Coisas que Amo escrita por Laura Fernandes


Capítulo 15
Capítulo 14 - Quando Duas Almas Se Encontram


Notas iniciais do capítulo

“Eu tenho um veneno em minhas veias,
Tentando deixar tudo correr para fora.
Mas este rio se esgota...
Você é o veneno em minhas veias”

— You, Alex Condliffe



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/789912/chapter/15

Depois dos resultados das provas, Simon decidiu que era hora de encontrar algum trabalho. Enquanto Catarina terminava os últimos preparativos para ir a Dion, ele focava em procurar pela cidade algum emprego que pudesse ajudá-lo a se manter. A aposentadoria de seu avô não era suficiente, não com tantos gastos relativos à casa.

Por isso, dedicou o resto da semana a andar pela cidade.

Foi em restaurantes, em bares, em mercearias, e até mesmo na menor lanchonete da cidade, buscando pelo trabalho mais minucioso que fosse.

Acabou encontrando um como entregador de jornais. Não era o emprego dos seus sonhos, mas o ajudaria por algum tempo, além de que poderia andar de bicicleta a vontade quando fosse entregar os jornais.

— Então você vai entregar jornais agora? – Catarina perguntou, se sentando ao lado de Simon na cama.

O quarto de Simon era secretamente o lugar favorito dos dois. Apenas os dois juntos, sem distrações, ou perturbações.

— Vou sim. – ele mordeu os lábios. – Vou poder andar de bicicleta pela cidade inteira, uma academia junto com um trabalho.

Catarina sorriu.

— Falei para os meus pais sobre nós. – ele a olhou curioso, e ela prosseguiu: – Foram bem mais compreensivos do que imaginei... Só pediram para que você não partisse o meu coração.

Simon pegou a mão direita de Catarina, e selou um pequeno e singelo beijo ali.

— Prometo que não vou.

— Eu sei que não... – ela sussurrou, estendendo a mão para tocar no rosto de Simon.

Notou que a pequena e áspera barba de Simon, estava crescendo, o deixando com o rosto mais velho, tirando certa inocência que somente ela conseguia visualizar.

Ela passou os dedos pelo queixo dele, e traçou uma linha com o dedo indicador, até chegar aos lábios, os lábios mais carnudos e rosados que havia visto na vida... E claro, beijado.

— Só temos mais uma semana antes da formatura. Maria e Apollo querem comemorar, o que acha? – perguntou, pousando a mão na bochecha de Simon.

Ele a observou e suspirou. Não tinha escapatório, os novos amigos que havia arranjando ao longo deste semestre, jamais permitiriam que eles se separassem sem festa.

— Acho que será uma boa ideia, já que não os veremos tão cedo. – Simon respondeu. – Maria vai para a França, Apollo vai trabalhar com o pai do outro lado do país, você vai para Dion, e eu, serei o único a residir aqui, nesta cidade...

— Ah Simon, foi uma escolha sua...

— Eu sei. – ele fitou os olhos apreensivos de Catarina. – É só que não mereço desejar mais que isso, já basta ter você comigo sem que eu mereça. Viver uma vida plena e feliz, não estava nos meus planos, não acho que sou merecedor. Mas prometo que ficarei bem, enquanto você estiver em Dion, estarei aqui, cuidando de tudo e esperando você voltar.

Catarina se inclinou para beijá-lo. A culpa ainda o consumia, e queria do fundo de seu coração, tirar esse sentimento ruim que o fazia sempre se menosprezar.

Para ela, todas as pessoas são merecedoras de amor. E Simon merecia muito amor, especialmente depois de tudo o que passou.

O beijo, que até o momento não se passava de lábios selados, se transformou em algo ardente e urgente. A língua de Simon percorreu os lábios de Catarina, que tentava corresponder ao gesto, ficando parcialmente sem fôlego.

Sentia um calor incomum subir pelas suas pernas. Ela desconhecia aquela sensação, mas sabia que era boa, e que não queria parar naquele momento.

— Catarina... – Simon murmurou entre os beijos. – Eu te quero muito...

Querer muito alguém, levava ao próximo passo de uma relação, e Catarina não sabia muito bem se seria boa naquilo.

Jamais havia sido beijada ou tocada por outro garoto. Tudo se tratava de uma novidade boa, que estava experimentando aos poucos. Porém, agora vinha a parte essencial de seu relacionamento: entregar-se de corpo e alma para o amor de sua vida.

— Simon?

Sim...

Me faça sua.— ela declarou, voltando a beijar ardilosamente os lábios dele.

Antes que pudesse raciocinar direito, Catarina estava deitada na cama, esperando os próximos passos de Simon vir. Ele fitava o corpo dela ainda coberto pelo uniforme de Santa Brígida. Tirou os sapatos, e desceu pelos tornozelos dela, a meia três quartos. Voltou a se concentrar no rosto de Catarina, que ruborizava a cada gesto íntimo que ambos trocavam.

