Um Amor Muda Tudo escrita por Dreams of a Blindspot fan


Capítulo 15
Matando a Saudades.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/791348/chapter/15

O dia ainda estava completamente escuro em Londres mas Nathalie já estava saltitante organizando uma surpresa para a mãe.

• Já chegou em Londres? Posso esperar acordada! — Ela enviou a primeira mensagem assim que acordou.

• Não são nem 5hrs da manhã e você já está acordada? — Respondeu ele. — Espero que você não acorde sua mãe!

• Deixa comigo, quando chegar me avisa. — Pediu ela.

• Em uma hora já devo está chegando.

• Ficarei acordada! Ansiosa pelos meus biscoitos.

• Ah Nathalie, esse é o real motivo? — Perguntou Reade fingindo ofensa, divertindo a garota.

Essas foram as mensagens que Reade e Nathalie trocaram enquanto ele desembarcava em Londres, depois de quase dois meses sem ver a mulher da sua vida e a garota que ele já considerava como se fosse sua filha ele estava ansioso para reencontra-las.

Uma hora mais tarde...

— Nathalie por favor, tente fazer menos barulho! Parece até que você está organizando um show de rock nessa sala. — Ela bufou ao ser despertada do seu sono. — Nathalie eu só quero dormir mais algumas horas. — Pediu ela colocando um travesseiro no rosto.

Em alguns instantes ela estava quase dormindo novamente, quando sentiu um toque conhecido tateando seu corpo, passando pela suas pernas, coxas, cintura, aquilo fez percorrer um arrepio, Reade distribua beijos pelos seus ombros até a sua orelha.

— Ei dorminhoca, hora de acordar! — Ele sussurrou no seu ouvido, beijando o lóbulo da sua orelha. Ela murmurou algo baixo que ele não conseguia decifrar, e logo despertou do sono, o puxando para um beijo.

— Ei, você não iria chegar após o almoço? — Ela falou após recuperar o fôlego do beijo.

— Queria te fazer uma surpresa. — Ele a beijou novamente, a puxando para seu colo.

— Te amo! Estava com saudades. — Ela ficou um tempo no colo dele sentindo o perfume do homem que ela tanto amava. — Vou tomar um banho pra gente comer algo.

— Você levou a sério a história da blusa não foi? — Perguntou ele.

— Claro! Inclusive você precisa renovar o cheiro dela. — Eles gargalharam e tomaram um banho juntos. Após isso ele foi para a cozinha ajudar a Nathalie com o café da manhã enquanto ela se arrumava.

Foi um dia tranquilo, após almoçarem eles passearam um pouco no parque, enquanto as meninas apresentavam um pouco da cidade.

— Vocês já estão bem inglesas não é? — Disse Reade brincando com a forma que elas falavam.

Após uma tarde bem divertida, andando pela cidade em que moravam, os três foram para casa já era início da noite. Beirava as 20:00 quando Tasha sugeriu se organizarem para jantar.

— Não vou jantar! Preciso estudar um pouco, eu como alguma besteira mais tarde. — O celular da Nathalie toca e ela se afasta para atender, deixando a mãe um pouco desconfiada. — Gente boa noite! — Sussurrou a garota indo pro quarto e antes que alguém falasse algo ela entrou fechando a porta.

— Estou vendo que seremos só nós dois, as asinhas de frango e algumas cervejas. — Disse Reade beijando sua amada e a abraçando.

— Amei à ideia. — Disse ela intensificando o beijo.

Os dois decidiram assistir a um filme de comédia, enquanto bebiam um pouco. Reade a olhava com carinho, ouvia a melodiosa gargalhada dela, umas das muitas coisas que ele sentia falta.

— Tash? — Ele lhe chamou.

— Oi amor?

— Acho que você deveria ficar com a Nathalie até o final do período. — Disse ele. — Eu não me sinto confortável em deixá-la sozinha num país onde ela não conhece ninguém. Eu também estou preocupado com a forma que a Nathalie reage quando recebe alguma ligação, você viu hoje no parque? — Perguntou Reade esbanjando preocupação.

— Sei, eu já reparei como ela fica quando ela recebe ligações, não são todas, mas ela sempre vai a um lugar reservado para atender. — Confessou ela.

— Você já questionou sua filha se algo está acontecendo?

— Eu não quero ser invasiva. Todos nós temos algumas particularidades.

— Mas você é a mãe dela, ela só tem 20 anos e você mora com ela, então você é responsável por ela, não é invasivo é cuidado. — Aconselhou ele.

— Acha que eu devo conversar com ela sobre isso?

— Deve! — Ele diz recolhendo os pratos, deixando tudo organizado e puxando a Tasha pro quarto. — Estou morrendo de saudades! — Ele diz após fechar a porta.

Depois de muitas trocas de carinho durante se consumirem Tasha pegou no sono. Reade se levantou com cuidado, e percebeu que Nathalie ainda estava com as luzes acesas.

— Ei, ainda acordada? — Disse Reade chamando a atenção da garota. — Trouxe chá com biscoitos.

— Estou revisando um assunto. — Ela faz uma cara de nojo pro chá. — Detesto chá, a não ser que ele seja de café.

— Não o julgue até experimentar! Prova esse, comprei no mercado com a sua mãe. — Ela toma um gole e faz uma pausa.

