Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 6
A Casa Nova




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Por conta desses últimos dias sidos bem movimentados por conta do caso do trailer, esqueci de que eu teria que mudar para a minha casa nova naquele fim de semana. Eu não havia comprado nenhum móvel, nem as tintas para pintar a casa. Vou até a sala da Catherine ...

— Posso entrar? – Bato em sua porta

— Claro querida, entre. – ela me recebe com um sorriso lindo. – O que posso fazer por você? – sento na cadeira em frente a ela

— Posso pegar o fim de semana de folga? – ela mexe a sobrancelha – Sei que ainda está meio prematuramente, ainda não tenho um mês de casa pra ter direito a folga, mas eu preciso arrumar a minha casa nova, não estou podendo custear o hotel mais, além do mais tenho que comprar móveis. – ela percebe meu desespero

— Érica...- Ela nem continua a falar quando o Nick nos interrompe. Mas como pode onde eu vou ele vai.

— Catherine, trouxe os documentos que você pediu... – ele percebe que estamos conversando – Eu volto mais tarde.

— Não, vem aqui, está com medo de que? – fala Catherine.

— Nada. Esses são os documentos que eu e a Érica arquivamos do ultimo caso. – Ele entrega os papéis a ela. Ela agradece com um aceno de cabeça. – Catherine, tudo confirmado pra amanhã? – pergunta para ele.

— Sim, vou deixar a Lindsay com a minha mãe e podemos ir ao bar depois comemorar o casamento que não fomos convidados. – Ela se referia ao casamento do Warrick, ele casou meio que escondido.

— Você vai Éri? – Me pergunta Nick. Ele me chamou de Éri, mesmo?

— Não, não o conheço direito e tenho uma mudança pra fazer. Desculpe-me – Vejo que ele ficou decepcionado

— Ah você vai sim, só lhe dou a folga esse fim de semana se você for ao bar conosco! – Ela joga os papéis na mesa e mostra um olhar malicioso.

— É chantagem mesmo? – rimos – Tudo bem, eu vou.

— Eu te pego na sua casa! – Afirma Nick. GELEI. Olho surpreendida para ele, ao mesmo tempo com aquela cara de sem entender nada o que aconteceu ali. – E não aceito não como resposta.

— O.K. – dou um pequeno sorriso ainda sem entender o que aconteceu.

— Te pego às 20h. – ele pisca para mim e sai da sala e Catherine me olha de boca aberta, puxando para um sorriso.

— O que foi aquilo? – Ela me pergunta e eu ainda em choque.

— Não sei! – olho para trás em direção da porta da pra vê-lo andando no corredor, não dá nem pra disfarçar que ele está sorrindo de costas. – Voltando pra realidade, obrigada pela folga. Te vejo a amanha então. – levanto da cadeira, eu estava totalmente sem graça.

— Vá de vermelho, ele gosta! – pensei "como é que é", apenas confirmei com a cabeça e saí da sala, andando o mais rápido que eu podia. Fui ao estacionamento, entrei no Dodge e tentei entender o que tinha acontecido. Ele exigindo que me levasse, será que ele sabe que hoje existe uma coisa chamada GPS? Só eles me darem o endereço. Vou ligar pra ele e pedir o endereço, não posso aproveitar dele assim... Dou partida no carro, dou ré e vou em sentido a loja de móveis mais próxima. Me pego pensando como poderia ser aquela noite de sábado, nem tanto a parte de passar tempo com o pessoal, mas a parte de pegar uma carona com o Nick. Eu não entendia ainda muito bem porque tudo aquilo estava acontecendo, eu não entendo porque só de estar perto dele, sinto como se tivesse milhões de borboletas no estomago...Sinal vermelho, não posso pegar mais uma multa. E quando ele me olha profundamente, me da vontade de agarrá-lo... Sinal vermelho de novo, PORRA ÉRICA PARA DE PENSAR BESTEIRA. VOCÊ NÃO PENSOU ESSAS COISAS.

