Namikaze Foxes escrita por DeathDragon


Capítulo 9
WindSurf


Notas iniciais do capítulo

Surf de vento/ Surfando no vento. (Não sei a tradução correta)
Minato descobre algo muito divertido.
O Uzukage demonstra uns estranho interesse em Minato.
O passado assombra Minato novamente.
Natsuki tem uma conversa franca com Minato, contando sua versão do passado, mostrando uma perspectiva diferente da que Minato tinha.
A calmaria antes da tempestade. Logo logo sera o ataque de Uzushio ele vai ser o estopim para a terceira guerra.
Ouvi esse video varias vezes enquanto escrevia, me pergunto se o capitulo acabou combinando com as musicas x]
https://www.youtube.com/watch?v=W3B2C0nNpFU



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Ano 31, 25 de Novembro.

—Ótimo trabalho Minato kun. -Kokari san o ferreiro elogiou as kunais e shurikens que forjei. -Com a sua ajuda vamos suprir a demanda do mercado de Uzushio e Konoha. Moleque vou lhe falar algo, eu não botava fé nisso de clones não. -Ele disse negando com a cabeça, depois abriu um sorriso e deu tapinhas na minha surpresa. -Nunca fiquei tão feliz de estar errado. -Ele disse rindo e foi embora cuidar de seus negócios.

Fiquei até um pouco mais tarde, depois fui embora para casa, comi tomei um longo banho de banheira e dei uma passada de volta na forja substituindo os clones de lá por outros. Dei uma passada na biblioteca para checar o progresso meus clones se desfizeram e recebi uma enxurrada de informação fiquei até tonto. Me sentei em um cantinho no chão para meditar e então reorganizar as informações e pensamentos importantes. Quando terminei fui surpreendido pelo meu clone.

—Acho melhor ir dormir, sua cara ta péssima. Tem que descansar a mente também. -Meu clone disse sério.

—A gente não tem tempo... -Retruquei.

—Não, mas se entulhar informação dessa maneira vai acabar tendo um colapso nervoso. Ta agindo como o Kakashi. Lembre-se de seus próprios conselhos. – Meu clone se desfez em um puff e recebi outra enxurrada de informação.

Que situação levando bronca de mim mesmo... Meditei mais um pouco para reorganizar as informações desse ultimo clone e fui para casa dormir, apaguei como uma pedra.

—Nii san boa tarde. -Yuuki me cumprimentou quando acordei. Sorri e cumprimentei de volta. Peguei uma fruta na cozinha para comer.

—Seu clone tem razão. Acho que se empolgou demais com os livros, melhor deixar só dois. Um para fuuinjutsu e outro para descobrir informação dos exorcistas. Seis foi um exagero, ainda mantem os de Nami e os da forja.

—Hm. -Grunhi chateado. -Percebo que a forja e os de Nami são mais simples.  Os da biblioteca tem uma carga muito maior de informações coletadas e pensamentos próprios com relação ao que aprendem...

—Bom eles são você né? Sempre que descobre algo novo sua mente viaja nas mil e uma possibilidades que a descoberta trouxe. São seis que passam o dia todo com a cara em livros. – Meu irmão deu uma estremecida leve. -Me da dor de cabeça só de imaginar. Perdeu a aula hoje Akane e Akari sentiram sua falta. Os outros ficaram curiosos, Natsuki disse que foi apenas um mal-estar e que ficou descansando em casa. Arashi ficou preocupado. Ei que tal usar hoje para relaxar? Vamos fazer surf de vento?

Não tive nem tempo de negar meu irmão saiu me arrastando entusiasmado.

—Espera um pouco. – Criei novos clones para a forja já que os outros devem ter se desfeito quando dormi. Não acredito que esqueci da forja.

—Hideki, Arashi, Kyouya, Akihiro, Haruko, Harumi e Kyoko estão lá com Natsuki.

—Tobirama kun não gosta muito de andar com o pessoal né? – Percebi.

—Acho que ele se sente excluído. – Yuuki disse pensativo.

—Por quê?

—Hoje mais cedo tivemos aula de rastreamento. O pessoal começou a brincar que o Tobirama era um sensor como o avô dele. Notei que ele não gostou. -Yuuki disse.

—Oh! -Exclamei quando percebi algo. -Acho que isso explica a insistência no katon aquele dia...

