Em Cartagena... Este capítulo dedicaremos à querida Catalina Angel, fada-madrinha de Betty, responsável por sua mudança interior e exterior. Celmira Luzardo Nascimento: 31 de março de 1952, Bogotá, Colômbia Falecimento: 12 de março de 2014, Bogotá, Colômbia Linda, um verdadeiro anjo na vida de Betty.

Em Cartagena...

  Catalina sempre quis o bem se Betty. Assim como Nicolás. Eram duas pessoas que amavam-na incondicionalmente, sem motivo para fazê-lo, pois não ganhariam nada com isso. Nicolás ainda dá para entender, vez que desde muito jovens um foi amigo do outro e sendo gênios eram como gêmeos, logo um completava o outro e protegia da solidão. 

O quartel tinha aquela coisa e “um por todas e todas por uma"!  (No melhor estilo "D`Artagnan e os 3 Mosqueteiros" o que era bom também, mas apesar de tudo que passaram, não eram exatamente as melhores amigas tirando Inesita, (cuja atriz Dora Cavidad (a qual todos do elenco chamam `Dorita` nos deixou recentemente) que supria a falta de uma das avós de Betty (assim como para Armando) que evitava os julgamentos e as fofocas e dava bons conselhos. As outras eram como “amiguinhas”, colegas de trabalho. Sabia que para abrir-se, caso precisasse, apenas podia contar com Inesita e Sandra (Sandra havia sido fiel a respeito da bolsa verde contra seu próprio chefe, na época, Mário Caldeirón). Podia contar com o otimismo e alto astral de Mariana, se estivesse desanimada e de Aura Maria, já precisou de seus conselhos que a ajudaram a conquistar Don Armando e agarrá-lo no seu ponto fraco, que era a sexualidade e fizeram com que Armando tivesse ainda mais ciúmes de Nicolás. Bertha, apesar de ser apegada à fofoca, também era muito divertida. Suas amigas sempre comentavam como Sofia era antes de Jenny atravessar sua vida, mas infelizmente, ela não teve a chance de conhecer este lado divertido.

Tinha também sua mamá, de  quem segundo Armando herdou sua doçura  com quem poderia contar, pois apesar de ter feito a imprudência de ler seu diário não contou para seu papá.  Além disso, tinha Armando, que em um ato de desespero também havia lido seu diário, mas a quem aparte do romance, sempre considerou amigo (a defendia e da família e também dos bullylings de Ecomoda) eram cúmplices.  E naqueles dias pré-Ecomoda, tudo era perfeito. Com Armando sem a má influencia da amizade de Caldeirón, ele era muito mais que seu amor, marido exemplar e amante vigoroso, era amigo e confidente. Logo, não tinham motivo para esconderem nada do outro.

Mas uma pessoa que podia apontar que foi contra as evidências e ficou do seu lado desde o começo, mesmo sem ter motivo, foi Catalina. Apesar de  conhecer Marcela desde muito antes, Cata ficou do lado de Betty e a apoiou, foi a primeira que fez com que Armando percebesse o absurdo de mantê-la naquela salinha, tão logo, vagou a sala de Olarte (embora, ela tenha preferido seguir ao seu lado).  Foi a que ofereceu o ombro no momento que mais necessitava e também um emprego. Promoveu sua mudança de look, a apoiou quando colocou suas novas estratégias para a empresa, na Reunião de Diretoria. Por conta disso, e outras coisas, Betty que tem um carinho mais que fraternal pela amigona de todas as horas,  como se fosse uma irmã mais velha, daquelas que te ensinam a se arrumar, para a qual se conta segredos, se pede conselhos. Aquela mana que te ensina a como se arrumar, te ensina como sair e ser auto-confiante. Por isso também, Betty a chamou para ser a madrinha de seu casamento com Armando.

Ela seria madrinha de casamento de Betty de qualquer forma, mesmo se tivesse optado mandar-se para Cartagena para trabalhar e com o passar do tempo em algum momento resolvesse dar uma chance ao francês. (O que acho pouco provável, pois ela estava definitivamente amando Armando e se não ficasse com ele, teria fechado o coração para o amor, ao menos a médio prazo e se dedicado exclusivamente à carreira). Catalina teria ficado mais ou menos feliz que com o casamento de Betty com Armando?

Não dá para saber, apesar de Catalina parecer estar promovendo o romance de Betty e Michel, ela está pensando na amiga que quer esquecer de seu grande amor comprometido e mulherengo. Não queria que ela viesse a sofrer, tendo uma outra opção, ao menos para se distrair.  A partir do momento que os dois se acertam e veem que são feitos um para outro e Armando lhe oferece seu amor e fidelidade eternas, Catalina começa a apoiar, aconselhar e torna-se madrinha do casal, assim como, Nicolás, que apesar de ter sérios motivos para não apoiar a união de Betty e Armando, por motivos óbvios, queria ver sua amiga feliz e a única maneira era que ela se casasse com ele, mesmo que isto significasse ter que trilhar a estrada sozinha, pois Patty, a ``amiga``de Marcela não quis percorrer o mesmo caminho da restauração como Armando.

Mas creio que deveria sim ter algum motivo para Catalina apoiar Michel. Apesar de conhecer Armando há mais tempo, não era muito íntima dele, porque homens como ele e Mário, você não pode ter muita intimidade ou interpretam errado. No próximo capítulo vamos descobrir um pouco mais a respeito da amizade de Cata e o francês e começar a traçar um rumo para este personagem que também ajudou Betty a superar a tristeza, recuperar o amor próprio, logo. também merece ser feliz.

Não sei se vão concordar comigo, mas nunca julguei Patrícia grande amiga de Marcela, assim como Màrio para sair para farra é bem divertido, mas como amigo deixa muito a desejar, sendo manipulador e incompreensível com o sentimento alheio. Enfim, é uma novela que reflete coisas da vida e este aqui não é bem um capítulo, apenas um devaneio.