Meu Amigo Oculto escrita por Aleksa


Capítulo 18
Capítulo 18




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Capítulo 18

 

Chegando lá embaixo, um garoto que parecia ser uns dois anos mais novo que eu, está parado na porta com cara de “eu te mato”. Alessa estava parado encostado à escada, eu paro com Feliks na minha frente.

- Novato idiota, o Alessa quebra ele em pedacinho que nem vidro! – Feliks diz, mordendo a unha.

- Herdeiro da casa de Orumiê! – o garoto grita. – Eu vim aqui pra te matar!

Alessa começa rir.

- Virou Chefe da sua casa, e acha que pode vir aqui me insultar?

No enorme saguão da casa de Alessa, os dois se encaravam, e Feliks ficava entre mim e o garoto, que começara a formar labaredas de fogo nas pontas dos dedos.

- Elementar do fogo? – pergentei.

- Ele é Nero, o novo chefe da casa de Saleriv, os elementares do fogo. – ele disse, sem tirar os olhos do garoto.

Alessa e o garoto se encaravam ferozmente. Alessa não tinha cara de quem estava brincando, seus olhos de cores diferentes brilhavam.

- Vá embora Nero, não há nada que você possa fazer contra Alessa, ele é muito mais forte que você. – Feliks disse.

- Não é! Não é, e eu vou provar. – ele disse, erguendo as mãos, as labaredas vermelhas alcançaram o teto.

- Pirralho confiado... – Alessa disse, com nojo na voz. – Eu despedaço você...

Feliks estava começando a ficar inquieto, Alessa estava com raiva, e se ele ficasse com raiva, Nero poderia se considerar gelo pra suco...

Nero deu um passo a frente, jogando as duas colunas de fogo em Alessa, que parou as duas com uma das mãos.

Revoltado, Alessa caminhou poucos passos para o lado, tocando a parede, que começou a congelar. Um manto gelado cobriu a parede pouco a pouco, passando pelas janelas, que racharam, a porta, que estalava pela madeira que ia congelando, até cobrir o chão, que ficou liso e escorregadio. O ar esfriou, eu podia enxergar minha respiração. Alessa deslizou sobre o gelo até parar bem próximo a Nero, que lutava pra se manter em pé no gelo escorregadio.

Nero tocou o chão, e o gelo que o circulava se tornou água, quando se levantou, Alessa estava bem atrás dele.

- Mestre do fogo, hein? – ele riu.

O garoto moveu-se rápido tentando acertar o rosto de Alessa, que facilmente desviou, patinando e dando a volta.

- Já viu uma queimadura de frio? – Alessa pergunta, o sorriso dele estava me assustando.

- Alessa! Não faça isso! – Feliks dispara.

- Eu não vou matá-lo... Não agora. – ele ri.

Os olhos de Alessa brilhavam, faíscas geladas saem de seus olhos.

- Pode vir herdeiro de Orumiê! – o garoto grita.

Alessa ri.

 O garoto dispara na direção de Alessa, este, da dois passos pra trás, e pega o garoto pelos pulsos, Nero cai de joelhos no chão, gritando.

- Queimadura de frio. – ele se abaixa pra ficar da mesma altura que ele, ajoelhando-se no chão. – Dói, não dói?

Quebram a porta congelada, um senhor de cabelos e barba grisalhos entra porta a dentro.

- Solte-o, solte-o por favor. – o senhor grita.

Alessa solta seu pulso, uma enorme marca vermelha com a forma da mão de Alessa está estampado no pulso do garoto.

- Ophélius. – Alessa diz.

- Desculpe, desculpe pela ousadia de meu neto. – o senhor pede, ajoelhando-se ao lado do garoto, que ainda está tremendo de frio e dor.

- Você ainda me paga herdeiro de Orumiê! – o garoto diz, em meio à dor e a humilhação.

- Fique feliz por que eu poupei a sua vida, pirralho insolente. – Alessa retruca.

- Perdão, mestre Alessiel! Meu neto é muito impulsivo. – o homem se desculpa, de novo e de novo.

- Se ele voltar a pôr os pés dentro da minha casa. – ele disse, tomando fôlego, pra que seu tom de voz permanecesse estável. – Vai ser a última vez que vocês o verão.

Um arrepio gelado correu minha espinha toda.

- Ce-Certo, ele não voltará mais.

Alessa estalou os dedos, dando as costas e jogando o cabelo pra trás. O gelo some e a sala volta a ser como era antes.


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