Por que ele não gosta de ser comparado ao Nidaime? Ele foi um grande Hokage ainda mais que ele é neto. Wow Tobirama teve filhos e ninguém sabia em Konoha! Me toquei de repente.

—Oi! -Meu irmão berrou me tirando dos meus pensamentos. Vi o pessoal acenado do mar. -Vem.

Meu irmão me ensinou a usar os equipamentos e o que fazer, fomos para o mar era uma sensação diferente subir na prancha, diferente de andar sobre a água mesmo sendo um pouco parecido, não tinha a mesma firmeza. Podia sentir a água abaixo de mim e o vento na vala. Fiquei fascinado com a aerodinâmica e hidrodinâmica. Testei posições diferentes em cima da prancha combinando com posições diferentes na água, estava acelerando quando do nada senti um jutsu vindo em minha direção logo percebi que era uma zoeira de Natsuki e deixei ele me acertar um cum leve suiton na cara.

—Terra para Minato! -Se continuar assim vai parar em Kiri!. -Meu irmão disse me tou de brincadeira.

—Não acredito que é sua primeira vez. – Arashi exclamou escandaloso. Vi os outros se aproximando la de longe e percebi que estava realmente longe da praia. Não conseguia nem enxergar Uzushio daqui. Assobiei baixinho.

—Nem percebi, estava me concentrando em testar a movimentação. -Disse surpreso. Arashi riu.

—Namikaze kun esse sobrenome combina realmente com você. Nunca vi alguém tão sintonizado com o mar e os ventos. Passou pelas ondas como se não fossem nada. -Arashi começou a gargalhar. – Não precisa ficar com vergonha, só falei a verdade. Depois das aulas tem que se juntar a nós mais vezes. – Arashi me convidou animado.

Fiquei feliz. Voltamos para perto dos outros. Me senti envergonhado com tanta gente me elogiando. Eu não tinha feito nada demais. Gostei de meu irmão ter me apresentado a isso, me sentia tão bem isso dava uma sensação de liberdade e euforia que nunca senti antes.

Ano 31, 30 de Novembro.

—Akari seu selo está desbalanceado. -Eu disse observando. – Quando se usa um par não pode colocar impar junto.

—Oh, mas então... -Akari começou a explicar a ideia dela.

Nós estávamos trabalhando em um selo para selar jutsus medianos. No meu grupo estavam Akari e Tobirama. Tobirama era quieto, mas tinha ideias incríveis, toda vez que eu falava com ele era ignorado. Terminei a formula do meu e mostrei aos dois, Akari ficou impressionada. Tobirama tinha uma fagulha de interesse.

—Como descobriu isso? -Ele falou pela primeira vez comigo. Não podia dizer que baseei isso na minha versão spin off do Hiraishin o Doorai(Trovão guiado) e apliquei na formula de selamento.

—Ah li em algum livro da biblioteca um fuuinjutsu que me deu a ideia, tive que fazer varias modificações até chegar nessa conclusão. – Disse. Notei que Tobirama olhou desconfiado, mas não disse nada.

Ano 31, 01 Dezembro.

O Uzukage me chamou. Um ANBU me guiou entrei na sala dele, estava cercado por umas

—Pode me chamar de Har pilhas de papeis.

—Minato kun. -Ele sorriu animado.

 -Uzukage san. -Cumprimentei com uma reverencia.

—Pode me chamar de Harou. Está gostando de Uzushio?

—Sim, muito.

Começamos a ter uma conversa casual enquanto ele ia cuidando dos papeis. Conversamos sobre a academia e sobre o surde de vento. Estranhei ele me chamar só para ter esse tipo de conversa.

—Minato Kun venha cá separei esses papeis aqui, queria sua opinião. – Harou disse sinalizando com a mão para mim sentar ao seu lado em uma almofada.

Sorri e sentei naturalmente escondendo a tensão. O que ele queria? Li com cuidado todos os papeis e sem perceber entrei no modo Hokage. Analisei cuidadosamente antes de dizer qualquer coisa. Uzushio estava sofrendo com a falta de pessoas, apesar de ser um clã numeroso os Uzumakis não conseguiam competir em numero de pessoas com as vilas grandes, nem mesmo com as medias/pequenas como Ame. Era como comparar os Uchihas ou hyuugas, mais um punhado de clãs menores como Hatakes com uma vila inteira.

