Sauvetage - Proj. Fada Madrinha escrita por AmyMackenzie, QG Dramione


Capítulo 3
Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

xx Abaffiato xx

Hello babies. Mais uma vez aqui, para alegrar a noite de você.

Boa leitura ♥



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 Não eram nem 14:45 quando Hermione chegou ao caldeirão furado. Não estava exatamente satisfeita ou mesmo tranquila de saber que teria de passar um tempo com Malfoy, em uma missão que ela não sabia se obteria sucesso, mas havia convencido a si mesma de que o melhor a fazer era tentar ser profissional, ignorar as constantes piadas sem graça e a sua falta de capacidade de ouvir a castanha, quando essa era a líder de uma operação.

                Entrou no local, ainda pensativa sobre o quão tola havia sido por ter feito um acordo daquela magnitude com alguém sem honra e sem palavra como um sequestrador, entretanto, tentando se convencer que de nada mais adiantaria chorar pelo leite derramado.

O Caldeirão furado estava cheio demais, uma coisa relativamente estranha para aquele lugar, que nunca parecia ter mais de três mesas ocupadas. Foi até o balcão onde um atendente completamente esquisito lhe atendeu, oferecendo um sorriso que talvez quisesse passar gentileza,  embora mais parecesse que ele estava com dor de barriga. Pegando a chave do quarto, ela foi até as escadas rapidamente, tomando o devido cuidado para não  ser reconhecida, uma vez que nada poderia estragar os planos da bela mulher. Quando enfim já estava na frente do quarto, percebeu a porta entreaberta e Draco sentado em uma poltrona de aparência velha e decadente. Segurava um livro que ela não conseguiu identificar e estava tão concentrado que por um momento, Hermione admirou seus traços. Porém, aquele mero segundo passou e ela voltou a si, pigarreando e batendo na porta com dois toques, ainda que ela pudesse entrar.

— Entre, Granger. – Ele respondeu, ainda entretido com o seu livro, nem mesmo levantando os olhos para ela, que apenas bufou. Pelo visto aquela viagem seria longa.

 Entrando no quarto, a morena observou que Draco havia levado uma pequena mochila e estranhou. Não era o plano que eles passassem muito tempo fora e o único motivo de ela mesma ter levado sua bolsa de contas era o fato de ali ter literalmente tudo o que eventualmente eles pudessem precisar. Draco pareceu acordar de seu torpor, quando ela sentou na cama, ainda sem dizer uma palavra.

— Boa tarde para você também. – O loiro provocou.

— Ora, não comece. Você não havia dito nada, para esperar uma resposta.

— Justo. – O sorriso sarcástico que tanto Hermione odiava estava ali e ela precisou de todo o esforço para não revirar os olhos. – E então, como vai Granger?  Deve estar ótima depois da conversa amigável que eu soube que teve com o ministro, essa manhã.

Agora sim, Hermione revirou os olhos, contendo um xingamento nada apropriado para aquela situação inusitada de trabalho, se odiando mais uma vez por ter feito a estupidez de dar a liberdade aquele homem. Agora ela estava ali, tendo que aturar aquele que ela achava ser o maior idiota que já conhecera.

—  Cale a boca, Malfoy. – Respondeu seca. Isso pareceu diverti-lo bastante, uma vez que ele soltou uma risadinha anasalada e irritante.

— Certo, certo. Em outro momento falaremos sobre esse seu ato de bravura e genialidade. Garanto que não faltarão oportunidades. Vamos discutir o que realmente importa.

— Olha só, parece que ele tem um pingo de bom senso nessa imensidão de insensatez. – Hermione retrucou, sem de fato aborrecê-lo. – Sobre o que quer falar?

— Bom, depois que eu soube que seria obrigado a trabalhar com você, Potter foi até minha sala passar informações pertinentes a essa viagem.

— Que história é essa? – Perguntou ela, um pouco ofendida por seu amigo não ter lhe dito nada. – Harry foi até minha sala e não disse nada além de que eu deveria estar aqui às 15:00h. Não faz sentido algum.

— Pois é, parece que a exímia bruxa mais inteligente do ministério irritou tanto seus superiores que o Potter teve que tirá-la de lá o mais rápido possível...

— Malfoy... – Hermione começou em tom de aviso.

— Okay, Granger. Prometo parar de falar da sua genialidade. – Mais deboche. Ela o odiava. – Potter só acertou os últimos detalhes depois que você saiu. Por isso foi me avisar, já que eu ainda não tinha saído.

— Então fala de uma vez o que ele te disse.

