Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 9
O Caso do Ator: Parte 2




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"Eu estava com um vestido branco, cabelos soltos. Estava sozinha, no que parecia ser uma praia, minha mãe aparece na minha frente e me abraça.

— Minha filha, você está linda. – ela diz ao meu ouvido.

— Mamãe, que saudades. – ela beija a minha testa.

— Filha, você esta atrasada... – diz meu pai ao aparecer ao nosso lado, minha mãe me entrega um buquê de rosas vermelhas. Eu ainda não entendia o que estava acontecendo, meus pais ficam ao meu lado e quando dou por mim a praia estava cheia de pessoas, todas sentadas em cadeiras brancas. A luz ofuscava minha visão, eu não conseguia ver quem eram essas pessoas ou o que eu estava fazendo – Não imaginaria que esse dia chegaria tão rápido... Você é um bebe. – em seus olhos correu uma lágrima.

— Seja feliz filha, lute pela sua felicidade até o fim. – minha mãe pegou em meu rosto e beijou a minha bochecha. Quando chegamos perto daquelas pessoas, elas se levantaram e seus olhares eram fixos em mim. Em meio aquelas pessoas pude reconhecer o pessoal do laboratório.

— Cuide bem dela filho... - meu pai beija a minha testa e vejo-o ele sentar com a minha mãe.

— Mas o que está acontecendo? Alguém pode me dizer? – digo intrigada.

— Finalmente estamos casando amor... – o sorriso do Nick se formava diante da minha visão, ele estava lindo.

— O que está acontecendo? – sorrio a ele.

— Estamos casando, esqueceu? – ele ri, ele se aproxima e beija o meu nariz... "

Acordo assustada com o barulho da campainha tocando, olho ao relógio era mais ou menos 15h30 da tarde, levanto-me da cama, nem fiz questão de me trocar. Abro a porta...

— Oi, o que quer? – abro a porta toda emaranhada e mal humorada.

— Oi linda. – Nick apareceu na minha porta, ele tem sorte que eu gosto dele, porque se não já tinha chutado ele por me acordar. – Agora eu posso dizer que você é linda de qualquer jeito!

— Oi baby! - ele me cumprimenta com um selinho. – Entra – ele coloca o braço nos meus ombros e entra me enchendo de beijos – E o que me dá a honra da sua visita? – o acompanho até a sala. Sentamos no sofá...

— Você esqueceu seu casaco no carro... – ele me entregou – Eu ia te entregar só no laboratório, mas eu pensei que eu poderia passar aqui e poder passar um tempinho com você.

— Você é um fofo! – lhe dou um selinho e levanto e vou pra cozinha - Vou tomar café da manhã quer alguma coisa?

— Mas não está meio fora da hora pra ser café da manha? – ele vem até mim na cozinha.

— Não pra quem acordou às 15h, se você não tivesse tocado a minha campainha eu poderia perder a hora de chegar no laboratório.

— O que seria de você sem a minha pessoa! – ele toca em meu rosto

— Está se vangloriando de mais! Para – rimos. Seu sorriso era lindo, me deixava bamba. – Então vai querer o que? Temos pão, pão e pão – brinco - Já te sirvo o café....

— Não foi fazer compras ainda?

— Não tive tempo, quando eu não estou trabalhando, estou dormindo, ainda não me acostumei com o turno da noite. – lamento.

— Se quiser pode comer em casa, não me gabando, mas eu sei cozinhar muito bem... – lhe entrego a xícara com café e me apoio na bancada ao seu lado – Obrigado.

— Eu iria adorar. – pisco a ele. Pego a minha xícara pra tomar um gole do café, mas neste exato momento ele me puxou e começou a me beijar. – Olha o que você me fez fazer, seu bobo. – falo do café que naquele momento poderia ter manchado a minha roupa. Em meio aos beijos ele ria. Ele me fazia tão feliz, tudo com a gente era compatível.

— Como você pode ser assim? Tão linda, tão você? – ele tirou uma mecha de cabelo que tinha na frente do meu rosto - Você é ... – coloquei o dedo na frente dos seus lábios.

