FAST LOVE – FIRST LOVE > UM CONTO DE CARNAVAL escrita por Bubuh 2008


Capítulo 9
Capítulo 9




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—Seu doido!
—Você que me deixa assim. –beijou o meu pescoço.
—Pode me largar, Alfonso!
—Não quero que você se afogue!- me apertou mais contra seu corpo e minha cabeça, involuntariamente, batia em seu peito.
—Mas você já me afogou!
—Não, foi você quem se afogou sozinha...
—Você me afogou no seu amor!- eu o beijei com todos os sentimentos que Poncho provocava em meu coração. Desde os mais calmos aos mais enlouquecedores.
Saímos da água e nos deitamos em nossas roupas. Fomos organizados demais enquanto nos despimos.
Nossos corações ainda disparavam e foi ao som deles que adormecemos, abraçados um ao outro.

—Ponchoo?
—Hm....
—Que horas são?
—Não se preocupe com a hora, vamos dormir mais um pouquinho!-ele aconchegou sua cabeça na minha.
—Amor, é sério!
—Estraga prazer! –ele se virou pra olhar o relógio. -Caramba! -se sentou. - São meio-dia!
—O tempo passou rápido! A gente nem tomou café da manhã, huahau! Eu tô com fomee!
—Agora a gente vai almoçar!
Nós nos vestimos rápidos e decidimos ir a um restaurante ali perto. Durante o trajeto Poncho ligou o rádio sintonizando em uma rádio, que por acaso tocava a uma música da nossa banda preferida. Nossa história ganhou uma trilha sonora a partir daquele segundo.

“Es tan mágico
cómo todo pasó
en nuestro amor (nuestro amor)
nuestro dulce amor.
Es tan fácil que ya nada me sorprende
en nuestro amor (nuestro amor)
es increíble amor.
Todo fue como en un sueño
en nuestro amor
todo va sucediendo.
Y es así, así es
y no hay nada que hacerle
Y es así, así es
y es así como sucede
este amor...
Es tan sencillo que no sé cómo explicar
nuestro amor
nuestro dulce amor.
Y no sé cuánto tiempo dure el amor
pero hoy...
no hay nada mejor
Todo fue cómo en un sueño
en nuestro amor
todo va sucediendo... “

 

Depois do almoço, Poncho me deixou em casa. E com Any saí para comprar nossos vestidos.
Estava difícil encontrar um vestido pra mim, já que eu não era cheinha mas meu busto deveria ter aumentado dois números. O resto da tarde foi de soninho pra nós duas.
Chegamos na casa de Poncho, por volta das 20h30. A festa já havia começado e o local estava cheio de familiares e amigos da família. Cumprimentamos Kris e Tony, Poncho e Dani nos acomodaram na varanda da sala, que era onde os mais jovens da casa ficavam.
—Dulce, você está mais linda do que a última vez que te vi!-só faltou babar pra completar a cena. - Como você consegue isso?
—Só sou cinderela quando você está perto de mim, ;D!- seu sorriso se abriu mais ainda, mas segundos depois se desfez.
—Então, você só tem algumas horas antes de sua carruagem virar abóbora, né?
—É...-dessa vez, fui eu que sorri com seu comentário mas ele ficou mais triste, o que me deixava mais ansiosa pra falar minha decisão, mas ainda era muito cedo. -Hey, não faça essa carinha! Vamos aproveitar o tempo que ainda temos!
—Você tem razão. –me deu um beijo na testa.
—Sempre tenho!- o puxei pela gravata.
—Convencida, huahuahuahua...
O loiro, alto, magro de olhos claros que nos fez companhia na noite anterior, dava o ar da graça.
—Oi, pessoal!
—Finalmente, Wally! Pensei que você não vinha mais... –Poncho se apressou em dizer.
—É que o fotógrafo se atrasou e eu só consegui sair da agência agora!
—Você é produtor?
—Não, sou modelo fotográfico e ator!
—*________*!-Mai ficou super interessada e puxou assunto com ele.
—Quando eu era piquititita, minha mãe me inscreveu em um concurso de atores mirins e eu ganhei!
—Sério?!
—É...

