Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 8
O Caso do Ator: Parte 1




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Em meio a nossa dança fomos interrompidos por uma ligação do laboratório. Tivemos que deixar o cassino naquele exato momento e ir pra cena de um crime, como éramos do turno da noite, até para o Warrick sobrou. Olha que era sua festa de casamento.

— Vamos Érica! Estão esperando... – dizia Nick correndo na frente já entrando no carro.

— Dá pra esperar, estou com um salto enorme aqui, fora que esse vestido não ajuda muito. – consigo chegar ao carro e abro a porta pra entrar.

— Eu sei de uma coisa que você pode fazer, onde não vai precisar dele! – ele me olha maliciosamente

— Nicholas! – olho tentando repreende-lo, mas acabo rindo, entro no carro.

— Estou zuando com você. – ele revira os olhos. Certifico-me que ninguém consiga olhar pra dentro do carro, pego em seu rosto e lhe dou um beijo de surpresa. Diferente dos outros beijos, esse foi mais intenso, quente. – Quer saber? Dane-se aquele esse caso, vamos pra casa, quero tirar esse seu vestido – ele volta a me beijar.

— A bebida está subindo a sua cabeça, vamos, precisamos ir. – ele concorda meio decepcionado. Ele me rouba mais um beijo.

— Caramba, você... Meu Deus! – ele parecia impressionado.

A cena de crime era no Clube Skin, ele era um dos melhores hotéis de Vegas, ele conseguia reunir tudo que Vegas poderia oferecer. Cassinos, drogas, bebidas, festas e tudo mais. Chegamos ao quarto onde o corpo estava, era uma das suítes principais do lugar. O doutor Robert já estava lá.

— Doutor, o senhor aqui! – dizia Nick surpreso.

— Noite agitada, David está em outra cena. – afirmava o doutor. - Julian Harper, se não fosse pela cianose, eu diria que ele estava tirando fotos para GQ. – Diz o Dr. Robert analisando o corpo semi nu deitado sobre a cama.

— Com certeza ele não estava preparado para essa foto! – diz Warrick enquanto tira fotos do corpo.

— Temperatura do corpo 36°C, que nos daria 1h da manha como hora aproximada da morte. – o doutor afirma.

— É tem muita droga aqui, poderia ser overdose? – pergunto.

— Nenhum edema – continua ele ao analisar algumas partes do corpo - Um pouco de petéquias, poderia ter morrido por asfixia ou estrangulamento. Mas não há indícios que pode ter sido amarrado ou marcas de ferimentos – continua – mas tem algumas fibras logo abaixo do queixo. – ele retira uma amostra

— Julian Harper ele não deveria ser o próximo Brad Pitt ou algo assim? –Brinca Nick.

— Bom ele fazia mais comerciais do que papeis de TV, eu não sei se ele chegaria aos pés do Brad Pitt. – justifico.

— Meu trabalho está pronto aqui na cena, espero o corpo no laboratório em algumas horas! – Concordamos. – Nossa Érica está bonita. – coro na hora. - Se eu não fosse casado...

— Obrigada doutor. – rimos. Ele se despede da gente e volta pro laboratório. Seguimos com o processamento da cena.

— Tem sêmen no lençol da cama e em todas as outras superfícies planas daqui. – digo analisando.

— É! Aqui tem vodca, champanhe e cocaína. Noite divertida... – Ironiza Nick. - Olha só, meia calça! – ele a recolhe a amostra.

— Pessoal olha só, tem algumas manchas aqui. –indicava Warrick pra porta da saca, ele agacha olhando para caminho da porta - E pegadas! Acho que havia alguém em pé bem aqui.

— Será que o cara estava transando pelo quarto inteiro? – pergunto, tiro foto das pegadas.

— Essas pegadas são dele, onde estão as dela? – afirma Warrick.

