Sauvetage - Proj. Fada Madrinha escrita por AmyMackenzie, QG Dramione


Capítulo 2
Capítulo 01


Notas iniciais do capítulo

×× Abaffiato ××

Aqui estou amores, com o segundo capítulo dessa fic de desafio incrível.
Espero que vocês apreciem tanto quanto eu, quando escrevi. Boa leitura



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Hermione ainda não estava completamente convicta de que havia feito a coisa certa, mas sabendo que dali há alguns minutos ela teria grandes explicações a dar a Harry e a Kingsley Shacklebolt, finalmente se convenceu que o melhor a fazer era colocar um sorriso no rosto, um que indicasse que ela havia feito a coisa certa e que a convicção de que aquilo era real poderia tranquilizar a todos. Bom, o sorriso não ficou tão convincente assim, era melhor que sorriso nenhum, embora. Com passos ainda vacilantes, ela foi e assim que chegou na sala do ministro ouviu algumas vozes que ela conhecia muito bem. Harry e Ron estavam ali, conversando de uma forma exasperada com o ministro, que tinha a voz mais alterada do que o que ela era acostumada a presenciar. Ainda incerta, ela bateu suavemente na porta.

— Entre! – O ministro disse, mais alto do que era considerado normal. – Ah, olha só quem está aqui. Justamente quem nós queremos ver. Hermione, filha... Será que você pode me explicar o porquê aquele criminoso saiu daqui pelas portas da frente sem a minha autorização ou a do chefe do esquadrão de aurores? – Apesar de claramente irritado, ele parecia sincero em sua pergunta, quase esperançoso para que a resposta de Hermione salvasse o mundo bruxo e ela se sentiu um pouco culpada.

— Eu... Ministro, eu... – Não, aquilo não estava bom de nenhuma forma. Ela claramente não inspirava nenhum tipo de controle ou confiança sobre a forma como falava e sabia que isso poderia lhe custar bem mais que o emprego caso ela não fosse convincente. Tentando mais uma vez, ela pigarreou e abriu o sorriso mais brilhante que conseguiu e com a postura ereta, simplesmente disse. — Kowast enxergou a razão e acabou por nos dar o endereço dos bruxos sequestrados.

Os três que estavam ali ficaram perplexos. Encararam a mulher como se uma terceira cabeça estivesse saindo do seu pescoço, mas assim que a incredulidade deu lugar a compreensão os três demonstraram toda a felicidade pelo que a castanha havia conseguido. Kingsley deu tapas de euforia na mesa, Harry xingou alto e Ronald gargalhou e bateu palmas e depois eles encararam Hermione como se ela fosse o próprio sol que aquecia e iluminava o mundo.

— Meu Merlin, Hermione. Você é brilhante. – Harry disse, encarando a amiga.

— Excepcionalmente espetacular. – Kingsley disse tão contente que levantou de sua mesa, ainda sorrindo. 

— Completamente perfeita. – Ronald disse, abraçando a sua amiga e lhe tirando do chão, o que fez com que a mesma desse um gritinho e em seguida desse um tapa no ombro do amigo.

— Mas se me permite, quero saber sobre Jacob Kowast. – O ministro disse sem sorriso, mas a sua expressão ainda era serena. Ainda. E agora vinha a bomba que lhe faria explodir ali mesmo junto com uma demissão, Hermione pensou, ficando completamente séria, mais uma vez concentrada e ereta, enquanto encarava o homem. – Então você o liberou para julgamento imediato? Colocou um rastreador nele ou algo do tipo para que possamos ter acesso a ele? Quer dizer, para onde exatamente você o mandou querida?

Ronald Weasley e Harry Potter a encararam, confusos. Agora que o ministro havia citado, era realmente estranho que ela ainda não tivesse dito nada.

— É verdade, Mione. – O ruivo disse. – O que você fez com aquele traste?

— Devo iniciar o protocolo de prisão, Mi? – Harry perguntou, cruzando os braços. Ela pigarreou mais uma vez. Estava ferrada.

— Na verdade, senhores, nada disso será necessário. O senhor Jacob Kowast estava disposto a dificultar nossa vida, como vocês mesmos sabem... Por isso eu fui obrigada a fazer algo a respeito. Fiz um acordo com o mesmo.

— Sim querida, nós sabemos, mas o que você negociou? – Shacklebolt perguntou, parecendo um pouco nervoso. Ela encarou seus amigos, que pareciam tensos ao seu lado e o alerta de perigo fez a sua autoconfiança se abalar um pouco. – Hermione, o que você fez?

— Meninos, Kingsley... Segundo um documento escrito por mim, com minha assinatura e uma gota do meu sangue em contrato mágico, o senhor Jacob Kowast, por ter-nos dado o endereço do que poderá salvar a bruxandade, declara que ele é completamente inocente de todas as acusações. A partir de hoje, Jacob Kowast é apenas mais um cidadão bruxo sem nenhuma ligação com os crimes de sequestro. 