Ucker e Dani se olhavam sem parar. Pelo menos, até ele quebrar o silêncio.
—Dani, quanto tempo!
—É... Desde ontem á noite!
—Tudo bem com você?
—Tudo bem!
—:D!
—E com você?
—Também!
—“Finda Lesta”!!!- foi, mais ou menos, o que se ouviu quando eles falaram juntos. Sorriram um para o outro e olharam para o lado. Viram que Mai e Wally conversavam bem animados. Sentiram ciúmes e trocaram olhares, de novo.
—Algo está cheirando mal, muito mal!-Dani estreitou os olhos para William. Ucker percebendo brincou com ela.
—Poxa, me falaram na loja que esse perfume iria chamar a atenção das meninas! Não pensei que fosse por cheirar mal, ={! –ela acordou do transe e riu dele.
—Seu cheiro está muito agradável, Ucker! Pode ficar tranqüilo... E aliás, não era dele que eu estava falando.
—Não? Então, é do cheiro de peixe!
—Provavelmente, =D!
—Posso te contar uma coisa?
—Pode!
—Eu estou morrendo de fome!
—kkk... Eu também! Menino, você acredita que eu nem sei o que vão servir de comida?
—Acredito! Ao contrário do seu irmão, você parece ser bem desligada.
—E pelo visto, é isso o que chama a atenção dos garotos!-Ucker ficou vermelho.
—Pelo cheiro, só pode ser strogonoff de camarão!-Ucker desconversou.
—Strogonoff? Camarão?-Dani colocou uma mão na boca e a outra na barriga.
—Está tudo bem com você? Você está pálida!-Ucker colocou a mão na testa da Dani.
Dani realmente estava pálida. Ela saiu dali correndo, direto, para o banheiro. Juliana correu atrás de Dani e eu as segui.
—Dani, o que você tem?-perguntou Ju.
—Dessa vez, eu acertei o vaso! Estamos evoluindo... XD!-ela deu a descarga.
—Não é a primeira vez que isso acontece?-eu perguntei.
—Não, estou assim desde segunda.
—Que?-
—É, isso aí! Não posso sentir um cheiro diferente ou ouvir falar em camarão, meu estômago fica embrulhado e eu paro aqui, =)! –ela pegou um pedaço de papel e passou na boca. Segurei seus cabelos para que pudesse, lavar seu rosto e talz.
—Danielle...

—Odeio que você me chame assim!
—Mas é seu nome, ¬¬!
—Também odeio que você me ignore, como fez há pouco ali na sala.
—Eu não ignorei ninguém.
—Estúpido, o que faz aqui?
—O mesmo pergunto a você?
—Era só o que me faltava? Não posso vir ao banheiro da minha casa, senhor autoridade?-ela secou o rosto na toalha e olhou secamente. -William, não se faça de sonso! O que quer aqui?
—É verdade, que você está assim desde segunda?
—Não te interessa!
—Claro que me interessa... –ele passou a mão pelos cabelos e andou de um lado ao outro no banheiro. -Já pensou na possibilidade de isso ser gravidez?
Ela ficou mais pálida, quando ouviu o primo. E eu também. Seu rosto misturava susto e incredulidade. O meu, provavelmente, pavor e o da Ju, acho que ela estava assistindo novela mexicana. Mas Dani logo soltou uma gargalhada. Deixando eu e William confusos.
—Esse filho só pode ser meu...
—Quem te garante? Você não pode afirmar nada sobre mim!
—Claro que posso, fui seu primeiro cara e todo mundo sabe o quanto você é apaixonada por mim!
O sorriso irônico dela se desfez dando lugar a um semblante decepcionado.
—Você não se protege, mas eu me cuido!- ela o olhava perplexa.
—Que bom! Porque eu não posso ser pai agora, sabe?!
—Ah, é?!- cruzou os braços e o encarou.
—Nem te contei, né? Finalmente, eu fui escalado para o elenco de “Engordação”! Vou ser o professor de educação alimentar! Quase protagonista... Na verdade, eles queriam que eu fosse protagonista!
—É?-ela estava indignada com o que ouvia.
—É, =D! Mas eles falaram que eu ia ter que engordar, mas eu não topei! Já pensou se eu nunca mais volto a esse corpo?! –essa foi a gota d’água para Dani.

