Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza escrita por MItch Mckenna


Capítulo 236
Capítulo 233




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No dia seguinte, Margarida resolveu fazer uma visita aos Mendoza-Pinzón. Desta vez, teve a delicadeza de não perguntar se não incomodaria o casal visitando-os. Mas acabaram por marcar no clube, o que para a mãe de Armando foi ainda mais perfeito.

—Mamãe, que bom vê-la novamente!  Desde aquele dia que não nos vemos. Mas você tem "visto muito" a Betty.

Betty fica vermelha.

—Armando!

—Sim, mamãe?

—Eu vou dar uma volta por aí com Milinha.

—Ok!

—Se vai falar sobre o curso de boas maneiras...

—Sim, mamãe. 

—Só quero que saiba que se levei Betty foi com a melhor das intenções, não para humilhá-la ou qualquer outra coisa!

—Eu sei, mãe. Não perderia seu tempo.

—Não mesmo! Sabe que se não visse que ela poderia melhorar ainda mais e se tornar uma dama admirável não teria levado-a para conhecer professores renomados de nossa sociedade.

—É que...

—Sei, sente-se inseguro, pois ela chama ainda mais atenção que antes.

—Sim, ela sempre chamou atenção, mesmo com seu look anterior, ficavam impressionados quando abria a boca. Depois voltou assim e arranca suspiros até de Daniel Valencia.

—Não creio!

—Pode acreditar!   Aquele tipo faria qualquer coisa para ter minha Betty em seus braços. 

—Mas e ela?

—Minha Betty não é assim, ela é só minha!

—Então, não se incomode. O que importa é como ela está contigo.

—Eu queria ser como era antes, me controlar, ou melhor, ser como papai.

—Seu pai? -ri.

—Papai sempre foi seguro, nunca o vi fazendo cenas de ciúmes!

—Isto, agora. Mas antes...

—Papai tinha ciúmes de você?

—Muito. Acho que até mais que você tem de Betty e claro, eu não dava motivo, mas era bonita como Camila.

—Mamãe, ainda é muito bonita. 

—Não sei se seu pai ainda acha.

—Pode ter certeza que sim!

—Eu também tinha muito ciúme dele, rodeado de modelos.

 

Os dois riem. 

—Não era fácil. 

—Tudo, tudo que fiz foi para sua felicidade, acredite!

 

—Eu sei, mamãe. Amo a minha Betty tal como ela é. Assim, simples e doce.

—E não tem porque ser diferente.

—Não quero que mude! Não quero queque se torne como estas plastificadas, construídas damas da sociedade, como....

—Como Marcela, Patrícia, Isabella...

—Ou qualquer outra com quem tentou me casar. Não, mãe!

—Crê que se ela se tornasse deixaria de amá-la?

—Não, não isto não. Não creio que possa ter algo que me faça deixar de amar minha Betty, o que ocorre é que...  a amaria de qualquer forma, mas...

—Se o que ama em Betty está em sua essência não creio ser possível que mude por conta de um curso de boas maneiras, ainda mais ela é muito inteligente e educada.

—Eu sei, mamãe. Por isso...

—Tem medo que ela se torne como eu?

—Não como você, mamãe, como pode dizer isto?

—Sei o que você e Camila pensam de meu jeito sisudo, mas já sofri muito Armando. Nem sempre tive esta pose e tive que me adequar.

—Pensei que a senhora  a vida toda tivesse sido assim.

—Não. Mas tive que aprender e não tive a minha sogra de meu lado, pois pode acreditar que embora, eu tenha sonhado que casasse com Marcela, já que escolheu Beatriz, não há o que fazer. É a sua esposa e para os Mendoza isto é para sempre.

—EU sei, mamãe e nunca me divorciaria de minha Betty.

—Então, como disse, lutei para chegar onde estou e ser aceita. Não quero que a mulher que elegeu passe pelo que passei.

—Ela não passará, mamãe. Não precisa da alta sociedade bogotana para nada! Tem a mim a seu lado.

—Eu sei, filho. E não desejo que Betty se torne como eu, são épocas distintas. Mas quero que ela saiba exatamente o que fazer em qualquer situação.

