava, mas bem lá no fundo, ele sentia que já o tinha pego e ele viria.

            - Vou pensar no seu caso, Valt. Quando é? – Wakiya já se tinha rendido a ir, mas queria dar a entender ao outro que esse não era o caso.

            - Vamos na próxima segunda, mesmo a seguir aos exames, para ficar mais barato queremos evitar o fim de semana. – O Valt explicou, mesmo sabendo que dinheiro não era problema para ele.

            Olhou para o calendário no celular, era terça-feira. Faltava praticamente uma semana para o evento, tinha tempo suficiente para pretender não ir e juntar-se no último minuto. Também lhe dava tempo suficiente para fazer seus exames descansado sem pensar demasiado em tudo o resto. Bloqueou o a tela do celular e voltou a encarar Valt que o contemplava com um sorriso recetivo completamente típico do próprio. Respirou fundo, quase como se estivesse bufando, meio honesto, mas meio forçado ao mesmo tempo, e resmungou enquanto desviava a sua atenção para a tela do seu celular de novo:

            - Eu o aviso mais tarde se é para contarem comigo, está bom?

            No entanto, ele não tinha já qualquer intenção de não ir.

            - Claro, você é sempre bem-vindo! – Valt disse sorrindo enquanto se levantava do sofá para se retirar – Bem, eu vou indo, ainda tenho que falar com Ken e Shu. Depois fale com o Daigo, ele é que está organizando tudo certinho.

            O roxo acenou com a cabeça, tanto como em sinal de comprimento como de compreensão, enquanto o outro saia da sala.

            Uma semana, não era? Bem, isso seria tempo suficiente para tratar dos seus exames… E tinha agora a certeza que depois disso ele se iria encontrar com o Rantaro. Ele ainda estaria zangado? Muito provavelmente… Wakiya sentia que tinha passado dos limites na noite anterior e que se ele o odiasse, tinha todas as razões para isso… Mas não era por isso que se arrependia de ter chamado o Ranjiro de idiota, ele continuava a achar que, nessa parte, ele tinha razão.

……

            Entretanto, simultaneamente, numa zona não tão rica e menos isolada da cidade, Daigo, o dono dos cabelos negros e sombrios, estava na cozinha de Rantaro, fazendo exatamente o mesmo convite que Valt ao rapaz. Será escusado dizer que este foi extremamente mais fácil de convidar a participar numas férias com o grupo, afinal, não há ninguém no meio deles que seja mais apegado a um bom convívio que Rantaro (a menos que contemos com Ranjiro, o outro irmão Kyiama).

            - Claro, Daigo! Sabe que não há nada que me agrade mais que uma temporada fora com meus melhores amigos! – Rantaro respondeu animado enquanto servia um copo de café ao seu amigo. - Não importa onde for.

            Rantaro era hospitaleiro, sempre fora. Daigo observava cada movimento que o loiro fazia e analisava. Conseguia perceber o que Wakiya via nele. Rantaro era preocupado, com todos em geral. Era delicado, prestável, amoroso e hospitaleiro, mesmo que grande parte das vezes ele fosse bem desastrado. Rantaro aprendera também a ser paciente, algo que combinaria muito bem com o pavio curto de Wakiya.

            - Isso é bom, estava contando com você. Vai ser bom ter todo mundo junto mais uma vez. – Daigo esboçou algo que pareceu um sorriso.

            - É mesmo. – Parou por uns segundos, quase ponderando se devia prosseguir ou não - Quem vai?

            Daigo parou por um momento, quase hesitante, mas mais num tom de estranheza. Depois prosseguiu enquanto bebia o café que lhe foi servido:

            - Bem, ainda não sei ao certo. O Valt está convidando pessoas neste momento e ainda não falámos com todo mundo. Para além disso, a galera ainda está muito focada nos exames para dar certezas.

