La Lumière Au Bout Du Tunnel escrita por Mercenária


Capítulo 23
Capítulo 23 - Viagem


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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23 – Viagem

PDV ANNIE

Eu estava assustada e não precisava ficar irritada. Mas não, novamente Hannah com seu péssimo timing me atrapalha!

-Hannah, para com isso já! – reclamei assim que entramos no apartamento.

-Porque eu?! Você some e eu que levo a culpa?

-Hannah, eu não sou burra. Você não esta com cara de quem dormiu fora... ou perambulou a noite inteira. – acusei arrancando-lhe as palavras. Tudo bem que ela já é branca, mas ela conseguiu atingir uma nova tonalidade da cor.

Trim! Trim! Triiim!

Meu celular tocava em algum canto da casa. Porque ela me fazia mudar de humor tao rapidamente!? Que inferno. Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha e puxei as mangas da blusa ate os cotovelos. Meu celular tocava no sofá.

-Alo? – atendi mordendo o lábio inferior e alisando a testa. Um dia eu ainda morreria de preocupação.

-Ah... oi meu bebe!

-Mamãe! –suspirei aliviada, arriando no sofá. Hannah fez uma careta e rebolou aquela bunda magra para seu quarto. – Como esta?

-Poderia estar melhor... – resmungou. – Venha me ver, meu bem, eu não me agüento de saudades!

-Eu sei mamãe, eu também não! – respondi dividida.

-Venha me ver, apenas por uma semana... – tentou-me. Mordi o lábio pensando.

-E o papai? – rebati. Estava dividida demais para responder na lata.

-Viajou a negócios, não sei para que lugar do mundo ele foi dessa vez! – disse triste. – Diz que vem...

-Mãe... – comecei hesitante.

-Sim?

-Talvez eu tenha um motivo a mais para ficar aqui, em Amsterdã. – falei calmamente. E esperei pacientemente a reação dela.

-Tudo bem, pode ficar. Mas venha me visitar, filha! – choramingou. Sorri, ela nem fez perguntas. Ual foi fácil!

-Quando quer que eu vá? – perguntei cedendo ao seu pedido.

-No próximo vôo, pode ser!? – perguntou ansiosa.

-Tao rápido!? – me assustei. – E quem irá me pegar no aeroporto?

-Fred, o motorista. Quem mais seria?!

Sorri. E a partir dali, comecei a conversar amenidades com ela. Passamos algumas horas ao telefone, tricotando. Tive que desligar e arrumar uma bolsa. Eu ainda tinha coisas em Portugal, não precisava levar a mala. Assim que arrumei, tratei de avisar Luke. Eu não queria que ele ficasse preocupado comigo. Afinal, era apenas uma semana longe dele!

PDV RICHARD

-Faz um tempinho que não ti vejo. – Emy disse parecendo casual. Mas eu podia ver suas bochechas rosadas. Ela estava com vergonha da minha mãe, na sala, ouvindo tudo.

-É, parece que os problemas nos separaram... – soltei sorrindo.

-Ahn... – minha mãe emitiu um ruído de que ia cair na risada, mas agüentou firme. Emy tinha ate o pescoço tingido de vermelho.

-E você, esta melhor? – perguntei para quebrar o gelo. Ela assentiu sorrindo de canto

-Graças aos remédios e ao meu namorado, eu estou melhorando. – disse. Bufei. Era loucura ter ciúmes de uma garrafa!? É, eu acho que sim. Isso era passar dos limites, mas mesmo assim. Eu me sentia sendo substituído! ¬¬

-Que bom... – resmunguei.

-Que foi? – perguntou analisando meu rosto.

-É ciúmes... – minha mãe sussurou olhando a TV. Por sorte, ela ainda era minha mãe. E eu não iria bater nela. Mas eu estava morrendo de vontade de mandá-la calar a boca!

-O que disse Nelly? – Emy quis saber.

-Nada. – se fingiu de inocente. Que mãe terrível eu tenho! – Acho que vou dormir um pouco... estou cansada!

-Cansada de que, mãe? – perguntei sorrindo de canto. Ela crispou os olhos e senti que a sua vontade era fazer um gesto obsceno. Novamente pensei: quem era o adulto e quem era o adolescente de nós dois?

