Capítulo 40

Nero está cego, não vê nenhuma das outras pessoas, só Alessa, e este, advertiu que era ELE que queria matar aquele garoto, não importa o quão ruim parecesse estar a situação.

Nesse meio tempo eu ficava chocada com a atitude de Feliks, que havia se voluntariado a me proteger durante o desenrolar da batalha... Nesse momento ele havia agarrado um dos peões de Saleriv pelo pescoço e atirando muito, muito longe...

- Escória maldita... – ele diz, num tom de desprezo e escárnio.

- Feliks... Você está me assustando... – eu digo.

Ele se vira na minha direção com um olhar de: “Oh céus, sinto muito...”

- Perdão Elizabeth... – ele diz, um tanto constrangido. – Às vezes eu me empolgo...

Levilian está cuidando de evitar que Alessa seja morto enquanto ele e Nero estão lutando...

- Moleque imbecil... – ele pensa, atirando um dos guardas de Wyorin no chão com força o bastante pra imprimir o contorno de seu corpo no chão. – Sempre me dando trabalho...

- Fique parado pra que eu possa te matar Orumiê! – Nero grita, revoltado com Alessa que nesse momento brinca de pega-pega.

- Você é muito lento Saleriv. – Alessa ri.

Karmen Wyorin está ferrenhamente ocupada em chegar até Feliks, mas seu avanço é impedido pelos Romanov, que puxam raios e relâmpagos do céus, usando-os como chicotes de luz brilhantes, esses chicotes serpenteiam no ar, abrindo fendas no chão quando estalados com força.

- Parem de me distrair! – ela grita.

Ela desloca colunas de água que se movem pelo chão, uma parede elétrica se ergue das mãos dos Romanov, faíscas voam de seus olhos verdes brilhantes, os servos de Orumiê congelam as colunas antes que fosse necessário usar de água eletrificada, raios azulados explodem no ar, saídas das mãos dos Romanov, nenhum deles está alterado.

Com essa confusão toda, Karmen sai em disparada na direção de Feliks, mas ele está ocupado com os Saleriv, que parecem ter um desprezo especial por ele.

- Feliks, atrás de você! – eu berro.

- Eu sei. - ele sorri.

Virando-se tão rápido que meus olhos nem puderam acompanhar, Feliks puxa quatros fios de eletricidade das mãos.

Com as mãos abertas ele para Karmen no meio de sua corrida, empurrando-a pra trás com as duas mãos, mas ela para no meio do caminho, fincando as unhas no chão.

- Romanov maldito! – ele desdenha.

- Ainda zangada por que eu te dispensei, amor? – ele ri.

Os olhos da mulher se estreitam, e mais uma vez ela dispara em sua direção.

Agora com Feliks ocupado, eu precisava tratar de me manter viva.