—Seja sincero Minato kun. -Ele disse me olhando nos olhos.

—Hm não sei se sou qualificado para isso senhor. -Disse. Ele apenas balançou as mãos.

—É sempre bom ter pontos de vista diferentes. -Ele retrucou. Respirei fundo e disse.

—Os Uzumakis tem mais resistência e chakra, mas são pessoas. O kagebushin pode ajudar até certo ponto, mas é desgastante. A pessoa precisa ser ter um grande controle e uma grande reserva de chakra para manter 5 constantemente o dia inteiro, um Uzumaki comum deve conseguir uns 20, aqueles acima da média 40 e os que são quase um posso de chakra 100. Se estivermos falando de ninjas experientes como jounins o número pode aumentar mais. Só que não recomendo isso para ninjas que irão para o campo de batalha. Seria estupidez desperdiçar chakra assim.

—Meu vô me contou sobre os seus clones curiosos. – Harou disse interessado. Neguei com a cabeça.

—Kagebushin comum é um quebra galho para pequenas coisas como ajudar na forja ou fazer alguma tarefa mais simples rápido. Usar clones para coisas complexas é mentalmente desgastante. Não recomendo ninguém fazer isso a não seja que já esteja acostumado com kagebushins e com o modo sábio. -Pensei em um jeito melhor de explicar. – Se eu criar um kagebushin para treinar o jutsu Suiryuudan por mim quando ele se desfazer as memorias importantes do progresso serão intensas as outras serão rapidamente esquecidas. É quase como se lembrar de detalhes que esqueceu. Mas se eu usar eles para viverem realmente um tempo ou estudar algo complexo. É... diferente, é como subitamente você se lembrasse de um dia todo esquecido ou como se você sonhasse como um dia inteiro detalhadamente e acordasse e então tem que parar para pensar e entender o que realmente ocorreu. Isso se multiplica para cada clone adicionado. -Disse pensando no que ocorreu na biblioteca.

—Fascinante. Nunca pensei em tamanha utilidade que esse jutsu que Tobirama inventou teria. – Harou disse contemplativo. -Como chegou conclusão de usar clones dessa maneira?

—Essa ideia brilhante veio de meus irmãos quando estava tendo dificuldades com um jutsu. -Disse a verdade, se bem que depois de recuperar as memorias percebo que “meu filho” usava os clones de maneira semelhante em batalha.

Conversamos muito e chagamos a conclusão de que genins e outras pessoas que pudessem aprender a técnica poderiam ajudar mais na vila com tarefas do cotidiano.

Ano 31, 01 Janeiro.

Minha ideia revolucionou a vila. Na dificuldade da guerra os clones ficavam no lugar onde as pessoas que foram pro campo de batalha ajudar estariam.  Os comércios voltaram ao normal e as coisas não estavam mais tão racionadas. Quando cheguei na cidade achei ela vibrante, mas nem se compara com agora, apesar de mais da metade ser clones não parecia que estávamos no meio de uma guerra nem de longe. Lembrava os poucos momentos de paz que apreciei na vida passada entre a 2ª e 3ª guerra e depois da 3ª.

Harou san começou a me chamar mais e mais vezes. Fico pensando se é por que os clones deram tão certo... Sempre dava alguma ideia, com relação a formação de batalha. Agora em tempo de guerra falei sobre o sistema de ranqueamento. Não compensa subir alguém no rank sem a pessoas estar realmente preparada. Disse isso pensando em quantos genins Konoha matou só para suprir a demanda de pessoal na guerra. Obito e Rin não estavam nem de longe preparados para aquela missão da ponte e Kakashi apesar de ter as qualificações não tinha cabeça para aquilo. Também disse que não é interessante separar um jounin sensei de seus alunos em tempos de guerra. Me lembrei de que Nawaki morreu por causa de um erro besta ou ia morrer... Dei também a sugestão de Tsunade sobre treinar mais médicos, eles são essenciais para não perdermos vidas desnecessariamente.

