Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 10
O Caso do Ator: Final




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Vamos até a nossa cozinha improvisada do laboratório e pego um café. Sentamos todos na mesa...

— O que falta ainda pra analisarmos? – pergunto.

— Eu sinceramente não sei. – aparentemente Warrick parecia tão frustrado quanto eu.

— Odeio casos onde não temos tantas pist... Pessoal, a garota do vestido vermelho, não procuramos nada sobre ela ainda. – diz Nick. Levantamos em um instante e vamos os três até o Archie.

— A garota de vestido vermelho saiu com o grupo do Julian por volta da 0h57, voltou as 02h33... – dizia o japonês nerd.

— Ela parece ter tido uma noite difícil não é? Não parece que foi satisfeita. – digo.

— Esqueceu a meia calça! – percebe Archie

— Tá com a vista boa! – diz Warrick. Todos rimos.

— Boa é ela! – afirma Archie, Reviro os olhos. Ah homens...

— Estão com problemas no caso Julian Harper? – Entra Greg na sala

— Quem disse isso? – pergunta Nick.

— Ecklie, ele me contou! – diz Greg

— Você deveria parar de puxar o saco dele.- digo

— Senhora e senhores, olhem isso. – pede Archie. Na imagem aprecia a gerente do Julian, abordando a moça de vestido vermelho no cassino. Ela entrega a moça uma quantia grande em dinheiro.

— Assassinato por encomenda? – sugere Nick - Gerente paga pra ver seu cliente morto. – depois vemos uma imagem da moça de vestido indo fazer compras

— Que tipo de assassino pega seu pagamento e vai ao shopping? Aproxima a imagem do recibo, por favor! – pede Warrick

— Claro! – diz Archie, no que aproxima a imagem dá pra ler Tally Jordan e aparece seu numero de telefone

— Ela é toda sua Érica! – insinua Warrick.

— Porque sempre sobram essas coisas pra mim? – reclamo.

— Você é a novata e faz as coisas que mandamos... – brinca Greg.

— Olha pra mim loiro, eu tenho mais tempo como CSI que você e além do mais, se me enfrentar eu te quebro em dois em um piscar de olhos. Então não me provoque. – vou para porta.

— Eu ainda vou ter ela. – diz Greg.

— Pode tirar o cavalinho da chuva garanhão – diz Nick batendo em suas costas. – Essa ai tem dono já!

— Quem vai vim comigo pro interrogatório? – Nick se prontifica. Conseguimos contato rápido com a moça do vestido vermelho e ela chega logo ao laboratório.

— Vocês ligam para o meu celular, eu atendo, conversamos então vocês aprecem e me prendem na melhor festa do ano na frente dos meus amigos? Isso é justo? – dizia ela.

— Saiu do quarto do Julian as 02h33, minutos depois ganhou dinheiro da gerente dele. Algumas horas depois, Julian estava morto. – digo, pela hora que era eu já estava cansada, então só joguei a informação.

— Isso é loucura! – exclama a loira – Eu nunca pensaria em matar o Julian Harper, eu sou fã dele desde que ele fazia comerciais.

— Então você o seguia? Era isso? Ai você o matou. – digo.

— Estou em Vegas para um torneio de soletração, uma viagem supervisionada pela escola. – Afirma ela - Então quer dizer que a minha escola está perseguindo ele? – ironiza ela.

— O clube Skin está no programa da sua escola? – pergunto.

— Tá legal, quando eu descobri que o Julian estaria em Vegas na mesma época que eu, eu pirei! Tá eu queria vê-lo, queria um autógrafo, uma foto,no máximo. E que eu consegui foi incrível. – ela descreveu que a agente dele disse que Julian a queria – Era como se eu estivesse em um dos filmes dele. Até que ele me jogou da cama e eu saí da suíte dele e a gerente dele me deu um monte de dinheiro. Eu transei com ele porque queria. – afirma ela.

— Mas pegou o dinheiro e usou o dinheiro pra comprar uma bolsa depois. – rebato.

— Ela disse que se perguntassem era pra eu dizer que o Julian foi um cavalheiro. Que saiu comigo e comprou- me uma bolsa de marca. É uma história melhor pra contar para meus amigos. – diz ela.

— Tudo bem senhorita, pode ir. – ela sai. Nick sai da sala ao lado que dá pra ver tudo que acontece onde eu estava. – Ai que droga, porque esses casos ficam cada dia mais difíceis. – jogo a cabeça para trás.

— Eu sei amor, pra piorar, o Ecklie quer que terminemos hoje! – diz ele.

— Está brincando? – falo indignada – Eu quero ir pra minha casa, meu expediente terminou tem 1h... – ele pega a minha mão.

