Poeta anônimo escrita por Artemísia Jackson


Capítulo 8
Lidando com uma pedrinha


Notas iniciais do capítulo

Tecnicamente eu não atrasei, tô no prazo de uma semana porque atrasei na semana passada hehehe

Sério, desculpem, é que eu monguei e mandei o documento pra beta que ela só conseguia visualizar sem comentar, aí só depois que fui me ligar

Mas enfim, acho que o capítulo em si vai valer a espera, pelo menos é o que eu quero, né ;)

Boa leitura!



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Naomasa apenas observou enquanto os três garotos da UA foram arrastados da sala de Nedzu por uma Nemuri impaciente. O detetive não pôde deixar de sentir pena da professora pela tarefa que lhe fora atribuída — ficar de olho nos pirralhos problemáticos, garantindo que eles não inventariam de agir por conta própria. 

 

A escola ainda era um caos. Pais furiosos telefonavam, questionando os heróis e os culpando pelo ocorrido, ameaçando retirar seus filhos da escola. Outros vinham atrás de uma conversa tête-à-tête, o que era dez vezes pior. Os gritos eram audíveis em todos os lugares, e os alunos murmuravam e conspiravam furiosamente, mais alarmados do que nunca. 

 

Em meio a tamanho caos, Aizawa, Toshinori e Nedzu tentavam saber o quão pior era a situação, recorrendo à delegacia da cidade para isso, convocando os serviços do detetive Naomosa. 

 

— Qual a situação, detetive? — indagou Nedzu, as patas cruzadas sobre o queixo numa postura séria e calma. 

 

— Infelizmente, temo que não seja muito favorável. Precisamos de tempo — Naomasa respondeu, andando em círculos pela sala. — Alguns informantes têm a localização de algo que parece ser o antro da Liga, mas não temos certeza de que o aluno vai estar lá. Eles podem simplesmente tê-lo levado para outro lugar, não sabemos a capacidade de teletransporte daquele Kurogiri. 

 

— Entendo — Nedzu estava concentrado, provavelmente pensando em milhões de formas de resolver o problema. 

 

— Não há nada que nós possamos fazer? — indagou Toshinori, visivelmente incomodado. 

 

— Infelizmente, não. Seria imprudente arriscar qualquer ação assim sem planejar cada detalhe antes, poderia pôr tudo a perder — explicou Naomasa, paciente. 

 

— Mas eles podem matar o garoto, e nós vamos ficar sem fazer nada? — insistiu o loiro, já alterado. 

 

— Ação nem sempre é sobre agir propriamente falando, pela sua experiência, já devia saber disso, Yagi — interviu Nedzu, sério, porém calmo. — Não adianta meter os pés pelas mãos e arriscar tudo, nós podemos piorar o que já está ruim. No momento, a melhor ação que podemos tomar é planejar, absorver as informações que temos e trabalhar com elas. 

 

— Além de manter a calma e pensar que tudo ficará bem — acrescentou Aizawa, saindo do seu silêncio para surpreender a todos os presentes. — Afinal, é pra isso que temos um Símbolo da Paz, certo? 

 

Toshinori piscou, surpreso. Aquilo era praticamente uma mensagem de motivação, algo que jamais esperaria de alguém como Aizawa. Talvez ele só estivesse fazendo isso porque Yagi parecia tão ou ainda mais agitado que Bakugou, contudo não deixava de ser ato para se considerar e relevar. 

 

— Você está certo — concordou Toshinori, a determinação renovada. — Vamos pensar no que podemos fazer agora para garantir que tudo ficará bem. 

 

E embora a situação ainda fosse tão crítica quanto no começo do dia, os presentes na sala começaram a ter mais esperança. Afinal, enquanto o símbolo da paz vivesse, a paz continuaria reinando, nem que o inferno precisasse ser atravessado para garantir isso.

—________________

 

— Não é culpa sua! — esbravejou Ochako, já cansada daquele clima mórbido. — Vocês dois, parem de agir como se Eijirou estivesse morto! E parem de agir como se ele fosse uma vítima, ele agiu como um herói! 

 

— Exatamente, um herói que salvou quem não precisava ser salvo, eu não queria isso! — disparou Katsuki, com rispidez. 