Estava mais aliviado a guerra estava chegando no fim. Descobri mais informações sobre a pedra, em um livro tem uma passagem sobre um monge que disse ter selado uma raposa que seduziu alguns homens no monte Inari. Isso aguçou minha curiosidade conversei com os meus irmãos sobre isso e eles ficaram animados de poder ser um Kitsune. Demos uma visitada em Nami Yahiko, Nagato e Konan ficaram mais fortes, meu clone estava tentando ajudar Nagato com o Rinnegan, só conheço o que vi na 4ª guerra. Tentei convencer eles a nos visitarem da próxima vez, queria mostrar surf de vento para eles.

Ano 31, 05 Janeiro

O homem mascarado tentou matar meu filho e minha mulher, consegui salvar meu filho. Teleportei para um lugar seguro e o coloquei no berço. Tenho que salvar minha mulher! Tarde demais a raposa! Como vou conter a raposa? Minha mulher está morrendo, não consigo fazer nada para salva-la. Minha vila! Meu filho! Eu to morrendo, to morrendo e não consegui salvar minha mulher, minha vila. Pelo menos o meu filho vai viver. Sou o pior pai do mundo, to morrendo e deixei metade da raposa com ele sozinho não, não consegui salvar a mãe dele. Ah sensei como um dia pensou que eu seria a criança da profecia...

Ei!Acorda!Oi! Ta me ouvindo?! -Uma voz me despertara. Levantei abruptamente tremendo. -Você ta bem? -A voz soou preocupada e me virei para ela era Tobirama.

—T-to sim. – Ele me olhou com descrença.

— O que aconteceu? Te achei chorando na praia... -Ele disse observando.

—Foi só um sonho ruim. Eu estava cansado, decidi deitar um pouco na areia antes de surfar, acabei dormindo. -Disse notando que era noite.

—Hm. Tem certeza que está bem? – Ele disse virando a cara.

—Sim foi só um... sonho ruim mesmo. -Disse tentando sorrir e ignorar a dor. É assustador como ainda posso sentir vividamente o desespero e terror daquele dia. Me levantei e fui até minha prancha levando-a pro mar. Queria me afastar daquela memória.

—Onde vai?! -Tobirama perguntou.

—Para o mar quero surfar um pouco.

—Está escuro devia ir para casa. -Ele disse nervoso trocando de peso de um pé para o outro.

Pensei na possibilidade de me desligar no mar e acabar longe novamente criei um clone para me avisar quando eu sumir de vista.

—Pronto. -Eu disse. Tobirama suspirou.

—Já que vai vou com você. Não quero nem pensar em acordar amanha e descobrir que morreu afogado. -Ele disse dramaticamente.

—Ei eu sei nadar muito bem e andar sobre a água. -Me defendi. Ele só bufou e tiou um pergaminho do bolso tirando a prancha dele e o equipamento dele. Esperei ele se arrumar e entramos no mar.

Sentia os olhos dele me observando, deu uma acelerada usando fuuton e suiton controlando um pouco a água e os ventos. Notei que não aumentei a distancia entre nós e olhei para trás Tobirama fazia o mesmo que eu.  Quando senti ele diminuindo a distancia comecei a manipular mais a água e o vento aumentando muito a velocidade. Para a minha surpresa Tobirama apareceu do meu lado.

—Impressionante achei que só eu andava assim. – Ele disse curioso sem aquela cara de sempre mal-humorado.

Apenas sorri e fui com tudo de verdade. Era difícil controlar a prancha e a vela assim tão rápido tinha que tomar cuidado pois um deslize na manipulação ou na minha postura e ia doer muito bater na água a essa velocidade.

—É uma corrida é? -Tobirama disse animado logo atrás.

Meu clone se dispersou avisando que sumi de vista então comecei a fazer a volta diminuindo a velocidade. Tobirama me olhou com cara de dúvida.

—Até a praia. 1,2 3 e já!

Aumentei a velocidade o máximo que consegui ainda mantendo o controle. Tobirama estava do meu lado a uns metros de distancia por causa das mini ondas que nossas pranchas faziam. Cheguei a passar ele um pouquinho, mas no final ele deu uma acelerada maior ainda e me passou zunindo. No calor do momento acelerei mais até me aproximei, mas perdi o controle e cai. Usei o futon para diminuir o impacto e ainda sim cai quase comi areia. Nadei até a superfície e com chakra me ergui na água subindo na prancha novamente. Vi Tobirama voltando.

