Um Amor Muda Tudo escrita por Dreams of a Blindspot fan


Capítulo 8
Visita Inesperada




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Depois de alguns dias trancadas dentro de casa mãe e filha decidiram almoçar fora, Tasha escolheu um local legal para levar a filha para esse primeiro almoço juntas, após um almoço divertido as duas também foram ao museu. Nathalie ficou encantada com a cidade e com as coisas que a sua mãe lhe mostrava, estava sendo um dia muito divertido.
As duas decidiram parar no parque para admirarem a natureza, fazia tanto tempo que Tasha não aproveitava tardes assim, ela admirava a filha o tempo todo sem acreditar que não era um sonho.

— Porque você está me olhando tanto? — Perguntou a garota intrigada.

— Sua risada é linda filha! — Respondeu ela.

— É faz tempo que eu não me divertia tanto. — Confessou a garota.

O celular da Tasha não parava de tocar, ela tinha ignorado durante todo o dia essas ligações. Reade estava preocupado querendo notícias delas, já faziam três dias que não se falavam e nem se viam, ela ainda estava afastada do trabalho por conta da licença que pediu.

— Você não vai atender? Alguém pode está querendo notícias suas, como um certo diretor do FBI. — Comentou Nathalie.

— Depois eu retorno! Não deve ser nada urgente, você quer tomar sorvete? — Perguntou Tasha. — Tem um ótimo nessa praça.

As duas saíram juntas, se divertindo com o sorvete, Tasha não sabia como ser uma mãe ou como agir durante algumas situações, mas aqueles momentos mesmo que assustadores estavam sendo maravilhosos para ela.

Chegaram em casa cansadas, Tasha largou a bolsa em algum lugar da sala, enquanto Nathalie folheava o catálogo da tv, o dia foi agradável de mais para as duas.

— Eu vou tomar um banho, pensa no que você vai querer jantar, menos comida mexicana! Já estamos há algumas noites só comendo isso. — Ela falou rindo.

— Eu posso cozinhar algo! — Sugeriu a garota e Tasha concordou indo para o banheiro.

O telefone na mesa não parava de tocar, a garota deu uma espiada e viu que era o Reade, decidiu não atender pois não queria invadir a privacidade da mãe.

— Tasha é o Reade no telefone, quer que eu atenda? — Questionou a garota.

— Não, eu retorno depois!

Tasha não tinha a menor pretenção de retornar essas chamadas, mas a filha insistiu tanto que ela acabou ligando.

— Oi você ligou? Eu deixei o celular em casa. — Ela fez sinal para a filha não protestar nada.

— Liguei para saber com vocês estavam. — Disse ele do outro lado da linha. — vocês já comeram? Queria ir até aí ver vocês, poderia levar algo pra gente jantar. — Disse ele.

— Sim já jantamos! — Ela mentiu. — Comemos na rua, Reade eu vou precisar desligar, a Nathalie está precisando de ajuda no banheiro. — Disse ela a fim de desligar a ligação.

— Se cuidem Tasha. — Ele falou com carinho.

— Tchau Reade. — Disse ela fria.

— Pronto, satisfeita? — Ela olhou pra filha.

— Claro que não! Custava ser um pouco mais educada?

— Você não entendi! Eu e o Reade temos alguns problemas mal resolvidos. — Ela tentou explicar.

— Sou toda ouvidos, pode contar a história de vocês. — Disse a garota deitando no colo da mãe.

Tasha contou um pouco do que aconteceu com eles, de quando tentaram ficar juntos, depois que ela foi trabalhar na CIA, e de como eles estavam tentando se entender, as coisas que ela teve que fazer. Nathalie não conseguia imaginar tudo o que a mãe passou, o que a fez ter mais admiração pela mulher tão forte que ela era.

O telefone dela toca atrapalhando a conversa entre elas, era a Patterson.

— Amiga você tá bem? Como estão as duas? Estou preocupada. — Falou a loira.

— Estamos sim, estamos nos conhecendo melhor, é tão incrível isso. Alguém pediu pra você ligar foi? — Ela deu uma gargalhada.

— Não, liguei porque eu me preocupo com vocês, na verdade pensei em ir ver vocês hoje, ou a gente pode sair pra jantar o que você acha? — Perguntou a loira.

— Só vamos nós três? — Quis saber Tasha.

— Acho que sim, porque quer que eu convide alguém em especial? — A loira gargalhou.

— Não, só queria saber as suas intenções mesmo. — Respondeu Tasha.

As duas conversaram mais um pouco, riram e combinaram um local para jantar.

Passaram a noite toda conversando no restaurante italiano, ficava próximo a cada da Tasha então elas foram as primeiras a chegar. Pediram uma massa e um vinho enquanto conversam, Tasha saiu para ir ao banheiro, quando Patterson e Nathalie aproveitam para conversar sobre ela e o Reade.

— Ele ligou o dia todo pra ela, e ela nem deu atenção. Tive pena dele. — Disse a garota um pouco triste. — Ele parece ser um cara legal.

— E ele é, sua mãe é assim mesmo, complicada, teimosa, mas no final eles vão se entender. — Comentou a loira explicando um pouco a situação dos dois.

— Queria ter um pouco desse otimismo seu. — Confessou ela. — Eu ainda não conversei com a Tasha, mas estou esperando o resultado da faculdade. — Falou a garota.

— Nossa que maravilha, ela vai ficar tão orgulhosa de você. O que escolheu? — Perguntou Patterson.

— Ciências Políticas. Quero defender o meu país de políticas absurdas e ajudar o povo.

— É mais aqui em Nova Iorque não temos muitas opções, você pretende estudar fora do país? — Perguntou Patterson.

