La Lumière Au Bout Du Tunnel escrita por Mercenária


Capítulo 24
Capítulo 24 - Nostalgia


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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24 – Nostalgia!

Um mês depois...

PDV ANNIE

Eu estava fora de forma, mas não custava nada eu tentar, não é? Suspirei e terminei de amarrar as sapatilhas de ballet. Peguei o celular e liguei numa musica calma cheia de melodia. O som do piano infestava o ambiente.

Fiquei na ponta dos pés.

Era uma leveza incrível poder dançar assim, com movimentos suaves. Fechei os olhos, me concentrando nos movimentos. Luke disse que ficaria algumas horas fora de casa. Motivo? Foi “jantar” com Gregory, seu amigo.

E, eu realmente estava sozinha. Hannah havia saído de casa, para jantar também. Comia fora quase todo dia. Disse que não confiava na minha comida. Na lata! Também depois disso, não me esforcei para fazer comida para aquela ingrata!

Lentamente, lembrei-me da semana que passei com minha mãe...

Flashback

-Ah! Ah! Ah! – arfou vindo em minha direção. Mal sai do carro e fui puxada por seus braços afetuosos.

-Ah mamãe... – sussurei retribuindo o abraço. Seus cabelos macios roçaram em meu rosto. Eu me senti uma menininha frágil outra vez, como em minha infância.

-Ah, você voltou! – afastei-me um pouco para visualizar teu rosto. O afaguei carinhosamente. Parecia tao jovem quanto da ultima vez que a vi. A pele do rosto lisa e igualmente brilhosa; cabelos negros com alguns fios brancos. Como eu pudera ficar tanto tempo longe de minha frágil mãe!?

-Por uma semana. – a lembrei delicadamente.

-Uma longa e divertida semana! – disse sorrindo e me arrastou para dentro de casa.

Flashback

Senti uma angustia.

E a sensação de estar sendo observada veio com força total! Foi tao forte, que me fez cambalear e arregalar os olhos. Via todos os cantos do meu quarto. Mas ainda assim senti medo. Um medo tao aterrorizante, que me fez sentar no meio da cama, com os braços ao redor dos joelhos.

Uma pressão, que me obrigava a ficar no lugar. Meu desespero foi enorme. E eu não segurei a barra, por isso comecei a chorar. E então, senti que tinha alguém dentro do quarto, comigo. Seria esse o meu fim!?

A presença queria o meu mal. Estava no ar. Ou então eu não sentiria tanto medo! Eu não olharia para cima, só pra desfrutar a face do inimigo. Não faria isso! Tentei acalmar minha respiração ofegante. Apertava os joelhos com tanta força, que meus braços doíam.

Uma mão tocou meus cabelos.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH... – gritei debatendo-me. Eu não iria me entregar. Lutaria ate o fim, mesmo que fosse inútil. Eu não ligava! Era o meu instinto de sobrevivência falando mais alto e...

-Annie! – a voz disse. Sabia que conhecia, mas não queria destrancar os olhos. Meu cérebro não racionava corretamente.

-AAAAAAAAAHH... – continuei gritando e me debatendo.

-Annie, para! Chega Annie, sou eu... – e me imobilizou. – Para, sou eu, o Luke!

Minha mente o reconheceu, fazendo-me olhar o seu rosto próximo a mim. Meu lábio inferior tremeu. O alivio foi tao grande que me deixou desnorteada. O que acabara de acontecer?! Desatei a chorar, com os braços moles ao meu lado.

-Shh... tudo bem! – ele me abraçou, consolando-me. – Esta tudo bem, fique calma! – pediu. – O que houve?!

-Eu... – gaguejei alguma coisa que provavelmente ele não entendeu. E então eu pensei.

Eu não sei... senti medo. E a presença de alguém comigo, e então... você apareceu e isso me apavorou!” – as palavras, mesmo em pensamento, saíram atropeladas.

-Shhhhhh... – ele me tranqüilizou. – Fique calma, nada vai acontecer a você. – e me abraçou forte, tentando provar sua promessa. O seu perfume foi o bastante para me acalmar e me fazer dormir tranqüila. Mas não por muito tempo...