-Cansada de não fazer nada. – respondeu se levantando. – Ate mais para vocês. – e antes de se retirar totalmente da sala, ela disse. – Juízo vocês dois viu!

Preciso dizer que coramos pela vergonha e pela sutileza da minha mãe? Estávamos sentados lado a lado, rígidos. Alguém tinha que quebrar o gelo outra vez. E isso era uma coisa que eu teria que fazer, já que...

-Eu estava com saudade. – sussurou tombando a cabeça em meu ombro. Relaxei instantaneamente. Passei o braço por seus delicados ombros.

-Me avise quando algo dessa magnitude acontecer de novo. – falei serio. Emy piscou os olhos, olhando-me opaca. – O que eu espero fervorosamente que não aconteça!

Rimos, um da cara do outro.

PDV LUKE

Eu estava tenso demais. Era complicado. Uma parte de mim tentava acalmar a outra, totalmente desnorteada. Eu não a queria longe de mim! Quer dizer, não agora. Eu não confiava na distancia, pois alguém sempre fica vulnerável. E nesse caso, seríamos nós dois.

Mais ela do que eu! E isso estava me frustrando antes da hora.

-Luke, relaxe! Ate parece que você a esta mandando para a forca. – Greg disse vagamente, concentrado no seu notebook.

-Eu sinto que estou! – resmunguei tenso. E se algo desse ou saísse errado, como eu iria ajudá-la!?

-Imagino como esteja sua mente... – comentou vago. – Quer sair!?

-O que? – franzi todo o rosto para ele.

-Hoje à noite... sair... eu e você... – ele fez um gesto com a mão, como se fosse para eu juntar tudo.

-Não curto homem! – soltei automático. Greg levantou a cabeça rapidamente, horrorizado.

-Filho da mãe! – sibilou para mim. – Eu só não ti bato agora, porque tem que estar apresentável para sua namorada. Se não fosse isso, eu ti quebrava na bordoada! – me ameaçou.

-Oh Greg... – fiz uma falsa expressão de medo. – Acho que nao vou mais dormir depois de sua ameaça. – ironizei.

Ele balançou a cabeça, desdenhado. Eu ri menos tenso. Mais durou pouco. Sempre dura pouco! Houve uma batida suave na porta e eu soube que era ela. Afinal, quando ela se dá ao trabalho de tocar a campainha?

Abri a porta.

-Estou pronta. – ela disse com um esboço de um sorriso no rosto. Sorri de canto.

-Vamos então! – falei. Tínhamos combinado que pelo menos, eu iria levá-la ao aeroporto. Eu me sentiria menos nervoso. Annie deu uma olhadinha para dentro do apartamento.

-Ate mais, Gregory! – disse hesitante. Era importante para mim a relação estável dos dois.

-Ate! – ele disse alto o bastante para ela ouvir.

Saímos do apartamento e do prédio, entrando no Suzuki grand vitara. Antes de voltar para casa, eu teria que devolvê-lo para a locadora. Eu, no banco do motorista, e Annie ao meu lado. Seguimos para o aeroporto.

[...]

Ela entrava relutante no avião, como se seus olhos não quisessem se desgrudar de mim. Meu corpo todo agia ansioso. Olhos vagando de um lado para o outro, procurando algo incorreto. Mandíbula trincada, incomodado pelo barulho de mentes ao redor. Eu estava perdendo o controle!

O painel que controla os vôos começou a enlouquecer, deixando todos confusos. A frustração se juntou com a ansiedade enquanto eu saia daquele lugar. Por onde eu passava, luzes piscavam.

Eu não estava, tecnicamente, nervoso! E olha... ótima hora para mim ter um ataque! Entrei no carro. Uma semana. Apenas uma semana. Fechei os olhos com força e desejei que uma semana passasse rápido demais para que eu notasse.

FIM DO CAPITULO!


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Notas finais do capítulo

Eeeiii...
notei que os reviews cairam de novo. :/ Mas tudo bem, nao vou obrigar ninguem a ler meu original! Obrigada a quem esta comentando, voces sao muito importante para mim
É gente... pegando fogo, né nao? Olha... eu to quase terminando ela no word, como eu comentei em um dos capitulos, seroa 30 ao todo mais epilogo.
Voces vao se surpreender...

Estrelinhas?
Reviews?
Recomendações?!
bj =*



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