— Que apressadinha. Ele disse que vamos poder passar no máximo três dias fora sem dar notícias. Caso não retornemos nesse período e nem demos notícias, um esquadrão será enviado em nossa busca e ele ressaltou que isso fará as coisas ainda mais complicadas, então pelo bem do caso, é melhor que você use a tal capa dele, seja lá o que isso significa.

— Okay. O que mais?

— Pelo visto o endereço que Kowast deu a você não foi localizado no mapa, então a chave de portal que vamos pegar em cinco minutos vai dar em um lugar na suíça que é aproximadamente quatro quilômetros do tal endereço. Vamos ter que ir andando de lá e torcer para que nada e nem  ninguém nos alcance. – Aquilo definitivamente era um mal sinal. Hermione franziu o cenho, ainda mais preocupada do que antes. – Hey, Granger, não fique assim. Se há alguém naquele ministério que sempre soluciona um caso, seja ele grande ou não, esse alguém é você. Vamos conseguir. – Draco disse, lhe oferecendo um sorriso quase gentil, o que a levou a crer que ele estava louco. O breve momento passou quando o próprio Draco pigarreou e voltou a falar. – Por fim, quando acharmos os sequestrados, devemos mandar um patrono para ele, que já estará com um esquadrão  à postos, nos esperando. Ele mandou um recado explícito para você, à propósito.

— E qual foi?

— Hermione Granger. – Ele começou, fazendo aspas com os dedos. – Nada de atacar o grupo de sequestradores ou mandantes sozinha. Não dê uma de heroína do mundo bruxo se colocando de frente para a morte.

— Ele não disse isso.

— Não só disse como me autorizou a azarar você, caso tente fazer o contrário do que ele orientou.

— Harry é tão idiota quanto você. – Hermione respondeu, mas estava sorrindo com o recado.

Alguns minutos se passaram em que eles apenas repassaram algumas medidas de proteção e Hermione lhe informou mais coisas sobre o caso, que ele não sabia. Dois minutos antes da hora marcada, eles se posicionaram na frente da almofada que seria usada como a chave de portal.

— Que escolha interessante de portal. – A castanha disse, meio sarcástica.

— Pelo que o Weasley me informou antes de eu vir para cá, vamos sair em mais um hotel de beira de estrada que é bruxo. É exatamente por ele que nós temos que voltar, daqui há três dias e nesse mesmo horário.  Agora vamos.

Draco e Hermione colocaram as mãos na almofada ao mesmo tempo e as mãos se tocaram de uma forma que ambos sentiram um choque elétrico, se olharam e detiveram o olhar, um sentimento completamente diferente fazendo com que os dois não soubessem exatamente como agir. Não tiveram tempo para isso, embora. Tão rápido como sentiram aquele choque, foram puxados pela almofada e de repente a sensação era incômoda, puxados e repuxados pelo espaço, quase como se girassem várias e várias vezes, até que tão rápido como veio, a sensação terminou e ambos caíram no chão. Draco xingou enquanto levantava e foi até Hermione, lhe estendendo a mão. Ainda confusa com o que havia acontecido momentos antes, a castanha estava completamente aérea quando Draco lhe puxou, com mais força que o necessário, fazendo com que o pequeno corpo se chocasse com o dele, que por reflexo e medo que a pequena bela mulher caísse, agarrou sua cintura. Mais alguns segundos de uma situação completamente embaraçosa. Hermione sentia seu rosto aquecer com uma rapidez descomunal e Draco parecia incrédulo com ele mesmo. Soltando-se, Hermione se afastou, desamassando sua blusa apenas para ter algo para fazer.

— Obrigada Malfoy, mas é melhor eu mesma levantar se cair novamente.

— Tanto faz, Granger. – O loiro disse, fingindo indiferença. – Vamos logo. Graças à sua ideia genial de soltar um sequestrador, estou preso nessa missão maluca com você. Quanto antes resolvermos isso, mais rápido saímos daqui e mais rápido estarei livre da sua histeria.

— Você me chamou do que? – Hermione perguntou, completamente indignada enquanto encarava as costas do loiro, que já estava indo para a pequena porta do quarto.

— É exatamente da coisa que você acabou de demonstrar ser, Granger. Histérica.

— Eu sabia que trabalhar com você seria impossível, principalmente nessa missão. Eu disse isso a Harry, mas alguém me escuta? Claro que não..

— Se você continuar gritando desse jeito, com certeza a Suiça inteira vai te ouvir. – Ele sabia que estava brincando com fogo, mas tudo valia para que o que havia acontecido minutos antes fosse completamente ignorado por ambos.