—Saia, por favor!
—O que foi? Eu disse alguma coisa que te chateou?
—Me dá licença! –ela apontava para a porta!
—Eu quero ficar aqui com você! Só com você eu me sinto bem, =}!-ele a abraçou a força, que o empurrou para fora do banehiro.
—Sai daqui, William! Suuma logo!
Dani tinha os olhos marejados, naquele instante me lembrou aos de Poncho. Ela preferiu lavar o rosto de novo, e se maquiou em seguida.
—Dul e Ju, posso pedir uma coisa a vocês? –confirmamos com a cabeça. –Não contem nada do que ouviram aqui para ninguém. Principalmente para Poncho, ele iria ficar muito irritado e eu não quero dar esse desgosto a ele.
—Eu não ia contar, Dani! Mas você pareceu bem assustada quando ele falou em “gravidez”. Há essa possibilidade?
—Acho que não, =D!
—Como assim “acho”? Danielle, isso é assunto pra se ter certeza! Você usou camisinha?-Ju pirou.
—Eu venho tomando pílulas há muito tempo. E no ano novo, quando aconteceu tudo, eu estava em dia. Tudo bem que não foi uma camisinha, mas quebrou galho!
—Dani, você deveria ter usado camisinha sua doida! Não é só por causa de gravidez, não! Sabia que existe DST?- Ju se irritou com Dani e não foi por falta de motivo. Eu não sabia aonde colocar meus pés quando ouvi isso. E por impulso quis falar o que aconteceu comigo.
—Ju...-
—Eu falo mermo! A gente tem que conscientizar essa "desligada"! Dani, não é tão difícil usar camisinha.
—Na hora não deu pra lembrar, não!-Dani se envergonhou do que disse.
—Mas aposto que se você não estivesse usando as tais pílulas, você lembraria!
—Ju...- eu insistia em falar.
—Fala, leke! –eu queria falar que eu não havia me protegido, eu queria falar que me esqueci desse detalhe, mas o que elas poderiam fazer por mim? Preferi desconversar.
—Já que não se pode ter certeza, é melhor Dani ir a um médico amanhã mesmo!
—Eu irei, esses enjôos estão me tirando o sono!
—Uma curiosidade...-Ju a fitou.
—Diga!
—Você ama o William?-Dani ficou pensando. 

—Está aí, eu não tinha parado pra pensar ainda. Mas eu acho que não é nada mais do que o bom e velho amor de primos. Misterioso, intrigante, ás vezes zeloso! Além do mais que ele, apesar de ser gatinho, é muito egocêntrico!
—Will.I.am, hauhauhau!-debochei.
—É isso aí, kkk!
Dani retocou a maquiagem e saiu com Ju. Eu dei a desculpa de que queria retocar minha maquiagem também. Ansiedade e preocupação me invadiram. A cabeça dava voltas e voltas.
E agora? Eu tive a minha primeira vez com o homem que eu amo. Foi o momento mais brilhante mais a gente não usou camisinha! Será que eu fiquei grávida? Ou peguei DST? Ain... O que eu faço? Como será que o Poncho vai reagir? Eu nem cara de mãe tenho! Argh!
Eu me olhava no espelho, andava de um um lado para o outro, sentava e levantava da cadeira. Só faltei socar a porta, mas ela foi socada antes.
—Dul?! Está tudo bem contigo? Já está há muito tempo aí, amor!
Any apareceu na hora certa, eu precisava compartilhar com alguém toda a minha aflição.
Abri a porta para ela entrar no banheiro. Verifiquei se tinha alguém no corredor e tranquei a porta. Abracei Any de maneira desesperada. Quando nos soltamos, olhei para ela, que estava com uma das sobrancelhas levantadas.
—Dulce María, o que está acontecendo?
—Any, eu preciso do seu conselho!
—É sobre sexo?
—É!
—Está pronta para ter sua primeira noite de amor?
—Na verdade, não!
—Não?!
—É que eu já tive! E não foi noite, mas uma manhã espetacular!
Any ficou emocionada e chocada, só faltou chorar.
—Ah, bebê!!!! Me conte tuuudo! O que achou?
—Foi tudo muito bom. Meio inexplicável, sabe?
—Mas você não parece estar feliz. O que te aflige, princesa?
—Any, estaria tudo perfeito se não fosse por um detalhe!
—Que detalhe?
—A gente não usou camisinha!
—Dulce, Oo!