— Vamos dar um jeito,você vai ver. – Ele me puxa – Vamos ver o que o Warrick conseguiu com a ex-mulher do Julian. – Fomos até o Warrick e nada. A mulher não falou nada com nada, ela apenas frisou que dava dinheiro as mulheres como uma forma delas ficarem quietas sobre as noitadas com Julian, pra elas não atraírem a mídia. Aquele caso estava sendo o pior que eu tive em 5 anos, era simplesmente frustrante.

Ainda faltavam as análises das fibras que encontramos no pescoço do Julian e meia calça que estava no chão do quarto.

— Hogdes, você tem o resultado das fibras que mandamos pra você? – digo e ele não se movia – Hogdes? – Nada – Ele pegou no sono! – digo. Rimos.

— DEIXA EU ADVINHAR... – Nick grita, fazendo Hogdes se assustar. – As fibras são de lã. Estava dormindo em serviço, cara. – continuamos rindo.

— Eu estava tendo um sonho maravilhoso. – afirma ele com a cara enxada de tanto dormir. – dizia Hogdes

— Você apagou... – digo.

— Era anos 80 e eu tinha essa barba tipo Dom Johnson do Miami Vice, sabe. E dava um ar de estar em perigo e a minha garota adorava. – dizia Hogdes. Olhamos um para o outro segurando o riso – Eu achei dois tipos de fibras no queixo do cara de vocês. Algodão e poliéster com laicra, as duas tingidas de preto.

— De preto... A roupa de cama poderia ser de algodão, mas não preta. O edredom e as curtinas poderiam ser de poliéster mas não eram pretas. – afirma Warrick

— Eu coloquei algumas meias calças pretas no saco plástico...- relembra Nick, voltamos a analisar as meias.

— Isso poderia ser a fonte das fibras, ele não foi sufocado com essa meia. – Digo ao analisar as meias.

— Percebeu a marca de queimado no nó dessa meia calça na cena do crime? – pergunta Warrick ao pegar a meia das minhas mãos.

— Não. Estava toda embolada. Só juntei tudo e etiquetei – garante Nick – É! Temos que levar isso pro DNA. Deixamos com Greg para analisar enquanto fazemos uma parada pra almoçar. Nós três fomos a um restaurante que tinha a poucas quadras do laboratório. Eu pedi um Hambúrguer acompanhado com uma porção de fritas, Nick sentou ao meu lado, enquanto Warrick sentou na nossa frente.

— Está cansada Amor? – pergunta Nick a me ver praticamente debruçada da mesa.

— Sim, se o Ecklie não estivesse nos pressionando em terminar esse caso, eu estaria em casa dormindo. – digo. Ele deposita um beijo em minha testa.

— Ele conseguiu amolar seu coração, né Érica! – Diz Warrick.

— Pois é! – olho para Nick, ele sorria – Ele ganhou meu coração ao me mandar um ramo de rosas para hotel que eu estava. – ele beija a minha mão.

— Cara, nem esperou ela se instalar direito na cidade. – brinca ele.

— Você sabe que desde da primeira vez que a vi fiquei encantado. – afirma Nick.

— Érica você tinha que ver como ele me falava quando te via. E o dia que ele te conheceu? Nosso Deus! Ficou fissurado em saber quem era você e de onde veio. Tadinha da Catherine teve que ficar 30 minutos no telefone ouvindo perguntas sobre você. – olhei pra Nick ele estava corando – Quando você estava dançando com o Greg na festa ele ficou me falando o quanto você estava bonita, que estava com ciúmes em ver o Sanders dançando contigo.- Brinca Warrick – E também o quanto quer ...

— JÁ CHEGA WARRICK! – olho pra ele rindo - Ela não precisa saber essa outra parte que conversamos. – cerro os olhos, ele beija meu rosto - Na hora certa você vai saber amor. Come sua comida! – ele volta a olhar pro Warrick, enquanto isso ele ri.

— Cuidado para não descobrirem que vocês estão juntos, se chegar ao ouvido do Ecklie, ele vai fazer vocês fazerem aquela terapia idiota que ele fez a Sara e o Grisson fazerem. – aconselha Warrick. – Eu e Nick nos olhamos e damos as mãos – Não estou brincando pessoal.

— Mas enquanto isso, você vai guardar nosso segredo com você, certo? – pergunto a ele. Ele confirma com a cabeça durante um gole de sua cerveja.

— Pode ficar calma amor, ele é uma das pessoas mais confiáveis. Um irmão! – garante Nick.

— Só prometo ficar quieto se eu for padrinho do casamento de vocês. – brinca ele. Nick arregala os olhos.

— Fechado! – brinco.

