La Lumière Au Bout Du Tunnel escrita por Mercenária


Capítulo 26
Capítulo 26 - Desespero!


Notas iniciais do capítulo

Gente, só quero esclarecer uma coisa sobre os MEUS vampiros:
Eles podem ingerir gelatina sem causar nenhum no estomago, eles respiram, o coração nao bate, todos (eu disse TODOS) tem um tipo de dom, uns preferem sangue animal outros o humano, o primeiro dia depois da transformação é importante pq é nele se o vamp decide ser dubem ou dumal. Acho que esclareci os fatos... qualquer coisa, é só perguntar! E deixa de enrolação e podem começar a ler...

BOA LEITURA!!!



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26 – Desespero!

PDV ANNIE

Abri os olhos, totalmente desperta.

Inexpressivamente encarei o dossel da cama. Gemi, por todo o meu corpo doer. Cada fibra. Cada músculo. Cada encontro dos ossos. Tudo! Sentia-me fraca, como no dia seguinte do acidente, quando acordei no hospital.

Com algum esforço, e não foi pouco, sentei-me apoiada nos braços. Me espantei. Que traje era aquele que eu vestia?! Era um vestido, apertado no tronco e ao chegar à cintura, se desdobrava em camadas. Totalmente negro! Ainda podia ver meus pés e neles estavam sapatilhas de ballet também pretas, com suas tiras de cetim amarradas delicadamente em meus tornozelos.

Que merda era essa?!

Olhei ao redor novamente devagar. Eu não via nada alem do véu que cobria todo o dossel. Lentamente, joguei minhas pernas para fora da cama e levantei-me. E novamente o susto! Não era um quarto qualquer de um apartamento qualquer.

Era amplo. Lembrei-me dos filmes medievais em que meu pai me obrigou a assistir. Idêntico a um pequeno castelo! Afastei-me da cama, ainda com os olhos atentos. O vestido era leve, por isso senti uma pequenina cauda atrás de mim. Eu precisava me ver melhor!

Avistei um retângulo enorme encostado na parede. Tinha mais ou menos dois metros de altura, com uma moldura antiga e dourada feita aparentemente de gesso. Lindo. Corri para frente dele e estanquei.

-Ah... – a fala ficou entalada no meio da garganta. Pisquei os olhos fortemente.

Alem do vestido elegante (e totalmente desnecessário), meus cabelos estavam presos num coque chique. Aparentemente molhados, eles estavam escuros. Meus olhos estavam delineados por uma maquiagem escura, dando destaque a meus olhos cor de mel.

Meus lábios estavam naturalmente avermelhados.

Choquei-me com a tiara de pedras preciosas, posta delicadamente na minha cabeça. Sem bagunçar meus cabelos! Suspirei nervosamente e analisei o lugar. Uma gigantesca porta de carvalho envelhecida estava fechada. Por ali era a saída?!

Andei ate a porta e empurrei a pesada porta. Com muito esforço, consegui abrir. De repente, o som de piano encheu o lugar!

{n/a: ouçam http://www.youtube.com/watch?v=28sdV_DXSrU é só pra dar um toque de realismo}

Era hipnotizante! Apesar de ter um toque fúnebre e triste, era fascinante! Meus pés agiam sozinhos, andando pelos corredores desconhecidos. O som dos meus passos eram abafados por um espesso carpete felpudo vermelho. As paredes num tom de dourado envelhecido eram cobertas pelos mais variados quadros.

Logo a minha frente havia um lance de escadas. Ergui um pouco do vestido e desci devagar, ainda extasiada pela melodia. Ao terminar de descer as escadas, fiquei presa num dilema: para qual lado seguiria agora!?

A escada a minha frente subia. A do meu lado esquerdo descia. E a musica continuava um pouco mais forte. Resolvi descer. Essa era um pouco mais comprida, mas continuei no meu ritmo.

O hall era espaçoso e desprovido de moveis. Na verdade, só havia o tapete vermelho, que ia ate a grande porta da frente. Novamente optei pelo caminho da esquerda, onde parecia ser a origem da musica. Outra porta enorme de carvalho envelhecida. Respirei fundo.

E mantive o ar dentro dos pulmões, ao fazer esforço para as portas de moverem. Com um ruído que ecoou no espaço ao meu redor, elas se abriram, revelando um salão de festas.

Enorme. Grande. Gigantesco.

Não conseguia mais pensar em adjetivos para esclarecer o espaço dali. Se eu achei o quarto grandioso, ali caia quatro vezes meu apartamento e ainda faltava! Sofás, poltronas, cadeiras, mesas, uma lareira estilosa e charmosa, um espelho tao grande quanto o que eu vi antes e... o piano!