 

— Mas você teria feito o mesmo por ele se vocês invertessem os papéis. O Eijirou fez o que fez porque ele vai ser um herói incrível um dia, está no sangue dele agir como um, não interessa se o idiota em questão quer ou não ser salvo — Ochako estava vermelha de raiva, as mãos estavam pousadas nos quadris apenas porque ela precisava mantê-las longe dos rostos dos amigos. — E você nem sequer estava lá, Deku, pare de agir como um idiota com complexo de culpa, mas que porra! Acham que vão salvar o Eijirou com isso? 

 

Izuku sentiu o rosto corar de vergonha. Logo ele, que desejava tanto ser o melhor herói algum dia, como All Might, não sabia inspirar uma aura de tranquilidade, de que tudo ia ficar bem. Estava agindo como uma vítima, e não como um herói. Aquilo não estava certo. Sentindo-se encorajado, ergueu o olhar para ambos os amigos e levantou o punho num gesto de força. 

 

— Ochako, você está certa, Eiji não está morto e nós ajudaremos a salvá-lo, ele vai ser forte o suficiente pra aguentar até a gente chegar! — Exclamou de repente, a esperança renovada. 

 

A garota sorriu para ele, erguendo o punho em resposta. Ambos olharam Katsuki, que ainda parecia prestes a esfolar alguém. Ainda assim, um sorriso sinistro se alastrou pelo rosto do adolescente quando ele focou no rosto de seus acompanhantes. 

 

— Eu vou explodir todos aqueles merdas e vocês irão limpar a poeira — disse simplesmente, atravessando a sala de aula de forma decidida, já que Nemuri não estava ali para impedir, pois precisara sair correndo para acudir um aluno com sérios problemas relacionados à crise de pânico. 

 

Provavelmente eles estavam caminhando rumo a uma armadilha, desobedecendo às ordens de todos os superiores e caminhando para uma morte estúpida. Mas nenhum dos três se importou enquanto corria para fora da UA, se direcionando até o beco onde Eijirou tinha sido capturado. 

 

Eles apenas continuaram correndo, um passo de cada vez. Mal notaram quando Shoto apareceu sabe-se lá de que lugar para acompanhá-los. 

 

O quarteto só tinha uma coisa em mente: salvar o amigo, independente do preço alto que poderiam ter que pagar pela tentativa. 

 

—________

 

Matá-lo? — Admirou-se Toga, os olhos brilhando de forma psicopata. 

 

— Sim, matá-lo — confirmou Shigaraki, sorrindo. 

 

Houve um alvoroço entre a roda de vilões, com vários murmúrios de surpresa mesclando-se aos murmúrios de aprovação e excitação ante a perspectiva de ver sangue jorrando. 

 

— Sim, vamos matá-lo! — exclamou Twice, sorrindo enquanto se agitava em seu lugar. — Não, não vamos, ele é só um garoto! — Acrescentou logo em seguida, dando voz a outra parte de sua personalidade. 

 

— O que você acha, Dabi? — Shigaraki se dirigiu para seu talentoso discípulo, sorrindo de forma sádica. 

 

— Não acho boa ideia — respondeu simplesmente, ignorando as caretas que recebeu em resposta. 

 

— E por que não? — Tomura parecia desapontado agora, as mãos tornando a coçar o pescoço. 

 

— Você tem um objetivo, que provavelmente não é matar um aluno medíocre da UA — começou Dabi, o tom displicente de quem comenta sobre amenidades. — A vida dele não significa nada pra você, mas vai significar muito pra quem perder. 

 

— Exatamente, e isso não é divertido? — Tornou a insistir Shigaraki. 

 

— É bem divertido, mas desvantajoso também. Você vai criar um muro quase intransponível entre os estudantes e nós, os heróis vão caçá-lo sempre e nunca teremos sequer uma folga, sem contar com os pirralhos irritantes, a segurança vai ser como a de uma prisão máxima e as coisas vão se tornar ainda mais lentas do que já são — Dabi explicou, o tom didático enquanto mencionava todas as desvantagens do plano improvisado. — Se você só quer desestabilizar a UA, vai ser uma jogada de mestre, mas se você quer algo maior, vai ser uma jogada apressada que atrasa todos os planos mais importantes. 