Logo ao avistar a loja, contorno até chegar ao estacionamento mais próximo. Entrei na loja de móveis, aquilo era como um paraíso. Estou querendo comprar os móveis para sala brancos, seria exatamente para duas poltronas, eu queria comprar um sofá de três lugares em um tom bem claro também. A cor que escolhi para pintar a sala seria um cinza, então combinaria, a mesa de centro seria toda estofada, em um tom de cinza, para também poder combinar com a cor da parede. A minha cozinha eu queria que fosse clara, diferentemente da sala. Ela seria trabalhada no marfim. No meu quarto eu decidi continuar a trabalhar com a elegância do cinza e o branco, colocarei espelhos na parede onde ficara a cabeceira da cama, mas só nas laterais. Comprei duas portas espelhadas no preto para serem colocadas no closet e na porta da minha suíte. Eu queria luminárias suspensas em cima de cada criado mudo. Fiz o pedido com urgência, a loja prometeu fazer a entrega entre amanha e domingo. Assim que saí da loja de móveis, passei na loja de materiais de construção pra comprar tintas, as luminárias suspensas, a luminária da sala, abajures. Passei na tapeçaria também pra ver tapetes, cortinas, mantas entre outras coisas que iriam deixar a minha casa mais bonita. Tudo isso que comprei, parcelei em todas vezes que eram possíveis de se fazer.. E ainda usei um pouco das minhas economias para suavizar nas parcelas. As únicas coisas que pude levar no dia foi as coisas da loja de material de construção e tapeçaria, meu Dodge ficou pesado... Meu telefone toca...

— Filha, onde você está? – meu pai grita no telefone.

— No centro, comprando coisas pra casa. - Justifico.

— Venha direto pra cá, o pessoal está aqui pra ajudar na pintura. – ele desliga.

— Tudo bem, estou indo, te amo também – reviro os olhos, ando o mais rápido que eu poderia para chegar até a casa. Meu pai estava com um batalhão na frente da minha casa.

— Pai, o que é isso? – olho assustada.

— Contratei esse pessoal pra pintar e colocar toda parte elétrica, você trouxe as lâmpadas né. – Concordo ainda chocada. – Então vá arrumar suas coisas que amanha é dia de mudança. Você está de plantão hoje? – Nego com a cabeça. – Então vá buscar suas coisas, já vem pra cá hoje! VAMOS FILHA, É PRA HOJE.

— Calma pai! Estou indo. – me viro em direção ao carro, o pessoal já havia tirado tudo do Dodge. Entro nele e vou para o hotel. Tomo um banho e me jogo na cama, naquele momento eu queria apenas gritar. Essa mudança radical está mudando com o meu psicológico, emprego novo, casa nova, muita coisa pra minha cabeça. Alguém bate na porta, quem poderia ser? Alguém viu que horas são? Abro a porta de roupão e tudo mais. – Posso ajudar? – era um funcionário do hotel, devia ter uns 18 anos,.

— Senhorita Montez, deixaram isso na portaria e pediram que entregasse a você! – ele me entrega um ramo de rosas vermelhas – Assine aqui, por favor! - Assino

— De quem são? – pergunto, ele lê a ficha que assinei.

— A pessoa se identificou apenas como Stokes – gelei de novo – Eu mesmo que recebi, é branco de cabelos castanhos, forte, usa um anel de caveira no dedo indicador da mão direita. – pego duas notas de 10 dólares que estavam em meu bolso do roupão e lhe entrego.

— Obrigada querido! – ele acena com a cabeça e sai todo feliz. Fecho a porta, admirada com o que estava acontecendo. No que eu estava me metendo. Dentro do ramo havia um cartão:

"Érica,

Creio que você esteja tendo um dia cheio com a mudança amanhã, não esqueça que temos um compromisso amanhã com o pessoal. Essas flores não tem nada haver com o fato de te buscar amanhã. Só que você....quer saber esquece. Te vejo amanhã.

Beijos.

N."