 

Silêncio. Um silêncio ensurdecedor que parecia pesar uma tonelada, se instaurou na sala no mesmo momento. Kingsley piscou algumas vezes, como se tivesse levado uma bofetada, colocou a mão em seu coração e respirou fundo, caindo em sua poltrona sentado e desolado, no mesmo momento em que Hermione sentiu seu braço ser puxado e assim que ela se deu conta, estava do lado de fora da sala, sendo arrastada por Ronald.

— Hermione, pelo amor de Godric, se você tem algum amor pela sua vida, vai para a sua sala agora, deixe que Harry e eu damos um jeito nisso e não sai de lá por nada. – E ela, esperta como era, fez exatamente o que seu amigo aconselhou, não sem antes ouvir o grito exasperado e completamente ininteligível do seu ministro.

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.

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Duas batidas na porta fizeram Hermione se sobressaltar e encarar local de onde vinha o som. Ela ainda não estava completamente confiante de que era seguro pedir para que a pessoa entrasse, dado o surto que o ministro havia dado por mais de quarenta minutos. Ela tinha certeza que todo o ministério da magia tinha escutado, senão toda Londres. Havia esvaziado seu bule de chá inteiro na tentativa de se acalmar e seus saltos poderiam até mesmo ter furado o chão de tanto que andou para lá e para cá, ansiosa pelo desfecho da situação. Mais duas batidas soaram, fazendo com que a morena  acordasse de seu torpor. 

— Pode entrar. – Gritou incerta. Assim que a porta se abriu e ela viu Harry, respirou aliviada. – Graças a Deus é você. Estava realmente achando que teria de arrumar minha mesa e sair daqui correndo e desempregada. – Ela arriscou uma brincadeira, ao passo que o amigo lhe deu um sorriso insosso que não alcançou os olhos, enquanto sentava em uma das poltronas na frente da mesa da amiga.

— Tá legal, agora por favor me responda, de onde saiu a ideia brilhante de fazer aquilo? – Apesar de falar com calma e pausadamente, Hermione sabia que seu amigo não estava nada feliz. Ele era o chefe do departamento dos aurores, afinal. Ela havia passado por cima de sua autoridade.

— Harry, antes de mais nada por favor me perdoa. Por favor. – Ela disse sincera, os ombros desabando. – Estávamos todos cansados, sem uma ideia sequer do que fazer. Ele não comeu e nem bebeu nada por três dias. Não sei nem mesmo como ele ainda estava consciente. Poderia ter desidratado seriamente. E ainda por cima, ele me desafiou. Você sabe como eu fico instável quando estou sob pressão. E os reféns correm perigo real, ninguém sabe se eles ainda estão ao menos vivos para contar história. Eu nunca quis passar por você ou por Kingsley, mas foi a única ideia que me ocorreu. Sinto muito se foi uma estupidez.

O Potter em questão encarou mais uma vez a amiga, sério, mas ao ver seus olhos marejados e cansados, desistiu de qualquer discussão que viria a seguir, mesmo que pequena. Ele apenas respirou fundo e depois soltou o ar, bem devagar, como se aquilo fosse um mantra para se acalmar.

— Está bem, Mione. Não precisa me olhar assim. Eu consegui convencer Shacklebolt de suas boas intenções e ele parece estar um pouco mais... Quer dizer... Um pouco menos irritado.

— Ah, Harry, você é marav...

— Acho melhor você esperar eu terminar de falar antes de completar essa frase. – Harry disse, agora com um pequeno sorriso zombeteiro nos lábios e Hermione engoliu a seco. Conhecia muito bem o seu amigo para saber que nada de bom viria dali, pelo menos nada de bom para ela. – O ministro estava completamente fora de si, posso dizer até mesmo que ele estava puto com você. Disse que aquele endereço não significava nada e que você havia sido ingênua e facilmente enganada. Rony estava a ponto de chorar quando ele terminou de gritar, você precisava ver. Pensando nisso agora, até que foi bem engraçado.

— Harry Potter, foco. Pelo que você está me dizendo as coisas não estão exatamente boas para mim.

— Ah, claro. – O moreno respondeu, pigarreando e voltando ao foco. – Eu não pude fazer muito para acalmá-lo, mas garanti que você é uma auror excelente e que sua intuição é incrível, então disse que como prova de que você claramente conseguiu o endereço certo, senão você jamais teria dado ao Kowast a liberdade, você iria na frente verificar se a informação é verídica.

— Ah... Na verdade, para o que eu estava esperando, nem é tão ruim assim. Quando é que eu posso selecionar o esquadrão?

Harry pigarreou mais uma vez, hesitante.

— Hermione, acho que você não entendeu. Você não pode levar nenhum esquadrão.

Hermione piscou algumas vezes e encarou o seu amigo. Pensou que ele estava fazendo uma piada, mas o assunto era sério demais para tal. Ainda em choque, ela encarou aquele que desde sempre foi o seu melhor amigo e então, respondeu com a voz dois tons mais elevadas do que o normal.

— Espere aí... Você está dizendo que eu vou sozinha para um endereço que realmente pode ser o cativeiro dos bruxos sequestrados, é isso mesmo?

