Almas Perdidas 2 escrita por ShadowAlexandre
Anteriormente...
Após acordar de um estranho pesadelo, Marcos se reencontra com Sandra, e os dois partem para encontrar uma fonte de água. Eles descobrem que a favela possui água encanada em quase todas as casas, o que ajuda bastante.
Marcos entra em contato com o Capitão Isaac e descobre que as coisas estão indo bem por lá, o que os deixa mais tranquilos.
Eles se separam. Enquanto Marcos combate um incêndio, Sandra ajuda um menino a escapar da favela, e ganha uma atiradeira de presente. Depois que Marcos consegue apagar o fogo, a misteriosa garota, que revela se chamar Caroline, aparece e o ataca. Graças à Sandra, ela não consegue ferí-lo e escapa.
Mas agora, os dois descobrem uma nova ameaça...
4-1: O que fazer?
Marcos terminou de combater a parede de fogo. Mas Caroline já havia desaparecido.
— Então... O que faremos agora, Marcos?
— Vamos continuar a missão: Salvar as pessoas. E agora sabemos que elas continuam correndo perigo.
Sandra estava sentada no degrau de uma casa.
— Eu não sei... Acho que devemos avisar isso ao Isaac e acionar a polícia.
Marcos se virou para Sandra.
— Ainda não! Se contarmos, ele vai querer cancelar nosso trabalho aqui.
Sandra se levantou. Ela parecia estar se irritando.
— Nós estamos no meio de um incêndio gigante, e agora somos caçados por uma garota que pode controlar o fogo e quer nos matar! As coisas já saíram de controle.
Marcos encarou Sandra.
— Ela quer matar a mim, e não a você!
Sandra se espantou.
— Como... Como é?
— Eu não sei por que, mas... Ela sabia meu nome... E era a mim que ela queria. Quando você chegou ela desistiu de me atacar...
Sandra pensou um pouco.
— Mas...
Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Marcos interrompeu.
— Eu quero saber o motivo dela ter feito tudo isso... E a razão pela qual ela quer me matar.
Sandra baixou a cabeça. Em seguida, segurou seu machado com força e encarou Marcos.
— Então tá! Eu vou com você!
Marcos sorriu levemente.
— Vamos continuar de onde paramos... Salvar pessoas.
— Sim!
Os dois passaram pelo local onde estava a parede de fogo e seguiram mais adentro da favela.
4-2: Perigo lá em cima
Marcos e Sandra passavam por uma longa rua. As casas ao redor estavam pegando fogo, mas felizmente não havia sinal de pessoas dentro delas.
— Marcos... Sobre aquela garota... Você disse que ela quer te matar... Mas por quê?
— Eu não sei. Eu nunca vi aquela menina na vida.
Sandra baixou a cabeça.
— Mas se ela tentar te ferir, e eu estiver por perto... Eu não vou deixar.
— Obrigado. A propósito, onde achou esse estilingue?
— Ah, aquele garoto que eu salvei me deu de presente!
A conversa dos dois foi interrompida.
— Ei, vocês!! Me ajudem!!
Marcos e Sandra procuraram a origem da voz.
— Lá em cima! - Disse Marcos, apontando para um telhado.
A pequena casa estava pegando fogo, mas o telhado ainda estava bem. Lá havia um homem.
— Me ajudem! Eu não posso descer, a casa está toda em chamas... E eu acho que esse telhado não vai resistir!
Marcos tentou abrir a porta, mas não conseguiu. Sandra segurou seu machado com força.
— Abrindo caminho! Vamos, Bunyan!
Sandra golpeou a porta, abrindo um pequeno buraco. Marcos conseguiu destrancá-la.
— Sandra, você fica aqui fora. Vigie ao redor.
— Entendi! Leva isso com você!
Sandra passou o kit de primeiros-socorros para Marcos.
— Obrigado! Eu já volto!
Marcos entrou. Assim que pisou na casa, sentiu uma onda de calor.
— Muito bem, é hora de fazer meu trabalho.
