Ochako havia acertado todos os detalhes do casamento com Todoroki. Sua ingenuidade, por um momento, a fizera acreditar que seria uma simples festa em Tóquio, porém era óbvio que a única filha do antigo herói número um não poderia ter uma festa singela. Por isso, estava na casa de Momo, atrás de um lindo vestido de gala para um suntuoso casamento que aconteceria num castelo tradicional nos arredores de Tóquio, e claro, haveria imprensa.

Gritos internos já haviam tomado-a por completo, mas tentava manter o semblante animado e despreocupado por fora. Momo, Jirou, Mina, Tsuyu e Habuko até Kendo, estavam reunidas ali para ajudá-la. Bem, pelo menos parte do grupo, a outra estava mais preocupada em criar teorias dignas de romances de banca sobre o que aconteceria na festa.

Ochako já estava querendo fugir dali, mas não poderia sair sem um vestido. Não que não pudesse comprar, sua posição de heroína lhe permitia isso atualmente. Contudo, se pudesse não gastar uma quantidade exorbitante num vestido que só usaria por umas horas, ela agradecia.

— Nossa imagina os tabloides de segunda! Já vão estar anunciando o novo casal de heróis! — Devaneava Mina enquanto mexia na mala com alguns modelos de vestido que trouxera.  — Como chamariam o shipper? Shoravity? UraTo? Gente vou ter que passar no jornaleiro para separar a minha edição...

 — MINA! — Ochako gritou com as bochechas vermelhas, depois respirou fundo, tentando acalmar a voz. — É só uma coisa de amigos... não vai acontecer nada.

— Ah tá! Porque todo amigo me convida pra ficar num hotel chique, pra “não precisar me preocupar com a volta da festa”, e pra ir de ACOMPANHANTE no casamento da irmã dele! ACORDA OCHAKO! Só você realmente acredita que o Todoroki é um rapaz inocente! Ele tá mais para romance erótico do que aqueles água com açúcar que você gosta de ler!

— MINA! — gritou mais uma vez, apontando para Momo que terminava de colocar um pouco mais de chá em sua xícara.

— Não se preocupem comigo meninas, nem hétero sou mais! — falou Momo bebericando seu chá, enquanto entrelaçava seus dedos com os de Kendo. — Mas eu vou ter que concordar com a Mina, a parte de bom moço sumiu na página dois do namoro! Ele era um ótimo namorado, em todos os sentidos... — Todas as meninas olharam para Momo. — É isso mesmo que vocês estão pensando… é sério, a gente terminou quando percebeu que não tinha mais toda aquele romance arrebatador... viramos só amigos! E acho que estamos bem melhor assim.

— VIU! — Mina se deu por vitoriosa, mas estava curiosa demais com muitas coisas. — Mas já que você tocou no assunto...Então numa escala de 1 a 10 como é o Todoroki no “pra valer”?

— MINA! Isso lá é coisa que se pergunte! — Ochako já estava praticamente morta naquele momento.

— Ah, para de cú doce Ochako. Todo mundo aqui sabe que desde que você e o Katsuki terminaram e ele foi embora pra Argentina, você não pega nem gripe!! — falou a rosada, ainda abaixada na frente de sua mala, jogando um vestido super sexy para cima de Ochako.

— Desculpe, Itsuka-san! — pediu Ochako, experimentando o vestido entregue por Mina. — E não tem nada demais, tem só seis meses que eu terminei com o Katsuki...

— Nossa seis meses? Acho que eu não fiquei nem um mês solteira depois que terminei com o TetsuTetsu — falou a ruiva, encostando a cabeça no ombro da namorada e rindo. — E não se preocupem acho que todo mundo tem suas próprias histórias, e se não fosse pelos rapazes, Momo e eu provavelmente demoraríamos muito mais para entender o que sentimos uma pela outra. Mas quanto o TetsuTesu ele era meio desajeitado, mas se esforçava para fazer bonito.