— Eu não disse que você vai sozinha...

— Ah, é mesmo? Então por favor acabe logo com essas suas explicações antes que eu morra do coração por equívoco seu. Quem vai comigo? – Mais um pigarro. Um pouco de hesitação. Uma respiração audível. Hermione, que agora segurava as bordas de sua mesa, já estava com as pontas dos dedos brancas de tanto apertar.

— O ministro escolheu um dos aurores do esquadrão resgate para te acompanhar.

— Ótimo. Quem?

— Foi o... Foi Draco Malfoy.

Harry prendeu a respiração, Hermione piscou e a seguir, vários vasos de flores que haviam na sala da castanha explodiram. Hermione, que até então não percebera estar com a varinha em suas mãos, havia se descontrolado. Harry, completamente assustado, achou melhor pegar o objeto das mãos da bruxa, que mais uma vez, caiu em si e percebeu que o amigo não brincava e nem estava mentindo e então, o grito incrédulo e ininteligível de Hermione soou na sala.

— AAAAAAARG. MAS. QUE. PORRA. ELE. PENSA. QUE. ESTÁ. FAZENDO. MANDANDO. ESSE. LOIRO. IDIOTA. PARA. UMA. MISSÃO. COMIGO?

— Hermione, se acalme, por Morgana. Todos estamos nervosos aqui.

— Harry, ele fez de propósito. Fez para me punir, não é isso? Ele sabe que Malfoy me odeia e que o sentimento é recíproco.

— Hermione, Draco não é a mesma pessoa de Hogwarts.

— Quem está falando de Hogwarts, Harry? Quem? Estou falando do presente, das diversas missões em que eu fui obrigada a trabalhar com ele e que fui sua superior e ele foi incapaz de ouvir a ordem mais insignificante que eu dava. Você sabe disso melhor do que ninguém.

— Você sabe que Draco só faz isso com você, não é? Rony e eu trabalhamos com ele em alguns casos e até nos demos bem.

— O que você quer dizer com isso? O problema sou eu?

— Eu nunca disse isso. Você sabe que toda essa briguinha de vocês pode ser apenas ele tentando chamar sua atenção, né?

— Olha, vamos para com essa conversa por aqui.

— Ah, qual é Mione... O ministro até que fez uma boa escolha ao escalar o Malfoy. Ele jamais deixaria algo acontecer com você porque ele é afim...

— Harry, eu juro que se você terminar essa frase, eu vou pegar um vaso que ainda não tenha quebrado e vou jogá-lo na sua cabeça.

— Está bem, está bem. Não está mais aqui quem falou. Mas agora, vamos focar na seriedade da situação. – Harry disse, assumindo mais uma vez sua postura profissional. – Vá para casa, arrume sua bolsa com aquele feitiço maravilhoso de extensão, se arrume e vá para o caldeirão furado. Tem um quarto reservado em nome de Clarisse Foster lá. A chave de portal para o tal endereço vai estar esperando vocês lá. Vai ser uma almofada. A chave será acionada às 15h em ponto. Não se atrase.

Hermione, ainda tentando se acalmar e processar toda a informação que teve, olhou no relógio e percebeu que teria ainda duas horas para se arrumar. Respirou fundo, aquilo era o suficiente. Assim como o seu melhor amigo, assumiu sua melhor postura profissional e concordou com a cabeça. Haviam vidas de pessoas em perigo ali e ela teria de ser a melhor auror que pudesse ser, mesmo que significasse ter que aturar Draco Malfoy.

— Tudo bem, Harry. Eu não vou decepcioná-lo.

— Eu sei que não vai, Mi. Quando vocês detectarem o local e tiverem a certeza que é onde estão os sequestradores e os reféns, nos mande um patrono. Estaremos aguardando em posição de combate.

— Eu farei isso sim.

— Mais uma coisa Hermione... Leve a minha capa da invisibilidade. – Harry disse, estendendo o tecido envolvido em papel pardo para a amiga, que aceitou sem hesitação. – Fique bem, Mione. Não sei o que faremos se acontecer algo com você. 

Harry finalizou, abraçando sua amiga com força e todo o amor que ambos compartilhavam desde pequenos. Hermione sentiu uma lágrima quente escorrer por sua bochecha, mas se convenceu de que era apenas o cansaço por todos os dias sem dormir. Assim que sentiu Harry beijar-lhe a testa, se afastou, não sem antes dar um beijo na bochecha de seu irmão de coração. Pegou suas coisas e sorriu para oferecer um conforto ao amigo e a ela mesma e assim, aparatou na sala de sua casa.


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Notas finais do capítulo

E agora o que podemos esperar? AMOOO. Esse casal me tem toda.

Quais seus palpites? Já sabem em qual conto me baseei?

Meus amores lindos que me seguem e me leem, não esqueçam de conferir o perfil do QG. Só tem autora fodasticamente foda. Elas estão simplesmente arrasando e vocês vão ficar com gostinho de quero mais. Confiram la o @qgdramione

Obrigada desde já. Me façam feliz com comentários!

×× Finite ××



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