Meu Amigo Oculto escrita por Aleksa


Capítulo 22
Capítulo 22




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Capítulo 22

 

 

Pela manhã minha cabeça doía como nunca antes, e eu sentia como se estivesse vivendo a maior ressaca de toda a minha vida...

- Pelo amor de Deus! O que passou em cima da minha cabeça?

- Bom dia meu anjo. – Alessa sorriu, amarrando o cabelo com uma fita.

- Alguma coisa me diz que você tem algo a ver com isso... – eu suspiro, estou começando a ficar com medo.

Ele ri.

- Você já reparou no fato que não está vestida, meu anjo?

Eu olho pra baixo, e essa é a minha primeira reação:

- AH~! Ok, agora eu tenho CERTEZA de que tem alguma coisa a ver com você! – eu berro, puxando o lençol.

- Foi sua iniciativa meu anjo, você disse: “Então... Fique comigo, pelo menos essa noite, antes de você partir... Eu quero você.”. – ele riu.

- Partir? Partir pra onde? – eu pergunto.

- Eu já disse, tenho uma reunião com os representantes de Saleriv... O que foi? Peguei pesado com você noite passada e você se esqueceu de tudo o que eu disse? – ele debocha, com um sorriso sarcástico.

Eu enrubesço até as orelhas, e ele fica lá, com aquela cara de “há-há”.

- Bom, eu tenho que ir meu anjo.

Eu ainda estou lá, parada, em estado d choque... Minha primeira noite com Alessa, e EU NÃO ME LEMBRO DE NADA!

Alessa sai do quarto, eu me levanto e arrasto o lençol comigo.

Depois de tomar banho, me trocar, etc, etc, etc, eu desço...Alessa está sentado em uma cadeira azul na sala, com um livro vermelho nas mãos.

Batem na porta, ele não parece feliz. Ele abre a porta, um rapaz de olhos azuis MUITO claros, cabelo preto, roupas pretas, um casaco longo de manga comprida, uma blusa de mangas compridas, e uma calça; ele também usa um brinco prateado e um cordão de couro marrom que lhe dá umas seis voltas no pescoço, entra sorrindo ironicamente.

- Bom dia Alessa.

- Levilian... – Alessa diz, frustrado.

- Desde quando você me chama pelo nome? – ele ri.

Os olhos claríssimos de Levilian se dirigem a mim.

- Você deve ser Elizabeth. – ele sorri.

- Oi? – eu digo.

Ele me mede com os olhos de cima a baixo, depois os olha pra Alessa com um sorriso sarcástico e diz:

- Não consegue mesmo ficar longe de um vampiro... – ele ri.

Alessa está quase batendo a cabeça na parede.

- Quem é você? – eu pergunto.

- Prazer em conhecer, pode me chamar de Liv. – ele sorri.

- Eu preciso de um analgésico... De novo...

Alessa sai da sala, eu estou olhando pra Levilian, ele está encostado a parede olhando pela janela, com uma aparência distraída.

- Desde quando você e Alessa se conhecem? – por que eu vivo puxando papo com estranhos?

- Uns cinco anos. Foi na época que ele decidiu ser revoltado. – ele riu.

- Revoltado?

- Se eu te contasse ele ia ficar reclamando PRA SEMPRE por isso, pergunte a ele.

Eu não acho uma boa ideia, ficar perguntando sobre o passado de Alessa é pregar no deserto, ele me da uma resposta sarcástica e me ignora...

Alessa volta, olha pra Liv, depois pra mim, depois se senta e respira fundo.

- Se ficar pensando nisso vai ser a pior negociação da historia. – Liv ri.

- Sai.Da.Minha.Mente.Agora! – Alessa disse.

Levilian ri, caminhando para a porta, em direção ao jardim.

- Por que meu pai tem que gostar desse infeliz? – ele suspira.

Sai e fui atrás de Liv, a expressão de “como eu queria ele morto” de Alessa estava me dando arrepios...

- Não devia seguir estranhos por ai... – ele disse, atrás de mim.

- Ah! – dei um gritinho.

Ele riu, dando a volta e indo na direção das árvores.

- O que foi?

- Eu queria saber... Você é um elemental também?

- Nope.

Houve um momento de silêncio...

- Então...? – eu disse, depois de esperar um tempinho.

- Você me perguntou se eu era um elemental, eu disse que não, o que mais espera que eu diga? Que eu comece a falar de mim?

- Na verdade... É.

- Sou um assassino que trabalha para a casa de Orumiê, um vampiro de sangue puro, e antigo professor de literatura daquela criatura preguiçosa que você chama de Alessa... Feliz?

- Foi esclarecedor.

- Foi o que pensei. – ele sorriu.

Minha mente acabou de processar tudo o que ele disse.

- Você é um vampiro?!

- Foi o que eu disse.

Um vampiro de verdade? Isso podia ser muito educativo e esclarecedor.

- Sabe o que eu acho de mais fascinante em vocês mestiços? – ele diz.

- É comigo?... – eu pergunto.

Ele caminha até mim, se aproximando e colocando o meu cabelo atrás da orelha.

- A parte humana de vocês, consegue conviver com a parte vampira no mesmo corpo, e sem se matar.

Ele espreguiça, caminhando até um pedra e se sentando.

- Com sono? – eu pergunto.

- Sou uma criatura noturna, tive que mudar meus hábitos... Ossos do oficio. – ele da de ombros.

Estranho, Liv não parecia um assassino... Nem parecia ser a pessoa horrível que Alessa demonstrava achar que ele era.

- Vou dormir, não tem nada aqui a um raio de vinte e nove quilômetros.

- Como você sabe?

- Eu sei varias coisas... – ele ri, entrando.

 


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