Como a pessoa poderia ser tão fofa e tão confusa ao mesmo tempo. Coloco as flores em um vaso provisório, as coloco no criado mudo e vou dormir com um sorriso no rosto. Acordo às 5h da manhã com meu pai me ligando pedindo pra eu ir logo pra casa, que a mobília tinha chegado e ele queria ajuda. Pego as minhas coisas coloco no Dodge com a ajuda do pessoal do hotel, fiz o check-out. Coloquei o vaso na frente do carro, assim eu poderia segurar caso ele tombasse. A casa nem parecia mais com aquela que eu comprei, tinha mais de 100 pessoas trabalhando ao mesmo tempo. De onde meu pai tirou aquele pessoal?

— Bom dia pai! – grito estacionando o carro.

— Que tal filha? – ele abre os braços.

— Você é inacreditável pai! – Saio do carro e ele vem me dar um abraço. – De onde você tirou esse pessoal?

— É o pessoal da manutenção da Corregedoria, os peguei emprestados. Eles vão ganhar uma bonificação por isso. – ele pisca pra mim – Você vai ajudar a gente? – ele olha para os móveis.

— Claro! – prendo meu cabelo e começo a ajudar o pessoal. A equipe que meu pai trouxe trabalhavam enlouquecidamente, enquanto não viam o fim não descansavam. Eles revezavam a cada 2hrs. Quando eu entrei na casa, vi ela se transformando no que eu havia imaginado, foi o meu sonho realizado. Por volta das 13h eles já tinham terminado de colocar os móveis no lugar, agora só ficou comigo a parte de decorar, colocar tapetes, quadros, fotos, algumas flores.

— Pai, obrigada que fez por mim. Eu não sei como te agradecer!- ele me abraça.

— Tudo por você pequena! – ele beija a minha testa – Eu preciso ir, tenho que levar os operários de volta. Agora essa parte fica com você. – ele indicava a parte de decoração.

— Sim. Espero você em breve aqui.

— Eu vou vim! Te amo filha!

— Eu também te amo pai! – ele me abraça mais uma vez e saí pela porta. Tenho algumas horas ainda até o a hora da comemoração, da tempo de arrumar algumas coisas. Comecei primeiro pela sala, ao lado da porta coloquei uma mesa de canto, em cima dela coloquei as flores que ganhei do Nick, no sofá coloquei almofadas intercaladas pretas e brancas. Nas poltronas brancas, coloquei almofadas brancas com estampas em preto. Coloquei dois abajures altos ao lado dos sofás. Agora, como eu vou colocar um tapete embaixo da mesa de centro? – tocam a campainha.

— Oi nova vizinha, eu sou o Nick, vi que você mudou hoje pra cá, só passei pra lhe desejar boas vindas! – brinca. – Ficou bonita à frente em Érica.

— Oi! Ficou né. Quer entrar? – ele acena confirmando e entra. Ele olha na mesa o ramo de flores que ele me mando.

— Pelo visto você recebeu meu presente. – ele sorri.

— Eu amei, obrigada. – Abraço ele, ao nos separar olhamos um para outro. – Foi muito lindo da sua parte. – percebo que ainda estamos abraçados – Estou te sujando todo! – nos separamos. Desculpa.

— Tudo bem. – ele sorri.

— Já que você está aqui me ajuda a colocar o tapete embaixo da mesa de centro. Não consigo fazer os dois ao mesmo tempo. – pergunto

— Eu adoraria. – Sorrimos. Enquanto ele levanta o móvel eu coloco o tapete na posição certa, assim que eu arrumo ele coloca no chão. – Prontinho Éri. – Ele me olha de jeito especial. O que ele está fazendo comigo?

— Obrigada! – sorrimos – Só não te ofereço nada, porque não tem nada de comer aqui. – brinco.

— Tudo bem, é bom estarmos de barriga vazia quando formos comemorar o casamento do Warrick.

— Os noivos pagam tudo! – brinco. Rimos. Nós ainda nos olhamos.

— Bom eu vou indo, passo aqui mais tarde. – ele vai em direção à porta.

— Estarei pronta às 20h. – ele me cumprimenta com um beijo no rosto, acabamos por tocar os nossos narizes. – Te vejo mais tarde. – falo sem graça.

— Cuide-se. – fecho a porta, de costas para porta, vou descendo até que sento no chão. Com um sorriso idiota no rosto. 


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