—Como assim?

—Não creio que ela mudará para se tornar como eu, mas saberá atuar como qualquer dama da alta sociedade se um dia necessitar! -dá um beijo na testa -Um jantar com um embaixador, um ministro, a rainha da Inglaterra.  Beatriz teve inteligência para conquistar sua posição na empresa e charme para te conquistar, tem classe e discernimento para saber como atuar em qualquer lugar. Jamais deixará que ninguém a volte a humilhar. Mas para você, sempre será a mesma Betty de sempre, pois assim gosta dela.  Não me olhe assim, sei o que estou dizendo, conversei muito com ela esses dias e conhecendo-a sei que com você continuará a ser como gosta, pois faz parte dela.

—Não sabia que tinha toda esta sabedoria, mamãe.

—Não tinha, mas a vida me ensinou muitas coisas, sobretudo sobre meus filhos. Quase os perdi.

—Nós a amamos muito, mamãe. Não seria possível perder-nos.

 

Assim, os dois se abraçam e vão de encontro à Betty e Camila para almoçarem e depois de passarem o dia no clube, Margarida anuncia que passará por Palm Beach para ver as lojas, o que Armando estranha, pôs a mãe nunca foi adepta a isto.

—Claro que também farei compras e verei Marcela, ela está lá não?

—Sim, mamãe, Marcela e sua inseparável amiga Patty estão em Palm Beach desde que Betty e eu ficamos juntos.  -disse, com vergonha. 

—Mas foi melhor para ela.

—Sim, creio. Não queria magoar Marce, tal vez um dia ela entenda.

—Creio que sim, querido.  Sei que era meu sonho e de Suzana ter você e Marcela juntos, mas sei que erramos.

—Tenho um grande carinho por Marce. Nunca a quis magoar. Espero que um dia entenda.

—Dê tempo, ainda é muito recente.

—_____

Armando pensava no que havia conversado com sua mãe naquele dia. 

—Agora, mamãe, querida mamãe, será que fez muito estraguinho em minha Betty?

 

—Betty? -perguntou no telefone.

—Sim, Armando?

—Que está fazendo de bom aí?

—O que poderia estar fazendo além de trabalhar? 

—Posso passar por aí?

—Sim, meu amor, como poderia dizer que não, é sua empresa.

 

Armando prontamente foi à presidência.

—Sabe que a empresa não é só minha e sim nossa!!

 

Fechou a porta com seguro e saiu beijando-a.

—Sabe que logo teremos reunião para ver novos sócios.

—Eu sei, mas é que... está tão linda, meu amor.

—Você também está divino!

Beijos.

—Mas meu amor, tenho que terminar isto para a reunião. 

—Eu sei, Mas passei para ver se podemos sair hoje ao teatro ou a dançar. Que acha?

—Muito bom, sr. Mendoza.

—Assim posso cobrar-lhe a dívida de agora à tarde.

—Ah sim que estou devendo algo?

—Sim e se não quiser pagar-me com juros.

—O farei com prazer meu amor!
        -Isto sei, com muito prazer!

 

Beijos.

Antes de sair, Armando lhe dá piscada cúmplice e Betty lhe devolve.

Mas quando ele abre a porta, dá de cara com Bertha e Aura Maria pegadas à porta.

—E o que acontece aqui?

—Perdão, don Armando é que queria ver se Betty queria alguma... -disse Bertha

—Se precisava de algo. È que tenia um... -Aura Maria tentou completar.

—Olha -Shiu! Melhor que não digam nada! Ou vão se complicar mais, é que não tinha nada que ouvir hoje.  E claro que Betty não está precisando de nada, já que lhe dou tudo. -disse apontando para seu corpo e sai sorrindo.

—Ah sim, como se já não sabéssemos que eles passam muito bem. -disse Sofia.

—O que disse?

—Nada. Don Armando. -disse SANDRA.

—Que voltem a trabalhar!

 

Assim, todos vão para suas mesas, chateadas por hoje não terem espetáculo para ouvir, mas sem muita pressa, pois não tem mais medo de don Armando.

—______

 


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