Um homem o dedilhava com extrema dedicação e gentileza. Tao rápido que eu mal via suas mãos se moverem. Levemente inclinado sobre o objeto, eu somente o observei! Eu o invejei por tocar tao bem...

A melodia cessou!

Pisquei os olhos frenética e fortemente, tentando repelir o medo de dentro de mim. O homem se levantou e caminhou ate mim. Deslumbrei-me com sua beleza...

Os olhos amáveis azulados, de um tom escuro que me fez duvidar se essa era mesmo a cor correta. Os cabelos negros e lisos, cortado dum jeito repicado cobrindo a nuca. O físico atlético e atraente, exalava sedução. Tudo muito distribuído em seus 1,90 de altura, se eu estivesse realmente correta!

Seu sorriso de canto era sutil ao mostrar os dentes perfeitamente brancos. Entretanto, tanta beleza não atenuou meu medo. Ele ainda estava presente. Apesar de tudo nele deixar claro que era inofensivo, eu sentia ser apenas uma mascara para seu verdadeiro eu.

-Fascinante... – sussurou com os olhos sonhadores cravados em mim. Engoli seco. –Pena que sempre tenho que esperar duzentos anos para ter um vinho assim... – murmurou consigo mesmo.

Franzi a testa.

{n/a: a partir daqui, qualquer semelhança com The Vampire Diares é pura coincidência!}

-Oh... que indelicadeza! – disse todo sorridente ao me olhar intensamente. – Klaus, ao seu dispor, Lilith!

Isso me despertou do torpor, revelando uma fúria que eu realmente não soube de onde saiu!

-Meu nome é Annie. – soltei entre dentes.

-Sempre me confundo... – desculpou-se. – Cada uma tem um nome. – suspirou. – Ângely, Raissa... – puxou o “r” do nome, fazendo-o parecer russo. – Lilith, e você, Annie!

Meu rosto devia parecer assustado. Ele sorriu bondoso outra vez.

-O que isso quer dizer? – sussurei.

-Quero dizer que a cada duzentos anos, um ser puro da linhagem dos Sunders ressurge, dando exatamente uma copia da mais cobiçada moça da família. Desconfio que sempre volte para fazer algo que não conseguiu na vida anterior. – disse como se estivesse morrendo de prazer e se aproximou de mim. – Mas sempre tem um maldito para atrapalhar!

Recuei com medo da hostilidade. Mas foi inútil! Era como se ele estivesse grudado em mim e ficou rente ao meu corpo, deixando-me constrangida.

-É incrível como que o aroma é diferente! – sussurou andando ao meu redor. – Lembro da essência de cada uma... – parou atrás de mim e deu uma fungadela em meu pescoço. – Ângely tinha o aroma de morangos e rosas. Raissa e o seu agradável aroma de uvas verdes e terra molhada...

Eu tentava diminuir o ritmo do meu coração, mas não conseguia com ele tao perto de mim, representando o perigo!

-A essência de Lilith era peculiar... chocolate derretido. – suspirou. O ar fez cócegas em mim. – Pena que não provei. Agora você... vinho com pêssego! – e aspirou mais uma vez a pele do meu pescoço, fazendo-me encolher.

-Deixe-me ir... – pedi num choramingo. Klaus agarrou meus ombros, impossibilitando-me de sair correndo feito louca.

-É tao irresistível... – sussurou.

Com sua cabeça, fez-me inclinar a minha para o lado. Suas mãos, dos ombros foram para os braços e apertaram-me delicadamente. Seu rosto ainda escondido na base do meu pescoço me deixava desconfortável. Os lábios de Klaus acariciaram a pele do local...

E me mordeu!

Choraminguei, tentando escapar de suas presas afiadas. Mas ele só me segurou forte, junto de si. Tranquei os olhos e soltei um grito horrendo.

PDV LUKE

Não teve um único pedaço de Amsterdã que eu não procurei Annie.

E não achá-la, despertava a fera dentro de mim. O animal que eu controlei por tanto tempo, onde mantive preso na coleira por séculos, estava solto. E andava livremente pela rua!

O elo de meu dom estava tao tênue, que qualquer movimento em falso e eu destruiria o ambiente onde estava. Greg estava tao em alerta quanto eu. E foi realmente uma surpresa ter Sandy e sua gangue ao meu favor.

-Gostaria de saber quem é o maldito que segue meus passos como se fosse minha sombra. – murmurei sombrio e nervoso.

