Almas Perdidas 2 escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 5
Missão Completa, mas...




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Anteriormente...

Marcos e Sandra tiveram um argumento sobre o motivo pelo qual Caroline havia atacado. Marcos acredita que apenas ele é o alvo, mas ninguém conseguiu pensar num motivo para o ataque.

Continuando o combate ao incêndio, Marcos foi ajudar um homem que havia se machucado no telhado de uma casa. Foi quando Caroline apareceu e encarou Sandra. A garota disse que Marcos é um assassino, e que ele já machucou alguém no passado. Mas Sandra ficou em dúvida se deve ou não acreditar nas palavras dela.

O Capitão ligou para Sandra e avisou que muita chuva está se aproximando da favela, o que pode ajudar no combate ao fogo. Determinados, os dois bombeiros continuam sua missão...

 

5-1: Sem tempo a perder

A dupla seguiu por algumas ruas. Marcos parou em uma das casas para checar os equipamentos e abastecer o tanque de água. Depois, eles chegaram em uma rua no final da favela, onde era possível ver o morro. Sandra viu um relâmpago no horizonte.

— Espero que essa chuva não demore... Ia ajudar muito!

— Concordo.

A conversa dos dois foi interrompida por uma explosão.

— O que foi isso? - Gritou Marcos.

— Veio dali! Vamos!

Sandra correu até uma rua estreita. Marcos foi atrás dela.

— Espere, Sandra! É perigoso!

Quando Marcos chegou perto de Sandra, notou que ela estava parada, observando algo com muita atenção.

— Sandra! Não corra desse jeito! Eu... Ei...? Sandra...?

Sandra olhava para o alto. Em seguida, se virou para Marcos.

— Ah, desculpe... É que... Esse lugar...

Marcos olhou para a grande casa. Havia uma inscrição numa placa... "Orfanato da Esperança".

— Um orfanato... Foi daqui que veio a explosão...?

— Eu acho que sim... - Respondeu Sandra.

Os dois abriram a porta e entraram.

 

5-2: O Orfanato

Assim que Sandra e Marcos puseram os pés no orfanato, que era uma casa de dois andares com um grande salão de entrada, porém com estrutura bem simples, eles perceberam que o local não estava em chamas.

— Que estranho... - Comentou Marcos.

— Não tem fogo por aqui... A não ser que seja no andar de cima.

— Vamos ver então.

Os dois subiram as escadas e foram parar em um corredor com alguns quartos. Foi quando puderam perceber uma fumaça vindo do último quarto.

— Ali! - Disse Marcos.

Marcos foi até o quarto. Sandra o seguiu.

— A porta está aberta. - Disse ele.

Marcos abriu a porta. O que surgiu em frente à ele foi um pequeno quarto com móveis velhos. O que pegava fogo era um criado-mudo com um porta-retrato em cima.

— É só isso...? - Perguntou Sandra.

Depois de apagar o fogo, Marcos olhou ao redor.

— O que explodiu? - Perguntou ele.

— Eu não sei... - Respondeu Sandra, confusa.

A dupla investigou o quarto, até que Sandra olhou pela janela.

— Marcos, vem aqui!

— Ãh?

Marcos foi até a janela.

— Lá na calçada! - Disse Sandra, apontando para o chão.

— Aquilo é...?

Havia um botijão de gás na calçada, bem ao lado do orfanato. Estava escuro e soltava um pouco de fumaça.

— Espera um pouco... - Disse Marcos - Se aquele botijão explodiu lá na rua, por que o criado-mudo desse quarto estava pegando fogo?

Sandra pensou.

— Ei... Espera...

Sandra foi até o criado-mudo e pegou o porta-retrato. Ainda era possível ver alguma coisa da foto.

— ...Não pode ser...

Marcos se aproximou dela.

— Quem é?

— Veja você mesmo...

Sandra entregou a foto para Marcos.

— É... É aquela garota?!

A foto definitivamente mostrava uma menina bem semelhante à Caroline. Não era possível identificar muita coisa além disso, mas Marcos e Sandra tinham certeza que era ela.

— Marcos... Você sabe algo à respeito dela...?

— Não, eu já disse! Não sei nada sobre ela!

Sandra se lembrava das palavras de Caroline. "Aquele homem é um assassino!"

— ...

— Sandra, você está bem? Ainda temos trabalho a fazer.

Sandra voltou a si.

— Ah... Sim, eu estou bem. Vamos logo!

Marcos apenas acenou com a cabeça, e os dois saíram do orfanato.