 

Todos os outros vilões se calaram, anuindo com a cabeça. De fato, a teoria fazia muito sentido, e isso irritou Tomura ainda mais, porque obviamente não era muito agradável perceber que um dos seus subordinados aparentava mais juízo e percepção que ele próprio, o líder. 

 

— Mas e se os heróis ficassem mais desmotivados e desnorteados com esse golpe tão repentino? A confiança neles ia diminuir consideravelmente, já que esse povo vê muito mais os erros do que os acertos, e é essa a parte legal de estar do lado errado — argumentou Toga, surpreendendo a vários dos presentes. Costumavam tratá-la como uma simples menina tola, mas ela tinha grande potencial. 

 

— Sim, estar do lado errado é muito melhor! — Reafirmou Twice, assentindo veementemente em concordância, apenas para sacudir a cabeça em negação depois. — Não, o lado errado não é muito melhor, porque o lado errado é o deles, dos heróis. 

 

— Doidinha, você é muito inteligente às vezes — elogiou Dabi, sorrindo para ela. — Mas o problema é que esses caras são malucos, vocês sabem. Eles não ficam desmotivados, e a cada desgraça que acontece eles parecem dar uma turbinada considerável. 

 

Shigaraki sabia ouvir a razão quando ela falava, e por mais que odiasse admitir, sabia que ela estava se manifestando por meio de Dabi. O simples fato de Toga concordar e até mesmo argumentar para defender a ideia de morte já dizia o quão imprudente ela era — afinal, talentosa ou não, a garota ainda era uma desmiolada. 

 

— É, acho que o melhor é focar nas coisas mais grandiosas mesmo — ele concordou por fim, a cabeça pendendo para o lado. — Ninguém usa uma escavadeira para tirar uma pedrinha do caminho, não é? Seria mesmo um emprego de força desnecessário, não acha, Kurogiri? 

 

O segundo líder da Liga o encarou, buscando no olhar de Tomura algum sinal do que deveria fazer. Percebeu que eles esperavam realmente um conselho, e que apesar do erro que cometera, a confiança em seus palpites ainda era a mesma. 

 

— Acho sim, mestre — murmurou, anuindo brevemente com a cabeça. — Essa é uma sábia decisão — acrescentou, quase como um elogio. 

 

— Certo, então. Como o erro foi seu, Kurogiri, trate de consertá-lo, jogando nossa pedrinha de volta no lugar onde foi pega — sentenciou o líder enfim, virando as costas e se preparando para sumir de vista. — Teremos outras chances de reparar nossas falhas, e me certificarei de que não iremos repeti-las novamente. Conto com todos vocês — acrescentou, encarando os membros da liga por sobre o ombro, as palavras soando como uma ameaça. 

 

Dito isso, Shigaraki sumiu pela porta que só ele e Kurogiri costumavam acessar, provavelmente o antro sagrado dos líderes. Os demais membros se dispersaram, resmungando porque não teriam sangue como atração principal. Apenas Dabi mantinha sua neutralidade, indiferente a tudo como sempre. 

 

A Kurogiri, só restou suspirar em resignação enquanto descia até o porão atrás da tal pedrinha. E embora não tivesse empatia alguma por aquela vida, se aliviou pelo fato de que ela seria poupada — seria um problema a menos para relatar ao Grande Mestre. 

 

—__________

 

Shoto não sabia bem porque estava ali. Ele não era muito próximo de Kirishima, afinal. Mas saber que um colega tinha sido capturado pela Liga bem debaixo dos seus narizes tinha mexido com ele. 

 

Onde estava o idiota do seu pai naquelas horas? Que droga de heróis eles possuíam naquela porcaria de país? Endeavor nunca estava presente quando precisavam dele, isso era fato. Não fora assim quando Touya desaparecera? Enji não estava lá. E quando sua mãe morreu, ele não estava lá. E quando Shoto precisava se sentir salvo, ele não estava lá. Enji nunca estava lá, e foi pensando nisso que Shoto se viu ali, um intruso no meio do trio que parecia se dar tão bem.

