O Melhor de Nós escrita por Barbia


Capítulo 3
O inesperado


Notas iniciais do capítulo

Terceiro capítulo saído do forninho... Se quiserem me seguir no twitter --> @karasdaughter



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Uma semana havia se passado desde a prisão de Lex.

Kara havia focado em seu trabalho como jornalista e Supergirl, na tentativa de lidar com a morte de seu primo e o afastamento de Lena. Ela mandava mensagens diariamente para a mulher, sem nunca receber uma resposta sequer.

Desde a prisão, Lex estava preso em uma cela especial no DEO, sem contato algum com qualquer dispositivo tecnológico ou elementos químicos. Alex havia designado somente agentes de extrema confiança para ficarem responsáveis pelo homem. Kara nem sonhava em se aproximar da cela, sabendo que Lex tentaria a manipular, aproveitando-se de sua situação com Lena.

Ela estava em sua mesa, na CatCo, digitando um artigo, quando seu celular tocou. Havia virado uma espécie de mau presságio as ligações do DEO durante seu horário de trabalho, então Kara atendeu praticamente preparada para sair voando pelo céu de National City.

—Supergirl? – ela ouviu a voz da irmã. – Precisamos que você venha até o DEO.

Sem nem esperar Alex desligar, ela saiu voando pela cidade. Alex estava encarando o mapa do Ártico, onde um ponto vermelho piscava, perto de onde supostamente estaria a Fortaleza da Solidão.

—O que aconteceu? – Kara perguntou, assim que se aproximou.

—Algo pousou perto da Fortaleza essa noite. – Alex olhou para a irmã, preocupada. – Monitoramos durante toda a noite, mas ele não se moveu até agora.

—Eu vou até lá. – a loira disse, se preparando para sair.

—Não acho que você deva ir sozinha.

—Nós vamos nos comunicar a todo momento Alex.

—Kara...

—Se eu precisar de ajuda você vai ficar sabendo. – Supergirl sorriu para a irmã. – Eu prometo não tentar enfrentar nada sozinha.

Sem esperar uma resposta de Alex, ela saiu voando em direção ao local. Ela sobrevoou por toda a parte, procurando por algo incomum no meio daquela imensidão branca, mas nada parecia se destacar.

—Alex? – ela chamou pelo comunicador. – Eu não vejo nada de estranho por aqui.

—Você está bem em cima de onde o ponto está.

—Vou descer para procurar então.

Kara se aproximou do chão, finalmente enxergando algo entre a neve. Ela avisou a irmã antes de se aproximar cautelosamente. O ponto escuro parecia ser uma pequena nave, ainda fechada, que a loira rapidamente reconheceu.

Ela desceu para perto e não perdeu tempo para abrir a nave, encontrando uma criança ressonando tranquilamente. Ela o pegou no colo, aninhando-o a seu peito e saiu voando em direção ao DEO.

—Alex? – ela chamou a irmã pelo comunicador. – É o Jon.

—Como assim?

—O ponto era uma nave. – Kara olhou para a criança em seu colo. – Clark e Lois devem ter mandado ele na Nave acoplada para a Terra.

—Kara?

—Eu estou chegando, Alex.

Não demorou para Kara pousar no meio do Departamento, entregando o pequeno bebê para a irmã. A diretora o levou para a sala de exames, onde começou a examiná-lo a fim de descobrir se tudo estava bem. Brainy não demorou para aparecer também, segurando uma pequena mamadeira cheia de algo branco.

—Se a nave funcionou como eu imagino, o pequeno kryptoniano deverá acordar em alguns minutos com fome depois de tanto tempo em estado de suspensão.

—Obrigada, Brainy. – Kara disse, pegando a mamadeira.

—Preparei a formula adaptando-a para as necessidades do pequeno...

E então Jon interrompeu a fala dele em um choro sentido, que cortava o coração de Kara. Alex, que havia acabado de examinar o bebê, o entregou para a loira, que o ninou e levou a mamadeira até seus pequenos lábios.

—O que vamos fazer? – perguntou a diretora.

