Destino e Maldição escrita por Auto Proclamada Rainha do Sul


Capítulo 5
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Depois de muito tempo sumida, eu voltei.
Desculpem, tive problemas com internet e a luz, mas agora estamos estabilizados e vou voltar a postar.



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Estavam sentados do lado de fora do castelo aproveitando um dia tranquilo ou quase isso. Todos estavam reunidos como nos velhos tempos, aglutinados em suas pequenas duplas enquanto conversavam sobre os acontecimentos dos últimos dias. 

— Mas você tem certeza que pode ser ela? — perguntou Scorpia, a cabeça encostada de forma displicente contra a barriga de Perfuma que lhe acariciava os cabelos de forma distraída, a garra esticada no ar enquanto falava. — Quer dizer, vocês a viram morrer não?

Ninguém respondeu de primeira, Catra se ajeitou, virando de costas para os companheiros e mesmo para Adora. A verdade é que ela não tinha certeza se Sombria poderia morrer daquela forma, mas só ela sabia como afetá-la daquela forma, bem… Ela e Double Trouble, mas ele não tinha como entrar em seus sonhos daquela forma, tinha?

— Nós vimos quando ela morreu — disse Adora, enroscando os dedos nos fios revoltos.

Era um dia bonito com o sol brilhando forte no céu, espalhando um calor confortável por toda a Etérnia que parecia retribuir com cores vibrantes. Mas não era assim que o grupo sentia, para eles, era como se uma nuvem densa tivesse estacionada sobre o sol, limitando seu brilho e seu calor.

— Então quer dizer que existe outra bruxa manipuladora circulando por ai? — perguntou Marmista em seu tom entediado de costume. — Foram bons 7 anos de paz.

Haviam tomado a decisão de contar sobre os pesadelos de Catra, havia partido da própria gata, depois de muito pensar durante a madrugada.

— Eu acredito que deveríamos ir até o reino da Magia para investigar isso — resmungou Glimmer, acomodando o marido no colo.

Ainda estava irritada com a proibição do pai. Micah havia decidido que ele e a irmã iriam procurar por respostas enquanto a filha deveria ficar e governar o reino, em segurança. Como se ela não tivesse acabado com uma guerra interestelar. Bow pegou suas mãos e as apertou de leve, antes de levantar.

— Eu sei que você não quer ficar longe da ação — ele disse, olhando em seus olhos — Mas ele e sua tia passaram uma boa parte da vida lá, se alguém sabe onde encontrar essas respostas, eles tem bem mais chances do que nós.

Ela suspirou irritada, antes de trocar de posição, se deitando sobre o colo dele, sentindo os dedos nos fios cor de rosa. 

O desânimo havia se instalado de vez sobre Lua Clara, mal se poderia acreditar que era um lugar que havia acabado de presenciar a volta dos heróis do mundo e o casamento de sua rainha.

~~ D&D ~~

Catra havia acordado no meio da noite de novo. Dessa vez teve a sorte de não acordar Adora quando se esgueirou para fora da cama e se sentou encarando a escuridão do lado de fora da janela.

Continuava tendo os pesadelos que a mandavam para longe de seus amigos. Apesar de sempre tentar convencê-la de que não era querida ali, ela já havia chegado à conclusão de que aquilo não era verdade, soube disso naquela mesma tarde quando estava nos jardins conversando com seus novos amigos. Ela nunca tinha tido nada como aquilo antes.

Não. Não eram as manipulações que a levavam a querer se afastar de Lua Clara. 

Ela podia saber que algo a queria distante. Não sabia dizer o que era, mas conseguia sentir no fundo de seu peito aquela sensação de que se fosse embora tudo ficaria bem.

Deu uma olhada em Adora com os cabelos loiros jogados sobre o rosto adormecido, protegida apenas pelas cobertas que a enrolavam logo abaixo dos ombros deixando ver enquanto o peito subia e descia com a respiração tranquila. Isso era um bom sinal, um sinal de que os pesadelos e as pressões haviam ido embora finalmente.

Aproximou-se dela com cuidado para não acordá-la. Beijou-lhe a bochecha e acariciou os cabelos loiros, arrumando algumas mechas atrás da orelha. Sabia que era arriscado e ela poderia acordar a qualquer momento, mas no fundo, uma parte de Catra realmente queria que Adora acordasse e a envolvesse de volta para os sonos tranquilos que havia tido nos últimos anos, mas isso não podia acontecer.

— Acordada de novo — ela resmungou sem abrir os olhos, a mão acariciando o braço da namorada.

— Eu só vou dar uma volta — ela respondeu em um sussurro, tinha medo de aumentar o tom e sua voz lhe denunciar — Brigar no telhado, essas coisas de gato.

Era uma piada e Adora riu mesmo que sua consciência ainda estivesse dividida entre o mundo dos sonhos e o real.

— Não demora. 

Ela sorriu se afastando da cama outra vez e então pegou uma bolsa que havia deixado separada dos olhos de Adora e respirou fundo antes de sair pela porta.

~~ D&D ~~

Glimmer acordou no meio da noite. Tinha uma má impressão naquela noite. Uma sensação estranha de que deveria se levantar e andar, não sabia para onde ia quando se enrolou no chambre e saiu pela porta. 

Caminhou pelos corredores iluminados pela luz da lua. Todo o lugar era construído para ser banhado com suas grandes janelas arqueadas. De onde estava podia ver a grande pedra da lua que era a fonte de seu poder e então algo chamou sua atenção pelo canto do olho.

— Mãe? — ela chamou enquanto se observava o vulto colorido desaparecer pelo corredor lateral. — Mãe! 

Correu atrás da figura estranha, apenas para perceber que ela não estava em lugar algum dali. O corredor seguia em linha reta e não tinha portas ou entradas, apenas outro corredor saindo da ponta. 

Seus passos diminuíram o ritmo, ela se preocupou se estava realmente acordada pela primeira vez naquela noite. Tocou as paredes com as mãos tremendo para se agarrar a qualquer coisa real.

— Mãe? Você está ai? — ela perguntou para ciente de que estava falando com o nada. Conhecia o corredor seguinte como conhecia suas próprias mãos. Havia sido o corredor do seu quarto a vida inteira e agora era onde ficava o quarto de Adora e Catra. — Mãe, para onde está me levando?

Ela estava praticamente tropeçando nos próprios pés quando atingiu a curva do corretor e então algo bloqueou sua vista. 

— Catra!? — a surpresa a fez colocar a mão no coração agitado até que se acalmasse um pouco e então ela notou a bolsa que caíra das mãos da outra — Onde você está indo?






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