-Luke, nós vamos descobrir! – Greg disse.

-Eu não entendo... porque ele ti chamou de Johnson!? – Sandy perguntou com o papel em mãos. Fiquei em pé em frente à janela.

-Meu nome de batismo é Lucas Johnson. – suspirei cansado. – Luke é apenas um apelido que meu falecido pai pôs. Decidi não mudar...

-Entendi... – ela me cortou com a voz tocada. A olhei com as sobrancelhas arqueadas. – Sunders era o sobrenome dela.

Não respondi, apesar de ela estar corretíssima! Voltei meu olhar para a janela. Ou alem dela. Eu queria tanto encontrá-la! Nunca me senti tao perdido em toda a minha existência...

-Tá sentindo, Luke? – Greg perguntou tenso, na famosa pose de defesa. O fitei confuso, eu estava tao alheio e... O odor daquele dia a quase um mês atrás surgiu de novo.

-Ah... – engasguei-me diante de meu ódio.

-Nunca consegui manipular gente da minha espécie... – a voz masculina veio de dentro do apartamento. Olhei irado na direção da porta e nem sequer pensei duas vezes.

As luzes ficaram loucas, assim como os moveis vibrando e pulando como se tivessem vida própria. Segurei fortemente o pescoço daquele ser e levantei seu corpo do chão, apoiado na porta.

-Eu sabia que seria suicídio vim aqui... – e deu uma risada debochada. Isso só me fez ficar mais cego ainda e o que aconteceu a seguir não alterou meu humor nem minha atenção.

Os moveis pararam de saltar. As luzes foram ao máximo de sua potencia e explodiram não agüentando a intensidade. Ate as janelas explodiram com um ruído alto. Sentia o prazer do poder circular dentro de meu corpo. Era surreal!

-Diga o que veio fazer aqui... – sussurei sombrio.

-E nem pense em mentir, posso lhe arrancar a verdade sem que perceba. – Greg ameaçou por cima do meu ombro. O vampiro ainda tinha um sorriso zombeteiro pregado naquele maldito rosto.

-Malditas ordens... – sussurou bravo. E me olhou com desprezo. – Você se acha o “bonzão” não é? – mostrei os dentes para ele e rosnei. – Você não é bom o bastante!

Forcei mais a mão em seu pescoço. Enquanto eu não visse seus olhos revirarem eu não pararia. E então arrancar-lhe-ia a cabeça e festejaria sua morte.

-Luke, pare, precisamos dele! – Sandy disse. Não lhe dei ouvidos e continuei rosnando para aquele ser desprezível a minha frente. Ele não lutava! – Vou tentar, apesar de que sei que vou fracassar.

Não me interessei pelo o que ela falava. Eu queria vingança! Ou melhor, eu queria Annie aqui comigo. E esse maldito era responsável pela o seqüestro dela e...

-Ah... – minha visão saiu do foco e me fez perdeu a força. Cambaleei.

Eu estava numa floresta escura e sentia o perfume de Annie no caminho a minha frente. Mas rápido demais minha visão voltou ao normal e eu voltei a ser eu mesmo. O Luke controlado. Ou o menos selvagem e irado.

Precisamos dele, pô!

-Eu sei. – sussurei para Greg, que me segurava longe o bastante do outro vampiro. Sentei-me no sofá, derrotado.

-Vou falar com ele! – meu amigo afirmou num tom malicioso. Eu sabia bem o que ele pretendia: arrancar a verdade de qualquer jeito!

-Pare de me hipnotizar, loira. – a voz grave pediu. – Vocês querem saber onde a Moore está! E eu sei...

Todos hesitaram.

Suspirei e levantei do sofá onde estava sentado. Reparei que o ambiente estava todo bagunçado: mesa de centro quebrada, sofás desarrumados, abajures no chão e varias outras coisas. O que houve ali? Não me lembro de ter causado isso...

-Então conte, ser maldito chupador de sangue! – soltei entre dentes.

Não devia chamá-lo assim, tipo... somos o mesmo que ele!

Cala essa boca, Jackson!

-Fale. – fui o mais frio possível.

-Antes de contar, você teria uísque? – perguntou sorrindo. – Estou morrendo de sede

FIM DO CAPITULO!

Vestido da Annie:



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Notas finais do capítulo

É galera... finalmente as mentes malignas agiram. Qual será o destino da Annie!?
E o Luke?
Eu realmente achei esses ultimos capitulos reveladores...
(:

1bj =*
e obrigada a todas que comentam... nao sei se haverá postagem 2ªfeira... depende dos reviews!



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