Um Amor Muda Tudo escrita por Dreams of a Blindspot fan


Capítulo 16
Em Busca de Verdades.




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POV NATHALIE

Estranhamente um frio circulava todo meu corpo, e nesse instante eu realmente pensei se eu deveria está aqui. E se algo acontecesse como eu avisaria a minha mãe? Ela acreditava que eu estava em Manchester, na visita de campo da faculdade.

Eu não tenho mais como voltar atrás, essa seria a única oportunidade de saber mais sobre o meu misterioso passado. Eu estava de cabeça baixa e minhas mãos apoiadas na mesa fria de alumínio. Pensei em voltar quando notei a sua presença.

   — Natasha? — Ele me perguntou surpreso com uma voz rouca, senti um pouco de ódio na sua voz. Ele me olhava incrédulo, aquele homem era frio, uma cicatriz enorme no rosto, isso me assustava, mas eu não tinha mais pra onde ir, já tinha chegado muito longe para desistir. — Natasha é você? — Ele insistiu mais uma vez.

  — Eu realmente me pareço tanto assim com ela? — Pergunto e ele engoliu seco, me encarava incrédulo. — Me chamo Nathalie Vaz, sou sua filha.

   — Eu não acredito! — Ele falou de forma trêmula. —  Ela me disse que você tinha morrido, ela disse que o parto tinha sido muito complicado e você não resistiu. — Ele levantou dando voltas na mesa chamando a atenção de alguns detentos e visitantes.

   — Porque não se senta Richard? Pode me falar a verdade, eu recebi a carta. — Digo, tentando aparentar calma.

   — O que você quer garota? Onde você estava esse tempo todo? Onde a Natasha está ela veio com você? — Ele parece está nervoso com a situação.

  — Eu quero só a verdade, toda história tem dois lados, e eu só quero a verdade.

  — Você fala igualzinho a ela, as suas expressões até de raiva são as mesmas, eu só posso está num pesadelo. — Diz ele me encarando.

   — Toda a minha vida eu fui alimentada de mentiras, você mentiu pra mim, e quando soube que eu estava viva me mandou aquela carta cheia de novas mentiras no orfanato. — Altero meu tom de voz. — Me falando de uma pessoa totalmente diferente do que eu encontrei em NY, você e a Madeline me fizeram acreditar que ela me odiava não foi? Vocês quase me fizeram matá-la.

   — Eu esperava que você fizesse isso. — Confessou ele. —  Você estava com tanto ódio dela, quanto eu estou por ainda está nesse lugar, é tudo culpa dela. Você cresceu sem mim, por conta dela!

  — VOCÊ SÓ PODE SER LOUCO! Isso é a verdade! — Gritei batendo na mesa, mas me contive, todos olhavam para mim. — Você nunca vai chegar perto dela. Eu nunca vou deixar você fazer nada com ela.

  — Eu vou sair daqui em breve, vou descobrir onde ela está, e aí eu mesmo faço o que você foi treinada pra fazer. — Ele ameaçou, confesso que não acreditei. — Você falhou na única coisa que a Madeline te pediu pra fazer.

  — Eu não quero mais ouvir você, eu esperava que você tivesse algo verdadeiro pra mim falar. — Confesso, o que eu deveria esperar dele?

  — E eu tenho, ela vai fazer a mesma coisa que fez comigo, logo você será descartada da vida dela, assim como ela fez comigo, Nathalie eu vou encontrá-la, e você vai presenciar o que eu vou fazer.

   — Eu não sei o que você fez para está aqui, mas eu mesma vou fazer com que você não saia. — Eu me levantei indo em direção à porta, ainda tremia por toda situação.

   —  Eu vou encontrar a Madeline, e nós dois juntos vamos acabar com a Natasha.

   — Boa sorte ao procurá-la, o inferno é bem grande, mande lembranças pra ela.

Ele não sabia que aquela velha asquerosa estava morta, lembrei que não tinha mandado mensagem pra minha mãe hoje, lhe enviei desejando uma  boa tarde e que ligaria a noite.

Fui no hotel peguei minha mala indo direto ao aeroporto, eu tinha um longo voo até Londres, eu não podia simplesmente ligar para ela e dizer “Olha vim fazer uma visita no México, você não sabe quem eu encontrei por aqui.”

Eu só precisava sustentar as coisas por mais alguns dias sem essa paranóia que agora visitava a minha cabeça, enquanto ela estivesse com o Reade ela estaria protegida, como eu queria que ela ficasse com ele, que não voltasse para Londres. Mas  eu procurei o passado, e eu o fiz despertar seu ódio, agora só eu sabia de tudo o que aconteceu e não podia pedir ajuda sem dizer a verdade.

POV OFF

 

Em NY naquele mesmo dia.

   — Tasha o barzinho hoje está tudo certo? — Perguntou Patterson enquanto Tasha lhe ajudava numa tatuagem.

  — Sim, tudo certo! — Confirmou ela. — Faz tanto tempo que não fazemos isso. A Nathalie me mandou mensagem, disse que estão num seminário, que só falaria comigo amanhã, porque quando ela sair de lá eu posso já está dormindo.

   — Ela não sabe que vamos virar a noite? — Patterson perguntou sorrindo.

Tasha e Reade foram para casa se arrumar depois de um longo dia, fez tão bom pra ela está em NY, está com eles.

   — Tasha você acha que podemos desmarcar e ficarmos nos divertindo sozinhos? — Perguntou ele ao vê-la se arrumando.