— Ela poderia estar com o pé pra cima, no ar! Diz ai, não é você teve uma lua de mel! – Brinca Nick referindo-se ao Warrick, eles ainda não perdoaram o fato dele ter dito que casou há semanas.

— Não querem colher umas amostras. – rimos. Um policial no interrompe.

— Tem um cara que querem falar com vocês. Ele se diz amigo do Sr. Harper. – ele indica para um moço, sentado na poltrona. – Ele disse que seu nome é Jeredy.

— Eu vou! – afirmo – Alguém vai comigo? – Nick se prontifica. – Olá somos os CSI'S Montez e Stokes, vamos fazer algumas perguntas. Então Jeredy...

— Pode me chamar de Blink. Especialmente pra você gatinha. – Fico desconfortável, olho para o Nick ele revira olhos. Ele tira seu paletó e me entrega, lhe dou um sorriso.

— Qual era o seu relacionamento com o Julian Harper? - Sigo com as perguntas.

— Bom, somos amigos desde o jardim de infância, agora eu trabalho para ele. – ele afirma

— E o que fazia pra ele? – pergunta Nick.

— Praticamente tudo, sei lá, comprava as coisas, dava carona, levava pra reuniões. – afirmava Jeredy.

— Você que encontrou o corpo? - pergunto

— Eu pedi serviço de serviço de quarto, pra ver se ele estava com fome e foi ai que eu o vi. – lamenta ele.

— Tocou no corpo ou o móvel de alguma forma? – indicava Nick.

— De jeito nenhum, eu assisto aqueles programas de crime na TV. Sei que não deve se mexer em nada e chamar a polícia. – O Jeredy mexia muito no roupão que ele estava usando.

— Qual o problema com o seu roupão? – pergunta Nick em um tom forte. Jeredy fica mudo.

— Você o revistou? – pergunto para o policial que nos acompanhava

— Ele tem uma arminha dentro dela! – diz o policial rindo.

— Se importa de se levantar senhor? – segue Nick.

— ahhhh, não, só se eu ficar em uma certa posição, porque eu...por causa do...é que está complicado! – o suspeito tenta levantar.

— Levante-se! – digo em um tom forte. O possível suspeito se levanta ele abre o roupão e ele aparecia "BEM ALEGRINHO". Olho para o Nick e deixo escapar uma risadinha. Ele ergueu a sobrancelha.

— Eu provei uma coisa quando entrei no avião para cá, estou assim desde então. Acho que estou precisando de um médico - justifica Jeredy.

— Isso se chama priaprismo, pro seu conhecimento! – Digo só pra efeito de registro.

— O que mais você tomou? – pergunta Nick.

— Nada! Ehhhhh eu puxei uma erva no clube, mas só foi isso. -Diz o suspeito ainda tentando disfarçar sua ereção.

— E o Julian? – pergunta Nick.

— Ah ele não tomava nem aspirina. - Confirma Jeredy.

— Então "Blink", preciso de seu telefone e endereço, entraremos em contato quando for preciso! – falo.

— Posso sentar? – pergunta ele e indicamos que sim.

— Alguém ligou o chuveiro ou algo parecido? – Falo no mesmo momento que escutamos um barulho de água correndo.

— Você revistou lá dentro? – pergunta Nick ao policial, pois ele que deveria vasculhar o local antes de nós peritos entrarmos. O mesmo saca a arma e vai em direção ao banheiro da suíte. Lá encontramos mais um corpo. Por sua vez, era de uma mulher, ela estava apenas de calcinha e sutiã, largada debaixo da água no chuveiro. Corremos e desligamos a água. Para nossa sorte a moça estava viva, apenas desmaiada. Ela levantou agitada e vomitando muito, chamamos os paramédicos. Ajudamos ela e voltamos pra cena do crime. Lá não tinha mais o que fazer então fomos ao laboratório unir todas as provas que encontramos. Ao chegar lá pegamos uma caixa, colocamos todas as roupas que achamos, as amostras de digitais e salivas entregamos pro pessoal do DNA. Antes da gente começar a processar as evidências, vou em meu armário pra procurar alguma roupa, que seja menos.

