Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 7
O Vestido




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Depois do que tinha acabado de acontecer naquele dia, eu acabei me distraindo na arrumação da minha casa. Só me pegava pensando como seriam daqui duas horas... Ele viria me buscar... Mas que diabos o destino tem reservado pra mim, um novo amor talvez? Uma aventura? Eu tinha que dar um jeito naquilo, poderíamos ter problemas... Mas ele é tão fofo, tão lindo... Para Érica, vocês não podem ter nada, o emprego de vocês não permite. Vou me arrumar. Fui tomar meu banho, no banheiro que estava até sem toalha, tive que revirar minha mala para achar uma toalha... "Bem lembrado, comprar utensílios de banho!". Deixo a água cair pelo meu corpo, enquanto viajo em minhas lembranças. A única imagem que me vem à cabeça é de Nick e eu estarmos tão pertos a ponto de só ouvir nossas respirações e eu presa ao seu olhar. Nossos olhares se encontrando... As rosas. Porra Érica, para de pensar nisso, a água do mundo pode acabar... Saio rapidamente do banho, seco meu cabelo. Ainda de roupão vou atrás de uma roupa. Pensei em ir com uma calça branca e uma blusinha estilo cigana, só que as mangas é ¾ soltas, mas aquele seria uma roupa pra sair à noite? Não. Abro uma caixaonde tem alguns vestidos, começo a literalmente jogá-los para o alto, pra ver se ali dentro achava algo. Nada que me agradou... Sento na cama decepcionada por não encontrar nada legal. Avisto em meio daquele monte de roupa um vestido vermelho. Eu nem me recordava mais daquele vestido. Ele era com os ombros de fora e tinha uma fenda na perna direita, a fenda não era tão grande. Que droga, de todas as roupas, ele foi o único que estava em condições pra usar naquela ocasião. Mas pensando bem, não seria uma má ideia ir com ele. Conheço uma pessoa que iria amar aquele vestido, recordo-me do que Catherine me disse ontem, sobre o Nick amar vermelho. Maquiei-me, contanto que não ficasse muito reboco, procurei ficar o mais natural o possível, coloquei um sapato vermelho de salto fino. Fiquei pronta aos 45 minutos do 2º tempo.

Eu estava nervosa, será que a minha roupa estava exagerada? Eu já era a única deslocada da turma e seria a que estava pensando que estava indo para uma pré- estreia de algum filme, decidi ir trocar de roupa, mas na hora que me levantei do sofá a campainha foi tocada, olho pelo olho mágico era o Nick... Mais uma vez sinto calafrios em minha espinha – abro a porta. Ele estava lindo, de terno preto, sapato social. Parecia o próprio James Bond. Passou-me pela cabeça agarrá-lo e beijá-lo... Terra chamando Érica.

— Oi Nick! – ele parecia extasiado ao me ver, um sorriso nascia em seu rosto.

— Agora eu sei a diferença entre belo e bonito! – Fico sem graça – Agora nasceu a razão por eu amar vermelho. Você está linda!

— Obrigada! Não estou muito exagerada? Não me disseram onde seria a comemoração... -ele me interrompe

— Você está incrível. – disse ele. Eu não sabia onde colocar a minha cara. Eu deveria estar da cor daquele vestido, de tanta vergonha que eu estava.

— Eu digo o mesmo a você. – eu fiquei sem palavras pra descrever como ele estava, a única palavra que vinha a minha cabeça era gostoso. Sou uma derrota mesmo. – Vamos, não queremos chegar atrasados.

— Você na frente! – ele esbanjava o sorriso mais lindo que já vi. Passei em sua frente, presa em seus olhos, eu não conseguia olhar pra outra coisa. Ele me deu a mão para me ajudar a descer os degraus da minha varanda, quando demos as mãos meu coração começou a bater. Após ao descer, eu não consegui solta-la mais, eu não sei, ele também não pareceu querer soltar e sim apertava de uma forma suave. Eu poderia estar me apaixonando por ele? Érica pé no chão. – Deixa-me abrir a porta pra você! – ele abre e me ajuda entrar no carro, meu coração batia tão rápido, parecia que eu ia ter um infarto a qualquer momento, eu não conseguia controlar o sorriso que tinha se formado. Ele entra no carro e da partida no carro. O silêncio dentro do carro era atormentador, nós dois sabíamos o que estava acontecendo mais nenhum tomava uma iniciativa e ambos sabiam o que queriam. Eu via ele me olhar de cantinho e eu não posso negar que eu estava o comendo com os olhos– Vou ligar o rádio, se incomoda?

— Não. – Sorrio a ele. Quando ele liga o rádio está tocando Bed of Roses do Bon Jovi, estava na segunda estrofe da canção. Eu amo essa música, comecei a cantarolar: With an ironclad fist I wake up and French Kiss the morning/While some marching band keeps its own beat (Com punho de aço acordo e dou um beijo de língua na manhã/ Enquanto uma banda marcial mantém sua batida) eu fechei os olhos e comecei a cantar com a alma. Paramos em um farol, ele começou a olhar pra mim e para minha surpresa ele continuou a cantar o verso seguinte da música: In my head while we're talking / About All of the things that I long to believe/About love, the truth and what you mean to me /And the truth is /Baby, you're all that I need. (Na minha cabeça durante a nossa conversa/Sobre todas as coisas que eu desejo acreditar/Sobre amor, a verdade e o que você significa para mim/E a verdade é que/Amor, você é tudo o que preciso). Enquanto Bon Jovi embalava nossa ida, peguei a mão do Nick que estava descansando em sua perna, ele olhou por uns instantes e a levou até a boca, ali ele depositou um beijo. Ele era o cara mais maravilhoso que já conheci. Repousei a cabeça no encosto do assento do carro e fiquei o admirando, como a pessoa poderia ser tão....