Hermione abriu a boca para lhe xingar de algo, mas acabou se convencendo de que ele não valia seu tempo. Ainda estava furiosa, e por isso passou por ele lhe empurrando no processo, tão rápida quanto um furacão. Draco riu ao perceber que a castanha estava irritada, porque no fundo, ele a achava ainda mais bonita quando estava assim. Foi impossível não admirar sua bela silhueta, enquanto ela saia porta a fora, batendo com toda a força e lhe arrancando um sorrisinho cretino. Aquela viagem prometia muito e mesmo que ele não quisesse admitir, estava ansioso para saber o que viria pela frente.

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.

.

Algum tempo já havia se passado desde o momento em que Hermione e Draco saíram do hotel. A mulher ainda estava muito irritada com o rapaz para tentar qualquer tipo de interação e por esse motivo, apenas andava ansiosa e esperançosa para chegar ao local e com sorte desvendar logo esse crime. Hermione sempre levava os casos para o lado pessoal, ainda que o indicado não fosse esse e ainda que as pessoas defendessem a tese de que trabalho e vida pessoal não se misturavam, ela funcionava melhor assim, se importando e tentando a todo custo solucionar os tais crimes do mundo bruxo, como uma forma de trazer calma e alento para todas as pessoas que conseguia. Ela acreditava que essa era a sua missão, portanto estava pedindo a todas as divindades que conhecia que aquele realmente fosse o endereço correto, não se importando com uma demissão ou com matérias maldosas que sairiam n’O Profeta Diário, caso fracassasse. Sua única e principal prioridade ali era salvar os prisioneiros e prender os criminosos.

— Granger? – Ouviu e se assustou. Passara tanto tempo pensando que por um momento havia até se esquecido de Draco. O olhou confusa, com uma clara pergunta silenciosa sobre o porque ele estava chamando-a. – Ouviu o que eu disse?

— Não. – Foi sincera. – Estava pensando. O que é?

— Estamos andando há muito tempo, você está tremendo de frio e nem temos ideia de onde é esse endereço. Não é melhor perguntarmos a alguém?

— E a quem perguntaríamos? Estamos no meio de um deserto, não há ninguém aqui. É uma região montanhosa, em pleno o inverno suíço. Qual seria o doido que estaria aqui, agora?

Como se a garota tivesse lançado um desafio ao vento, um grupo de jovens apareceu, vindo no sentido contrário a eles. Draco a olhou, com aquele sorriso zombeteiro que infelizmente ela conhecia muito bem. Rolou os olhos, impaciente. Só poderia estar pagando pelo pecado de libertar Kowast, era puro carma.

— Vá perguntar você.

— Por que eu? – Protestou o outro, com uma cara de poucos amigos.

—  Você deu a ideia, você pergunta. Anda, Malfoy.

E assim, ele pegou o pequeno papel com o endereço das mãos de Hermione e foi em direção ao pequeno grupo, reclamando sem parar, eram dois teimosos. Não demorou muito a que Draco aparecesse, com a cara ainda mais amarrada do que antes.

— Isso aqui é o nome de uma das montanhas, gênia. Meus parabéns, agora teremos de escalar a porcaria daquela montanha ali — Draco disse, apontando para um lugar bem distante naquela névoa densa.

— Ora você é ou não um bruxo, Malfoy? — Perguntou, revirando os olhos. 

Sem esperar por respostas, pegou sua pequena bolsa de contas e a varinha e em seguida proferiu o Accio. Uma Nimbus 2000 saiu dela e Hermione a jogou para Draco, que ainda a encarava confuso. Mais uma vez ela apontou a varinha para a sua bolsa e tirou de lá mais uma vassoura que ela nem mesmo sabia de qual marca era. Sob o ohar atento de Draco, ela voltou a fechar a bolsa e colocá-la em seu ombro.

— De onde saiu isso? — Perguntou completamente confuso.

— Da bolsa, é óbvio.

— Disso eu sei, Granger. Quero saber é como você conseguiu fazer isso.

— Feitiço indetectável de extensão.

— Mas não era você que tinha medo de voar?

— Não é medo. Só me sinto desconfortável com altura, mas sou uma auror. Não posso perder tempo com receios e medos bobos quando pessoas esperam para ser salvas.

— E como…

— Você faz perguntas demais, Malfoy. Vamos logo antes que eu morra congelada.

