Meu Amigo Oculto escrita por Aleksa


Capítulo 21
Capítulo 21




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Capítulo 21

 

Caminho escada acima, respirando fundo e entrando porta a dentro.

- Alessa! – eu digo, me controlando pra não berrar... Mais ainda.

- Não grite, eu estou bem aqui. – ele ri.

- Então... É que... Quanto ao que você me disse mais cedo... Eu... Na verdade... Eu acho que... E você... E eu não...

- Acho que eu não entendi muito bem... – ele diz, arqueando a sobrancelha com cara de “hãn?”.

- Eu te amo também! – por que eu estou gritando?

- Ah... – ele diz. – Agora entendi. – ele ri.

- Você não faz ideia de como isso foi difícil... – eu digo.

- Pelo tanto que você treme, acho que tenho uma ideia.

- É sempre difícil raciocinar com você por perto...

- Desculpe se eu te distraio. – ele ri.

- Não é bem assim... Bem, esqueça.

- Esquecer o que?

- Nada.

Ele ficou me olhando com uma cara de: “se você não falar por bem, eu arranco de você... Tenho meus métodos...”. Sim, é um expressão bastante especifica...

- É que... Deixa pra lá.

Caminho na direção da porta, toco na maçaneta, ela na vira, olho de novo pra Alessa, sua, mão esquerda está sobre a parede, e a onda gelada congelou a parede até mim, entrando no buraco da fechadura e congelando a maçaneta por dentro... Acho que eu não vou sair daqui tão cedo...

- Alessa, abre essa porta.

- Me de uma boa razão. – ele ri.

Isso é uma boa resposta, que motivo eu daria pra ele abrir a porta?

- Você só sai daqui quando me disser a verdade. – ele diz, apoiando a cabeça na mão direita.

- Que verdade...?

Alessa levanta, respirando profundamente com um sorriso.

- Tem certeza de que vai mentir pra mim, meu anjo? – ele diz.

Ele cruza os braços, e caminha na minha direção... Sinto que isso não vai funcionar...

Alguma coisa dentro da minha mente parece falar por mim... Alguém que está se divertindo com a “ameaça”... E como eu não tenho condições de responder a uma coisa dessas... Ela assume daqui pra frente.

 

****ANABELLE****

 

Eu não falo como humana, não penso como humana, não ajo como humana... Isso por que eu sou Elizabeth, mas eu também não sou, eu sou Anabelle, vampira e também aquela que “agüenta” quando é necessário... Como nesse momento Elizabeth se perdeu em pensamentos, pode me chamar de piloto automático.

- Alessa, tem uma coisa que eu sempre quis te dizer... – sorriu.

- Finalmente estamos chegando a algum lugar.

Puxo Alessa e coloco-o contra a parede, cravando os meus dentes em seu pescoço.

- Isso não é bem uma frase... Mas eu não ligo. – ele suspira.

Não posso rir agora, ou vou arrancar um pedaço do pescoço dele... E a coisa pode ficar feia.

Soltando o pescoço dele, me encarrego de limpar o sangue que escorre.

- Elizabeth.

- Hum? – pergunto.

- Em dois dias eu vou viajar novamente... Dessa vez eu não sei quando vou voltar.

Não queria que ele fosse, querendo ou não eu e “ela” o amamos...

- Não quero que você vá...

- Eu sou obrigado, pode haver uma guerra em jogo... Afinal eu humilhei um mestre de casa... Me perdoe por ter que deixá-la Elizabeth.

- Então... Fique comigo, pelo menos essa noite, antes de você partir... Eu quero você.

Alessa respirou fundo antes de responder, o perfume dele estava substituindo o ar dentro dos meus pulmões, eu estava muito perto.

- Se você me quer, eu sou seu. – ele sorri. – Eu já era antes de você pedir.

Não pude deixar de sorrir diante de algo tão maravilhosamente bem dito, bem colocado, enfim...

Nem mesmo eu pude me segurar quando os lábios frios de Alessa tocaram a minha pele, me guiando cada vez mais pra trás, a cama parou o meu caminho, e eu me deixei levar.

 

*****ALESSA****

 

Agora eu sabia que iria viajar com a minha consciência tranqüila, as mãos trêmulas de Elizabeth desceram lentamente as minhas costas, levando a minha camisa com elas.

Não estava feliz em pensar que teria de deixá-la sozinha com Levilian... Nela eu confiava, mas nele... Já podia até ver o sorriso irônico dele quando eu fosse deixar a casa...

Os meus lábios travaram os dela num beijo que duraria por tanto tempo quanto os pulmões dela agüentassem, eu estava morrendo de vontade de fazer isso.

Quando senti que acabara o ar dela, eu a soltei, ela puxava o ar como se eu tivesse tentado afogá-la.

- Sinto que estou te matando. – eu riu.

- Se é assim que morrer parece, espero morrer logo.

Não pude evitar em rir diante do comentário.

- Tem certeza disso? – eu pergunto, tirando o cabelo dela da frente dos olhos.

- Claro.

Assopro o meu indicador e começo a escrever o meu nome sobre a pele dela... Meu nome completo é: Alessiel Sibilian Mon Devan Orumiê.

- Hun... – ela geme.

Eu acabo rindo, ela estremece sob o meu toque gelado.

Ela agarra o meu pescoço e me puxa pra baixo, seus olhos já estão perdidos e eu nem fiz nada ainda...

 

******ANABELLE*****

 

Ele estava brincando comigo! E alguma coisa não me deixava aceitar as caricias de pelo meu corpo, eu estava sendo estudada. Eu não soltaria o pescoço dele tão cedo, por acidente minhas unhas foram fincadas das costas dele... Quanto mais longe fossemos, mais difícil seria voltar.

- Desculpe. – eu suspiro, notando como seria difícil soltá-lo naquele momento.

- Tudo bem. – ele responde.

Não existe forma, sentimento, palavra, nada que eu possa usar pra descrever como ele me fez sentir... Só digo que foi uma das coisas mais... inexplicáveis que vai acontecer na minha vida toda.

Em algum ponto da noite acabou, e o sono acabou consumindo todo o meu ser antes que eu pudesse dizer algo coerente.


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