Meu Amigo Oculto escrita por Aleksa


Capítulo 35
Capítulo 35




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Capítulo 35 [Flashback – A pré-adolescência de Alessa]

 

- Levilian. – Fernand diz, abordando Levilian no corredor.

- Sim senhor?

- Pode ir atrás de Alessa? Acho que ele está armando alguma briga na rua, as casas estão começando a se irritar com ele.

- O senhor sabe que ele não gosta que eu o siga.

- Ele anda arrumando confusão quando sai... Ele está muito revoltado ultimamente, tenho medo que algo aconteça...

- Vou atrás dele.

- Obrigado Levilian.

- É só o meu trabalho senhor...

Levilian coloca seu casaco e sai, já é noite, Alessa devia estar arrumando problema... Ele virou um garoto problema por que não quer assumir o controle de sua casa...

- Garoto mimado e idiota... – Levilian pensa.

De fato Alessa estava arrumando problema, com um grupo de pessoas Wyorin... E em breve ele ia apanhar muito seriamente...

- Alessa~! – Levilian grita.

- Olha só Orumiê, parece que seu namorado veio e buscar.

- Ele NÃO É meu namorado!

- Fala sério, vocês moram juntos!

Levilian está começando a ficar cansado... E quando ele se cansa a paciência dele praticamente some...

- Isso é coisa do meu pai! Não minha!

- Conta outra. – eles desdenham.

- Calem a boca ou eu quebro o pescoço de vocês! – Levilian grita.

- Fico irritadinho? – um dos garotos de Wyorin diz.

Levilian pega ele pelo pescoço e atira na parede.

- Se eu ouvir a sua voz de novo... Vai ser a última coisa que você vai dizer... – Levilian diz, num tom frio e inexpressivo.

- Eu não preciso da sua ajuda Levilian! – Alessa dispara.

- Calado! Seu moleque mimado e convencido! – Liv devolve. – Você acha é O sofredor, não acha? Deixa eu te informar uma coisa, as coisas NÃO acontecem sempre como a gente quer! Para de ficar se lamentando! Estou cansado de ficar sendo sua babá! Você tem dezesseis anos! Larga de ser idiota e faz alguma coisa útil pra variar, além de ficar reclamando!

Alessa ficou chocado, normalmente Liv era a pessoa mais calma do mundo.

Nesse meio tempo o garoto de Worin estava ficando azul... Levilian solta o pescoço dele, ele cai no chão, tossindo e puxando o ar violentamente.

- E vocês ai. – ele se dirige aos outros dois. – Eu estou a ponto de matar alguém, então... DESINFETA!

Os três correm rua abaixo, Levilian está tremendo de raiva.

- Agora, - ele se refere a Alessa. – Volte pra mansão...

- Mas...

- Não foi uma sugestão, AGORA Alessa.

Contrariado Alessa começa seu caminho de volta, parando no meio do caminho e dizendo:

- Eu não vou. Você não é nada meu pra me dizer o que fazer!

Levilian olha pra ele, seus olhos estão vermelhos e brilhantes, ele caminha até Alessa desferindo-lhe um tapão, que estala no lado direito de seu rosto.

- Eu me demito... Um suicida é mais fácil de manter vivo que você... – ele diz, passando por Alessa e voltando pra mansão.

- Espera! – Alessa grita. – Você não está falando sério, está?

Levilian continua andando, parando um pouco na frente.

- Você não esperava que eu fosse te proteger pra sempre, esperava? Estou cansado de você Alessiel... E se você quer morrer, esteja a gosto.

- Mas eu não estou tentando me matar...

 

Levilian vira seu olhar na direção de Alessa, seus olhos tem uma mistura estranha de raiva, tristeza e preocupação.

- Então o que é isso?! Me esclareça! Por que se você quiser tanto assim se matar me avise, ai eu me poupo o trabalho de me importar!

- Eu não estou pronto pra me responsabilizar pela minha casa toda! Tá?!

Levilian respirou fundo, encostou-se no muro atrás deles.

- Alessa, existem coisas que você nunca está preparado, mas você precisa fazer... Já te disse como foi a primeira pessoa que eu matei?

- Não...

Na verdade Levilian nunca falava nada sobre o próprio passado.

- Eu tinha acabado de acordar como vampiro... Vitória foi a primeira pessoa que eu matei... Ela era uma das minhas vizinhas na época... Não foi nada intencional, eu não queria matá-la... Ela era minha irmã... Mas eu precisava de sangue, ou morreria em aproximadamente uma hora.

- Liv...

- Por quarenta e sete noites eu sofri, e me culpei, e me odiei, e senti nojo do que eu tinha me tornado... Mas, nada mudaria o fato: ela estava morta.

Alessa prendeu a respiração.

- Ainda éramos crianças eu não sabia, mas ela morreu antes de eu descobrir... E a culpa foi minha.

 

Levilian se virou e continuou a andar, ainda falando.

- Eu perdi o meu desejo de continuar vivendo naquele dia, eu tinha me tornado só uma criatura da noite, um assassino frio e calculista, sem objetivo, sem alma... Mas eu preciso agradecer a você...

- Po-Por quê? – Alessa gaguejou.

- Agora eu tenho um objetivo, manter você seu mauricinho impulsivo vivo, e pra mim, isso já é o bastante. – ele sorri amigavelmente.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora, essa semana foi uma bagunça "