— Olha ai! – exclama Warrick, ele pisca para Nick. Terminamos de comer e voltamos ao laboratório, fomos direto pra a sala do Greg, precisávamos ver o resultado da análise da meia.

— Pera ai! O Greg não estava em campo, já voltou ao laboratório? – Brinca Nick ao se referir do Greg , eu nego com a cabeça rindo - Temos que esclarecer isso ele parece confuso, está laboratório, no campo e vice versa.

— Da pra vocês calarem a boca! –Diz Greg meio irritado – eu só estou fazendo um favor pro Ecklie! 

— Ele te fez fazer hora extra também? – pergunta Warrick.

— Eu só estou ajudando a equipe. – fingimos que concordamos

— Fala sobre a meia calça. – Digo.

— Encontrei epiteliais da Tara no interior da meia, o que não é surpresa, uma vez que ela estava usando. Também achei fibras de algodão preto ao lado de fora, uma concentração maior, próximo à virilha. Podem fazer piada – diz Greg desanimado.

— A vitima tinha um par de meias pretas de algodão. – Afirma Nick ao olhar o dossiê.

— O doutor Robert realmente encontrou fibras de algodão preto sobre o queixo dele. Ok, transferência da meia pra meia calça pro pescoço. Então a meia estava entre a meia e o pescoço? – afirmo

— Pra acolchoar, jogo de controle de respiração, casais usam isso pra aumentar o prazer do parceiro por meio de estrangulamento. Se não tomar cuidado deixa marcas viu! – garante Greg.

— Esse Julian era um ator e ele não iria querer marcas no pescoço mostradas pelas câmeras. – sugere Warrick.

— Boa imagem é tudo! – diz Nick. – Eu acho melhor a gente voltar para cena...

— Temos que procurar o que pode ter queimado a meia. – sugiro.

— Exatamente. – confirma ele. Voltamos a cena e tínhamos a certeza que poderíamos achar a prova da meia calça foi queimada naquele quarto, ali tinha que ter algum condutor ou algo que nos levasse para quem causou a asfixia em Julian. Ao analisar uma luminária na parece achei um pedacinho de algo grudado.

— Ei! Há um resíduo queimado nessa luminária! – grito.

— Sabe que eu acho? Acho que alguém o amarrou e eles não conseguiram desfazer o nó. – diz Nick.

— Porque ele derreteu, por isso, então entraram em pânico, e puxaram a meia pra baixo. – digo ao recolher a amostra – Vou colher as digitais. – entrego as amostras ao Warrick e ele fica com o encargo de analisar. Ao colocar as digitais no banco de dados, apareceu a digitais de ninguém menos que Blink. Pedi para que dessa vez eu apenas escutasse, se eu tivesse que interrogar mais alguém eu já prendia antes mesmo de começar. Fiquei na sala ao lado, só vendo os meninos interrogarem ele.

— Cadê aquela investigadora gostosa? – pergunta Blink

— Vamos ser diretos senhor Jeredy, pra você o que é sexo de dominação com o melhor amigo?- pergunta Nick.

— Eu não estou entendo. – diz Blink

— Encontramos suas digitais e também de Julian em cima de uma luminária em cima da cama. – Afirma Warrick.

— Não não, não chegamos a tanto. – Segundo o que ele descreveu a nós, ele entrou no quarto logo depois que a moça tinha saído e encontrou Julian com o pescoço amarrado na luminária – Ele fez isso com ele mesmo, ele fez, por isso eu tirei a meia dele e da luminária e daí eu coloquei a cueca de volta. Eu não iria deixar a mãe dele abrir uma revista e ver ele daquele jeito. O Julian sempre me tratou muito bem e naquela hora eu quis fazer o mesmo.

— Policial! Pode levar! – segue Warrick.

— Mas cara, eu não fiz nada! – exclama Blink.

— Você mexeu no corpo, isso é violação a cena de crime. Vai responder! – Nick repreende.

— Esses são os meus garotos! – saio toda orgulhosa da sala ao lado. – Agora posso ir embora? – brinco.

— Vai logo sua chata... – Brinca Warrick. No fim do expediente vou até a sala da Catherine entregar o caso para ser arquivado. Entrego a ela e ela abre o dossiê.

— Ele se estrangulou até a morte para aumentar o seu próprio prazer. – pergunta ela, confirmo com a cabeça. – E o amigo foi preso por alterar uma cena. Viu nem foi tanto trabalho assim, vocês que fizeram muito drama... – olho com ódio pra ela – Brincadeira. Eu sei que vocês deram tudo de si. Vou dar uma folga a vocês. Contanto que vocês voltem de bom humor.

— Fechado! Tchau Chefe! – saio rapidamente da sala. 


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