Meu Amigo Oculto escrita por Aleksa


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

mais um capítilo, acho que ando escrevendo de mais ¬¬



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Capítulo 8

 

 

Peguei meu casaco e estou correndo como uma imbecil pela rua, está muito frio, eu posso ver minha respiração, duvido que eu venha a encontrá-lo... Se eu fosse ele, onde eu estaria?...

- Vou tentar não pensar muito nisso...

Considerando o temperamento de Alessa, me dava medo pensar onde ele estaria.

Após passar algum tempo correndo, eu me sentei num banco da praça próxima ao teatro, flocos brancos começaram a cair do céu.

- Ótimo... Neve... – disse, entre as respirações.

- Elizabeth?

Olhei pra trás, e vi Alessa com um pirulito de framboesa olhando pra mim com cara de: “você está me perseguindo sua praga?”.

- Graças a Deus... – eu disse pra mim mesma.

- O que faz aqui? À uma e meia da manhã... – ele perguntou, com uma expressão de surpresa.

- Eu precisava falar com você.

- À uma e meia da manhã? – ele perguntou, com certo ceticismo.

- Isso.

- Sobre o que?

- Sobre... – parei e reparei suas roupas, muitos finas e muito leves para um dia frio como aquele. – Você não está com frio?

- Era isso que você queria saber? – ele perguntou se sentando.

- Na verdade... Eu queria me desculpar com você. Pela cena de hoje mais cedo.

Ele sorriu, um sorriso leve e acolhedor.

- Vou te contar um segredo.

Ele foi até o meu ouvido direito e disse:

- Você não é humana. – sussurrou ele, depois se afastando e colocando o indicador sobre os lábios.

- O que quer dizer...?

Não entendo por que ele parecia saber mais de mim do que eu...

- Você não é humana, é uma vampira. – ele disse, abraçando os joelhos.

Meu cérebro não associava, eu acabei explodindo de novo.

- Não! Eu sou humana! Meus pais são humanos! Vampiros não existem!

- Existem sim, e você é a prova disso.

Ele sorri novamente. Eu saio correndo de volta pra casa, esperando acordar disso, não podia ser real, ele estava mentindo pra mim! Então por que eu não ignorava isso?! Por que eu não CONSEGUIA ignorar?!

Quando cheguei tudo o que fiz foi me encolher na minha cama e chorar, não sei por que parecia tanto que ele estava falando a verdade, não sei por que eu acreditava...

Na manhã seguinte, acordei com os olhos ardendo, justificável, não comi nada pela manhã, não tinha fome, e minha garganta ainda arranhava, é possível que eu venha a gripar...

Eu não sabia mais o que faria, eu não queria acreditar nele, vampiros não existem, não era possível que eu fosse um... Mas alguma coisa dentro de mim não me deixava simplesmente ignorar o que ele disse e continuar vivendo.

Meu telefone toca:

- Oi Lizie, se sente melhor hoje?

- Ah, sim claro. – não quero preocupar as meninas.

- Quer vir conosco para a praia? Está muito frio aqui.

- Não meninas, quero dormir. Acho que vou gripar logo. – de repente praia não me pareceu um bom programa.

Queria ficar em casa, ficar em casa para o resto da minha vida, e eu fiquei, mas não para o resto da minha vida, por dois dias, foi quando eu tomei a decisão:

- Vou dar uma volta.

Peguei meu casaco, meu protetor de ouvido, minhas botas e saí, estava MESMO muito frio.

Caminhando pela rua eu passei em frente àquele parque, onde vi Alessa, que brincava com seu anel, deitado sobre uma mesa coberta de gelo, com uma camisa branca de veludo e uma calça também branca, de algo semelhante a malha... ELE IA CONGELAR.

- Alessa? Você sabe que vai morrer congelado assim... Não sabe?

- Oi! Achei que fosse me odiar para todo o sempre.

- C-O-N-G-E-L-A-R. – reinterei, queria deixar claro que não dizia isso por que me importava.

Ele se levantou, colocando a mão em meu rosto.

- Meu Deus! Como você pode estar quente assim?! – gritei inconformada.

- Tenho sangue quente, meu anjo. – ele riu.

Por um milésimo de segundo pensei como seria abraçar alguém como Alessa num dia de neve como aquele... MAS FOI SÓ POR UM MILESIMO DE SEGUNDO, TÁ?

- Você não acreditou em mim, né? – ele disse.

- Quando você disse aquela insanidade? Não.

Ele ri.

- Foi o que pensei.

- Como você pode esperar que eu acredite em algo assim?

- Sua garganta está arranhando, não está?

- Estou gripada, isso é normal em tempos frios como esse. - desdenhei, sem saber como ele supôs algo assim.

- Ah, é? - ele sorriu.

Alessa me puxou pelo braço, prendendo-me num abraço.

- Me solte. - eu estava determinada em evitá-lo.

- Você é uma vampira muito irritante sabia disso. - ele sorriu, pouco antes de baixar lentamente e me beijar.

Por mais que eu quisesse odiá-lo, numa situação dessas era fisicamente impossível, considerando como ele era quente, doce, e atrevido.

A língua dele entrou em minha boca sem dificuldades, estava com medo de acabar me acostumando com isso... Mas o que eu podia fazer? Era difícil se revoltar com alguém como ele. Meus joelhos finalmente cederam, mas os braços dele estavam ao meu redor e não me deixaram cair.

Quando ele finalmente me soltou, eu já estava perdida o bastante pra me esquecer completamente da minha raiva anterior e abraçá-lo, e sim, ele era extremamente aconchegante.

Ele me colocou sentada no banco de madeira próximo a onde estávamos, tirando a gargantilha de cristal transparente que usava e pondo sobre a mesa cheia de neve.

- Agora você vai me ouvir e cooperar um pouquinho? - ele perguntou.

Meu rosto estava ardendo e eu estava MUITO perdida, por isso, simplesmente acenei com a cabeça.

- Ótimo. - ele sorriu.

Com o lado de sua unha, Alessa fez um pequeno corte em seu pescoço, quase um arranhão, de onde minou uma gotinha de sangue, que se destacava entre o branco de sua pele e roupas. Ajoelhando-se a minha frente ele disse:

- Só tome cuidado pra não me matar. - ele sorriu, tirando o cabelo do lado direito do pescoço, onde o cortinho estava.

 


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Notas finais do capítulo

mais um capítulo terminado!
tá indo rápido!