            Rantaro analisou a resposta. Ele pode ter perguntado de um modo geral, mas obviamente queria a resposta de alguém em concreto. Será que Wakiya ia estar lá? Daigo não sabia da discussão da noite anterior, então não tinha porquê estar a evitar passar-lhe essa informação. Provavelmente não tinha mesmo a resposta do loiro. O punk ainda estava chateado com Wakiya pelo que tivera acontecido. Por muito que gostasse dele, nada lhe dava o direito de o tratar assim, ou ao seu irmão, que por muito irritante que seja, Ranjiro ainda é seu irmão. Mas mesmo que Ranjiro desaprova-se isso completamente, Rantaro não conseguia odiar Wakiya. Não sabia dizer se queria que Wakiya fosse ou não… Talvez fosse mais difícil dizer adeus se fizesse mais memórias com o loiro. Mas a sua curiosidade sobre esse possível reencontro era grande demais para não perguntar, então continuou, se esforçando para fazer a voz mais casual possível.

            - Wakiya vem com a gente?

            - Wakiya? – Daigo se interrogou.

            Se fosse qualquer outro de seus amigos a ouvir, nunca iriam estranhar a pergunta, mesmo sendo extremamente específica e fora de contexto, mas Daigo era diferente. Daigo analisava todos os movimentos e diálogos à sua volta. Ouvia e absorvia todas as palavras, lendo as suas segundas intenções. Daigo sabia demais, Daigo sabia que aquela informação seria importante para Wakiya… Mas porque seria importante para Rantaro?

            - Não sei. Foi Valt que ficou de o convidar. Faz muita diferença ele ir? – O rapaz de aparência roqueira perguntou, buscando um pouco mais de informação, lembrando-se da sua conversa com Wakiya e interessado sobre onde esta podia ir dar.

            - Nem por isso, apenas porque ele não costuma se juntar muito com a galera nestas coisas. – Ele tentou disfarçar, bebendo descontraidamente o seu café.

            Mas é claro que era diferente. Completamente diferente. Ia adorar ir com todos seus amigos acampar, com ou sem Wakiya, mas se aquele loiro fosse…. Seria tudo muito diferente. Wakiya, no fundo era um doce, seria adorável vê-lo acampar estando tão habituado aos seus luxos. Rantaro queria poder ajudá-lo a montar uma tenda quando ele não soubesse a diferença entre as peças ou a cozinhar comida de campo enquanto estivessem em volta da fogueira. Aquele Wakiya…. Seria um acampamento muito melhor se tivesse aquele idiota…

            Daigo ia voltar a falar, sentia algo estranho na pergunta de Rantaro. Não fora só por isso que ele perguntara pelo loiro, de certeza! Mas o seu raciocínio foi interrompido com o som da porta a abrir e a entrada de dois corpos que se dirigiam para a divisão onde se encontravam. Falavam baixo, quase como se estivessem a evitar que alguém os ouvisse, mas não o suficiente para dizer que esperavam encontrar alguém na cozinha. Os indivíduos ficaram visíveis ao entrar pela porta. Eram personagens familiares aos dois sendo um alto loiro e um mais baixo de cabelo castanho. O primeiro a notar a presença inesperada de alguém naquela cozinha foi o mais alto, dono de um cabelo estupidamente estiloso. Os seus olhos arregalaram, como se estivesse assustado e calou-se repentinamente. O silêncio instantâneo causou estranheza no destinatário do diálogo que logo procurou a sua causa, ao ver os dois corpos sentados na mesa o mesmo silêncio e pânico apoderaram se do seu espírito.

            - Rantaro! Já em casa? Pensei que ia chegar mais tarde hoje. – Ranjiro perguntou tentando manter um ar natural ao recuperar do susto.

            - Era suposto. Mas encontrei Daigo e o convidei a entrar para tomar um café. – Rantaro respondeu com a maior naturalidade possível antes de olhar para o outro rapaz. – Oi, Aiger!

            - Oi… - Aiger cumprimentou os dois rapazes ainda zonzo do acontecimento, Ranjiro tinha lhe dito que ninguém estaria em casa naquela hora, não esperava eles ali.

            Daigo por sua vez, ao contrário de Rantaro, parecia estar muito perdido no que acabara de acontecer. Porque Ranjiro e Aiger se tinham assustado tanto com a sua presença? E mais, porque Rantaro parecia não estar nem um pouco estranho com isso? Todas essas circunstâncias deixavam Daigo ainda mais confuso. Bem… Mas não era propriamente um problema dele, e Daigo tinha a política de não se meter em nada a menos que lhe fosse pedido. Decidiu então aproveitar aquele momento para convidar ambos para o acampamento, não lhe tinha vindo à ideia antes, mas achou que iria ser divertido ter os dois jovens com eles. Então começou um convite um pouco incerto:

            - Aiger, Ranjiro… não estava planeado, mas já que encontrei vocês aqui, vocês por acaso não teriam interesse em vir de férias com a geração de velhotes na segunda? Eu e Valt estamos recrutando pessoas para vir connosco, vocês dois podiam gostar de vir.