— Sim, Inglaterra, estou concorrendo a uma bolsa de estudos lá.

— Isso é incrível Nathalie, o que a Tasha disse? — Patterson quis saber.

— Ainda não conversei com ela sobre isso, não sei se ela vai ficar muito contente. Minha mãe está vindo aí, vamos mudar de assunto. — Pediu Nathalie.

Tasha voltou a mesa e uma nova rodada de assuntos começou na mesa, elas se divertiam com a Patterson contando as histórias de como se conheceram, fazendo Tasha muitas vezes ficar com vergonha.


— Ei estou ficando cansada, vamos? —Disse Tasha deitando a cabeça no ombro da filha.


— Vamos sim! O nosso dia hoje foi bem agitado não foi? — Perguntou Nathalie vendo Tasha acenar com a cabeça. — Só não teve você correndo atrás de alguém com uma arma ou desarmando bombas. — Respondeu Nathalie brincando com a mãe pelas histórias que a Patterson contou.

Se despediram da Patterson, e seguiram o caminho para casa conversando, quando desceram do carro deram de cara com o Reade, que estava encostado no seu carro próximo a entrada do condomínio.

— Eu queria ver se vocês estavam bem. — Ele falou quando elas se aproximaram.

— Estamos bem Sr. R. obrigada por se preocupar. — Disse a garota brincando.

— Que bom que você está se divertindo e ainda não fugiu. — Brincou ele com a garota. — Olá Tasha, você está bem? — Disse ele desviando o olhar para Tasha que permanecia em silêncio.

— Estou Reade obrigada por se importar. — Ela falou desviando o olhar dele.

— Eu vou deixar vocês conversando, mesmo sabendo que um dos dois vai protestar a minha saída. — Disse a garota se divertindo da cara deles. — Estou lá em cima dormindo como uma pedra caso decidam subir. — Nathalie se despediu dele.

Ficaram apenas os dois na entrada do edifício, Reade observou Nathalie desaparecer pelo corredor, se aproximou de Tasha e retirou uma mecha de cabelo que estava nos olhos delas, e ficou olhando uma lágrima que caiu dos seus olhos.

— Reade eu realmente quero viver com você, quero tanto que você compartilhe essa alegria que eu estou sentindo de ter minha filha por perto. — Ela começou com a voz chorosa. — Mas toda vez que eu me lembro do que você me falou, eu não consigo parar chorar.

— Tasha mais uma vez me perdoa, eu falei o que não deveria, eu estou sentindo sua falta na minha vida. — Disse Reade segurando nas suas mais. — Aquele tempo em que você ficou fora eu quase pensei que iria enlouquecer, e essa semana depois que você não me atendeu mais eu tive a mesma impressão. Eu não quero mais sentir isso, não quero mais você longe de mim. — Ele se aproximou ainda mais dela e depositou um beijo na sua testa.

Tasha precisava desse contato mais do que ela imaginava, quando Reade se aproximou dela novamente foi como se tudo ao seu redor perdesse a importância, e só existia um mundo onde tudo era paz e calmaria, um mundo onde apenas Reade e Nathalie existiam.

— Nunca mais vamos tirar a pedra de cima dessa historia, chega de falar do passado ou dos erros do passado. Eu quero e preciso de você na minha vida, eu quero compartilhar tudo da minha vida com você. — Ela olhou bem no fundo dos olhos e ali enxergou mais um recomeço.

— Podemos tentar novamente? Você me dá essa chance? — Ele disse perdido na imensidão dos olhos castanhos dela.

— Reade a vida está me dando uma nova chance, porque eu não te daria também? — Disse Tasha oferecendo aquele sorriso doce.

Eles se beijaram por alguns minutos, matando toda a saudade que estavam um do outro, só se separaram quando o ar se fez necessário, Tasha aproveitou esse momento para ficar com a cabeça encostada do peito dele, enquanto Reade fazia carinho nos seus cabelos.

— Preciso ir, a gente se ver amanhã no trabalho? — Disse ela se despedindo.

— Que bom que você volta amanhã, já estava com saudades. — Ele falou se despedindo com mais um beijo.

— Percebi. — Ela disse sorrindo pela forma intensa que ele a beijou.

Tasha subiu com um enorme sorriso nos lábios, o efeito Reade tinha acontecido naquela noite, Nathalie ainda estava acordada, olhava para a sua mãe só esperando o momento certo de soltar suas pérolas.

— Pode falar, eu sei que você quer falar algo. — Tasha falou fim humor enquanto Nathalie se controlava para não rir. — Você já deveria está dormindo pra começar. — Ela disse olhando para a filha desconfiada.

— Eu não iria dizer nada, mas como você está insistindo eu vou dizer, não sei qual dos dois é mais lento! — Tasha arqueou uma das sobrancelhas. — Gente, vocês foram feitos um para o outro, porque vocês ficam insistindo em ficarem longe?

— Ok o papo ficou sério para esse horário, eu vou dormir! — Falou Tasha querendo fugir da conversa da filha. — Realmente você está com muito sono, já deveria estar na cama Nathalie.

— Você e o Reade nasceram para ficarem juntos. FIQUEM JUNTOS! Porque é tão difícil de vocês entenderem. — Perguntou a garota seguindo a mãe até o quarto. — Vou colocar uma placa aqui no seu quarto: “Por gentileza fiquem juntos.”

— Tudo bem, você venceu! Agora vamos dormir. — Falou Tasha.

Falou a Tasha saindo daquela discussão, mesmo sabendo que a filha estava muito certa do que dizia. A morena revirava na cama, mas precisava dormir, amanhã ela precisaria voltar para o trabalho, e com certeza seria um dia cheio.


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