Capítulo 11

Naquela noite, eu esperava em meu quarto, tinha medo do que estava esperando, e não estava muito contente em esperar alguma coisa...

- Boo... - Alessa soprou em meu ouvido.

- AH!

- Olá. - ele sorriu.

- Oi... Por que eu estava esperando você?

- Você precisa de sangue não precisa, meu anjo?

- Eu não vou morder você de novo! - não sei se consigo parar duas vezes.

- Me ofende que você rejeite o meu sangue. - ele diz, cruzando os braços, com aquele ar melodramático.

- Sei.

Ele ri, o vento assovia na janela, a expressão de Alessa se fecha.

- O que foi? - eu pergunto.

Ele permanece em silêncio, minha janela se quebra em milhares de pedaços.

- Alessiel! - gritam em meios aos cacos de vidro da janela.

- Níneve. - ele diz, sua voz tão sombria que me causa um arrepio.

- O que você faz com uma vampira? - a voz de reprovação diz.

- Quem é você pra me reprovar Nine?

- Sempre desafiando as regras, não é, Alessa?

- Sabe que gosto de inovações. - ele sorri friamente.

Um rapaz de olhos de cores diferentes, assim como Alessa está parado em frente a janela, e seu cabelo azul escuro liso cobre parcialmente seus olhos, um violeta e outro amarelo.

- Você não pode ser meu irmão... - o rapaz suspira.

- A genética é uma coisa engraçada. - Alessa desdenha. - Aliás, o que você faz do meu lado do tratado?

- Vim visitar Chalise.

- Por que não carrega aquela piranha com você logo de uma vez? - Alessa suspira.

- Não fale dela assim!

- Ou o que? Vai atirar em mim e mostrar minha cabeça para os seus convidados na sua sala de jantar? Por que eu aposto que você é quem vai sair perdendo. - ele ri.

- Eu te mataria se pudesse... - Nine diz, com um tom de ódio na voz.

- Pena que você não pode, né maninho? - Alessa diz, com um tom de desafio.

- Mas acho que não é mais preciso, você já virou o cãozinho dessa sanguessuga ai.

Sinto que a sanguessuga sou eu...

Alessa sorri, colocando a mão sobre a parede, uma onda de gelo cobre a parede, até alcançar Nine, brotando uma estaca de gelo do chão, Nine desvia com alguma dificuldade.

- Cuidado maninho, ao contrário de você, eu posso matá-lo.

- Você não se atreveria...

- Paga pra ver? - Alessa sorri, sarcástico.

- Eu não tenho mais nada a fazer aqui. - ele diz, dando de costas e saindo pela janela.

- Bye bye maninho. - Alessa acena.

- Quem era? - eu pergunto.

- Meu irmão Nine, nunca nos demos bem. - Alessa suspira.

- Seu sangue está pulsando mais rápido... - eu digo, notando a raiva de Alessa.

- Te da fome, meu anjo? Ou só alguma ideia libidinosa mesmo? - ele ri.

Tento não corar, ele é muito direto, e muito atirado!

- Não! - digo aos berros.

- Mentira. - ele debocha.

- Aliás, o que é que você fez com o gelo?

- Eu faço o que quero com o gelo. - ele responde.

- Como?

- Sou um mestre elemental. - ele responde.

Eu posso notar que seu olho azul brilha intensamente no escuro.

- Elizabeth. - ele diz.

É uma das poucas vezes que ele me chama pelo nome.

- Hum? - eu respondo, tentando ignorar seu olhar sério.

-Tenho uma proposta pra você.

- Diga.

- Você quer saber mais sobre meu mundo, não quer?

- Quero... Mas...

- Você deixa eu te mostrar? - ele pergunta.

A única resposta que eu consegui pensar foi:

- Tá...