 

Mas, honestamente? Todoroki não se importou de sobrar, de ser a peça extra no quebra cabeça já tão bem montado. A única coisa que ele queria era se certificar de estar lá para acudir e salvar um colega que precisava dele naquele momento.

 

Shoto não seria como Enji, ele seria um herói em toda a extensão da palavra. Seu olhar cruzou com o de Midoriya enquanto eles corriam, e o coração dele martelou no peito. E naquele momento, Todoroki se sentiu mais do que aliviado pela sua decisão. 

 

Ele estaria ali para Eijirou, Ochako, Katsuki e para Izuku, e nada mais importava. 

 

—_________

 

Kurogiri suspirou alto quando desceu e encontrou o prisioneiro assustadiço rosnando para si, como se pudesse fazer algo além de olhar e grasnar. 

 

Ele não falou nada enquanto se aproximava, destrancando as amarras de ferro em volta do jovem, deixando somente as cordas de couro. Seria questão de tempo até serem arrebentadas pela força do garoto somada à sua individualidade. 

 

Kurogiri não estava com paciência para lidar com qualquer tipo de combate físico, então tratou de cumprir sua tarefa em tempo recorde. Tão logo as correntes tilintaram ao serem largadas no chão, ele tocou a maca e se concentrou, sentindo sua essência se agitar, rodopiar e então se abrir num buraco quase negro, exatamente no beco onde o adolescente fora capturado. 

 

Ele só teve tempo de acenar para o quarteto que parecia ter acabado de chegar antes de sumir e retornar para o bar — não valia a pena se cansar para capturar o tal Bakugou agora; os quatro pivetes iriam dar trabalho e provavelmente heróis profissionais iriam vir em seguida. Tentar seria um serviço de tolo, uma vez que já estavam familiarizados com sua individualidade e evitariam ela, sem contar que Kurogiri duvidava muito que o tal pirralho explosivo fosse para o lado deles depois de terem sequestrado seu amigo. 

 

"Lar doce lar" — pensou consigo mesmo, suspirando, sem poder controlar o riso ao imaginar o estardalhaço que os pirralhos fariam pelo ocorrido. 

 

Pelo menos a UA teria prejuízos com todo o ocorrido e a acabaria com a imagem manchada. Ainda que tivesse errado o centro perfeito do alvo, ele tinha acertado perto o suficiente para causar um abalo. 

 

Kurogiri nunca errava, e quando errava, nunca o fazia por completo. Não era à toa que estava ali, na posição de mentor do apressado e inconsequente Shigaraki. 

 

Sentando-se num banco qualquer, ele encarou o nada e sorriu mais uma vez. Agora, era só esperar o show começar e torcer para que os estragos fossem bons o bastante para agradar Tomura. 

 

E se não fossem, bom… Kurogiri poderia lidar com aquilo. 

 

—_____________

 

O quarteto observou boquiaberto o buraco negro que se abriu e fechou tão rapidamente quanto um piscar de olhos. Ali, no meio do beco e totalmente estupefato, estava Eijirou. E apesar de assustado e incrédulo, ele estava intacto. 

 

— Ele fugiu — comentou Shoto, frustrado. 

 

— Pelo menos Eijirou está bem — confortou Midoriya, sorrindo para ele. 

 

Shoto arregalou os olhos como se caísse em si, e assentiu de forma aparentemente aliviada e culpada ao mesmo tempo. 

 

Ochako e Katsuki estavam literalmente cagando para ambos atrás de si, pois apenas correram até Eijirou, indo até as amarras para soltá-las. Bakugou foi mais rápido e as derreteu com mini explosões, livrando o amigo, mas ele mal se desgrudou da maca e já se viu prisioneiro de novo, dessa vez preso firmemente entre os braços de Uraraka, que soluçava baixinho. 

 

— Que bom que está bem, Eiji, estávamos tão preocupados — ela sussurrou, o apertando mais. 

 

— Eu… me desculpe — respondeu o garoto, meio sem jeito e quase sufocando dentro do aperto alheio. 

 

Ele mal teve tempo de se sentir aliviado ao ser puxado para trás brutalmente por Katsuki. Tudo aconteceu tão rápido que Eijirou só registrou ao sentir o gosto metálico na boca. Atrás de si, seus amigos gritaram de forma alarmada. Bakugou tinha acabado de lhe dar um belo soco. 

