Meu Amigo Oculto escrita por Aleksa
Capítulo 19
Ainda naquela madrugada, eu entrei no quarto, Alessa estava deitado, acredito que dormindo. Sem querer fazer muito barulho, abri a porta, a luz externa entrava pela janela, e espalhava luz azulada pelo quarto.
Não dormi, o fato de Alessa estar ao meu lado não permitiu.
Na manhã seguinte não vi Alessa em lugar algum da casa, perguntei a uma das criadas, ela disse que não o havia visto durante o dia todo...
Quando Alessa voltou já era noite, e eu estava sentada no quarto, lendo.
- Oi. – eu disse.
- Oi. – ele respondeu.
- Onde você foi?
- Reunião com os Saleriv, se aquele moleque vier me insultar de novo, eu mando o braço congelado dele de volta pra casa num pacote de presente. – ele disse, sério, enquanto tirava uma fita vermelha do pulso com os dentes.
- Nossa... – eu disse.
- Desculpe, eu sempre fico mal-humorado quando tenho que lidar com aquelas pessoas... Apesar de eu estar falando sério. – ele suspira.
- Alessa. – eu digo.
- Hum? – ele pergunta, indo na direção do banheiro.
- Você não parece gostar muito das pessoas do conselho.
- “Não gostar muito” não é a primeira coisa que vem a minha mente...
- Tá... Por quê?
- Eles sempre quiseram que eu assumisse o nome da minha família, meu irmão é um mestiço, eles não queriam “sujar o nome dos elementais de sangue” com um meio humano.
- Como eles são preconceituosos...
- Mas Nine mereceu, ele sempre foi o garoto problema... e eu o filhinho do papai... Até que a mamãe morreu.
- O que aconteceu?
- Com o tempo eu virei um adolescente revoltado.
- Você? Um adolescente revoltado?
- E acredite, a minha definição de revoltado é BASTANTE prejudicial as outras casas...
- Por quê?
- Eu fui me vingar dos Wyorin... Eles seqüestraram a minha mãe, ela entrou em estado de choque, e perdeu a memória. Quando voltou tentou matar a mim e ao meu irmão. Meu pai deixou ela ir, mas ela não agüentou os sonhos sobre os “monstros” dos elementos e se matou três dias depois.
- O que?...
- Minha mãe era humana, papai nunca se conformou com a morte dela.
Eu não sabia o que dizer, ele falava disso como se não fosse nada, mas eu sabia que ele estava só tentando não fazer com que eu ficasse preocupada.
- Desculpe, eu não devia ter perguntado.
Eu ouvi o barulho da água do chuveiro, um tempo depois ele saiu, já vestido e secando o cabelo.
- O que foi, meu anjo? Está pálida.
- Não sabia disso...
- Ah, tudo bem... Já faz muito tempo.
- Isso torna alguma coisa mais fácil? A morte é a morte, não importa quantos anos se passem.
- No meu mundo não. A morte é só mais um estado físico.
- Se eu morresse, você não ligaria?
Ele parou e sorriu com ternura, caminhando até mim, sentando-me ao meu lado e tocando o meu rosto.
- Claro que ligaria. Como eu poderia viver sem a minha droga favorita...?
Me faltou o ar.
- O que está tentando dizer?
- Estou dizendo que te amo. – ele sorri.
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desculpem a demora " estou resolvendo uns problemas
mas assim que possivel eu posto o próximo ;p