Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza escrita por MItch Mckenna


Capítulo 235
Capítulo 232 - Explicações e amor




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/790392/chapter/235

Ao chegar em casa, Betty encontrou Júlia com Camila. Não precisou olhar muito para a filha para perceber que estava mal.

—Não é nada, mãe!

—E quer enganar a mim que sou sua mãe? Esteve dentro de mim.

—Ai, mãe. O Armando não confia em mim, achava que estava traindo-o.

Betty explicou tudo e a amorosa e compreensiva mãe pôde compreender os dois lados. Sua filha devia sentir-se mal porque seu marido não confiava em sua fidelidade e realmente não era bom sinal, mas fez ela entender que ele era louco de amor e talvez nunca tivesse amado outra e sabia o que tinha aprontado antes e que a insegurança se devia ao fato que pensava que ela poderia arrumar um homem melhor que ele.

—Mas como, mãe? Para mim, Armando é lindo, um príncipe, divino como sempre foi.  Como olharia para outro se o amo desde que o conheci?  E ele sabe, pois leu em meu diário

—Eu sei, mas deve ter motivos para esta insegurança: ele não se acha tão perfeito. Pelo que me disse, você é uma mulher maravilhosa e merece um homem assim como você, bem melhor que ele, mas que é egoísta e não deixaria que nenhum a levasse. 

—Ai, Armando. Quem não iria era eu!

—Ele sente arrependimento pelo que fez.

—Já ficou no passado e ele sabe ou não me teria casado com ele.

—Mas você se arrepende?

—Do quê?

—Do que o fez passar para fazê-lo acreditar que tinha algo com Nicolás?

Betty ficou vermelha e sentiu vergonha.

—Claro. Nunca imaginaria que não eram ciúmes financeiros, que poderia ser por mim.

—Já disse isso a ele?

—Pior que não sei. Mas creio que sabe.

—Será, filha, será? Grande parte desta insegurança e este medo deve vir desta época. Ele tem medo de te perder. E ao vê-la com um homem, que  como diz, é um tipão, apesar de ser gay, pode ter sentido medo. Lembra como ficou com o francês?

—Lembro, até hoje evito falar com Michel para não ter problemas com ele. Espero que tenha arrumado uma boa moça. E agora que me disse, Arnô é parecido com Michel, apesar de ser venezuelano.

—Daí mais um motivo.

—Será que...

—Ai, mãe. Mas é que agindo assim, não só expõe sua insegurança como sua desconfiança a meu respeito perante todos, inclusive sua própria mãe!

—E você não tem ciúmes de Armandinho nunca?

—Quer que fale? Morro de ciúmes dele. Não é nem pelo passado, pois sei que me ama. Mas aquelas mulheres tão perfeitas, glamurosas e com classe. 

—Tem medo?

—Muito. E se ele se dá conta que não chego aos pés delas? Ai, mãe não aguentaria. 

—Pois pelo que sei para ele são estas mulheres que não chegam a seus pés. Vocês dois precisam conversar, não podem deixar ir, ou vão se perder e sei que se amam tanto.

—Ai, mãe. A senhora é muito sábia! Não sei como tem uma filha cabeça-dura como eu.

—Porque herdou de seu pai.

—Ojojo! Deve ser verdade, não foram só a habilidade com os números. 

Nesta hora toca a campainha, é seu Hermes que vem buscar Júlia para irem. 

Logo em seguida, chega Armando de posse das flores e chocolates, ao que Hermes comenta que ele deve ter aprontado algo e que está de olho.

—Hermes! Que  bobagem! Armandinho é naturalmente assim, romântico. 

Amando fica vermelho.

—Deixemos a família em paz e vamos!

—A família de Betty somos nós!

—Agora a família dela é Armando e Camilinha. Vamos!

Se despedem.

Ao ficarem sozinhos, Armando põe sua cara de cãozinho arrependido.

—Betty...

Ainda estava tentando processar o que sua mãe havia lhe dito. 

—-Betty, me desculpe.  -disse, esticando o que trouxe.

—Armando, você se sente inseguro? Acha que alguém pode me seduzir e levar-me por isso os ciúmes?

—Sim, Betty.

—Mas Armando.

—Você é tão maravilhosa, brilhante, doce e alguém.

—Ninguém sabe que não olho para ninguém. 

—E aquele francês?