— Senhorita Montez, bela roupa pra vim trabalhar.- ironiza Ecklie - Eu não sei se você sabe, mas pelo regulamento ela não está adequada.

— Eu sei, eu já estava indo trocá-la. Eu estava em uma festa de casamento, quando fui chamada... – Olho firmemente para ele, Nick nos interrompe.

— Érica vamos ter que voltar a cena, Warrick disse que tem encontrou algumas pessoas que podemos interrogar. – concordo com um sinal de cabeça

— Pelo visto você também estava na mesma comemoração que a Érica, não é mesmo Nick. – ele referia-se ao me ver vestida com o paletó. – Por favor, senhorita Montez troque de roupa e entregue o paletó ao Stokes. – ele olha por cima de meu rosto. – Nick certifique-se que ela encontrará uma roupa. – ele concorda. Ecklie saí.

— Não ligue pro ele falou – ele afaga as minhas costas – Vem, vamos, eu também vou me trocar. – ele me guiou até a sala dos armários. Por sorte eu tinha uma roupa a mais no armário. Vou até o banheiro e me troco. – Você é linda de qualquer jeito sabia! – dizia ele a me ver entrando na sala, ele estava sentado no banco em meio aos armários, enquanto amarrava o tênis. Eu fico sem graça.

— Obrigada! – ele levanta e vem até mim, ele se aproxima pra me dar um beijo e Warrick entra na sala e nos interrompe.

— Vocês têm tomar mais cuidado, qualquer pessoa pode entrar e ver vocês e descobrir que estão tendo um caso, acabar contando pro Ecklie. – ele ri.

— Mas eu sei que você não vai fazer isso. – diz Nick.

— Não vou, você é meu amigo cara! Mas digo peço pra tomarem cuidado. – Alerta ele - Beija ela logo cara, enquanto não vem ninguém. - Ele vem até mim com um sorriso maroto e me beija rapidamente.

— Vamos, temos trabalho ainda! – saímos da sala e voltamos para o Clube, era por volta das 05h da manha eu estava um caco, mas o meu expediente termina às 6h... Acabou sobrando pra eu interrogar a mulher. Pela descrição ela era uma das agentes do Julian e por ironia do destino ex-mulher...

— Eu não entendo, quem iria querer matar o Julian, ele recebia correspondências estranhas de fãs, mas acho que nenhuma daquelas pessoas conseguiria entrar na suíte dele... - diz a mulher

— Estava na suíte dele? - pergunto

— A ex-mulher não é uma pessoa pra se ter por perto, quando você está querendo ir pra cama com outra. - ela ironiza

— A escolha foi sua ou dele?

— Dos dois - afirmava a mulher - Sou apenas a gerente agora.

— Se não estava na suíte dele, então onde estava? – tento tirar o maior número de informações possíveis.

— Estava cuidando dos negócios, fiz o check-in dos rapazes, ver se as suítes estavam em ordem. Tomei uma bebida do bar e esperei a segurança me chamar.

— Como você se tornou gerente dele? - pergunto

— Quando eu estava com ele, ele estava quebrado. E quando pedimos o divorcio eu ainda fazia tudo pra ele, depois de um tempo eu quis ser paga, hoje recebo 10% de tudo. Eu vou fazer umas ligações para os pais do Julian, pro estúdio... Podemos conversar depois? – pergunta ela.

— Claro! Mais quero suas digitais e seu DNA agora. – exijo. Com o fim da conversa, volto ao laboratório. Entrego o que consegui para Catherine e marco meu ponto pra ir embora, pego minhas coisas no armário e vou embora de táxi. Chegando em casa, apenas tomei banho e fui dormir, tinha sido uma noite puxada. 

 


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