Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 5
Primeiro Caso em Vegas




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Quando fui embora do bar, fui direto ao hotel. Como meu pai havia me dito que iria cuidar de toda parte da compra da casa, eu nem fiz questão de me preocupar. Tomei um banho e fui dormir, acordei por volta das 16h, me arrumei e fui para o laboratório. No percurso pude ouvir barulho de sirenes de viaturas, "oba, já vou ter meu primeiro trabalho em Vegas". Ao chegar no laboratório, Catherine vem correndo até a mim...

— Érica, pega suas coisas, temos uma cena de crime. Você vai no carro comigo. - corro até meu armário pego minhas coisas e de pressa vou para o carro de Catherine. 

Chegamos no local era um estacionamento de trailers e havia um que estava quase que por completo incendiado, havia duas vitimas, o primeiro corpo era de uma mulher, identificada como Serena Marshall, o homem ainda não era identificado. Um pedaço do teto cedeu, era feito de madeira compensada, de fácil propagação para fogo. Enquanto um dos subdelegados Jim Brass, interrogava algumas pessoas que estavam nos outros trailers, nós nos concentramos em descobrir quem ateou fogo ali.

— Achei outras formas de propagação de calor, como fogão elétrico, panela de fundi, fogão a gás, velas. Basta um vazamento em um cano. Só que eu não encontrei nada.– diz Nick, ao sair do que parecia ser a cozinha do trailer, com uma panela na mão.

— Só que isso explicaria apenas a explosão aqui da casa, não tem relação com a explosão da tubulação ali fora.– diz Catherine

— Eu acho que posso ajudar vocês com isso, eu achei esse relógio de tubulação de gás, se o trailer explode, isso aqui vira um míssil. Uma explosão leva a outra. – Digo a eles.

— Então onde foi que tudo começou?–questiona Catherine. O telefone dela toca. – Willows! Você deve estar de brincadeira! Não tenho pessoal....tudo bem, estou indo com Warrick. – ela desliga. – Érica e Nick, esse caso é de vocês, Warrick vem comigo.

— Boa sorte! – deseja Warrick, batendo em meu ombro.

Logo que os dois saíram, voltamos a analisar o perímetro, estacionado ao lado do trailer havia um Acura, vasculhamos e dentro dele não tinha muita coisa pra usar. Achamos um cartão de seguros em nome de Robert Durgee e Amber Durgee. Poderia ser a vítima que encontramos. Voltamos ao laboratório com o que havíamos coletado, levamos para a análise.

— Nick!- o vejo no corredor e vou até ele. -Brass verificou a placa do Acura que estava ao lado do trailer, está registrado no nome de Robert Durgee. - digo

— Conseguiu a foto com o departamento de transito? – Indico que sim. Ele pega os papéis da minha mão.- Confirma com a vitima, com um endereço em Henderson, corretor de hipotecas, o nome da esposa estava no cartão de seguros que encontramos. Ela está vindo pra cá? – pergunta.

— O Brass não conseguiu fazer contato, mas está tentando encontra-la. – Digo.

Fomos a uma sala e juntamos tudo que conseguimos, com o resultado das análises feitas. Recebemos um chamado do Dr. Robert, para ver o que a autópsia deu.

— As damas primeiro! – diz Nick ao abrir a porta.

— Muito obrigada, muito cavalheirismo de sua parte! – pisco pra ele. – Olá magnífico Dr. Robert! – entro com o maior sorriso.

— Érica! Não é que você veio mesmo! – Ele me abraça – E como vai seu pai? – O Dr. Robert era um senhor de mais ou menos 60 anos, quando jovem, perdeu parte das duas pernas em um grave acidente de carro. Hoje ele usa próteses para andar. Ele trabalhou anos com meus pais.

— Ele vai muito bem! Fico feliz que o senhor lembrou! – pego em suas mãos.

— Como posso esquecer-me daquele velho lobo de Guerra. -brinca.

— Então doutor, o que tem pra gente? – diz Nick.

— Me acompanhem! – indica em direção às mesas. - Os pulmões da mulher estavam cheios de fuligem, a causa da morte foi inalação de fumaça. – afirma o doutor.

— Legal, então significa que o gás natural não a sufocou. Então deve ter desmaiado antes da explosão antes mesmo que o fogo começasse. – sugere Nick

— Não posso dizer o mesmo do homem. Os pulmões estavam limpos, mas ele sofreu ferimentos mortais por esmagamento. – diz o doutor prosseguindo com os resultados da autópsia.

— Os pedaços de escombros que estavam em cima dele não eram pesados, mas a cama em que estavam, arrebentou. – Digo.

— A explosão pode ter feito isso. –diz Nick enquanto observa o ferimento.

— Vamos usar fotografia para ampliara aumentar esses ferimentos. – Sugiro. Usamos uma lente especial e uma luz ultravioleta para realçasse as marcas de ferimento sobre a pele e com a ajuda de um computador, conseguimos aumentar sua nitidez e constatar que aquelas marcas poderiam ser marcas de pneu..

— Então a explosão de gás se transformou em atropelamento e fuga. – digo.

— Até que pra uma barbeira, você consegue reconhecer uma marca de pneu. – brinca

— Nossa! Muito engraçado. -reviro os olhos.

