O Crime da Rainha escrita por Lilium Longiflorum
A rainha saiu cedo junto com um destacamento de soldados com a missão de ir ao encontro dos tarkatâneo, mas ansiosa por saber se Erron havia cumprido a encomenda. Decidira não comentar nada a respeito disso com Sheeva, pois não sentia mais confiança nela.
De manhã, Kitana se pôs a mesa junto com Tundra e Sheeva. Ficou calada durante todo o café e para quebrar um pouco o silêncio a shokan perguntou:
— O que a princesa pretende fazer hoje?
Kitana limpou a boca com um guardanapo e respondeu:
— Vou com Li Mei visitar uma casa de repouso não muito distante daqui. Preciso espairecer um pouco a cabeça.
— Sim princesa – falou Sheeva cruzando as mãos sobre a mesa – vou pedir que um guarda lhe acompanhe, pois tenho um serviço para Tundra
— Sem problemas – a princesa se levantou – partirei por volta das 9:30
— Certo, princesa.
Ela saiu indo em direção as escadarias.
— O que você tem para mim, Sheeva?
A shokan deu um sorriso matreiro e disse:
— Depois que a princesa sair eu te falo – ela olhou no relógio que ficava do lado da entrada da sala de jantar – pelo horário dá para você treinar um pouco.
Assim que Tundra terminou o café foi direto para a sala de treino se perguntando o que Sheeva tinha para ela.
(...)
Jade tirou cochilos espaçados e como a luz do sol batia forte por entre as fibras do tecido da barraca não conseguia dormir mais. O aroma que os pólens das arvores proporcionavam fazia com que ela se sentisse mais viva. Decidiu se levantar, mas antes viu uma túnica feita de tecido rústico e com bordados coloridos.
— Oi, bom dia – uma voz feminina se fez ouvir da entrada da tenda.
— Bom dia.
— Você deve ser Jade – disse a jovem balançando suas tranças de um lado para o outro enquanto se aproximava da edeniana. – escolhi essa túnica pra você se vestir. Espero que não ache feia.
Jade a pegou e a estendeu ficando deslumbrada com a beleza dos bordados.
— Realmente é muito bonita, obrigada.
A menina logo saiu da tenda, deixando a edeniana se vestir. Assim que se vestiu, Jade refez sua trança e saiu da tenda. Olhou de um lado para o outro e viu Nightwolf lixando seu tomahawk.
— Bom dia.
Ele se virou e ao ver que era Jade se levantou.
— Bom dia, dormiu bem?
— Não muito... Raiden sabe que estou aqui?
O índio respirou fundo e respondeu:
— Sim e também falei que fui eu quem matou Dario.
— Como sabe que ele estaria lá?
— Por coincidência eu e Fujin conversamos até tarde e como tinha um quarto vago embaixo do seu, resolvi dormir lá. Daí notei uma movimentação estranha, quando vi o que estava acontecendo... vi que tinha que fazer alguma coisa.
Jade se sentia muito grata por Nightwolf ter salvo sua vida. Queria fazer algo por ele, mas não sabia o que. De repente um de seus irmãos veio lhe perguntar:
— Tem algo para fazer agora de manhã?
— Não por que?
— Precisamos de carne para o almoço.
— Posso buscar.
Jade se ofereceu para ir e Nightwolf respondeu:
— Será bem vinda.
(...)
Assim que Kitana partiu, Sheeva foi procurar Tundra na sala do treino. Ele estava bebendo água de seu cantil.
— Está pronto, guardião?
— Sempre
— Ótimo, me acompanhe.
Tundra acompanhava a shokan olhando de um lado para o outro, entraram no palácio e subiram as escadas em direção aos quartos. Quando Sheeva abriu a porta do quarto da rainha, ele ficou apreensivo.
— Este não é o...
— Sim, é.
Ela abriu a porta e o puxou pelo braço, fechando a porta atrás de si. Tundra ficou maravilhado com a beleza do quarto e o glamour da decoração. Enquanto isso Sheeva pegava de uma estante um livro azul de capa dura, colocou o livro sobre a cama e pegou uma das cadeiras que estava na varanda, colocou frente a uma poltrona e chamou Tundra para que se sentasse nela. Sheeva sentou-se na cadeira com o livro nas mãos. Com a feição preocupada disse:
— Tundra, o que estou prestes a fazer pode por em risco a minha cabeça. Mas é algo que quero fazer por Kitana, pois eu vejo a aflição em seus olhos por estar sendo enganada.
— Do que está falando?
— Bem, eu sei o que está acontecendo com a rainha... O jeito e o desprezo com que Sindel tem tratado a filha... tem um motivo.
— E qual é?
A shokan respirou fundo e respondeu:
— Sindel e Liu Kang estão tendo um caso faz um tempo e ela está grávida... e pretendem fugir.
Tundra ficou incrédulo e não conseguia dizer algo sobre o que acabara de ouvir. Seu coração doeu por Kitana e sentia vontade de tirar satisfações com Liu pelo que ele estava fazendo.
— Isso é um crime.
— Eu sei e eu sou uma das cúmplices... não sabe como isso me dói.
— Sheeva, prometo que não falarei seu nome, direi que fui eu que descobri.
— Agradeço, Tundra, mas acho que isso não dará muito certo. Em todo caso esteja perto de Kitana quando ela ler isso. Ela vai precisar de alguém para se apoiar. De repente ouviu-se ali no quarto um toque de telefone, vinha de uma gaveta.
— Consegue abrí-la, Tundra?
Ele congelou a fechadura e a quebrou. Sheeva pegou o celular e atendeu, era Kung Lao:
— A rainha está?
— Sou a Sheeva, diga o que precisa.
— Encontraram Dario, um dos guardas edenianos, morto no quarto de Jade e ela foi levada por Nightwolf, mas está bem.
Naquele exato momento Sheeva ligou os pontos e imaginava como Dario foi parar lá.
— Raiden pensou em enterrar Dario aí em Edenia.
— Não! Enterrem ele no Plano Terreno.
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