— Nossa, Kirishima no início era assim também! Mas agora ele me vira do avesso fácil! Mas veja só aqueles dois baby sharks até nisso combinam... Devem ser irmãos separados na maternidade! — gargalhou enquanto aceitava a xícara que Momo lhe estendia. Ochako tentava ignorar os comentários terríveis, ela realmente não queria ter em sua mente o desempenho sexual dos amigos. — Mas então Momo-chan!?

Ochako arrancava o vestido que ficara justo demais, voltando a ficar de lingerie na frente das amigas e encarando muito feio Mina. Ela sabia que amiga estava fazendo de propósito, os últimos dois meses, ela vinha tentando empurrar para vários encontros. A maioria a morena havia conseguido escapar, o resto foram completos desastres que não duraram nem uma volta no parque.

— Kero, Mina-chan, está exagerando um pouco... Ochako-chan, não ligue pra provocação... — falou Tsuyu indo até Ochako e entregando um dos quimonos de Momo para que ela vestisse. — Não precisa responder se não quiser, Momo-chan! 

— Eu realmente não ligo! Mas sabe Mina, acho que estamos deixando a Ochako-chan constrangida! — Momo disse com a polidez de sempre. — Você vai ficar linda neste quimono ele foi feito por um artesão de Kyoto, os fios de ouro e a seda vieram de bichos da seda do Brasil. É divino! — Olhava Hanabako ajudar Ochako a vestir-se.

— Obrigada pela compreensão, além de que o Todoroki-kun não é esse tipo de pessoa Mina! — falou Uraraka, enquanto encarava Mina pelo reflexo do espelho, o quimono era magnífico mas só de ouvir a palavra “ouro” ela desistiu da ideia, imagina, do jeito que era estabanada, se derrubasse vinho nele, provavelmente nem vendendo sua casa seria capaz de pagar. — Acho melhor eu usar um vestido...

— Acho que você deveria levar as duas opções! Os Torodokis sempre foram bem tradicionais, até a segunda ordem vai ser Ocidental, pelo menos a parte que será aberta para imprensa, mas nada impede de ter uma mais reservada para família... — falou Momo ajudando a dobrar o quimono e colocando-o numa caixa.

—Acshshsho que o Todoroki ssssempre me parecsssseu uma pessssoa muito ssséria... — Começou Habako oferecendo mais um da pilha de vestidos, mas Ochako apenas recusa e senta em num dos sofás maravilhosos da mansão.

— Eu também não acredito que ele tenha feito o pedido com qualquer maldade premeditada.... Shouto não é esse tipo de pessoa! — falou Momo, estendendo uma taça com água para Ochako que aceitou, por sua vez, virou-se para Mina com a cara de “eu te disse”. — Mas em minha humilde opinião, acho que “se” acontecesse alguma coisa também não seria ruim... — Foi a vez de Mina movimentar a cabeça exageradamente como quem dissesse “viu só!” — Sabe, Ochako-chan, você é uma pessoa amorosa e gentil, e o Shouto é um rapaz muito correto e fiel. Mas ele precisa de alguém disposta a dar todo o amor que ele merece.

— TRADUZINDO, se acontecer alguma coisa... você bem que podia aproveitar! — Finalizou Mina jogando uma almofada na amiga. — Sabe que só queremos o seu bem... você fica aí dizendo que ficou tudo bem! Mas eu sei que você até algum tempo atrás estava se afundando em trabalho pra sair da fossa! OCHAKO, PORRA! Você é a URAVITY! Graças a você a Fashion Week... CARALHO FASHION WEEK!

— Tá eu assumo, que quando o Katsuki terminou comigo para ir para América do Sul, eu fiquei triste... quem não ficaria!? A gente ia casar... — falou a morena num muxoxo, recebendo palminhas amistosa tanto de Tsuyu quanto de Hanabako que agora estavam ladeando-a.

— FASHION WEEK GALERA! — repetiu a rosada mais uma vez, aparentemente apenas Kendo conseguia entender todos os gesto e pulos da Alien.

