Almas Perdidas 2 escrita por ShadowAlexandre
Anteriormente...
Marcos e Sandra tiveram um argumento sobre o motivo pelo qual Caroline havia atacado. Marcos acredita que apenas ele é o alvo, mas ninguém conseguiu pensar num motivo para o ataque.
Continuando o combate ao incêndio, Marcos foi ajudar um homem que havia se machucado no telhado de uma casa. Foi quando Caroline apareceu e encarou Sandra. A garota disse que Marcos é um assassino, e que ele já machucou alguém no passado. Mas Sandra ficou em dúvida se deve ou não acreditar nas palavras dela.
O Capitão ligou para Sandra e avisou que muita chuva está se aproximando da favela, o que pode ajudar no combate ao fogo. Determinados, os dois bombeiros continuam sua missão...
5-1: Sem tempo a perder
A dupla seguiu por algumas ruas. Marcos parou em uma das casas para checar os equipamentos e abastecer o tanque de água. Depois, eles chegaram em uma rua no final da favela, onde era possível ver o morro. Sandra viu um relâmpago no horizonte.
— Espero que essa chuva não demore... Ia ajudar muito!
— Concordo.
A conversa dos dois foi interrompida por uma explosão.
— O que foi isso? - Gritou Marcos.
— Veio dali! Vamos!
Sandra correu até uma rua estreita. Marcos foi atrás dela.
— Espere, Sandra! É perigoso!
Quando Marcos chegou perto de Sandra, notou que ela estava parada, observando algo com muita atenção.
— Sandra! Não corra desse jeito! Eu... Ei...? Sandra...?
Sandra olhava para o alto. Em seguida, se virou para Marcos.
— Ah, desculpe... É que... Esse lugar...
Marcos olhou para a grande casa. Havia uma inscrição numa placa... "Orfanato da Esperança".
— Um orfanato... Foi daqui que veio a explosão...?
— Eu acho que sim... - Respondeu Sandra.
Os dois abriram a porta e entraram.
5-2: O Orfanato
Assim que Sandra e Marcos puseram os pés no orfanato, que era uma casa de dois andares com um grande salão de entrada, porém com estrutura bem simples, eles perceberam que o local não estava em chamas.
— Que estranho... - Comentou Marcos.
— Não tem fogo por aqui... A não ser que seja no andar de cima.
— Vamos ver então.
Os dois subiram as escadas e foram parar em um corredor com alguns quartos. Foi quando puderam perceber uma fumaça vindo do último quarto.
— Ali! - Disse Marcos.
Marcos foi até o quarto. Sandra o seguiu.
— A porta está aberta. - Disse ele.
Marcos abriu a porta. O que surgiu em frente à ele foi um pequeno quarto com móveis velhos. O que pegava fogo era um criado-mudo com um porta-retrato em cima.
— É só isso...? - Perguntou Sandra.
Depois de apagar o fogo, Marcos olhou ao redor.
— O que explodiu? - Perguntou ele.
— Eu não sei... - Respondeu Sandra, confusa.
A dupla investigou o quarto, até que Sandra olhou pela janela.
— Marcos, vem aqui!
— Ãh?
Marcos foi até a janela.
— Lá na calçada! - Disse Sandra, apontando para o chão.
— Aquilo é...?
Havia um botijão de gás na calçada, bem ao lado do orfanato. Estava escuro e soltava um pouco de fumaça.
— Espera um pouco... - Disse Marcos - Se aquele botijão explodiu lá na rua, por que o criado-mudo desse quarto estava pegando fogo?
Sandra pensou.
— Ei... Espera...
Sandra foi até o criado-mudo e pegou o porta-retrato. Ainda era possível ver alguma coisa da foto.
— ...Não pode ser...
Marcos se aproximou dela.
— Quem é?
— Veja você mesmo...
Sandra entregou a foto para Marcos.
— É... É aquela garota?!
A foto definitivamente mostrava uma menina bem semelhante à Caroline. Não era possível identificar muita coisa além disso, mas Marcos e Sandra tinham certeza que era ela.
— Marcos... Você sabe algo à respeito dela...?
— Não, eu já disse! Não sei nada sobre ela!
Sandra se lembrava das palavras de Caroline. "Aquele homem é um assassino!"
— ...
— Sandra, você está bem? Ainda temos trabalho a fazer.
Sandra voltou a si.
— Ah... Sim, eu estou bem. Vamos logo!
Marcos apenas acenou com a cabeça, e os dois saíram do orfanato.