            Rantaro sentiu um frio vir de dentro da sua alma até sua pele. Não ponderou que Daigo fosse convidar o seu irmão. Se Ranjiro fosse e isso coincidisse com o milagre de Wakiya ir, seus planos de reconciliação e de memórias com o loiro estariam arruinados. Mas desta vez não, Ranjiro não ia estragar seus planos como fizera até ali, Rantaro era o irmão mais velho e estava na hora de se impor como tal. Olhou para o irmão, estava com aquele olhar que apenas dois irmãos entendem, querendo dizer todo um livro com apenas um olhar. Ranjiro não tinha muito interesse em ir numa viagem com os mais velhos, mal os conhecia e tinha coisas muito mais interessantes para fazer por ali com o Aiger por exemplo, mas depois percebeu o olhar intenso do irmão na sua direção, olhando o fundo na alma através dos seus olhos. E Ranjiro entendeu-o... A informação era lhe tão clara como Rantaro ser seu irmão, no entanto a discussão da véspera ainda estava viva…. Muito viva. E mesmo sabendo que Rantaro não queria que ele se metesse nos seus problemas, Ranjiro não ia deixar fácil para o irmão. Se preocupava demasiado com o irmão para o ver rastejar para os pés daquele idiota, não o ia deixar cometer esse erro. Olhou os olhos do irmão antes de os fechar, transmitindo uma negação do seu pedido, mas simultaneamente um pedido de desculpas. Ranjiro só queria ser um bom irmão. Rantaro rangeu os dentes, já sabia o que ia acontecer.

            - Isso é demais, Daigo! Eu e Aiger iriamos adorar nos juntar com vocês, quase nunca fazemos algo juntos! Não pensei que nos fossem convidar. – Ranjiro fez para parecer extremamente entusiasmado com a ideia, apesar de estar a sentir mal por ter de ir contra os desejos do seu irmão.

            - Sim, podem contar connosco, parece um plano muito legal. – Aiger sorriu, um pouco confuso por o amigo ter aceitado tão rápido, mas decidiu segui-lo, provavelmente tinha algum plano maluco. Ou então só bolou um jeito de passarem mais tempo juntos.

            Um silêncio incómodo pairou no ar por uns segundos. Ninguém quis dizer nada, o ambiente parecia de algum modo pesado. E vinha tudo de Rantaro, o rapaz que se levantou da mesa em silêncio para começar a arrumar a loiça sem encarar ninguém ou proferir um som.

            - Que bom. – Daigo disse sorrindo enquanto se levantava – Isso faz a minha missão aqui completa. Eu vou andando, não vos incomodo mais. E não se preocupem, eu sei onde é a porta.

            Daigo retirou-se então com intensão de não causar mais distúrbios à casa, parecia estar um ambiente tenso naquela cozinha. Sentia que não o devia ter convidado os dois mais novos, começou a achar que fora um erro. Rantaro não pareceu gostar muito da ideia. Enquanto isso, os outros três continuavam na cozinha, Rantaro continuava a arrumar a cozinha do café enquanto Ranjiro e Aiger se retiravam.

            - Ranjiro, fica aqui, - O loiro disse sério, sem manter contato visual com o outro -temos de ter uma conversa séria. Agora.

            Ranjiro parou de andar, Aiger que ia à sua frente também parou, olhando para o parceiro, parecia querer certificar-se se ele precisava de ajuda.

            - Vai andando na frente, Aiger, já vou no quarto ter com você. – Ranjiro clarificou, absorvendo o olhar preocupado do outro e tentando confortá-lo.

            Aiger acenou então com a cabeça e se dirigiu para o quarto de Ranjiro no primeiro andar, deixando os irmãos Kyiama sozinhos na cozinha, prestes a ter uma promissora discussão familiar.


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