Vasculhamos em nossos servidores em busca de alguma amostra que pudesse constar que aqueles ferimentos batiam com quais marcas de pneu. Os carros que se adequaram aquele tipo de pneu Michelin, eram um Toyota Camry, 96-99; Hyundai Sonata 96-98 ; Ford 96. Em um papel que encontramos da seguradora havia o nome da esposa da vitima Amber Durgee, colocamos seu nome no sistema e constatou que ela tinha um Ford 96. Deixamos que Brass a interrogasse. Ela afirmou que o marido iria trabalhar até tarde, então ela decidiu ir ao bingo da 0h com um "amigo". Alegou que não sabia que o marido tinha um caso. Ele tentou pressiona-la para tentar tirar algo, em vão. Emitimos um mandando de busca e apreensão do Ford Azul 96 da Sra. Durgee. Que ela alega que está com o irmão em Novo México.

Voltamos à cena do crime pra ver se achamos mais alguma coisa que nos levasse ao assassino.

— Se a esposa tivesse posto fogo no trailer e provocado a explosão, haveria pequenos estilhaços por toda parte encrostados nessas paredes, mas não tem nada aqui. – Falo

— Olha aqui Erica, essa é uma parte da parede que externa que dá pra estrada. – Nick pega um pedaço de uma parede do trailer e me mostra.

— Tem uma marca de pneu. - volto para perto do cano de gás. - Tem tinta azul nesse cano de gás. Não fazia sentido nenhum naquela hora, ainda tem o Ford Ranger, não tem? – Ele concorda – Então se a Amber seguiu o marido até o trailer, o viu entrar, perdeu totalmente a cabeça, porque ela esperaria ele sair? -digo

— Claro! É só vim em linha reta e passar por cima dele na cama com outra garota! – diz Nick

— O trailer desaba, pega fogo, se alastra e isso destrói todas as provas de uma colisão! – ele concorda – Que pena que a gente não tem a caminhonete, poderíamos comparar com os pneus. – lamento.

— Bom, é um Ford Ranger, 96, com pintura de fabrica, talvez eu consiga comparar com isso. – diz Nick ao pegar um dos canos de gás que tem em seu corpo, tinta azul.

— Eu estou morrendo de fome, vou comprar um sanduiche pra mim, quer alguma coisa? – Sugiro a ele.

— Claro! Seria uma boa. Pode trazer qualquer coisa. Enquanto você vai lá eu vou analisar isso aqui! – Ele indica para o cano. Eu saio e vou comprar o sanduiche, comprei dois de peito de peru. Deu pra disfarçar a fome naquele momento. Mais tarde levamos algumas evidencias da marca de pneu ao David Hogdes, ele nos ajudava a analisar algumas amostras.

— A marca da parede do trailer bate com a de um Michelin 19570R14S. – afirma ele.

— E quanto à marca de tinta que encontramos no cano de gás? – pergunto

— É mesmo uma coisa com tinta azul, mas isso não é de um Ford Ranger ou de qualquer Ford, é de uma GMC. – dispara Hodges.

— Amber Dirgee estava traindo o marido, pode até estar querendo ver o marido morto, mas a caminhonete dela não teve nada haver com isso. – supõe Nick.

— Pneus certos, camionete errada. – digo desapontada. Voltamos à cena do crime, vou para parte de traz do trailer e acho um buraco, pequeno, pode ser talvez onde os pneus se chocaram no chão.

— Achou alguma coisa? – pergunta Nick

— Pode ser um pedaço de uma lanterna. – mostro um pedaço de plástico de lanterna, nele havia um número de série.

— Eu encontrei tinta azul bem naquela cerca. Ao que se refere a marcas, isso aqui é um estacionamento tem marcas por toda parte. – Nick fala ao olhar em redor

—Ao não ser entre os canos de gás e o trailer, pode ser que o trailer não foi batido. – Sugiro

— Acho que temos equivalente veicular a uma bala, que entra e saí. – ele aponta pra direção que o carro poderia ter vindo. – O carro vem pela estrada, o cano de gás funciona como uma rampa...

— E atravessa o trailer! Temos um carro voador, podemos seguir essa pista! - Sugiro

— Certeza? – questiona ele. Lhe dou um sorriso, ele ri – Está bem então.

Verificamos o numero parcial que encontrei no pedaço da lanterna, é de um fabricante de um Pontiac Sunfire 97, tinta GMC, pneus. Tudo batia. Pedimos para o Brass emitir um boletim, logo encontramos um carro, fomos até o local, havia sido emitido um boletim para o mesmo modelo de carro já tem um 6 dias. Quando abrimos o carro, havia dois corpos em estado de decomposição, com o calor que fazia lá, o porta malas era uma panela elétrica, não poderia ser o mesmo carro que procurávamos. Era outro caso. Selamos o carro e mandamos para analise. Passamos o caso para o Greg. Expandimos as buscas por um Sunfire azul 97, em Nevada, surgiu um nome e endereço.

— Randi, Policia de Las Vegas, abra a porta! – fala Brass ao bater na porta. Nick vai em sentido ao carro que está coberto a uma lona empueirada.

— Pneus Michelin! – Indica ele.

— Carro azul e lanterna quebrada. – pisco a ele. Randi saí e parecia bêbado, desnorteado.

— Ei ei ei, o que estão fazendo? – ele pergunta, ele sai cambaleando de sua casa

— Há algumas infrações em sua ficha. Poderia nos contar o que aconteceu aquela noite? – pergunta Brass

— Trabalhei até tarde, acho que dormi no volante. – Sua embriaguez era notável – Depois disso só me lembro de ter batido. O carro ainda estava funcionando. Então... – ele saí correndo e caí em mais ou menos 100 metros. – olho para o Nick.

— Quer ir lá prendê-lo? – pergunto a ele.

— Os novatos tem preferência! – Ele brinca. Voltamos ao laboratório e fichamos o Randi. 


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