— Shhhhhhhh só continua me beijando – ele concorda e assim foi a nossa tarde. Acabou que nem tomei meu café.

Quando cheguei ao laboratório tinha uma tonelada de trabalho pra fazer, fora que ainda tínhamos que ir ao legista saber a causa da morte de Julian. Com éramos em três, Warrick, Nick e eu, dividimos. Pra mim sobrou conversar com a moça que encontramos na suíte do Julian.

— Oi eu sou Érica Montez, vou lhe fazer algumas perguntas! – a moça me olhava com desprezo – Então senhorita Villian, em seu estomago continha álcool e traços de triazolam, um comprimido para dormir – ela não se importava com que eu falava – Isso pode lhe deixar de olhos fechados por uma semana.

— Eu não tomei nenhum comprimido...- afirmava ela

— Também encontramos cocaína na sua corrente sanguínea, não consumiu isso, não é?

— Eu cheirei algumas carreiras, mas não tomei nenhum comprimido. E se eu fosse tomar..... = ela tenta justificar.

— Sra. Villian encontramos a senhora na suíte do Julian Harper, porque estava no quarto dele? – pergunto.

— Quem sabe? Eu nem sei como fui parar no quarto do Blink! Ai – reclama ela – Se aquele filho da mãe tiver me dado alguma coisa! Eu juro que eu...

— Me conte exatamente o que aconteceu, por favor! – peço.

— Eu e a minha estávamos na balada e Blink disse pra gente que estava em outra festa com Julian Harper, eles disseram que tinha um espaço. Por isso fomos pra lá ... A coisa não rolou como eu esperava, me oferecem bebida e depois só lembro-me do Blink em cima de mim. – era possível notar que não estava tão satisfeita com a noite que passou com Blink.

— Poderíamos te ajudar a dar queixa de estrupo! – afirmo

— Valeu mais não. – ela despensa ajuda.

— Não é um favor, é o meu trabalho. – ela ri

— Tem uma festa hoje no Glorybar e eu não vou dificultar a minha entrada porque fiquei fofocando sobre o melhor amigo de Julian Harper. E se eu encontrar com eles a noite? – ela temia.

— Julian Harper não vai estar lá! – afirmo a ela.

— Confia em mim ele estará! – ela tenta discorda da minha afirmação.

— O legista terminou a autopsia logo pela manhã. – mostro uma foto dele na mesa do legista.

— Ele morreu? – pergunta ela surpresa , confirma com um sinal de cabeça - Eu estava na suíte de Julian Harper quando ele morreu? – pergunta ela sem acreditar no que estava ouvindo – Tá brincando comigo, não é?

— E tendo estado lá, você é uma suspeita! –afirmo

— Eu sou? -pergunta ela

— Sim, portanto, vamos precisar de uma amostra do seu DNA.

— Ai droga! – lamenta ela. – Mais eu tenho certeza que vou estar na festa hoje à noite!

A conversa com aquela moça não foi nada produtiva, ainda faltava verificar de quem era aquela mancha que encontramos na porta de acesso a varanda. Como os meninos ainda não tinham voltado, fui analisar. Tirei uma amostra, fiz a minha mágica e "booom" era uma mancha de saliva. Procurei em nosso banco de dados e o DNA bateu com um suspeito de outro caso em aberto, será que nas imagens de segurança encontramos uma terceira pessoa para entrar em nossa lista de suspeitos desse caso? Passo uma mensagem para os meninos, passando todos os detalhes do que eu havia descoberto.

— Oi Archie, quero sua ajuda! -ele era descendente de japonês e mandava muito bem com a questão de áudio e imagem de qualquer coisa. – Tinha uma mancha na janela do hotel, fiz uma análise e acusou ser saliva! Por isso eu usei o Codes e bateu com o caso de agressão, o nome do cara é Willy Angel. Mora em Las Vegas, mas não estava registrado como hotel e também não tem nenhuma relação com a turminha do Julian.

— Acho que já passei por esse cara! – Afirma Archie.

