Meu Amigo Oculto escrita por Aleksa


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bem, esse vai ser o último capítulo dessa semana
Vai demorar um pouco até eu postar de novo eu axo.



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Capítulo 2

 

 

Quando, depois de alguns reveses (resultantes da neblina nas estrada) chego na escola, os portões estão fechados... Por que os portões estão fechados? Não me diga que nesse frio me levantei pra nada...

Vejo um funcionário saindo pela porta lateral, pergunto a ele:

- Com licença, por que os portões estão fechados?

- Hoje não tem aula, é feriado da independência.

Bato minha mão esquerda na testa.

- Ai, ai, ai... A independência... Obrigada. - tento sorrir ao homem.

Que coisa detestável! Não acredito que me levantei da cama pra ouvir que hoje é a independência...

Agora estou olhando para a rua ao lado, pensando "por que eu?", esta levava a uma rua sem saída muito mal iluminada, vejo alguém saindo dela, um rapaz, um rapaz de olhos de cores diferentes, um verde outro azul muito claro; cabelos loiros escuros, com mechas castanho claro,que desciam até a metade das costas; roupas pretas, uma blusa sem botões, mangas compridas, de gola muito aberta, quase até os ombros e uma calça de jeans azul muito escuro.

Me vejo involuntariamente encarando-o, seus olhos se dirigem aos meus, me desligo absolutamente do ambiente, nossos olhares se cruzam, tinha uma beleza perigosa nos olhos dele...

- Elizabeth... - ouço-o sussurrar num fio de voz.

Um carro passa em frente a rua, ele some.

Não tenho tempo o bastante para pensar nisso, meu celular toca.

- Oi Lizie! - gritam animadamente ao telefone.

- Oi Lucy...

Lucianna é a pessoa com quem mais convivo em toda minha vida, eu sinceramente a vejo mais do que minha própria mãe, mas acho que uma vez que minha mãe é louca, e nesse momento está em algum lugar perdido aprendendo MAIS UMA arte marcial... Não deve contar.

- Vamos fazer alguma coisa hoje, é feriado da independência e não quero ficar babando em casa.

- O que faremos SE eu disser sim?

- Eu, você, Elina e Margaret vamos a uma loja de antigos cristais que abriu lá no centro.

- Certo, eu aceito, nos vemos em uma hora?

- Quarenta e cinco minutos no máximo!

- Certo, certo, já estou a caminho.

Atrevessei a rua, caminhando silenciosamente pelas ruas, era muito "cedo", o único som que me concentro em ouvir é o som dos meus passos no concreto úmido pelo sereno. Pessoas passam ao meu lado, não as vejo, olho para o chão, para os meus sapatos, não paro de pensar no meu sonho, não entendo por que, é só um sonho, não é real, mas... Era perfeito, como se eu pudesse estender minhas mãos e tocar as poças de água no chão, ou tocar aquele que me abraça...

Ao chegar na loja, Lucy, Eli e  Maggie estão paradas na porta, rindo alto e conversando.

- Oi. - aceno do outro lado da rua,

- Oi~! - elas gritam.

Caminho até elas, nós entramos, o sininho da porta tilinta.

- Posso ajudá-las? - um senhor de idade pergunta com um sorriso amigável.

- Não obrigada, vamos andar um pouco, se precisarmos de ajuda chamamos. - Lucy dispara antes que qualquer uma de nós pudesse formular uma resposta.

- E ai? O que vamos ver primeiro? - Maggie pergunta animada.

Eu fico pensando nisso, particularmente os cristais não lapidados são os meus favoritos, mas duvido que qualquer uma delas queira ver algo que não brilhe... I-n-e-v-i-t-á-v-e-l.

- Quero ver as peças lapidadas! - bingo.

- Bem, vocês podem ir, vou ver as pedras brutas.

- Ok, nos encontramos aqui em meia hora.

Não é nada pessoal, simplesmente não gosto de coisas que ofuscam minha visão quando eu ponho no sol... Por isso me dirijo vagarosamente a uma parte mais escura da loja, onde pedras brutas de todas as formas então colocadas sobre mesas de madeira cobertas por toalhas brancas, espalhadas com alguma distancia entre si.

- Bonito. - digo sozinha.

Ando meio vaga ultimamente, meu caminhar sem rumo específico me diz isso, permaneço assim até que...

De relance vejo o mesmo rapaz de hoje cedo sentado sobre mesa ao meu lado... Impossível, eu nem sequer o vi entrar!

- Você me parece familiar... - o que é isso? Por que comecei um assunto?

Ele nada responde, simplesmente tira o foco do canto da sala e dirige seu olhar em minha direção.

- Deve ser impressão sua. - ele diz. - Nunca nós vimos. - ele diz, dando ênfase a palavra "vimos" e sorrindo.

- Prazer. Meu nome é...

- Elizabeth Vanderground Siciliani Marcelli, é, eu sei. - ele diz, inclinando a cabeça para a direita como se eu dissesse a coisa mais óbvia do mundo.

- Como você sabe...?

- Pode me chamar de Alessa. - ele sorri.

 


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