— Claro! Fashion Week! — falou a ruiva, dando um soco na própria mão e depois correndo para pegar o celular, aparentemente procurando um número.

— Do que raios vocês estão falando!? — perguntou a Morena, começando a se irritar.

— Ah, claro! Estão falando do estilista Saiho Hasami? — perguntou Momo, começando a compreender os gestos tresloucados da namorada e de Mina que pareciam estar se comunicando numa língua só delas. 

— Está falando do estilista que eu salvei do atentado da Fashion Week do ano passado!? O que tem ele!? — perguntou a manipuladora de gravidade, massageando as têmporas, aquela confusão toda estava acabando com ela. Nunca pensou que um dos seus passeios ao planetário poderia dar em tanta confusão.

— OCHAKOOO, pensa comigo bochechuda do meu coração! — falou Mina, segurando as bochechas da morena. — Você precisa de um vestido maravilhoso, algo digno de todos os tabloides que estarão cobrindo o casamento… um vestido exclusivo do Saiho-sama, seria perfeito! — Sorriu, espalmando as mãos para a lateral do corpo, para demonstrar o quão brilhante era sua ideia. 

— É uma boa ideia, não seria bom se algum repórter fofoqueiro, ficasse falando que você está usando um vestido igual da Pinky ou da Creati! — disse Tsuyu, colocando o dedo indicador no queixo de forma pensativa. — E o Saiho-sama está muito bem cotado com a sua última coleção, inclusive com peças exclusiva para quirks mutantes. Eu até comprei um par de luvas, são realmente perfeitas!

— AAAH, NÃO, NÃO, NÃO! — falou Ochako, fazendo um “x’s” com os braços. — Eu não vou pedir uma coisa dessas para alguém que eu salvei! É IMORAL!

— Ninguém está dizendo que você vai pedir nada... — falou Kendo, finalmente largando seu celular. — Ele vai ligar e te oferecer, apenas aguarde um pouco!

— O que foi que você fez? — perguntou Momo com um sorriso levemente maroto, incomum no seu semblante sereno. 

— Mandei mensagem para Mishinko, lembra dela!? Estudou comigo no primário — falou a ruiva, deixando a manipuladora de gravidade entendendo menos ainda.

— Ah, claro a moça com agulhas nas mãos! Verdade foi ela que conseguiu os ingressos para o Fashion Week para nós! — falou Momo voltando a beber seu chá, e dando uma leve risada. — Network is fundamental! É o que o meu primo sempre diz! Minha noiva não é incrível !? — Deu um selinho na ruiva.

— Ah, não, não, não! — Ochako estava em choque e morrendo de vergonha, sua mãe lhe daria uma chinelada se visse o que as meninas estavam arquitetando. — Isso é errado... 

— Errado, é roubar e não poder levar! É o que meu pai sempre diz! — falou a rosada cruzando os braços. — Você precisa de um lindo vestido! Tem um estilista renomado louco para poder agradecer o que fez por ele! Estou apenas juntando o útil ao agradável!

— Mas... — Começou Ochako, mas logo foi interrompida pelo toque do seu celular, um número desconhecido. Ainda irritada, atendeu a ligação. — Uravity falando… Saiho-sama… ah, sim… QUE?!! Mas eu não quero lhe dar esse trabalho… Ma-... é… Então eu agradeço… Passarei em seu estúdio então.... Pode ser as 16h ? Obrigada! — Desligou o telefone sabendo que estava mais rosada que Mina. — Era Saiho-sama, ele ficou sabendo da minha ida ao casamento e insistiu em um vestido como forma de agradecimento.

— ISSO Aí! — falou Mina super animada — Agora sim! Vai estar tão linda que vai chamar tanta atenção quanto a noiva!

— Eu só queria me empanturrar de chocolates e ver filmes o sábado inteiro. Como acabei desse jeito?  — choramingou a morena, voltando a se vestir. — Desculpa por ter feito essa bagunça inútil, Momo-chan!