— Sério? Vê ai então! – ele confirma e começa a pesquisar nos arquivos de câmeras de seguranças que recebemos do hotel onde Julian foi encontrado. Achamos uma imagem onde aparecia o tal cara.

— Olha o nosso cara ai! Todo arrumadinho não é! –diz Archie. – 0h30 ele desce no andar da pesada. – Ele avança a imagem – 02h45 da manhã...

— Sacolas de lojas? Não tem lojas naquele andar! Ele fez compras no quarto do Julian. – brinco.

— Dá tempo de comprar e matar! – brinca Archie.

— A gente sabe que o hotel Palms liberou dois cartões, um pro Julian e um pro amigo dele Blink. Mas o banco de dados mostra que três cartões foram usados para entrar na suíte. – afirmo.

— É supondo que o terceiro era do Willy, não tem como o cara chegar na recepção, armar daquela "ai perdi a minha chave" e entrar na suíte vip. – Supõe Archie.

— E ai? Como é que ele conseguiu? – Meu telefone toca – Um minuto Archie... Montez!

— Érica, encontra a gente no Cassino Palms. Agora. – dizia Warrick na ligação.

— Estou indo – desligo – Obrigada pela ajuda Archie. – Saio correndo da sala e vou para o tal cassino, ele ficava ao lado do Clube Skin, onde encontramos o Julian. – Oi gente... – eles me cumprimentam.

— Encontramos o tal do Willy que você avisou. – dizia Warrick – Achei melhor nós três interrogá-lo, o que acham? – concordamos e fomos até o homem. Era moreno, estava com uma cara de quem não dormia pelo menos 3 dias.

— Willy Angel? – fala Nick ao se aproximar do suspeito - Não adianta fingir que não é com você! Willy, tem muita gente te procurando. – olhamos para ele

— Tudo bem! Me acharam, o que vocês querem? – o policial começa a revista-lo – Hei vocês não podem fazer isso! – reclama Willy.

— Isso aqui diz que podemos! – lhe entrego o mandado. O policial encontra um leitor magnético e um palmtop.

— Ah espertinho em Willy! Olha isso! – Nick nos mostra

— Coleciona cartões de hotéis? – Warrick diz ao pegar alguns cartões em seu bolso. Inclusive do hotel onde encontramos Harper.

— Eu ganhei nesses lugares! – afirmava Willy.

— Ah é! – diz Warrick

— Eu acho que você tem muita sorte com esse leitor magnético barato e um palmtop. Sabia que dá pra entrar em qualquer hotel da cidade com essa coisa? Você pega o cartão de chave antigo, digita o numero do quarto, o código magnético e ai se dá bem! – diz Nick. O suspeito revira os olhos.

— Você usou o cartão para abrir a portada da suíte, entrou e se escondeu. O Julian voltou e dormiu e você tentou roubá-lo. Mas ai ele acordou, e entre matá-lo e voltar pra cadeia... – Suponho.

— Para tá legal? Pode parar! – colocamos as fotos na mesa. - Eu estive na suíte dele e sim, eu sou um ladrão. Mas eu não matei ninguém... – ele rebatia

— Você ficou na suíte dele por mais de duas horas, cara. Isso é tempo mais do que suficiente só pra roubar umas coisinhas. – diz Warrick

— Isso porque aquele ricaço doente safado não ia dormir, ficou transando com uma loira por umas 2hrs. Fala com ela! – o suspeito parecia estar irritado pelo fato.

— Estamos falando com você! – digo em um tom forte.

— Olha, eu não sei o que eles estavam fazendo, mas quando ela foi embora, ele nem se mexeu. Achei que ele estivesse dormindo e eu vi as noticias essa manha. Se estiverem procurando o assassino fale com a garota de vestido vermelho. – afirma o suspeito. Nick dá um sinal para o policial liberá-lo, o suspeito saiu.

— Que droga, odeio caso assim... - falo frustrada. - Nada parece ajudar, nem provas, nem suspeitos... – olho para eles, Nick pega em meus ombros.

— Calma! – diz ele.

— Bem vinda a Las Vegas! – ironiza Warrick.

 


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