Cheguei no trabalho muito rápido, Mark andava feito um louco naquela moto, mas não senti medo, só meu cabelo que ficou um pouco traumatizado por tomar tanto vento.

 Foi pisar naquele escritório que logo veio a Melissa e Alana perguntar.

 - Nossa nossa ! Acho que alguém está com namorado, e ele tem uma moto e parece ser um gato – disseram elas em coro.

Bati a mão na testa, e ri

- Você ficam vendo que chega pela janela ao invés de trabalhar é? Que coisa feia – fiz um sinal de negação com a cabeça.

- Não desconversa Dona Érika ! Pode contar vai, seja solidária com suas amigas – Alana pedia com olhos de uma criança levada.

- Gente ele não é bem meu namorado, estamos nos conhecendo. Só isso não tem nada demais. – respondi

- Corta essa Kira, você está com o cabelo molhado sinal de que não dormiu em casa. – se intrometeu Melissa.

- Menina, você podia ser adivinha ou então uma detetive viu, o que você ta fazendo trabalhando no escritório de publicidade. – indaguei soltando uma risada.

- Ah Kira como você é má, como você é ruim – choramingaram as duas.

- Vamos trabalhar vai, na hora do almoço eu conto algumas coisas. ALGUMAS COISAS – frizei.

Elas pareceram felizes e me deixaram em paz. Coloquei minha jaqueta no encosto da cadeira, foi quando meu celular tocou. Era uma mensagem que dizia.

“Dessa vez você não esqueceu nada lá em casa, mas não está tão livre de mim assim. Um beijo no pescoço.

Mark “

Garoto esperto, já pego meu numero de celular, esse ai confia no taco.

- pensei alto, e Adam havia acabado de entrar na minha sala.

- Quem confia no taco Kira ? – perguntou ele estranhando.

- É. Meu irmão falando do jogo de ontem. Adolescentes, vai entender – desconversei, Adam estava num momento ruim para entender de relacionamentos, não era muito bom falar isso com ele. Ainda mais que ele contava comigo nessa hora difícil, não queria que sentisse que estava me atrapalhando... Afinal amigo é amigo.

- Então, me conta como fico o negócio da Dafne.

- É, a gente conversou e resolvemos terminar mesmo...Ela não sabe que eu vi aquilo que te contei... achei melhor não contar para ela.

- Talvez você esteja certo – respondi sentando-me

- To vendo que você achou seu celular – apontou ele para o aparelho em cima da mesa.

- É, estava na casa de um amigo como tinha te falado.

- Legal – ele sorriu e saiu da sala.

Trabalhei o resto do dia, adorava meu trabalho, aquele escritório era tão cheio de vida, de cor... me deixava leve, feliz estar ali.