O lugar era um cassino. Era lindo. Havia muitas lâmpadas que faziam parecer que o prédio era cravado com pedras brilhantes.

— Chegamos! – ele vira pra mim – Mas tenho que fazer uma coisa, se eu não fizer isso eu vou me culpar pra sempre.

— Que foi? – Pergunto preocupada, quando dou por mim ele me beija. Foi calmo e mágico. Naquele momento eu tive a certeza do que eu sentia. Paramos de nos beijar...

— Érica, me desculpe...- ele lamenta.

— Shhh! – Eu pego o seu rosto, puxo para perto do meu rosto e o beijo, de uma forma que ele poderia saber que sinto a mesma coisa por ele. Ele tinha uma mão na minha nuca e a outra não soltava a minha mão. Era como se a gente se completasse. Tudo era perfeito, tudo tinha a combinação perfeita, sua boca na minha, sua mão na minha, nossa respiração na mesma velocidade e nossos batimentos, no mesmo timbre. – Você não faz ideia do que você fez comigo. Você....

— Éri, não fala nada. Não precisamos de explicações ou de afirmações de ninguém. – ele me dá um selinho. – Só vamos viver o que sentimos, pode ser premeditado no que vou dizer agora, mas eu amo você, desde a primeira vez que te vi. Eu nunca senti algo por outra pessoa da forma que eu sinto por você. Seu sorriso me encanta, quando eu olho nos seus olhos... Os seus olhos, são mais lindos e mais profundos que já vi na vida. E agora que pude te beijar, posso dizer... Se eu pudesse eu beijaria esses lábios o tempo todo. – ele toca o dedo em meus lábios.

— E o que você está esperando? - Começamos a nos beijar como dois adolescentes, como se fosse à primeira paixão. Só uma coisa que eu preciso deixar registrado, beija bem pra caramba. O telefone toca nos interrompendo. – Quem é?

— Warrick! Alô? Oi, estamos chegando, é que meus pais apareceram em casa uns 20 minutos antes de ter que sair. Eu estou estacionando aqui... Tudo bem, tudo bem. Tchau. – Ele desliga.

— O que faremos agora? Eu falo na questão do nosso emprego? Podemos ser mandados embora! – exclamo preocupada.

— Ei, Ei, Ei – ele pega no meu rosto – Não se preocupe com isso agora, por favor. –encosto-me a sua testa.

— Quero viver isso enquanto é podemos. - afirmo.

— A cada instante. – ele me beija calmamente.

— Melhor irmos, antes que dêem nossa falta... – ele concorda. Saímos do carro. Ele me dá a mão. E caminhamos até a porta do cassino juntos. Ele estava com um sorriso tão lindo. Ele entra primeiro e já vai entrando no espaço, eu vou logo atrás, de modo que ninguém percebesse algo.

— Eu pensei que vocês não iam chegar mais! Eu já estava emitindo um mandado de busca! – brinca Warrick.

— Depois te explico. – diz Nick a ele.

— Sei! Está bonita Érica. – ele me cumprimenta com um beijo no rosto.

— Obrigada e meus parabéns a vocês dois. – digo.

— Obrigada, essa é a minha mulher, Emily. – ela parecia ser uma fofa. Depois das apresentações fui até onde estavam todos. Estavam todos bem lindos e quase bêbados, logo que chegamos foi servido o jantar e depois a pista de dança e jogos que o cassino ofereceu estavam liberados.

— Érica, você quer dançar comigo? – diz Greg todo fofo.

— Claro! – vou com ele. Ele era muito engraçado ao dançar, eu falo isso porque ele era um pouco desengonçado em se mexer. Eu olhava para o bar, lá estava Nick rindo da situação. – Érica, já disseram que está bonita? – concordo que sim – Ah ta, vou te dizer uma coisa, se não o nosso emprego permitisse caso entre seus funcionários, eu iria tentar ter você. – ele parecia meio fora de orbita. Era engraçado.

— Nossa Greg, que isso! Mas você não gosta da Sara? – digo.

— Ela nunca vai me notar, ela gosta mais do Grisson. – ele lamenta. Naquela altura do campeonato eu não sabia se era ele ou a bebida que estavam falando comigo. – Eu vou pegar uma cerveja, você quer?

— Não, obrigada! – ele saí e Nick vem.

— Até quem fim o loiro oxigenado saiu. – rimos

— Para, ele está triste que a Sara não quer ele. – ele continua rindo – Ele disse que se fosse permitido ele ia tentar me ter. – Ele para de rir. - Agora não tem graça NE! - ele fica sem graça.

— O que eu faço com você? – diz ele tocando em meu rosto.

— Dança comigo. – o puxo para perto de meu corpo e começamos a dançar, a musica era Madeleine, encostei minha cabeça em seu peito, dava pra sentir seu coração batendo, ele depositou um beijo na minha mão que estava junto a sua.

— Stokes, não pode ver uma linda mulher sozinha e já rouba ela de mim. – Vem Greg meio fora de si.

— Já ouviu aquele ditado foi ao vento perdeu o assento? Nessa situação vale a mesma coisa. E aprenda uma coisa, nunca deixe uma dama sozinha. – rimos.

— É, você ganhou essa. Érica, quando você cansar dele, tem um homem de verdade te esperando. – ele saí.

— É a Heineken falando. – brinco.

— Essa é a minha garota. – diz Nick. 

 


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