— Olha de 0 a 10 eu daria um 9 só pelo fato de ser bom, mas continuo apaixonada pelo meu café.

— Que garota crítica! Conversei com a sua mãe para que ela não voltasse pra NY no próximo mês...

— Readeeee ... — A garota protestou.

— Nathalie você está num país onde não conhece ninguém, morar sozinha te deixaria louca.

— Reade, a Tasha não gostou de Londres, definitivamente aqui não tem nada que prenda a atenção dela. — Confessou ela. — Você não sabe o quanto os móveis dessa casa mudaram de lugar nesses últimos meses, eu tinha medo de abrir a porta e dá de cara com o banheiro no meio da sala. — Os dois soltaram uma gargalhada. — Imagina se ela fica mais três meses? É capaz dela fazer uma Tereza com os lençóis da casa para pular desse oitavo andar. — Disse ela de forma divertida. — Eu adoraria que ela encontrasse algo para fazer aqui, que a deixasse melhor, mas isso só você consegue.

— Nathalie agora um assunto sério, vocês precisam cuidar uma da outra, ela vai voltar para NY ela só vai ficar mais preocupada com você. Então converse com ela também, diga a ela como você gostaria que ela ficasse aqui com você. — Pediu Reade.

— Vou pensar, ok? — Ele acenou. — Tem mais alguma coisa que você quer falar comigo? Essa é a sua cara de “quero falar mais não sei como.”

— Sim, eu quero. — Confessou ele. — Está tudo bem com você? Estou percebendo você nervosa quando seu celular toca!

— Não é nada, só estou esperando algumas confirmações para um estágio, só isso. Nada do que se preocupar! — Ela tentou tranquiliza-lo.

— Quero que saiba que eu e sua mãe estamos aqui para você. — Nathalie concordou com um sorriso. — Boa noite e durma bem.

— Você também!

Reade voltou para cama, onde dormiu agarrado a Tasha. Para o dia seguinte ele tinha programado levá-la a um barzinho. E como ela estava feliz por ele está ali com ela, Tasha dançava graciosa ao som das músicas eletrônicas, pareciam uma casal de adolescentes, passaram a noite entre flertes, beijos e bebidas.

— Bom dia vocês estão com uma cara de ressaca ótima, fiz café e chá. — Falou Nathalie ao vê-los saindo do quarto. — Vou até a biblioteca da cidade.

— Filha volte a tempo do almoço tá? — Pediu Tasha.

— Pode deixar! — Ela disse dando um beijo na mãe.

— Se estiver namorando algum inglês por favor me apresente, você disse que eu era como um pai para você, então vou fazer o papel de um. — Ela o abraça fazendo uma careta.

— Estou sim! — Reade fez um ar de preocupado. — Estou namorando um cara chamado Adam Smith. Preciso devorar um livro dele chamado a riqueza das nações pois tenho uma linda prova na terça.  — Ele teve uma crise de riso pela resposta dela.

— Por um minuto eu quase tive um infarto. — Disse Tasha olhando para a filha.

— É melhor você ir se acostumando Tasha, fomos trocados por um livro e eu estou muito orgulhoso disso.

— Também estou muito orgulhosa dela. — Tasha se derreteu pela filha.

— Reade porque você não prorroga sua licença e fica mais uma semana por aqui? É tão bom ver a Tasha sorrindo o dia inteiro.

— Besta, os dois são o motivo do meu sorriso. — Disse Tasha num abraço coletivo.

 

     Duas semanas depois Reade precisou voltar para NY, o que deixou a casa um pouco vazia, era nítido o quanto um completava o outro.

— Mãe, no próximo final de semana eu vou para excursão da faculdade para Manchester, vamos passar uma semana lá, porque você não aproveita pra ir visitar os seus amigos. — Sugeriu Nathalie.

— Está me expulsando de Londres?

— Não, apenas não queria que você ficasse sozinha quase uma semana nesse apartamento, vai ser bom.

— Eu já estava pensando nisso e já comprei minha passagem sua boba, viajo na quinta à noite. — Avisou Tasha. — Se cuide lá, vou te ligar sempre.

— Pode deixar, eu vou me cuidar. E você divirta-se bastante.

Era a primeira vez que as duas ficavam separadas por tanto tempo desde de que se conheceram.

Nathalie deixou a mãe no aeroporto e seguiu direto para casa, precisava terminar a sua mala.

 

Tasha chegou em NY e foi direto para o sioc encontrar Reade e os amigos que ficaram muito felizes em revê-la.

 

POV NATHALIE

Aquele lugar me causava arrepios, era uma tortura a cada passo que eu dava, eu precisava confrontar o passado de alguma forma, me identifiquei e peguei um crachá de visitante, me sentei próximo a porta enquanto eu o aguardava.

Todas as  vezés que a enorme porta de ferro se abria eu tentava identificá-lo. Nem nos meus piores pesadelos esse momento era tão medonho. Fazia duas horas que eu tinha chegado ao México, sendo mais específica em Baja, na penitenciária de El Hongo.

— Detento 1469 você tem visita no pátio. — Falou um dos guardas.

— Será que a morte veio me visitar? São quase quinze anos sem visitas. — Disse o homem que vivia uma vida solitária há anos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando dessa atualização!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Amor Muda Tudo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.