—De novo Michel?  Não o vejo há mais de um ano.

—Sei, mas...

—Armando, como pode pensar que estava saindo com alguém com estas intenções? 

—Me perdoe, sou um idiota. Na verdade, eu merecia que  arrumasse um melhor que eu. 

—Isso é impossível! Para mim não tem nenhum melhor que você!

—AH Betty! -a abraça e beija. -Se eu fosse inteligente sacaria que estava fazendo este curso. Óbvio: aprendeu a andar empinada, a escolher pratos, a usar os talheres, andar de salto e ainda andando com minha mãe só podia ser isso. 

—Eu que errei de não ter te contado, é que queria te fazer uma surpresa.

—Eu sei e estraguei tudo. 

—Por que disse que não imaginava que eu faria este tipo de curso, acaso pensa que não posso ser uma dama?

—Para mim, já é uma dama. Lady Mendoza. Mas tenho medo.

—Medo?

—Sim, gosto de você como sempre foi.

—Sei, Betty a feia.

—Não, Betty a linda, a mais charmosa de todos os tempos. Desde antes, sabe que para mim, podia ter voltado tal como era antes de Cartagena.

—Para ser só sua.

—Sim, para que eu te amasse  e não ter que espantar gaviões, moscas e falcões como estes imbecis babões!

Os dois riem.

—Mas também gosto desta Betty segura de hoje, que sabe se vestir, falar e não deixa que a humilhem. Mas não precisava mudar mais.

—Não gostou de eu fazer o curso?

—De verdade? Você já é uma dama. Tem mais classe e  educação que muitas que se dizem damas da sociedade, pois sabe ser gentil e discreta. Aparte disso, é linda e elegante.  Ainda mais...

—Ainda mais?

—Agora, sabe andar de salto e tudo isso. Sabe pedir os pratos. 

—E o que tem?

—Gostava de pedir para você, era uma das poucas coisas que não sabia, que eu podia pedir e te ensinar. E quanto a andar de salto. Você ficou ainda mais elegante, linda e até parece mais alta.

—E isto te incomoda?

—Sim, mas não do jeito que pode pensar. Lógico que não gosto que caia por aí, como no coquetel da Color Inc, mas gosto de saber que estarei a postos para segurá-la e cuidá-la sempre e não me importava se pisava meus pés ou não.

—Não mesmo?

—Não. 

—Você é um louco, sabia?

—Sim, de amor por você! -disse pegando-a em seus braços para dar-lhe um daqueles beijos apaixonados.

—Precisamos conversar.

—Eu sei, mas. 

Neste momento, Camila abre a boca e chora.

Os pais saem desesperados, vendo a filha engatinhar,

—OH, minha princesinha. O que quer?

—Comida não pode ser, mamãe acabou de sair daqui.

—Acho que quer um pouco de atenção.

—Estes papais saem o dia inteiro e quando chegam nem dão bola para mim! -imita a voz de criança.

—Desse jeito vou ficar igual ao Rex! Abandonado.  -disse Betty citando o husky siberiano de Armando, fazendo com que ele virasse os olhos.

—Que foi, filhinha?

Ela esfrega os olhinhos, depois de coçar os dentes.

—Sono e mais dentes querendo vir.

—Está com muita pressa de virar mocinha.

—Que não invente de Escola das Princesas. -disse Armando, Betty fez muxoxo com os lábios.

Depois de conseguirem colocar Camila para dormir, Betty vai tomar água e Armando a segue. 

—Betty?

—Onde estávamos?

—Eu estava beijando seus lábios.

—Antes disso.

—Só me lembro do que importa.

—Mamãe disse que temos que conversar sobre nossas inseguranças. 

—Você ainda tem?  A vejo tão completa e segura.

—Não é verdade!

—Sim, veja a sua postura, sua figura. De verdade, parece não uma dama, mas uma princesa.

—Mas quando alguma modelo, empresária chega perto, me sinto a mesma Betty de sempre, sua assistente feiosa frente a mulheres como Adriana Arboleda, Claudia Elena e Alejandra.

—Não é assim, Betty! Não tenho e nem tive nada com elas e são todas suas amigas agora!

—Com exceção da Alejandra.

—Ela é sua amiga e te admira.

—Com ela só tenho negócios. Não somos amigas e se me admira deve ser pelo bombom que tenho como marido. Ojojo!