—Vou ligar para Tia Martha assim que ele terminar aqui.

Kara caminhou até a sala de reuniões e fechou a porta de vidro. Ela olhava para o pequeno bebê e pensava em como seria a sua vida. Sabia que Martha iria querer vê-lo e que teriam que decidir como ficaria a situação do menino. Quando Jon terminou a mamadeira e começou a ressonar tranquilamente, Kara pegou o celular e ligou para o número da mãe de seu primo.

A conversa entre as mulheres foi breve, com Martha chorando ao saber do neto durante boa parte dela e terminando com a loira sendo convidada para visitar a outra mulher em Topeka para que ambas pudessem tomar uma decisão cara a cara.

No mesmo dia, Alex e Kara se encarregaram de arranjar um bebê conforto e um sling para carregar Jon, além de fraldas e uma outra muda de roupa. Decidiram que no dia seguinte ambas tirariam folga do serviço e iriam até a antiga casa dos Kent atrás do resto das coisas do menino.

No dia após encontrarem Jon, Kara carregou o bebê em seus braços pelos céus até a casa de Martha Kent em Topeka. A mulher saiu correndo pelo quintal em direção a kryptoniana, tomando o menino em seus braços e apertando-o, enquanto beijava-lhe a face rosada.

Ela olhou para a loira e a abraçou. Kara pode sentir algumas lagrimas molhando seus ombros. Elas permaneceram abraçados até que Jon se incomodasse e começasse a choramingar.

Os três entraram na confortável casa e caminharam até a cozinha, onde havia bolo e café na mesa. Martha permaneceu com Jon em seu colo, observando-o enquanto ele dormia tranquilamente.

—Desculpe-me pelo choro. – disse a ruiva. – É só que imaginei que nunca mais encontraria ele novamente.

—Eu entendo. – Kara respondeu. – Também estou tentando entender e aceitar o que aconteceu.

—Ele vai ter uma vida difícil, eu já havia conversado com Clark e Lois sobre isso.

—E acho que agora vai ser um pouco mais complicado. – a loira entendia a dor que era não ter os pais por perto.

—Ele vai precisar de atenção, não sabemos como vai ser o desenvolvimento dele. – Martha passou o dedo pela bochecha do menino, observando-o atentamente. – Clark deu tanto de trabalho para nós com os poderes dele, mas Jon é meio humano, então não temos como prever como ele vai desenvolver os poderes e se ele vai.

—Imagino. – falou a kryptoniana. – Foi difícil para mim quando cheguei na Terra e, como já era mais velha, eu tinha noção do que era aceitável ou não para as outras pessoas

—Kara. – a ruiva sorriu. – Eu não tenho mais disposição para cuidar de outro bebê, por mais que essa seja a minha vontade. E nós sabemos que não posso simplesmente contratar alguém para ficar com ele. Teria que ser alguém de confiança e, com uma criança meio kryptoniana, seria algo extremamente difícil de encontrar.

—Tia Martha? – Kara sentia seu cérebro em pane. – Eu acho que não estou entendendo...

—Claro que cuidar de Jon é uma responsabilidade grande e, se você não se sentir pronta, eu posso tentar encontrar um jeito de ficar em ele...

—E-eu? – o nervosismo tomou conta da loira. – Cuidar dele? Mas ele é só um bebê e...

—Não precisa ficar nervosa, Kara.  – a mulher abraçou o menino. – Claro que eu estaria disposta a ajudar sempre que você precisar. Além disso, não é uma decisão imediata, tome seu tempo para refletir.

—E Jon?

—Posso ficar com ele por enquanto e você é convidada a ficar aqui se quiser.

—Eu... – Kara respirou fundo. – Me de alguns dias... Eu prometo pensar sobre, mas essa é uma decisão muito grande para ser tomada assim. Eu vou para casa, pensar e conversar com Alex sobre, preciso dela se eu resolver aceitar.

—Não tem problema algum, querida. – Martha sorriu para ela. – Tome seu tempo.

A kryptoniana se despediu do bebê e de sua tia, saindo pelos céus enquanto tentava processar tudo o que estava acontecendo.


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