Ele pegou a mangueira de incêndio e começou a combater as chamas.
— Sem tempo pra apagar todo o fogo. Eu tenho que focar em abrir caminho até o telhado. Cadê as escadas...?
Marcos olhou ao redor até ver uma escada que levava para um buraco no teto. Ele apagou todas as chamas que estavam no caminho e subiu os degraus.
— Ah, graças à Deus! - Disse o homem ao ver Marcos.
— Eu sou Marcos e aquela é minha parceira, Sandra. Você está bem? Qual o seu nome?
— Eu me chamo Bruno... Estou bem, mas acho que queimei as mãos, na tentativa de fugir. Eu acordei com o fogo bloqueando meu caminho até a saída, então vim correndo pra cá...
Marcos abriu o kit de primeiros-socorros.
— Certo, vamos tratar disso então...
4-3: Uma nova Esperança
Sandra assistia a missão de Marcos.
— Muito bom, Marcos! Você é o melhor!
Ela fez sinal de positivo para ele, mas ele não viu, pois estava cuidando do ferimento do homem. Naquele instante, Sandra ouviu um barulho.
— Hã...? O que foi isso?
Havia um beco a alguns metros da onde ela estava. Ela pôde ver um vulto passando por lá.
— Quem está aí?!
Sandra saiu de seu posto e entrou no beco. Lá, ela conseguiu ver do que se tratava.
— É... É você...!
Era Caroline. A mesma garota que tentou matar Marcos. Sandra segurou seu machado.
— O que você quer?! Saiba que eu não tenho medo de você, garota!
Caroline baixou a cabeça.
— Eu não vou te machucar...
Sandra a encarou.
— Eu sei, mas você quer machucar o Marcos! E eu não vou deixar sequer você chegar perto dele, mesmo que tenha que lutar pra isso!
Caroline deu alguns passos para frente. Sandra ficou em posição de defesa, com o machado em mãos.
— Aquele homem... Ele não é quem você está pensando... - Disse Caroline.
Sandra não entendeu.
— Do... Do que você está falando?
— Aquele homem é um assassino. Ele fez muito mal à algumas pessoas, no passado.
Sandra ameaçou atacar Caroline. A garota parou de andar.
— Você não conhece o Marcos! Eu trabalho com ele há anos. Ele é uma pessoa honesta, trabalhadora e sempre disposta a ajudar os outros. Aliás... Foi você quem começou esse incêndio todo, não foi?
Naquela hora, o comunicador de Sandra tocou.
— Ãh...?
Ela o pegou, e em seguida olhou novamente para Caroline. Mas ela havia sumido. Sem responder a pergunta.
— Alô, aqui é a Sandra...?
— Sandra, sou eu, Isaac.
— Ah, olá, capitão.
— Eu trago boas notícias!
Sandra se animou.
— Estou mesmo precisando de boas notícias. Pode falar.
— Bem, de acordo com a previsão, teremos bastante chuva se aproximando da cidade em menos de uma hora.
— Sério?! Isso é ótimo!
— O combate continua, mas se essa previsão se concretizar, vai ficar muito mais fácil combater o fogo. Avise o Marcos.
— Pode deixar.
Sandra desligou o comunicador.
— Olá, Sandra. Você parece feliz. - Disse Marcos, se aproximando.
— Ah... Eu estava falando com o capitão Isaac. Ele disse que tem chuva chegando nessa região.
Marcos cruzou os braços.
— Isso é muito bom! Em quanto tempo?
— Menos de uma hora, ele disse.
— Então, enquanto isso, temos trabalho a fazer. Aquele homem já está em segurança.
Sandra acenou positivamente.
— Ótimo... Hum... Marcos...
— Sim?
— Eu...
Sandra se lembrou das palavras de Caroline.
— O que houve? - Perguntou Marcos, confuso.
— Ãh... Nada... Vamos continuar o trabalho!
Marcos concordou. Os dois seguiram caminho até outra área da favela.
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