Poucos segundos depois, ambos já estavam sobrevoando aquele céu cinzento e frio em direção á tal montanha. Apesar de tudo, não era como se não pudessem enxergar nada na frente deles. Quando enfim chegaram ao local, pousaram, percebendo que nada havia ali. Hermione varreu o lugar com aqueles olhos castanhos, nervosa, quase como se pudesse fazer com que todos os sequestrados aparecessem bem diante de seus olhos. Infelizmente, não foi o que aconteceu.

— Mas que porra. — Ela ouviu a voz de Draco atrás de si, mas estava tão incrédula e frustrada que não se sentia apta para brigar ou rebater. Na verdade, até sentia seus olhos arderem, como se ela fosse chorar a qualquer momento.. — E agora, Granger, o que vamos fazer?

A pergunta do rapaz com belos olhos de tempestade não havia sido ofensiva ou mesmo com intuito de provocá-la. Ele estava tão preocupado com aquele caso quanto ela, levava seu trabalho tão a sério quanto ela. Mas talvez a angústia de Hermione a fez ficar cega e ela não pensou duas vezes antes de virar para ele, claramente descontrolada.

— Eu não sei, ok? Não sei. Você não estava torcendo para que a merda da missão acabasse? Então, Malfoy, ela acabou antes mesmo de começar. Está satisfeito agora, seu babaca? — Ela não gritava, mesmo que fosse  extremamente cortante, mas nem isso diminuiu o impacto de suas palavras, que ofenderam a ele.

— Está louca, porra? Eu não ofendi você e nem nada do tipo. Pensa que só você se importa com as pessoas que sumiram, acha mesmo que todos os aurores e as famílias daquelas pessoas não se importam? Não está na hora de ser uma garotinha mimada e frustrada porque não conseguiu resolver a porcaria de um caso, por Salazar. Recolha essa sua petulância insuportável, vamos voltar para aquela porcaria de hotel e ir para o ministério tentar desvendar essa merda.

— Você está insinuando que eu estou mais preocupada com o meu emprego do que com as vitimas? Mas que tipo de doente é você?

Antes que a briga piorasse naquele momento, algo que chamou a atenção de ambos aconteceu. Duas enormes sombras se ergueram sobre os dois e em questão de segundos, Hermione estava sendo pressionada contra as paredes de pedra daquela montanha e Draco cobriu a boca da castanha som suas mãos. Os corpos estavam tão próximos que se eles não estivessem sobre uma grande cena de perigo e apreensão, poderia ser confundido facilmente com uma cena quente, romântica. Ainda colado ao corpo da mulher, Draco olhou em seus olhos e engoliu em seco, saindo de foco apenas um segundo antes de voltar a si e encará-la com um pouco mais de receio. Soltou seus lábios e proferiu a palavra “gigante” sem emitir som algum. Os olhos castanhos tão lindos e hipnóticos para ele, se arregalaram de pavor e ela pegou sua bolsa, ainda trêmula. Draco não entendeu nada, mas viu o momento em que Hermione os cobriu com um pano, movendo os lábios no que formou a palavra inaudível “abaixe-se” e ele, confiando completamente nela o fez sem questionar.

Draco ficou surpreso quando notou seus pés sumirem. Ele não era tolo, sabia muitíssimo bem o que era uma capa de invisibilidade, mas nunca havia visto uma de perto. Sem muitas opções, viu Hermione sondando o lugar até que seus pequenos olhos espertos encontraram algo e ela continuou a lhe dar instruções mudas de que deveriam  andar juntos e com cuidado, para não tropeçarem em nada. O irônico foi que ela quase tropeçou em uma lata velha de feijoada, que por sinal, havia sido motivo de muita estranheza dela. Continuaram seguindo devagar até que entraram em uma espécie de caverna, que surpreendentemente havia ali e antes mesmo que saíssem da capa, Hermione apontou sua varinha para a entrada do local e começou a proferir os seus muitos feitiços de proteção, a cada lampejo que saia da varinha uma barreira transparente se expandia na entrada do local.

Quando enfim Hermione terminou Draco saiu de debaixo do tecido e a morena o pegou em suas mãos, arrancando de sua cabeça. Olhando para aquela barreira invisível, não soube dizer o que de fato a motivou a começar a chorar. Talvez fosse o cansaço das noites não dormidas, o medo que havia acabado de passar, o fato de ter sido enganada  por um criminoso vagabundo que só mentiu, a raiva de Draco por ter dito aqueles absurdos mais cedo, apenas poucos minutos antes, ou se era tudo isso somado a sua preocupação com os sequestrados. O fato é que ela permitiu que a primeira lágrima caísse, quente, dolorosa, cansada, mas ainda assim, silenciosa. E a primeira deu lugar a mais algumas e antes que pudesse se controlar, um pequeno soluço irrompeu de seus lábios.