 

— Isso é por quase me matar de susto — vociferou Katsuki, ignorando a plateia que ameaçava avançar para imobilizá-lo. — E isso… — começou novamente, puxando o amigo pela gola da camisa para colar seus lábios. 

 

A exclamação de Eijirou foi somente superada pela de Izuku, que praticamente gritou. Shoto, embora estivesse surpreso, não fez nenhum ruído audível, apenas ficou encarando. Ochako enxugava as lágrimas dos olhos enquanto murmurava algo como: "meus bebês… meu trabalho foi enfim recompensado" — e ela lembrava muito Hatsume com isso, ponderou Izuku em algum canto remoto de sua mente. 

 

Alheios a tudo isso, Eijirou e Katsuki se beijavam intensamente, mãos se enroscando nos fios um do outro, lábios se movendo de forma frenética, línguas se enroscando numa confusão ao mesmo tempo que tudo parecia lento demais, surreal demais, incrível demais, simplesmente demais

 

O coração de Kirishima retumbava, o sangue zunia em seus ouvidos, o corpo parecia leve como uma pluma e quente como o sol. Naquele momento ele poderia simplesmente explodir de felicidade enquanto retribuía o beijo de forma intensa. 

 

Katsuki se sentia… bem, ele se sentia flutuando, quase nas nuvens. Ele conhecia bem a sensação de estar leve e pairando no ar como um bobo, mas aquilo era diferente, melhor, mais morno e agradável. Katsuki raramente se sentia calmo, e esse era um dos motivos pelo qual gostava tanto de Eijirou: ele o acalmava, embora quase ninguém percebesse isso. Mesmo ali, naquele momento, em meio ao frenesi de suas emoções, Bakugou se sentia mais calmo que o habitual. 

 

Quando enfim se separaram, ambos se encararam de forma intensa, olhos faiscando com as palavras não ditas. O beijo tinha falado por si só, algumas palavras não precisavam mesmo ser vocalizadas. 

 

— E isso é porque você não faz as coisas completas e eu tenho sempre que finalizar por você — Katsuki disse enfim, desnorteando o outro com sua fala. 

 

Bombinha explosiva sequer deu tempo de Eijirou compreender a mensagem, apenas o agarrou pela mão e saiu puxando, passando pelos outros sem dizer palavra. Quando estava quase para sair do beco, encarou os outros por sobre o ombro e indagou, quase rosnando:

 

— Estão esperando o quê, porra, querem que eu carregue vocês no colo? Temos que ir até a UA e pedir pra velha das bitocas cuidar dele. 

 

— Certo! — exclamou Izuku, que estava agitado demais. 

 

— Seu mal educado do caralho, é bom andar bem na frente se não quiser que eu chute sua bunda — rezingou Uraraka, começando a seguir os dois patetas apaixonados. 

 

Shoto estava muito abismado com toda a cena, já que algo de repente pareceu despertar em seu coração, a certeza de algo que sempre estivera ali, mas profundo demais para ser trazido à superfície. Ele apenas seguiu seus colegas, sempre mantendo o olhar entre Eijirou e Katsuki e Izuku, andando mais atrás na fila. 

 

Ochako o observava de forma atenta e sábia pelo canto do olho, sorrindo consigo mesma ao volver seu olhar para o amigo Deku. Cupido Uravity acabou descobrindo o segredo de Shoto bem antes dele, e não pôde deixar de se sentir satisfeita com suas descobertas — ela acertara em cheio ao pensar em Shoto como cunhado, afinal. 




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Notas finais do capítulo

HAHAHAHA EU AMO UMA OCHAKO CUPIDO, MEUS AMIGOS.

Gostaram do momento KiriBaku? Pessoalmente eu achei mais Canon que o próprio canon, e só minha opinião importa (e a de vocês, óbvio).

Enfim, por hoje é só. Estamos na reta final, mais ou menos uns três capítulos até acabar (sim, já), então agora as coisas começam a se ajeitar.

É isso, comentem aí seus surtos, vejo vocês no próximo capítulo.



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