—E agora? O que eu faço!
—Calma, Dul! Não se apavore! O que foi feito, está feito!
—Eu sei mas como é que eu vou saber se estou grávida?
—Bem, a ausência da menstruação é um sinal! Se ela demorar mais duas semana pra aparecer, você deve procurar um médico! Esse médico vai verificar seu abdômen, seu útero, e o colo. Se eles estiverem dilatados, você terá que fazer o exame de sangue. Que nesse caso, só servirá para confirmar a gravidez!
—É tempo demaaaaaais, =/! Eu não vou agüentar!
—Vai, sim, Dul!!!! Passa rapidinho!
—Eu estou com medo! Mas como foi a minha primeira vez e a dele também... Talvez não tenha vingado, =D!
—Dul, eu sou sua amiga e por isso não devo iludir você!
—Como assim? O que você quer dizer com isso?
—Bom, vocês não são mais criança. Portanto, seus órgãos reprodutores estão ativos. Você têm óvulos, útero e Poncho, espermatozóides!
—Seja mais clara, por favor!
—Suas chance de ficar grávida são iguais a de uma mulher de 30 anos que já teve 2 filhos! Ou seja, muitas!
—Aaaaaaaaaah, meus pais vão me expulsar de casa, da rua, do país! Não vai haver lugar suficiente pra mim nesse planeta... ELES VÃO ME MATAAAR!-a minha agonia era tão grande que eu não conseguia chorar.
—Eu estou contigo para o que der e vier. E Poncho já mostrou ser bastante responsável também. Conversa com ele, tenho certeza de que vocês se entenderão. E se vier um bebê, ele terá sido feito com muito amor, né?
—Disso eu não tenho dúvidas!
—Fica tranqüila, minha pequena!
Any tentou me acalmar, e quando conseguiu, voltamos. Ela encontrou Chris e eu, Poncho.
—Que carinha é essa, Dul?
—Nada de importante!
—Não gosto de te ver assim.
—E eu não gosto de ficar assim!
—Então porque você está assim,~.~ ?-ele me abraçou. Seu braços me consolaram durante um instante.
—Eu tenho um assunto muito sério pra tratar com você!-Poncho ficou tenso.

—A comida já está na mesa!- dona Ximena Herrra anunciou.
Insisti para conversarmos naquela hora, mas Poncho preferiu depois da janta. E eu concordei com ele.
Todos fomos até a mesa e nos servimos. Com exceção de Dani, que preferiu ir até a cozinha.
—Dani, não vai jantar com a gente?!
—Prefiro comer sucrilhos, xD! –ela carregava a vasilha da sobremesa. Sorvete de chocolate e sucrilhos. Todos se divertiam com sua atitude.
—Dani, você parece uma criança!-Ucker falou, e ela riu do comentário.
—Ah, isso eu tenho certeza de que ela não é!-Wally acabou com a graça.
Todos sentamos na varanda, aonde aproveitamos a brisa fresca. Poncho, que estava apreensivo, começou a beber champagne, que mais tarde virou vinho tinto, e depois vodka, em grande quantidade.
—Eeita, acho que ele está bebendo demais!-Dani advertiu.
—Eu também acho..
—Nunca vi ele fazer isso! Pelo que sei sou a única cachaceira da família, ;D!
—Deve ter sido em você que ele se espelhou hoje!-Tony a fuzilou com os olhos.
—Desculpa, :( ... Pai, acho melhor segurarmos ele...
—Eu cuido dele, e você distrai a sua mãe! Se ela ver Alfonso assim, será um tremendo desgosto!-Dani foi para sala manter sua mãe muito ocupada.
—Alfonso, vamos para o quarto!
—Que? Quarto não... Eu quero ficar na night com as coroa aí! Olha quanta velha gata!-ele se referia as amigas de seus pais que estavam na sala.
—ALFONSO EDUARDO, ESTOU MANDANDO VOCÊ IR PARA O QUARTO AGORA!-impôs Tony.
—Ninguém manda em mim! –ele apontou o dedo no rosto de Tony. –NINGUÉÉÉM!
—Poncho, vá para o quarto é melhor descansar!-falei com firmeza. Poncho empurrou o pai.
—Só ela manda em mim...
Tony o pegou pelo braço e o levou até seu quarto.

