Meu Amigo Oculto escrita por Aleksa
Capítulo 32
- Alessa~. – Feliks chama.
- Hum...? Ah, bom dia Feel.
- Me de a xícara, o chá já está gelado. – ele diz, tirando a xícara das mãos de Alessa. – No que estava pensando?
- Lembrando de quando éramos crianças, pouco depois da morte da mamãe.
- Ah, entendo. – Feliks diz colocando a xícara sobre uma bandeja, juntamente com o resto da louça do chá. – Vá dormir Alessiel, terá gente acumulada na porta amanhã quando acordar.
- Tem razão...
- Eu sou médico, em geral preciso ter razão. – ele ri discretamente.
- Não sei se vou dormir bem, mas preciso dormir um pouco...
*******ELIZABETH******
Pela manhã, desperto com o som de passos e conversa na sala, me arrumo e desço, chegando lá embaixo Alessa está sentado em uma cadeira falando... Ou melhor, ignorando os mestres de Saleriv.
- Todos nós pedimos perdão pelo mestre Nero, ele é novo e não escuta nossos conselhos.
- Pior pra vocês por escolherem um mestre idiota como aquele, eu não quero saber do seu pedido de perdão, eu vou esmagar a cara daquele moleque no chão. – ele diz, apoiando a cabeça na mão esquerda.
- Mestre Orumiê, seja razoável...
- Razoável eu sou, eu poderia tê-lo matado na sala do conselho, mas não o fiz.
- Mas...
- Ele insultou a mim, a minha casa, a minha inteligencia, alem de tentar matar meus criados e amigos. Aliás, não será apenas ele que vai sofrer por suas escolhas, meu irmão Níneve também vai, ele me traiu e vai pagar.
- Mestre Orumiê, será que poderíamos falar com Nero? Ver se ele não pode se desculpar formalmente?
- Você pode tentar, mas o pirralho quer a guerra tanto quanto eu. – Alessa suspira. – Deviam ter escutado a previsão de Feliks.
Feliks está de olhos fechados assoprando o interior de uma xícara de chá, aparentemente ignorando a conversa, ele sabe que Alessa não vai mudar de ideia.
- Nós não sabíamos que Nero seria tão estúpido a ponto de provocar uma guerra com uma das três casas mais influentes conhecidas.
- Pois é, Feliks sabia, mas olha que irônico, vocês não ouviram.
- Não precisa ficar jogando isso na cara deles Alessiel, eu não faço questão. – Feliks diz.
- Mas eu faço. Eles escolheram a nova geração muito mal, e tudo isso podia ter sido evitado.
Houve um momento de silêncio.
- Bem senhores, é melhor voltarem e se prepararem para a batalha inevitável que vira. – Alessa diz, dando ênfase a palavra inevitável.
Alessa fecha a porta e olha na minha direção.
- Bom dia meu anjo. – ele sorri.
- Bom dia Alessa. – eu retribuo o sorriso.
- Bom dia Lizie. – Feel sorri, simpático como sempre. – Se me derem licença eu vou trocar os curativos e os pontos de Liv.
- Como ele está? – eu perguntei, aliás, antes que Alessa perguntasse.
- Não sei ao certo, a gravidade dessas feridas nele eu não sei calcular com clareza, mas se houver alguma melhora visível eu comunicarei. – ele diz, indo na direção da escada.
- Obrigada Feel. – eu digo.
- De nada Elizabeth.
Feliks sobe as escadas sumindo em uma esquina de um dos corredores.
- Feel é mesmo muito atencioso. – eu digo.
Alessa me abraça com força, apertando-me contra o peito e dizendo:
- Fiquei tão preocupado... Achei que tivesse acontecido o pior.
- Eu estou bem, Levilian me salvou.
- Ele... Salvou? – Alessa disse, com um tom pergunta.
- É.
- Droga... Tenho mais uma divida com ele... – Alessa suspira.
- Quantas dividas você já tinha?
- Algumas... – ele diz.
- Nem vou perguntar.
- Obrigado. – ele diz.
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