—Não há motivo para ter ciúmes dela, não a desejo, nunca desejei e não tivemos nada porque eu não quis.

—Eu sei! Mas você tem ciúmes de Michel e também não tivemos nada.

—Tinha que citar este ma... francês. É diferente, bem diferente! Ele te beijou, sentiu o sabor de seu lábios.

—Duvido, pois foi muito rápido.

—Nem que fosse só um segundo. Não pode! É só minha..

—Doutor, tem muito ciúmes.

—Sim, de cada um que chegue perto e a cheire, a toque. Não só deste imbecil importado.

—Betty o abraça e coloca os braços ao redor de seu pescoço. 

—Só você me importa. Me sinto culpada de ter causado isso.

—Isso o quê? Você não fez nada, eu que sou louco e ciumento.

—Te provocar. Minha vingança com Nicolás, sabe?

—Ah isso? Não sei, Betty. Eu merecia.

—Você merece ser amado.

—De verdade?

—Sim. 

Ele a aperta contra si e a beija.

—Sabe, está linda de salto, mas gostava quando andava e sentia insegurança e se pendurava em meu braço para não cair, me sentia um super-homem.

—De verdade?

—Sim. Tinha vontade de pegá-la em meus braços e fazer amor como um louco.

—Não precisa que eu caia para isso.

—Eu sei, mas era uma fantasia.

—Você e suas fantasias!

—Todas contigo.  -disse mordiscando seus lábios, descendo pelo peito

—Ai, Armando.

—Betty!

Se beijam com paixão e loucura. 

—Precisamos jantar, estou com fome.

—Também, mas minha fome é de você!
—Falo sério.

—E eu só quero que brinquemos!

Ele faz com que suba as escadas, abraçados. De repente, Betty tropeça e não consegue segurar o corrimão. Mas Armando está a postos a segura e a pega no colo. Ao chegarem no quarto, já estão seminus e continuam o ritual de carícias, que segue com confissões de amor. 

—Gosto de você do jeito que é e sempre foi, mas pode fazer o que quiser, desde que nunca deixe de ser minha Betty!

—Sempre, sempre serei. 

—Te amo, Betty!

—Te amo, meu divino Armando!

Após se amarem.

—Agora sim, me apetece comer comida.

—Vou ver o que mamãe deixou.

—É que trouxe comida para nós. Deixa que eu sirvo.

—Está bom, meu amor.

—Bitoca! Ah!

Assim, Armando desce as escadas e prepara o que trouxe. 

Ao descer as escadas com o roupão por cima do pijama, Betty não podia acreditar: Armando havia trazido comida japonesa.

—Para a senhorita ver que apoio tudo que fizer, mesmo que isto vá atrair ainda mais atenção a tão especial e exuberante mulher.

—Ojojo! 

Armando pegou o hashi na sacola.

—Seu professor disse que o único que não pôde aprender do curso é usar estes pauzinhos! Por isso, deixe minha gueixa que seu mestre armado lhe ensina a manejar muito bem o que queira!
Armando puxa Betty para sentar em seu colo. 

—Ah, tem certeza que não sabe mesmo manejar? -disse com uma voz rouca e cheia de duplo sentido.

—Não, sei meu mestre, pode me ensinar.

Betty não podia acreditar, Armando comprou yakissoba e sukiyaki que eram os pratos que mais gostou.

—Não sei o que acostumou a comer com seus professores, mas mamãe sabe que não me apetece sushi, então.

—Também não. Comprou exatamente o que gosto.

—Ah gueixa picarona!

Em meio a beijos, palitinhos, Betty aprendeu rapidinho a manejar os palitinhos e muito mais o que já sabia, como bem disse Armando.

—__

—Prometamos, amor a sermos mais seguros, a conversarmos sobre algo que nos gere desconfiança.

—E principalmente, confiarmos mais no outro. Prometo Betty que prometerei confiar em você, aliás, confio em você, mas não nestes tipos.

—Eu sei, mas nenhum deles é como o senhor, doutor!

—Betty, minha Betty! Não sabe como te amo e como só tenho olhos para você, me deixou eunuco para as outras. Acredite, não tem mulher que me desperte o que você me desperta!

Não precisamos dizer que nosso casalzinho não parou só nos beijinhos.

—__________


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acham que Betty tropeçou de verdade ou fez charme para Armando a pegar como disse que gostava?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.