—Foi uma queda feia, vai precisar passar no hospital? -Ele perguntou preocupado.

—Não, amorteci com fuuton. Só foi visualmente feia mesmo. – Disse envergonhado. Nunca pedir uma corrida assim.

Ele se aproximou cheio de suspeita e colocou a mão na minha cabeça senti o chakra médico me analisando.

—Achei que era novato no esporte. – Ele disse rabugento.

—E sou aprendi faz um mês acho. -Disse sem graça.

—Hm. Seu controle de chakra é impressionante seu equilíbrio também. É o primeiro que faz eu me esforçar pra vencer. -Ele disse enquanto voltávamos devagar a praia. -Se quiser apostar corrida comigo vem mais vezes de noite.

—Você apenas vem essa hora? -Disse entendendo por que ele estava essa hora na praia sem ninguém.

—Gosta da praia calma. -Ele disse.

Quando cheguei na praia me arrumei e selei minhas coisas.

—Obrigado por hoje. -Eu disse.

—De nada.

Nos despedimos e fui para a biblioteca. Não tinha cabeça de ir para a casa e dormir. Quando amanheceu fui para casa tomar banho, me trocar e fui para a aula. Depois passei na forja ajudei o Kokari san com os pedidos do dia e fui para casa.

Novamente sonhei com minha morte, a de Kushina e a destruição da vila. Comei a passar mais tempo na biblioteca ou no surf de vento com Tobirama para me distrai. Conversar com o Uzukage também ajudava. Meus irmãos me observavam de canto as vezes.

—Minato Kun ola. -O Uzukage me cumprimentou.

—Oi Harou san. -Disse tirando os olhos do livro.

—Tem interesse em jutsus de espaço e tempo? -Ele olhou curioso. -Isso não é muito avançado não?

—Sim e não senhor. -Admiti.

—Hm os boatos de que sabe o Hiraishin são verdadeiros então presumo. -Ele disse pensativo. -Onde aprendeu?

—Meu pai me ensinou vários tipos de selos quando era vivo. Sempre gostei deles e tenho facilidade para aprender. -Respondi.

—Será que tem algum ancestral Uzumaki? Nós as vezes temos certa intuição com relação a selos.

—Não senhor. Até onde sei os Namikaze nunca tiveram relação com os Uzumakis. -Expliquei. Na minha vida anterior eu era órfão, herdei algumas coisas de meus pais e descobri que minha linhagem mora a muito tempo em Konoha, mas antes disso era de Kumo.

Ano 31, 20 Janeiro

—Minato! -Natsuki berrou me agarrando e usando um hiraishin para o nosso apartamento.

—O que está acontecendo? Você parece um vampiro esfomeado que acabou de sair da hibernação. -Ele disse exasperado.

—Já viu um vampiro? -Perguntei curioso.

—Não, mas papai me... Isso não importa! Você diz que está bem, mas está bem mal!  -Natsuki disse me chacoalhando. – Olha isso! -Ele me arrastou para o espelho do banheiro e eu me vi.

Pálido, com olheiras, parecia doente.

—Yuuiki está apavorado! Ele acha que ta doente e morrendo de alguma coisa. -Meu irmão

Eu me sentei na cama envergonhado.

—Não queria preocupar vocês. É só que... é insuportável dormir. – Falei baixo.

Natsuki me olhou preocupado.

—São as memorias?

—Sim. Toda noite sonho com a noite que morri. Eu sinto tudo que senti naquele dia. Não consegui salvar a pessoa que mais amava e oque eu fiz com meu filho... Deu certo no fim eu vi quando fui ressuscitado, mas ainda sim. Tento pensar que não sou eu, que não foi comigo eu sou outra pessoa agora. Mas isso volta e volta. E agora tem Uzushio. Natsuki não consigo parar de pensar se vou falhar novamente.

Eu ri de desgosto.

—Não posso avisar ninguém. Quem ia acreditar? Eu não ia acreditar em mim mesmo se um dia um outro eu aparecesse na minha frente quando eu era Hokage dizendo que iam libertar o Kurama e que eu e minha esposa íamos morrer.

—Ei Minato você não ta sozinho. O que procura tanto naquela biblioteca?

—Algum tipo de fuuinjutsu que me mostre como criar um selo que abra outra dimensão. -Disse cansado.