— Não foi nada! — falou a anfitriã sorrindo, encostando a cabeça no ombro da noiva. — Eu fico feliz que pudemos nos reunir. Com a vida corrida das agências, quase não podemos nos reunir, então qualquer motivo que eu possa ficar com minhas amigas é muito precioso!

Todos se olharam com olhar sereno, realmente devia ter meses desde a última vez que puderam aproveitar a companhia uma das outras, sem serem interrompidas e terem que correr para alguma missão. A pedido de Momo todas comeram juntas, Mina continuou tentando descobrir qualquer informação “extra” da anfitriã sobre o Todoroki. Ochako na hora de ir embora já não sabia mais onde enfiar a cara, de tanta coisa que acabou sabendo.

No início achava que Momo estava respondendo por educação, mas depois percebeu que ela e a Mina estavam na mesma sintonia. Demorou um pouco para perceber, porque a morena sempre foi muito educada e polida, porém, durante toda a refeição ela e Mina ficaram jogando indiretas para Ochoko. Parece que a rosada havia contaminado a outra com seus vírus casamenteiro.

Depois de ficarem mais um tempo conversando sobre como ia a vida em suas agências, elas se despediram. Ochako ainda tinha que comprar algumas coisas antes de ir ao estúdio do estilista. Precisava comprar algumas lingeries e maquiagens, como se arrumaria no hotel teria que levar pelo menos o básico.

Quando chegou ao centro comercial recebeu uma ligação inesperada, era Todoroki perguntando se eles podiam se encontrar. Claro que concordou, mesmo que por dentro estivesse gritando, cada vez mais se perguntando o que tinha em sua cabeça para aceitar entrar naquela confusão.

Comprou o que precisava e ainda faltava para o horário marcado com o estilista, então, daria tempo para um café. Assim, encontram-se num café perto do estúdio. Todoroki vestia um terno azul escuro sem gravata e o cabelo para trás, parecia saído de uma capa de revista. Era totalmente compreensível, porque ele era considerado o herói mais bonito da atualidade, seguido por Katsuki e Deku.

— Ochako! — falou o rapaz se levantando para cumprimentá-la, tinha o semblante sereno de sempre. Mas parecia ter percebido o olhar dela sobre a roupa formal. — Sei que não combina comigo... estávamos tirando fotos para o álbum de casamento e paras fotos da recepção.

— Olá! Desculpe, eu que não estou acostumada a te ver usando algo diferente do uniforme de herói, ou algo mais formal — falou a morena, ajeitando uma mecha atrás da orelha, este seria um pensamento que guardaria para ela: aquele terno combinava até demais com o híbrido. Não sabia se era toda as abobrinhas que ouvira das amigas, mas encarar Todoroki frente a frente estava lhe dando um frio na espinha que não sentia a muito tempo.

— Sobre o casamento... — Começou Shouto, pegando o celular para confirmar algumas informações. Havia anotado para não esquecer, já que Fuyumi falara várias coisas, assim como seu novo cunhado falara: “Era apenas por precaução” num tom bem comum de deboche. — Está tudo certo para amanhã? Quer dizer, não quer mesmo que eu vá buscá-la? Você está perdendo sua folga por minha causa, é o mínimo que eu deveria fazer...

—Não precisa, Shouto-kun. E na verdade eu adoro casamentos, eu e minha mãe sempre víamos programas do tipo juntas, para termos certeza do que iríamos fazer quando acontecesse o meu... — Apressou-se Ochako, ao perceber o leve tom preocupado na voz de Shouto. Mesmo sendo tão educado e prestativo, a morena sempre sentiu que havia um peso em seus ombros. — Além do que, Fuyumi-san sempre foi tão gentil e incrível comigo nas vezes que a vi… Estou muito feliz de poder participar!

— Que bom... — falou o rapaz levemente mais aliviado, o garçom passou na mesa deles pegando os pedidos e se retirou rapidamente. O híbrido checou mais uma vez seu celular. — Quanto a seu vestido, se quiser...