Ele tirou a camisa que vestia, e se despiu por inteiro, ficando apenas de cueca boxer.

O corpo dele era uma escultura perfeita. Os braços não muitos fortes, mas não totalmente magros. As pernas vistosas e fortes. Era um homem, não mais um garoto perdido que precisava ser encontrado.

Simon voltou sua atenção a beijar o pescoço de Catarina, depositando pequenos beijos e chupões pela região. Enquanto traçava a língua na região, desabotoou a camisa que ela vestia, dando livre acesso ao sutiã dela. Beijou por cima do tecido o mamilo, e sentiu o corpo logo abaixo ao seu, se contorcer pelas sensações que provocava.

Admitia que estava adorando vê-la se contorcer de prazer.

Ele a ajudou tirar a peça que cobria os seios, e os admirou. Eram delicados, assim como Catarina.

Ela o observou chupar o mamilo direito e arqueou o corpo para trás, sentindo um calor estranho subir entre suas pernas. Dessa vez, mais forte, mais intenso.

Simon desceu a mão direita até próximo da beirada da saia de Catarina. Abaixou o zíper, e pode acomodar os dedos no tecido fino que o separava do ponto central.

Humm... – Catarina gemeu, não entendendo bem os espasmos e as boas sensações que estavam lhe causando.

Sabia apenas que desejava... Desejava que o calor continuasse, que ambos atingissem o ponto mais alto de seus corpos.

Assim que se livrou da saia que prendia as coxas de Catarina, Simon desceu os beijos do pescoço, trilhando um caminho entre o abdômen, até chegar próximo suficiente da calcinha. Retirou o tecido que o separava da pele ardente, e depositou um singelo beijo antes de começar a intensificar o movimento com a língua.

Catarina deixou escapar um pequeno grito entre os lábios, e se segurou nos lençóis da cama.

Simon sabia que precisava deixá-la à vontade, e pronta o suficiente para a próxima etapa. Por mais que quisesse seguir, antes, tinha que deixá-la pronta, para que pudesse recebê-lo sentindo o mínimo de dor possível.

No entanto, seu desejo latejava, deixando cada vez mais desconfortável estar de cueca.

Antes que Catarina pudesse atingir o ápice, ele parou o gesto, com os protestos e arquejos dela, que o observou se levantar:

Ao lado da cabeceira, abriu a gaveta e pegou um preservativo. Livrou-se de vez da cueca que vestia, e colocou o preservativo. Se acomodou entre as pernas de Catarina, e em um gesto gentil, prosseguiu para o próximo passo.

Catarina arqueou o corpo, pela dor iniciante que sentiu, mas logo se recuperou, quando os beijos de Simon a distraíam da dor.

Ele prosseguiu lento, depois, intensificou os movimentos, dando oportunidade para que ambos atingissem ao ápice juntos.

Catarina sorria como uma boba ao lado de Simon na cama. Estava enrolada aos braços dele, e o observava dormi profundamente.

Aquilo havia sido melhor do que tinha imaginado em seus sonhos mais profundos.

Talvez nunca se cansaria daquilo... Sabia que estava rendida, e para sempre queria permanecer naqueles braços, vivendo as melhores sensações que o amor poderia causar.

— Por que você está me encarando tanto? – Simon perguntou, ainda de olhos fechados.

— Porque eu gosto de olhar para você.

Ele sorriu, abrindo os olhos.

— Queria mais oportunidades como está, de acordar e ter você ao meu lado.

— Tenho certeza de que isso pode continuar sim. Faremos dar certo, além de que nas férias, eu posso passar um tempo com você aqui. Mesmo a mudança sendo prioridade, minha irmã irá cuidar de boa parte dos preparativos, depois da formatura, posso passar alguns dias com você.

Simon passou os dedos nas costas de Catarina. A deixando mais confortável.

— Bom, irei adorar sua companhia. Mesmo que seja por alguns dias.

— Eu também irei...

— Catarina?

Ela o encarou:

— Eu amo você...

Catarina conteve uma lágrima e selou os lábios de Simon.

— Eu também amo você. – sussurrou entre os beijos, que cada vez mais iam se intensificando, prontos para repetir mais uma vez os gestos anteriores.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pessoinhas do meu coração, tudo bem com vocês? Se sumi, peço perdão. Estive com o tempo ocupado, provas e trabalhos da faculdade me consumiram, e quase não consegui escrever. Mas para compensar, escrevi um capítulo repleto de momentos lindos e picantes. Até mesmo mudei para +16 a classificação. Enfim, espero que aproveitem este capítulo. Um beijo no coração de vocês, e até o próximo cap ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Coisas que Amo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.