 

5-3: O Aviso

Assim que voltaram para as ruas, notaram algumas gotas de água caindo do céu.

— Olha, Marcos! Está começando a chover!

— Certo!

O comunicador de Marcos começou a tocar.

— É o capitão... Alô?

O capitão parecia animado.

— Marcos! Parece que a chuva vai chegar com força total na região da favela. Bom trabalho! Parece que você e Sandra ajudaram todos que precisavam de ajuda! Missão cumprida!

Marcos se virou para Sandra.

— O que ele disse?

— Só um minuto!

O capitão continuou.

— A chuva vai fazer o resto do trabalho. Podem voltar para a base, e... Espere...

Houve alguns segundos de silêncio.

— Marcos, você está aí?! - Perguntou o capitão.

— Sim, estou, pode falar!

— Parece que estamos detectando uma pessoa ainda no meio das chamas! Está na Igreja.

— Na Igreja? Já passamos por lá.

— Só por segurança, vocês podem checar?

— Claro! Pode deixar, faremos isso agora mesmo!

— Obrigado! Depois voltem imediatamente.

A ligação se encerrou.

— Marcos, o que houve?

— Parece que tem uma pessoa ainda perdida na favela. Está na Igreja. Aquela que passamos algum tempo atrás.

Sandra pensou.

— Será que é quem estamos pensando...?

Marcos suspirou.

— Nossa amiga flamejante?

— Sim...

— Saberemos quando chegarmos lá... Vamos.

Os dois seguiram caminho até a Igreja.

 

5-4: Caminho para o Final

Marcos e Sandra pararam em frente à Igreja. Sandra foi entrar, mas Marcos fez um gesto para que ela parasse.

— Marcos...?

— Ela já deixou claro que o problema é comigo. Deixe eu resolver isso sozinho...

Sandra tentou impedi-lo, mas Marcos já estava decidido.

— Se eu perceber que tem algo de ruim acontecendo, eu vou entrar.

— Tudo bem, mas por enquanto fique aqui fora.

Marcos abriu a porta e entrou, fechando-a em seguida. Assim que se virou, viu Caroline em pé, o esperando perto da mesa.

— Bem-vindo, Marcos...

 

5-5: A Revelação

Marcos deu alguns passos para frente, se aproximando de Caroline.

— Então... O que quer comigo, Carol?

Ela pensou por alguns segundos.

— Eu acho que você tem algumas perguntas, não é?

— Sim, tenho várias... - Respondeu Marcos, cruzando os braços.

Caroline se aproximou de Marcos, até que ficaram frente a frente.

— Eu esperei muito para te encontrar, Marcos.

— Bem, aqui estou eu...

Marcos suspirou.

— Primeiro, eu quero que você me responda uma coisa... - Disse Marcos - Foi você quem causou esse incêndio?

— Sim, fui eu.

Aquilo já respondia algumas coisas.

— Por quê?

— Você é bombeiro, certo? Qual a melhor forma de conseguir que um bombeiro vá até algum local do que incendiando o próprio lar?

Marcos se espantou.

— Você causou esse incêndio... Pra me atrair pra cá?!

— Exato.

Ele ainda não entendia algumas coisas.

— Mas... Isso é loucura! O que você quer comigo, garota?!

— Acho que você escolheu não se lembrar do passado, Marcos...

Marcos começou a se irritar.

— Qual passado?! Do que eu não me lembraria?!

— Você não se lembra por exemplo... De ter me matado?

Agora, ele não sabia se ficava espantado ou se ria da situação.

— Do que você está falando, garota?! Você está tão viva quanto eu!

Caroline riu.

— Você não me matou aqui, Marcos... Você me matou na vida passada.

— Outra vida?! E você acredita nessas besteiras?!

Ela suspirou.

— Acho que vou ter que te convencer de outra forma...

Caroline se aproximou ainda mais de Marcos, que se preparou para atacá-la. Mas tudo que ela fez foi colocar suas mãos no rosto dele.

— O... O que está fazendo...?!

— Você irá se lembrar de tudo, Marcos... De tudo que aconteceu em nossas vidas passadas...

Uma luz surgiu nas mãos de Caroline. Marcos foi perdendo a consciência... Até que aos poucos, ele começou a enxergar.

Ele via imagens de si mesmo em outra vida... Ou seria outra dimensão? Ele não conseguia entender.

As cenas foram se montando como um quebra-cabeça, até ficarem totalmente claras.

Ele não controlava seu corpo naquela realidade...


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