I Doubt The Stars Are Fine escrita por cherrybombshell
Cuidar de uma criança não era fácil, nem mesmo uma criança tão angelical quanto Scorpius.
Crianças eram pequenas e inocentes e, bem, energéticas, no caso de Scorpius. Elas sempre precisavam de atenção e carinho – elas sempre mereciam isso, mesmo quando elas estavam fazendo birra, mesmo quando elas estavam sendo barulhentas e propositalmente irritantes, porque elas estavam sob o seu cuidado, e você tinha o dever de ser o adulto da situação e cuidar de tudo com a cabeça fria, sempre as dando uma mão e as guiando para o caminho certo. Era a coisa certa a se fazer, o mínimo quando se era um pai, e era difícil, mas valia a pena.
Valia a pena para ver Scorpius crescer, o fazer feliz, fazer ele se sentir seguro e ter uma infância cheia de amor. Valia a pena, ele não iria trocar por nada, mas Merlin, podia ser cansativo de vez em quando.
Então, quando Scorpius foi em seu primeiro ano em Hogwarts – um corvino, apesar disso não ser uma grande surpresa – apesar da saudade quase o matando, Harry falou para si mesmo que ele iria tentar aproveitar a sua paz com Draco, e não ser um desses pais grudentos que não conseguem deixar seus filhos em paz.
E eles aproveitaram. Eles tinham um ao outro e eles tinham seus trabalhos e eles tinham várias coisas para fazer e lugares em Londres para explorar, além das duas cartas semanais de Scorpius para ler.
Pela primeira vez em anos, eles não tinham nenhuma criança em casa e eles puderam respirar em alívio.
Quando Scorpius voltou, porém, Harry e Draco concordaram em uma coisa – a casa deles ficava vazia demais sem seu filho, e a arrumação e silêncio daqueles momentos não fazia valer a pena pelo vazio.
Aí Scorpius se sentou na frente deles, o rosto bem firme.
"Haviam muitas crianças em Hogwarts," ele disse, e Draco parou de escrever no papel a sua frente, o encarando com uma sobrancelha levantada.
"E?" ele perguntou.
"E eu quero um irmão."
E foi assim que Draco e Harry perceberam que eles tinham adotar uma nova criança, é claro.
A decisão de ir num Orfanato Bruxo foi feita por eles – afinal de contas, legalmente, Draco não existia no Mundo Trouxa. Iria envolver muita papelada tentar algo lá. Todo o resto, porém, eles passaram um tempão conversando entre si, para ter certeza do que queriam.
Eles não queriam um bebê, apesar dessa ser a primeira opção que a agência os deu, e, no final, eles decidem que não queriam uma criança também, não literalmente. Não. Eles decidem que eles queriam um adolescente.
Quando eles falaram isso para ela, a mulher da agência tentou esconder sua careta com um sorriso, mas falhou.
"Você tem certeza, Sr. Potter?" ela perguntou, ignorando Draco como tinha feito desde o momento em que eles entraram no escritório dela. Algo na voz dela o lembrava, horrivelmente, de Umbridge. "Os mais velhos são complicados. Eles vêm com muita bagagem, muita coisa com a qual vocês precisariam lidar. Se você começar com um bebê, não precisa se preocupar com o passado deles. É mais fácil."
Harry a lançou um sorriso duro, segurando a mão de Draco.
"Eu e meu marido, o Sr. Potter, pensamos muito antes de fazer essa decisão," ele disse, friamente educado, "mas obrigado pela sua preocupação."
Ela engoliu em seco.
E então chegou a hora das opções.
No momento em que Harry viu o nome, ele sabia que aquilo era destinado. Ele trocou um olhar com Draco, um sorriso animado crescendo em seu rosto, e Draco revirou os olhos, sorrindo também, mais suavemente.
"Ah, não," a mulher disse. "James é... bem, travesso, vamos dizer. Um jovem bem rude, também. Meio problemático. Você não vai querer..."
"Eu não quero ouvir a sua opinião, senhora," cortou Draco.
O "jovem" em questão tinha quatorze anos. Nem tão velho assim, sinceramente, apesar da careta que a mulher ainda estava fazendo e como ela continuava repetindo a palavra encrenqueiro, agindo como se estivesse fazendo seu dever a os avisar algo. Ele estudava em Hogwarts, na Grifinoria. Talvez ele conhecesse Scorpius. Isso iria ser uma ótima coincidência.
A primeira vez que eles viram James, ele encarou Harry com o cenho franzido.
"Como você sequer conseguiu uma cicatriz na sua testa?" ele perguntou. "E logo desse formato?"
Draco o lançou um sorriso gigante.
A família deles, afinal de contas, só tinha acabado de começar a crescer.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu só quero dar um grande abraço virtual em todo mundo que leu essa fic! Obrigada mesmo, vocês são incríveis!