—Ahhh meu irmão por que não me disse isso antes? -Natsuki riu sem graça e colocou uma mão sobre meu ombro. -A resposta que procura talvez exista no seu fuuinjutsu, mas ela existe também para nós youkais de outra forma.

Eu olhei para ele de olhos arregalados.

—Nunca contei isso antes por que mamãe me disse que humanos se assustam facilmente com o outro lado, poucos tem uma mente forte o suficiente para ver e conviver. Lembra quando papai não estava conosco?

Assenti

—A maior parte da guerra entre as kitsunes ocorreu do outro lado. Mamãe fugiu conosco para o lado de cá para nos escondermos. Vivíamos do outro lado quando Yamihono nos atacou... Isso faz uns 100 anos. -Eles disseram pegando uma das caudas. -Sabia que era para eu ainda ter uma só? Naturalmente a cada mil anos nasceria uma nova.

—É perigoso irmos para o outro lado? -Quis saber.

—Não mais tanto. Eu e Yuuki não ficamos tanto com você na biblioteca e nos outros lugares por que focamos em nossos poderes de kitsune. Estamos longe de chegarmos no nível de poder que é esperado pelo nosso numero de caudas. Ainda sim ficamos mais fortes. Yuuki está quase alcançando o poder de um três caudas natural e eu da minha quarta. Foi mais fácil treinar o Yuuki já que treinei com meus pais antes quando tinha três. O poder do papai e da mamãe ajuda muito ainda sim demora. Com nós três juntos poderíamos vencer algum youkai mais forte, faz muitos anos que youkais não lidam com exorcistas. -Meu irmão fez aquela cara de quando vai fazer traquinagem com alguém. – É uma surpresa bem-vinda ao nosso lado. Yuuki é novo, mas conviver com você o fez amadurecer mais rápido. Eu na idade dele ainda parecia um filhote de raposa comum. -Ele disse coçando a cabeça como eu faço quando to sem graça.

—Sério? -Perguntei incrédulo.

—Sim. Sentimos o tempo de forma diferente, humanos tem vidas curtíssimas comparadas a nós. Quando trouxe você para mamãe foi tão estranho no começo. Tinha a sensação que uma hora bastava eu piscar para você estar fazendo algo novo. Yuuki disse a verdade quando disse que tem 10 ano ainda sim é como se fosse mais velho que ele, sem contar sua vida passada. Quando começou a explorar fora da caverna meus irmãos foram atrás. Você despertou curiosidade neles vi eles mudarem mais nos primeiros meses que conviveram com você que nos quase 3 anos antes.

Era a primeira vez que ouvia Natsuki falando isso. Eu não sabia o que dizer.

—Isso me fez ter curiosidade quanto a humanos. Foi uma boa ideia termos começado com conviver com eles. Se não fosse você, provavelmente ainda estaríamos escondidos em uma toca.

—Não acredito nisso. Você é esperto teria mudado. -Disse sincero. Natsuki negou com a cabeça.

—Para mim e Yuuiki aquilo é o natural. Nos aproximar de humanos era algo impensável antes de você entrar na família. Se fosse um bebe comum, mamãe provavelmente o deixaria perto de alguma vila humana. Yuuki ainda seria um filhote incapaz de falar ou se transformar ou fazer qualquer coisa mais avançada. Sinto que só comecei a pensar de verdade quando adquiri minhas outras caudas, quando devorei meus irmãos. Antes disso me movia basicamente seguindo instinto e pensamentos menos complexos, acho que equivalia a uma humana criança de um ano e meio talvez.

Me senti estranho ouvindo isso. Conversamos mais um pouco antes de Natsuki praticamente e enrolar em minhas cobertas sobre o futon(o colchão japonês) e me obrigar a dormir.

—Vou ficar de olho qualquer indicio de pesadelo te acordo.

—Hm. -Resmunguei exausto e cai no sono. Não sei se é por que dormi com a mente aberta para a do meu irmão, mas dormi tranquilamente sonhando que corria por uma floresta cheia de neve só pela alegria de correr.


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Notas finais do capítulo

Não existe raposa branca com olhos violetas, porem a imagem de abertura é uma memoria do Natsuki substituindo o pesadelo/memoria de Minato.
Querem um time skip para quando chegar essa época ou pode continuar nesse ritmo?



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