   — Bobo, nós vamos ter a noite toda para nos divertirmos! — Ela sorriu de uma forma maliciosa pra ele.

   — Esse vestido está lindo em você! Se bem que você fica bem com qualquer roupa. — Se derreteu ele.

 Era um vestido justo, cor de vinho e com as costas nuas, o estilo de roupa que faz Natasha Zapata não passar despercebida de forma alguma.

   — Eu só fico bem de roupa? — Ela perguntou maliciosa. — Foi isso que você quis dizer? — Ela se aproximou dele que estava encostado na porta observando ela se arrumar.

   — Você fica bem com qualquer roupa, mas eu prefiro sem. Foi isso que eu quis dizer. — Ele disse apertando o corpo dela ao seu e depositando alguns beijos em sua boca. — Precisamos ir Tasha, acho que você está querendo dificultar nossa saída. — Ela deu uma gargalhada pela forma que Reade falou.

  — Estou? Foi você que começou. Vamos estou pronta! — Ela disse pegando a bolsa de mão.

Os amigos passaram a noite bebendo, e se divertindo relembrando dos tempos antigos, das missões que faziam juntos.

  — Ei amiga está tudo bem? — Jane a perguntou, tirando a Tasha do transe.

  — Estou... eu... sabe aquela sensação de que algo ruim pode acontecer? — Ela tentou explicar. — Não sei, pode ser só coisa da minha cabeça, vou tentar ligar para a Nathalie.

  — Cadê a Tasha? Reade perguntou quando sentiu sua ausência.

— Ela voltou com um semblante preocupado.

  — Está tudo bem Tasha? — Kurt perguntou quando sentiu que a amiga estava preocupada.

  — A Nathalie não atende! Estou com uma sensação ruim.

  — Tash me dá seu celular, deixa eu ver essas mensagens. —

Patterson conectou as informações ao seu tablet, queria saber se as mensagens foram programas ou não. — Como eu pensei! — Ela respondeu ao som de um bip emitido pelo aparelho.

  — O que você descobriu? — Tasha já estava nervosa.

 — Essa mensagem que você recebeu, ela foi programada! A Nathalie deixou mais duas programas para o envio.

  — Como assim? Onde ela está Patterson? Você consegue essas informações? — Tasha quis saber.

  — Sim! Ela está em Manchester. Amiga possa ser que ela deixou programada para que você não ficasse preocupada com ela, já que ela estaria ficada nas aulas que teria.

  — É ela, deixa eu atender. — Tasha falou ao receber a ligação da filha.

Filha como você aí? Estava preocupada você não me atendia.

Mãe, eu estou bem! Sai do seminário pra comer um pouco! Espero que você esteja se divertindo aí. Como estão todos?

Estamos bem. Filha, cuidado! Eu amo você além do que eu já imaginei amar alguém. — Tasha não entendeu o porquê falou aquilo.

Eu também amo você, além de todo infinito! — Disse a garota. — É a melhor coisa que já me aconteceu, eu te protegeria além da minha vida mãe.

Elas se despediram com uma relutância, Nathalie estava saindo do aeroporto e indo para sua casa, Tasha continuou no bar, agora já aliviada por ter falado com a filha, mais ainda emotiva pelo que ouviu da filha, ela era algo que faltava em sua vida e ela não fazia noção disso.

  — Ei mamãe manteiga, vem aqui! — Reade falou beijando sua cabeça e abraçando- a percebendo que ela tinha chorado, e ela permaneceu ali por um tempo.

Todos na mesa agora se divertiam, cantavam as músicas que estavam tocando no bar, logo à noite deu lugar a madrugada e elas retornaram a suas casas.

Tasha e Reade passaram a noite juntos, se divertindo e aproveitando o prazer de dividirem a mesma cama.

 A semana se passou bem devagar e logo Tasha estava desembarcando em Londres, como estava sendo difícil pra ela passar tanto tempo longe do seu amor, ao chegar em casa ela já encontrou Nathalie com uma mesa de café da manhã pronta.

  — Eu estava morrendo de saudades mãe! — Disse Nathalie num abraço apertado e demorado.

  — Também senti sua falta filha, você se alimentou bem?

  — Sim! E vem comer, preparei seu café da manhã, tem tudo que você mais gosta.

Ela abraçou a filha mais uma vez, só para ter a certeza de que ela estava ali mesmo. Nathalie olhava o tempo todo para sua mãe, ela queria contar a verdade, tudo que aconteceu lá no México, mas tinha medo de qual seria a reação dela. Tasha sempre falou a Nathalie que se ela precisasse da verdade ela corresse atrás, e foi isso que ela fez, porém essa busca pela verdade teriam consequências.

Já se passaram três meses, e agora Nathalie estava indo com a Tasha para NY, ela não via a hora de pisar em solo americano novamente, está ali com Reade e com a sua mãe lhe dava a sensação de paz, de segurança.

Ela poderia atender o telefone sem tremer ou ficar pálida porque Reade a fazia se sentir segura, ele prometeu isso a ela desde o dia em que se conheceram, ele sim estava fazendo o papel de pai na sua vida.

  — Mãe vamos perder esse voo! — Nathalie gritava na porta enquanto puxava a mala.

  — Calma Nathalie estamos em tempo. — Respondeu Tasha terminando de conferir a mala.

No avião ela enfim dormiu tranquila depois de semanas sem conseguir fazer isso direito, cada carro que passava por perto dela a fazia imaginar o pior, e ela não esperava é que o pior esperava por ela em NY.


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