— Eu já consegui, vou buscá-lo em uma hora... — A morena não deixou ele terminar, iria morrer de vergonha se ele se oferecesse para pagar. — Um estilista conhecido da agência se prontificou a fazer… Por causa da imprensa ele fez questão de fazê-lo. Está tudo bem!

—Ah, ótimo… Então foi como o caso do vestido da Fuyumi... — Ele constatou marcando mais uma coisa no celular. O Garçom retornou com um frappuccino de chocolate, chips para Shouto e um chocolate quente com bastante chantilly para Ochako. — Não precisa se preocupar com nada do hotel, ele estará fechado para os convidados e acertamos das ruas em volta estarem fechadas para evitar aglomerações. Vou te mandar mais tarde a sua rota!

— Obrigada! — A morena às vezes se esquecia o quanto a família Todoroki era importante e como várias medidas precisavam ser tomadas para que não houvesse qualquer problema. — Deve estar sendo bem trabalhoso toda a preparação do casamento! Espero que você possa descansar quando isso acabar! — falou zelosa começando a tomar seu chocolate.

— Meu descanso vai ser ver minha irmã feliz! One-san foi por muitos anos a “mãe” da família, eu sei que ela deixou de viver muita coisa para cuidar de mim e de Natsuo, por isso queremos que tudo saia como ela sempre sonhou. Se eu pudesse daria o céu inteiro para ela… e mesmo assim acho que seria pouco. — falou, brincando com o canudo meio reflexivo.

Aquela carinha desolada, as sobrancelhas levemente arqueadas e a voz meio perdida, estavam fazendo o coração da morena se apertar. Ele parecia realmente uma criança que estava vendo a mãe casar-se de novo. Sem pensar muito ela segurou a mão quente do rapaz, tomando cuidado para manter o mindinho levantado. Na tentativa de passar um pouco de conforto, ela sempre fora muito ligada a seus pais, a suas amigas, e aquela sensação de abandono também a invadiu no casamento de Tsuyu, não deveria, mas ela sentiu.

— Algumas pessoas são tão importantes para gente que não sabemos lidar quando chega o momento deles encontrarem a própria felicidade — falou a morena ainda segurando a mão dele, sentindo-o apertar de volta. Mas o momento logo passou, quando o híbrido soltou sua mão para verificar mais alguma coisa no celular.

— Antes que eu esqueça e Natsuo puxe minha orelha.... Qual é a cor do seu vestido? A Cerimonialista quer que usemos flores na lapela que combine com o vestido. Ela tentou me explicar, mas eu parei de prestar atenção depois de um tempo... — Deu de ombros, com ar levemente maroto.

—Então… não faço ideia! Vou descobrir em uns trinta minutos! — falou Ochako encolhendo os ombros, falara muito rápido com o estilista. Fecharam o horário com ele dizendo apenas que tinha o vestido perfeito, e como ele seria o destaque de sua nova coleção, mas a morena se esquecera de perguntar como era. Esperava que não fosse nada conceitual demais, ou mesmo que fizesse seus peitos pularem para fora.

— Você não perguntou? —  Todoroki perguntou atônito.

— Quando ele começou a falar de como foi as influências para criação eu parei de prestar atenção. — disse, dando uma risada e sendo acompanhada pelo híbrido.

Os dois ainda ficaram conversando por algum tempo, Shouto contou algumas histórias dos bastidores do casamento, e como a tranquilidade dele fazia a cerimonialista querer soltar fogo pelas ventas. Na verdade, a conversa fluía tão naturalmente, que se seu celular não tivesse avisado sobre o horário com o estilista teria perdido. Os dois se despediram, Ochako pegou suas sacolas e foi embora.

Ainda olhou mais uma vez para trás, para ver o rapaz se afastando com a mão no bolso e dando um leve aceno de cabeça. E ao seu ver, aquela tarde fria com a luz sumindo atrás de si e ele com um terno impecável, havia sido perfeita. Tinha que tomar cuidado ou poderia fazer sua mente acreditar em situações que não iriam acontecer. Mentalmente praguejou o nome de Mina, ela estava colocando ideias bem complicadas em sua mente.