—Ele apagou assim que caiu na cama! Acho que não nos causará problemas! Obrigado, Dulce!-Tony apertou minhas mãos.
—Preferia ter evitado isso...
—Ninguém sabia o que ele ia fazer, não se culpe! Vou ver como Dani e Kris estão.-deu-me um beijo nas bochechas.- Mais uma vez, obrigado!
Fui até a cozinha, aonde Dona Ximena Herrera, preparava um chá para Poncho.
—Minha filha, você gosta muito do meu neto, não é?
—Sim, dona Ximena! A senhora não imagina o quanto.
—Ele é muito sensível e quando faz coisas desse tipo é porque tem uma razão muito forte.
—Percebi...
—Por isso, releve o que ele fez. Não se deixe decepcionar facilmente. Poncho te adora e é um ótimo rapaz.
—Vou pensar, dona Ximena!
—Ok, minha filha! –me deu um beijinho na testa. –Por favor, leve esse chazinho pra ele!
Voltei pra a sala e o resto dos convidados, inclusive William, já haviam ido embora.
—Dul, nós também já vamos!
—Eu não posso ir agora!-mostrei o chá que a avó de Poncho tinha feito para ele.
—Eu vou ficar mais um pouco e a levo depois!-disse Ucker. Chris, Any, Ju, Eddy, Mai foram pra casa e eu direto para o quarto do Poncho.
Lá estava bem escuro, só o abajur dava claridade ali. Ele estava desmaiado na cama. Pelo visto, seu pai havia lhe tirado o blazer, a gravata, a camisa, e os sapatos. Era a primeira vez em que o olhara e não sentia desejo. Eu me aproximei dele e passei minhas mãos em seus cabelos.
—Por que você fez isso com seus pais e comigo?-dei um suspiro profundo e beijei sua testa.
Deixei o chá na mesinha da cabeceira e me virei para sair do quarto.
—Dulce, não vá...-ele tentou levantar a cabeça mas não conseguiu. -Fica aquiii...-Era notável a dor na sua voz.
—O que você está sentindo?
—Ânsia de vômito e uma dor de cabeça horrível....
— Você bebeu demais... Sua avó fez esse chá pra você! –lhe entreguei o chá e ele foi bebendo aos poucos.
—Obrigada por trazê-lo pra mim! Obrigada por estar aqui...
—Não me agradeça!

—Acho que o chá já está fazendo efeito, quero vomitar!-ele começou a cambalear e eu o segurei.
—Vamos ao banheiro!
Chegando lá, ele caiu ao lado do vaso sanitário, mas conseguiu vomitar dentro dele. Liguei o chuveiro, regulei a água enquanto ele lavava o rosto, o puxei para baixo d’água.
—Aaaai, me tira daqui! Essa água tá muito gelada!
—Quem mandou abusar do copo? Agora tem que tomar banho!
—Eu não quero banho, não.... Quero você!
Fui puxada pra baixo do chuveiro também. Ele me agarrou, me beijou a força e puxou meu cabelo.
—Agora!!!!
—Para, Alfonso! Me larga...
—Não vou parar, eu sei que você também me quer! Deixa de fazer joguinho... – ele colou o meu corpo ao seu, segurando meus braços com muita força e começou a beijar o meu pescoço de maneira bruta.
—Me solta, Poncho!-ele me prendeu contra a parede e tirou o cinto de sua calça, o lançando pra longe. Os meus olhos ardiam, as lágrimas já tomavam conta do meu rosto.
—Eu quero você, Dulce...-ele puxou a alça do meu vestido para baixo, deixando o meu sutiã á vista.
—Alfonso, paraaaa, por favoor! Deixe eu ir embora. –eu falava entre os choros.
—Não, docinhooo! Eu não vou parar!- ele abriu o zíper da calça, e só não arrancou meu vestido porque consegui me afastar, derrubando-o no chão. Naquela hora, ele percebeu o que fez... O efeito do chá e do tombo foi eficaz.
Desliguei o chuveiro e joguei uma toalha em cima dele, que começou a chorar.
—Eu sinceramente não esperava que essa noite terminasse assim! Não esperava isso de você! Você é igual a todos os homens, se não é pior!
—Dulce, me perdoa... Eu não sei o que fiz, eu não sei...-seu choro me machucava, muito mais do que ele querer ao meu corpo contra a minha vontade.
— Você vai saber, em breve!-saí correndo do quarto dele, e fiquei ali na porta. Esperei uns 5 minutos, sentada no chão e por sorte ninguém percebeu. Olhei as marcas em meu braço, que Poncho havia deixado, e ouvi seu choro também. Só isso pode me fazer sair dali. Fui para sala, onde Dani e Ucker conversavam.

—O que aconteceu, Dulce? Você está ensopada!-disse Dani.- E vermelha, Oo!
—Seu irmão precisa de você!-assim como o vestido, meus olhos estavam cheios de água, de novo.
—Podemos ir agora?-olhei para Ucker, que veio até mim e me abraçou.
—Dulce, você está tremendo! –uma mistura de nervosismo e frio passava por mim.
—Acho que Poncho pode esperar! Vem comigo, Dul!- Dani me arrastou para seu quarto e me emprestou umas roupas dela. –Tome um banho quente e depois conversamos. –ela me deu um abraço.
Eu olhei para o chuveiro, olhei para o banheiro e recordei das cenas anteriores. A situação que antes me fizera sofrer, agora me consolava. Minha cabeça embaixo da água quentinha, que escorria por cimas das marcas que ardiam.


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