— Está chorando? — Draco perguntou retoricamente, se posicionando ao lado dela. — Calma, Hermione. Vai ficar tudo bem. — Ela o encarou estranhando a falta de desinteresse ou a presença de sarcasmo em sua voz, além do ato de ele tê-la chamado pelo primeiro nome. Fungou, um pouco constrangida pela atenção desnecessária que atraiu para si mesma.

— Não finja estar preocupado quando me disse aqueles absurdos há poucos minutos. 

Uma respiração audível, um olhar que Hermione jurou ser de arrependimento e até mesmo um desconforto demonstrado por ele surgiram.

— Me desculpe. Não quis insinuar nada e nem chatea-la. Só que você também provocou. — Ele pareceu sincero, mesmo que ela não acreditasse muito. Além do mais, não era mentira que ela havia saído de si, ponderou.

— Certo. Desculpe. Eu estava apenas processando que fui uma idiota, enganada por um sequestrador imundo que conseguiu a liberdade por uma informação falsa e de quebra, me mandou para a morte.

— Hey, Granger do que é que você está falando? Não é possível que você não percebeu que isso pode significar algo bom. Por que em nome de Merlin haveriam dois gigantes aqui, morando em uma montanha na suíça e como ele saberia disso? É claro que aí tem coisa Talvez a intenção dele realmente fosse machucar você, mas que tem algo nessa história, tem. E vamos descobrir o que é, salvar os reféns e prender todos esses sequestradores imundos.

Algo na confiança de Draco e na lógica de suas palavras inspiraram coragem na castanha, além de esperança e calma, fazendo com que aos poucos ela parasse de chorar. Ele estava certo afinal, talvez tudo aquilo significasse algo, talvez até tivesse relação com o local onde as vítimas estavam. Hermione olhou para Draco se sentindo consideravelmente melhor e ele lhe abriu um sorriso sincero de dentes brancos, ainda incerto enquanto se aproximava dela e esfregava um de seus braços com a mão, tentando consolá-la ainda.

— Supondo que o que você está dizendo tenha sentido, e tem.. O que fazemos agora?

— O que nos resta, não é? — Ele disse, apontando para trás de si, onde Hermione viu algumas almofadas espalhadas pelo curto espaço que tinha ali. — Vamos sentar e esperar. Talvez traçar um plano ou algo do tipo.

— Mas daqui há pouco anoitece, Malfoy.

— Exatamente. Não podemos sair nesse frio, enquanto eu fico todo encolhido para poder caber debaixo desta capa e correr o risco de sermos pegos. Aqui estamos protegidos. Posso fazer feitiços aquecedores, tambem trouxe comida na minha mochila e nós ficamos observando a movimentação. 

— Isso significa que vamos ficar aqui, juntos,só nós dois? — Ela perguntou, nervosa. Draco abriu um sorriso cretino, piscando duas vezes.

— Sim, Granger. Significa isso. Nunca ficou de tocaia na sua vida antes?

— Já, mas…

— Então pronto. Por que dessa vez seria diferente? — Hermione engoliu em seco. A pergunta especulativa ficou sem resposta, enquanto ela se dava por vencida e ia sentar em uma das almofadas. Draco a acompanhou.

— Se você fizer qualquer gracinha, não penso duas vezes antes de azará-lo.

— Não sei do que está falando. Eu sou completamente sério e respeitoso. — Disse, ainda com um sorrisinho zombeteiro. — Vamos descansar um pouco. Algo me diz que precisaremos estar bem para resolver essa missão quase impossível. 

Ela concordava, mesmo que não fosse admitir tal coisa. Pedia internamente para que o loiro realmente se comportasse e torcia para que aquela missão não terminasse em uma tragédia, de nenhum tipo.


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Notas finais do capítulo

Então meus amores, hoje cedo percebi que por mais que esteja aqui tentando trazer entretenimento nesses momentos não exatamente fáceis que estamos passando no nosso país e mundo, não tenho perguntado como vocês estão e nem desejado forças. Sei que muitos que usam esse site podem estar com alguém querido e amado doente e que não deve ser fácil, então eu desejo muita força, saúde e que vocês consigam passar por isso com a mente o mais sã o possível.

Muita, muita luz mesmo, para todos. Se precisarem conversar, estou aqui.

xx Finite xx



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