- Quem está falando ? – perguntei intrigada.

- Vou dar uma pista, nossas jaquetas jogadas no sofá, e depois você me dispenso. – riu sarcasticamente.

- Mark ! – meu coração aliviou

- Bingo ! – disse ele brincando – Mas eai, você esqueceu o celular aqui em casa, e só terá ele se vier aqui pegar.

- Não acredito que você vai me dar esse castigo!

- Não é um castigo, entenda como outro convite. Mas esse você não pode furar ok ? 

- Tudo bem, quando eu vou pegar, e onde?

-  Aqui em casa, onde você esqueceu ué... E sua blusa também está aqui... Isso que dá sair correndo da casa das pessoas, termina esquecendo.

 Eu podia imaginar a cara dele de descarado ao dizer essas palavras.

Mas confesso que também gostei da idéia de ir lá novamente, ontem a noite só fugi por puro capricho,queria provocá-lo um pouco.

- Tudo bem, que horas eu passo ai ? – perguntei.

- Pode ser umas 10:30.

- Por mim tudo bem, te vejo mais tarde.

- Tchau. Um beijo – ele disse quase sussurrando com aquela voz grossa.

- Outro. – desliguei.

O dia passou rápido, a jararaca terminou nem indo no escritório para vistoriar.

No final do trabalho Adam me convidou para jantar.

- Desculpa Adam, eu vou ter que sair hoje, esqueci meu celular na casa de um amigo, vou lá pegar.

- Tudo bem, então a gente se vê amanhã. – ele me deu um beijo com ternura no rosto.

(...)

 Cheguei em casa ia dar umas 20:00 horas, era o tempo que eu precisava para tomar um bom banho, comer alguma coisa e partir para o lindo prédio de Mark.

Tomei um banho relaxante e engoli qualquer coisa que encontrei na cozinha.

Parti para o apartamento dele.

(...)

    Passando pelo toldo vermelho novamente, Antony já logo foi interfonando para alguém, provavelmente Mark.

O porteiro chamou o elevador para mim e eu agradeci gentilmente.

Ao chegar no 20º andar quando a porta se abriu Mark me esperava no roll, estava com uma calça jeans meio rasgada, e uma blusa colada de gola V novamente, aquela roupa deixa seu corpo definido bem a mostra, era muito tentador.

- Olá Kira fujona – disse ele sorrindo com sarcasmo.

- Olá chantagiador. – rebati com sutileza.

Ele abriu a porta e nós entramos.

- E porque chantagiador? – ele perguntou já muito próximo de mim.

- Ah ! Você ainda pergunta não é? – o puxei pela blusa. – Você primeiro pega meu celular para eu ter o porque para voltar aqui e ainda me pergunta o porque ?

- Não peguei seu celular, você o esqueceu aqui... Não posso fazer nada se as forças da natureza querem nos ver juntos. – aproximou o rosto do meu, e nossas bocas estavam quase se tocando.

     Não tive forças mais ali, ou eu me renderia aos encantos dele ou me odiaria por algum tempo, meu corpo todo estava quente, e minha boca ardia.

     Tudo foi como a primeira vez, a provocação foi a mesma, primeiro o corpo prensado contra a parede, depois as unhas nas costas dele, a mão dele no meu cabelo enquanto a outra me puxava pela cintura.

Minha jaqueta jogada no sofá, meus sapatos perto do quarto, e por fim nossas roupas jogadas no chão.

Não preciso nem descrever o imenso prazer que foi aquela noite toda, a cama espaçosa de Mark, e o quarto iluminado por algumas velas, ele havia preparado tudo, tudo estava premeditado, ele era confiante demais, e com razão eu devo admitir.