Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza escrita por MItch Mckenna


Capítulo 234
Capítulo 231 -Boas maneiras?




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Um grito se ouviu do lado de fora. Betty, por um momento tremeu. Parecia ter ouvido nada mais que Armando. 

"Coisas da sua cabeça, Betty!"

Margarida sorriu, logo, se só ela ouviu deveria ser imaginação sua. Mas não era imaginação quando um homem enorme adentrou o salão.

—Tentei segurá-lo, mas disse que a mulher dele está aqui. -disse a recepcionista.

—POIS BEM, BEATRIZ DE MENDOZA! 

—ARMANDO? -disse Betty soltando-se das mãos de Arnô e levantando-se.

—É COM ESTE TIPO QUE PASSA SUAS TARDES, QUE VAI A RESTAURANTES E QUE TIPO DE CURSO É ESSE?

—Armando, o que faz aqui? -perguntou Betty constrangida.

—EU QUE LHE PERGUNTO!

—QUE MODOS SÃO ESTES, ARMANDO DE MENDOZA SAENZ?

—Mamãe?

 

Armando balançou a cabeça, o que estava acontecendo? Beatriz estava com um homem e sua mãe aprovava isso.

Ao olhar o loiro alto do lado de fora, podia crer que era Michel, mas ali parecia que o conhecia de algum lugar.

—Quanto tempo, Armandinho Mendoza, continua divino e gritão como sempre.

—Você me conhece?

—Claro. 

—Ai, Armando é o Arnô, professor de boas maneiras de Camila e Marcela! Vai dizer que não se lembra?

—Boas maneiras?

—Sim. E agora de Beatriz também!

—Beatriz, boas maneiras? -disse, surpreso.

—Sim. É este o curso que faço. Me seguiu até aqui?

 

Armando envergonhado abaixou a cabeça.

—Vai dizer que esta cena foi de ciúmes, Armandinho? -perguntou Arnoldo.

—E como não seria? -disse Betty brava.

—Não sabia onde estava às tardes!

—E não confia em mim?

—Confio, mas pensei que este tipo estava...

—Eu? Armandinho? Não me conhece? Sua senhora não corre perigo algum comigo, a não ser de irmos juntos ao cabeleireiro. Mas apesar de nervoso, você continua elegante e divino. Você corre muito mais riscos! 

 

Armando ruborizou-se. 

—Betty, temos que conversar!
—Aqui não é o momento.

—Não esperava isto de você, Armando! Não conhecia este seu lado tão inseguro, achar que Beatriz seria capaz de fazer algo errado. -disse Margarida, recriminando-o.

—Ele está assim, dona Margarida. -disse, dando um beijo na bochecha da sogra. -Tchau, Arnô, tchau, Dora.  -despediu-se com beijinhos. -Que vergonha! Melhor que eu vá.

—Tudo bem, já encerrou. Amanhã formatura.

—Não sei, Arnô, não sei! Não sei se tenho coragem de aparecer aqui.

—Ah, venha sim, merece. E você Armando que papelão.

 

Do lado de fora, Armando tentou colocar a mão no ombro de Betty, mas ela estava muito chateada. Armando não confiava nela. Se sentia culpada de não lhe falar, mas se ele estava com dúvidas, bastava perguntar-lhe. que ela falaria. Mas não. Ele preferia mais uma vez guardar para si e alimentar as desconfianças e isto não poderia admitir.

—Betty, por favor, deixa eu lhe explicar. 

—Não, Armando, ainda por cima. Que vergonha com sua mãe, Arnoldo e todos.

—Juro, Betty que nunca imaginaria que fosse fazer um curso de dama da sociedade!

—Por que não?

—Porque, porque não é teu estilo. 

—Imaginar que vou fazer o curso de damas não, mas imaginar que estivesse te traindo sim! Não me conhece, Armando!
—Conheço, conheço sim. Por conhecer imaginei que fazia um curso de Finanças e nunca de Boas maneiras e Cerimonial. Mas comecei a estranhar quando chegava cada dia com uma roupa diferente do que saiu.

—E aí começou a desconfiar que pudesse estar com alguém. Definitivamente!

—Betty...

—Me solte! E ainda vem com estes trajes? -disse olhando para o macacão. 

—Estava disfarçado. 

—Sinceramente, Armando.

—Beatriz entre aqui.

—Eu não vou neste carro. Até um carro alugou para me seguir! 

—Precisamos conversar.

—Em casa! 

Beatriz pegou seu carro e deu a partida. Armando ficou paralisado, estava muito chateado. 

—Ah você está aí! -disse Margarida. -Que vergonha.

—Mamãe, já foi o suficiente a repreenda de Betty.

—E não é para menos. Como que faz um escândalo desses? Não te criei assim.

Armando entra na Escola. Lá, Margarida e quem o conhecia não podem acreditar no que ouviam de Armando. Era a confissão de um homem loucamente apaixonado e até inseguro. Margarida não podia reconhecê-lo, mas ao mesmo tempo, parecia ver Roberto quando namoraram. Resolveu compreendê-lo.

—Arnô, tem os vídeos das aulas de Beatriz?

—Alguma coisa. 

—Mostre para Armando, ele precisa ver o que esta moça lutou.

 

Na tela da TV, Amando pôde ver os sacrifícios e os micos que Betty passou com livros na cabeça para a postura, quedas do salto-alto, derrubando coisas no cerimonial, trocando o nome dos pratos para o nível atual.

—Surpreendente.

—Pode ter certeza. Ela só não aprendeu a comer com hashi, o que estava ensinando quando chegou daquele jeito.

—Como eu poderia saber? -envergonhado.

—Se perguntasse para ela.

—Eu sei, mas. Não queria que soubesse que estava desconfiado.

—Agora, ela tem certeza.

—Eu sei e não sei como fazer para consertar isso!

—Vai saber!

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As imagens gravadas nas fitas ainda rodavam a cabeça de Armando. Assim, resolveu passar em um restaurante japonês e comprar comida, além de um par de hashi. Passou em uma floricultura e comprou flores. Precisava pedir-lhes desculpas. Não podia ter desconfiado do seu amor.

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Notas finais do capítulo

Ai, Armandinho!

Será que o casalzinho vai se acertar? Betty precisava deste curso para ser uma dama perfeita ou o fez só para se dar bem com sua sogra?



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