PDV NELLY

Se Richard, meu filho descobrisse que eu estava aqui na boate e não em casa dormindo, ele perderia as estribeiras e me arrastaria para casa pelos cabelos. Espero que não tenha que cortar meus longos cabelos castanhos.

Mas, eu estava ali, por saudade! Não iria trabalhar hoje... só quando vencesse os quarenta dias. Tudo bem que isso não justifica minha roupa: calça jeans apertada, camiseta branca baby look, jaqueta de couro e botas de borracha cano curto. Era apenas costume me vestir dessa maneira.

-Eu não sabia que iria encontrá-la aqui. Vejo que estamos mesmo conectados! – o sotaque português já conhecido por mim, soou incrivelmente perto.

-O que faz aqui!? – perguntei sem rodeios sem encará-lo.

-Visitar-te, não basta? – seu sotaque misturado com o tom amoroso me deixava à beira da insanidade. Porque eu amo um traste, meu deus!?

-Não depois de sumir por quatro meses. – rebati e o encarei. Seu olhar era divertido e suave. – São quatro meses, não quatro dias ou semanas, Miguel!

-O que houve, em quatro meses, para me odiar tanto? – perguntou alisando minha mão. Fiquei triste de imediato.

-Perdi um filho.

-RICHARD!? – gritou assombrado. Mesmo sem nunca o ter conhecido, ele valoriza Rich demais. Era o seu filho. E era homem. Miguel o amava!

-Não... – neguei. – Estava grávida. E eu o perdi a poucas semanas... – abaixei a cabeça, desolada.

-Sinto muito, querida. – e me abraçou. Encostei a cabeça em seu peito.

Por mais que ele suma e não mande noticias. Por mais que volte, deixando claro que finge que nada aconteceu e que é como se estivesse presente por todo o tempo ausente. Eu não conseguia odiá-lo! Muito pelo contrario, eu o amava cada vez mais...

-Foi difícil. – murmurei. – Queria que estivesse aqui!

-Sinto muito. – repetiu beijando meu rosto.

PDV PETER

A brisa beijou meu rosto.

Respirei fundo uma vez mais. Em anos, era a primeira vez que eu ia ali depois do funeral. Eu evitava ler as escritas nas lapides e focalizava apenas nos nomes: William e Elizabeth Collins White.

Segurava fresias suficiente para os dois. Eu devia ter chamado minha irmã para vim comigo, mas eu odiava seu olhar de piedade que sempre me lançava. Fazia-me sentir pior do que eu já era. Estava escurecendo e não podia me atrasar.

E mais uma vez, estava escondendo algo de Emillya.

Suspirei abaixando-me para por as flores na lapide de cada um. Lado a lado. Em pé novamente, cruzei os braços e observei só um pouco mais. Aqui era um lugar gelado onde eu não sentia a presença deles. Diferente de casa.

-Vocês fazem falta... – sussurei de testa franzida. – Não consigo aceitar a realidade. – suspirei cansado de tudo. – Porque eu fiz aquilo!?

O vento sibilou pelas arvores.

-Eu prometo voltar. – olhei para meu carro, parado a alguns metros. – E dá próxima vez eu trago a Emy... – sorri para as lapides. –Ela cresceu! – espiei o relógio de pulso. – Tenho que ir, estou realmente atrasado. Ate mais, pai e mãe!

Dei as costas para os dois e caminhei para o carro. Eu tinha um encontro. E não é legal a moça ficar esperando o cara. Trombei com ela na rua e descobri que mora perto de mim.  Na verdade, no mesmo apartamento da Annie. Estranho!

Dei partida no carro e parti para um restaurante aconchegante sorrindo igual bobo. Será que agora eu achei a mulher certa?!

FIM DO CAPITULO!


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Notas finais do capítulo

É... nosso visitante indesejado esta forçando presença...
no que isso vai dar?!
Bom... teve uma GRANDE revelação nesse capitulo... vamos ver se voce notam! Esta mto explicito...
Obrigada a todas que estao comentando. Saibam que eu ja terminei Lumiere no word, agora é só postar...
Se ate segunda tiver 4 reivews, eu posto o capitulo 25, pode ser?!

Gente, voces viram o novo clipe do 30 seconds to mars?! O Jared Leto (o Luke daqui) tá um tesão... shuahsauhsuahsa' Vejam, eu fiquei de 4 pelo clipe... bj =*



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