5-3: O Aviso
Assim que voltaram para as ruas, notaram algumas gotas de água caindo do céu.
— Olha, Marcos! Está começando a chover!
— Certo!
O comunicador de Marcos começou a tocar.
— É o capitão... Alô?
O capitão parecia animado.
— Marcos! Parece que a chuva vai chegar com força total na região da favela. Bom trabalho! Parece que você e Sandra ajudaram todos que precisavam de ajuda! Missão cumprida!
Marcos se virou para Sandra.
— O que ele disse?
— Só um minuto!
O capitão continuou.
— A chuva vai fazer o resto do trabalho. Podem voltar para a base, e... Espere...
Houve alguns segundos de silêncio.
— Marcos, você está aí?! - Perguntou o capitão.
— Sim, estou, pode falar!
— Parece que estamos detectando uma pessoa ainda no meio das chamas! Está na Igreja.
— Na Igreja? Já passamos por lá.
— Só por segurança, vocês podem checar?
— Claro! Pode deixar, faremos isso agora mesmo!
— Obrigado! Depois voltem imediatamente.
A ligação se encerrou.
— Marcos, o que houve?
— Parece que tem uma pessoa ainda perdida na favela. Está na Igreja. Aquela que passamos algum tempo atrás.
Sandra pensou.
— Será que é quem estamos pensando...?
Marcos suspirou.
— Nossa amiga flamejante?
— Sim...
— Saberemos quando chegarmos lá... Vamos.
Os dois seguiram caminho até a Igreja.
5-4: Caminho para o Final
Marcos e Sandra pararam em frente à Igreja. Sandra foi entrar, mas Marcos fez um gesto para que ela parasse.
— Marcos...?
— Ela já deixou claro que o problema é comigo. Deixe eu resolver isso sozinho...
Sandra tentou impedi-lo, mas Marcos já estava decidido.
— Se eu perceber que tem algo de ruim acontecendo, eu vou entrar.
— Tudo bem, mas por enquanto fique aqui fora.
Marcos abriu a porta e entrou, fechando-a em seguida. Assim que se virou, viu Caroline em pé, o esperando perto da mesa.
— Bem-vindo, Marcos...
5-5: A Revelação
Marcos deu alguns passos para frente, se aproximando de Caroline.
— Então... O que quer comigo, Carol?
Ela pensou por alguns segundos.
— Eu acho que você tem algumas perguntas, não é?
— Sim, tenho várias... - Respondeu Marcos, cruzando os braços.
Caroline se aproximou de Marcos, até que ficaram frente a frente.
— Eu esperei muito para te encontrar, Marcos.
— Bem, aqui estou eu...
Marcos suspirou.
— Primeiro, eu quero que você me responda uma coisa... - Disse Marcos - Foi você quem causou esse incêndio?
— Sim, fui eu.
Aquilo já respondia algumas coisas.
— Por quê?
— Você é bombeiro, certo? Qual a melhor forma de conseguir que um bombeiro vá até algum local do que incendiando o próprio lar?
Marcos se espantou.
— Você causou esse incêndio... Pra me atrair pra cá?!
— Exato.
Ele ainda não entendia algumas coisas.
— Mas... Isso é loucura! O que você quer comigo, garota?!
— Acho que você escolheu não se lembrar do passado, Marcos...
Marcos começou a se irritar.
— Qual passado?! Do que eu não me lembraria?!
— Você não se lembra por exemplo... De ter me matado?
Agora, ele não sabia se ficava espantado ou se ria da situação.
— Do que você está falando, garota?! Você está tão viva quanto eu!
Caroline riu.
— Você não me matou aqui, Marcos... Você me matou na vida passada.
— Outra vida?! E você acredita nessas besteiras?!
Ela suspirou.
— Acho que vou ter que te convencer de outra forma...
Caroline se aproximou ainda mais de Marcos, que se preparou para atacá-la. Mas tudo que ela fez foi colocar suas mãos no rosto dele.
— O... O que está fazendo...?!
— Você irá se lembrar de tudo, Marcos... De tudo que aconteceu em nossas vidas passadas...
Uma luz surgiu nas mãos de Caroline. Marcos foi perdendo a consciência... Até que aos poucos, ele começou a enxergar.
Ele via imagens de si mesmo em outra vida... Ou seria outra dimensão? Ele não conseguia entender.
As cenas foram se montando como um quebra-cabeça, até ficarem totalmente claras.
Ele não controlava seu corpo naquela realidade...
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