Acordei no dia seguinte, meu corpo estava mole, meu cabelo grudava e minha cabeça repousava num confortável travesseiro.

Passei a mão nos olhos procurando ver com mais clareza, e avistei aquele homem de costas para mim, vestindo apenas uma cueca box preta.

Puxei o cabelo para trás e pigarrei enquanto me sentava na cama.

 - Acordou cedo – ele se virou sorrindo para mim, e veio na minha direção por cima da cama.

- Costume de quem trabalha – sorriso retribuindo.

Ele selou nossos lábios, e no final puxou meu lábio inferior.

- Que horas são? – perguntei com nossos lábios ainda bem perto.

- São 7horas. Você ta atrasada? – perguntou ele.

- Tenho meia hora para me arrumar e voar para o trabalho. – disse enquanto levantava da cama puxando o lençol.

- Eu levo você... se você quiser é claro. -

- Tudo bem... Onde que é o banheiro aqui ? Preciso de um banho.

- A porta da esquerda. – respondeu ele. – você quer ajuda lá dentro ? – ele sugeriu com uma cara de safado, que eu tive que fechar os olhos para dizer não .

Tomei meu banho, mas tive dó de tirar o cheiro dele de mim por um momento, a noite passada havia sido maravilhosa, acho que a melhor que eu tive de todas desse tipo.

Quando sair do chuveiro encontrei já uma mesa linda na cozinha, ele estava sentado folheando o jornal enquanto tomava uma xícara de café.

- A gente pode ir agora? – perguntei pegando uma maçã.

- Podemos, mas você não vai comer nada ? – ele fez uma carinha tão fofa.

- Só a maçã está bom.

Ele se levantou, me olhou durante alguns segundos fixamente.

- Que foi ? – perguntei desconfiada

- Nada, só tava vendo como você mais bonita na luz do dia.

- Vamos Mark, que frase mais clichê. – rebati. Eu não conseguia ser tão meiga quanto aparentava.

- Você é bem difícil de agradar viu, acho que foi por isso que gostei de você.

- É !? Que bom . – fiz uma careta.

- Engraçadinha – ele me puxou para mais perto, e deu outro beijo quente.

       Descemos até o estacionamento, Mark carregava uma chave grande e bonita na mão livre, porque a outra segurava a minha.

- Você se importa de ir de moto ? – perguntou ele enquanto caminhávamos.

- Não.

- Então vamos com ela.

Era uma moto, que uau. Na verdade era A MOTO.

Não me interessava pelos bens materiais que Mark tinha, ele era a única coisa que eu me importaria de possuir. Mas confesso que tudo que ele me mostrava me deixa um pouco mais deslumbrada.

     Ele subiu na moto e segurou minha bolsa para que eu subisse também, me deu o capacete e ligou o motor.

 - Mark, antes de irmos, posso perguntar uma coisa?

- Claro, fala ai. – respondeu ele.

- Você trabalha de que?

- Com meu pai, porque ?

- Pensei que você era um vagabundo mesmo – dei uma risada boba.

- A graçinha você né, mas se você prefere os vadios, putões eu posso ser um pra você.

- Proposta tentadora – respondi enquanto abraçava sua cintura e voamos para fora do estacionamento.