Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 4
Visita a Casa Nova




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Catherine me levou a todos os espaços do laboratório, me levou pra conhecer todos os outros funcionários que poderiam fazer parte da minha rotina. Ela me leva a uma sala onde tem vários armários.

— Este vai ser o seu armário Érica - ela abre o armário de número 14 e me entrega a chave - Aqui está seu colete que chegou hoje, como você sabe, sempre que saímos parar alguma cena precisa usá-lo. Aqui também tem um avental, caso você precise. - Mexo a cabeça confirmando a informação - Deixa-me ver se não estou esquecendo mais nada? - ela mexe no cabelo - Ah sim, se precisar de macacões roupas ou algo assim só pedir no almoxarifado, eles não disponibilizam isso a gente - sorrimos - Mas isso você deve saber.

— Sim! - Abaixo a cabeça sorrindo

— Tem alguma dúvida? - pergunta ela

— Sei que essa pergunta não tem nada haver com o serviço, mas você sabe onde posso achar uma casa pra alugar ou comprar? - Rimos

— Sinto muito querida, mas se eu souber de alguma coisa eu te falo.

— Eu agradeço.

— Então, como eu pedi muito ao Grisson pra você ser da minha equipe a noite, você está dispensada no momento, seu horário começa a partir das 18h, tudo bem? - pergunta ela.

— Claro, então vou-me indo, tenho umas coisas pra resolver, muito obrigada pela recepção e por me mostrar tudo. - dou um abraço nela

— Imagina. Não hesite em me chamar se precisar. - Vou saindo em direção ao corredor e ela me chama novamente - Érica! Agora me lembrei, semana passada o Nick havia me falado sobre uma casa que foi desocupada na rua dele. Fale com ele, creio eu que a casa ainda deve estar à venda. - Uma gota de esperança paira em meu coração, só de saber que eu poderia ter achado uma casa.

— Falo sim, mais uma vez te agradeço pela ajuda. - Pisco pra ela e saio. Ando em meio ao laboratório atrás dele. Todas as salas lá eram de vidro, então você podia ver tudo que todos faziam. E como de costume, todos correndo contra o tempo para salvar pessoas. Ver aquilo sempre me animava, estar em ação me dava vida. Eu sem perceber esbarro em alguém - Ai me desculpe! - quando dou por mim era ele.

— Oi barbeira, perdida? - ele agarrado aos meus braços que me ajudou a não cair quando esbarramos. Ele me olhava nos olhos, seu sorriso... Nossa.

— Não, sim, talvez, não sei na verdade. - Ele me deixava confusa, por quê?- Na verdade estava procurando por você.

— Por mim? - ele cruza os braços - Quer ajuda pra arrumar o carro?- Brinca.

— Não, engraçadinho você! - Rimos - Na verdade, a Catherine me disse que você havia comentado com ela sobre uma casa que havia sido desocupada na sua rua. Sabe me dizer se a casa já esta ocupada novamente? - pergunto

— Não ainda não, quer que eu te leve pra conhecer?

— Se você puder eu agradeço! Não quero morar eternamente em um hotel.

— Está livre agora? - ele pergunta, confirmo a cabeça que sim. - Então vamos lá! - Cada um foi em seu carro, claro que ele tirou sarro de mim por ter dificuldade em tirar o carro da vaga. Ele me levou até a casa. A casa era boa, era apenas de andar térreo, tinha cinco cômodos e um banheiro, uma garagem ao lado e além do mais estava no preço acessível para a compra.

— Havia um casalzinho de velhinhos que moravam nessa casa, eram super simpáticos, só tinham fama de loucos! - Nick ri.

— Por quê? - pergunto

— Eles ficavam dançando na frente da casa, acreditavam que os extraterrestres tinham pegados eles e feito pesquisas cientificas e os fizeram lavagem cerebral. - ele caiu no riso.

— O que? Para, não ri deles, tadinhos! - bato em seu braço.

— Eu era o único da rua que falava com eles. - diz ele.

— Que fofo! - brinco

O Nick me mostrou cada cômodo, logo que saímos peguei o telefone do vendedor e passei para o meu pai, ele iria passar para corregedoria comprar o imóvel e passa-lo em meu nome. Pra tudo isso acontecer, eu teria que passar pelo menos mais uma semana no hotel, para que a mobília seja comprada e eu consiga me instalar no lugar.

— Parabéns pela casa nova! - ele bate palmas

— Obrigada, novo vizinho!

— Pra comemorar quer tomar uma cerveja? Eu pago! - sugere ele.

— Claro! - Vamos até um bar perto do bairro, ela tem um estilo bem longe, todo trabalhado a madeira.

— Duas cervejas, daquele jeito! - ele indica ao garçom, já sentando em uma mesa ao lado do balcão. - Então Érica, porque você pediu transferência para Las Vegas? Fiquei sabendo que lá é um dos melhores laboratórios.

— Bom você deve ter ouvido falar do suspeito que foi morto por uma CSI, durante uma luta corporal. - o indago

— Foi você? Não pode ser! Como você conseguiu? Você está bem? - Ele pergunta surpreso, mas ria entre as palavras, nesse momento o garçom entrega as cervejas - Obrigado viu - agradece ele ao garçom e me entrega uma. - Me conta mais... - Ele dá um gole na cerveja.

— Eu não sei ao certo dizer o que aconteceu, eu lembro pouca daquele dia. Ele me bateu com muita força - mexo no cabelo e tiro uma mecha que cobria os pontos que levei na testa - Na verdade eu quero esquecer aquilo. - tomo um gole - Eu iria desistir de ser uma CSI, mas um líder da corregedoria me ofereceu a transferência.

— Sarg. Montez, seu pai - rimos - Ainda bem que não desistiu, fiquei sabendo que você é uma ótima investigadora.

— Não faço mais que meu trabalho! - Ele me olha com firmeza. - E você está bem? Meu pai me contou que você foi sequestrado. - Questiono a ele.

— Eu mesmo não entendi ainda o que aconteceu "me chamaram pra uma cena de crime", me apagaram e me enterraram. É uma coisa que eu não desejo à ninguém. Ficar soterrado por horas, sem motivo nenhum - ele dá um gole e se aproxima de mim - Você ficou sabendo que o mandante se matou? - Indico sim com a cabeça

— Mas graças a Deus, você saiu com vida. - Pego em seu braço.

— Se eu não tivesse saído daquela ou se você tivesse sido morta pelo maníaco, não teria acontecido de você vim pra cá, estacionar o Dodge errado e nos conhecido. - Ele me olha profundamente e me mostra um sorriso lindo, coro.

— Verdade! - ele continua me olhando, pego a minha cerveja e dou um gole.

— Você morava sozinha em Nova Iork? Namorado? Deixou tudo lá!

— Não, morava com meu pai e a minha madrasta. Desde que a minha mãe morreu a uns cinco anos de câncer, não fui capaz de deixa-lo sozinho, mesmo que ele conheceu a Susan. Eu só o deixei porque achei que estava na hora de criar raízes em outro lugar e ele insistiu muito.

— Sinto muito pela sua mãe!

— E respondendo sua outra pergunta, eu não tenho namorado! - Ele meche a sobrancelha, durante um gole - Eu trabalhava muito em Nova Iorque, lá não era divido em turno como aqui, se você estiver disponível os dois períodos, mais trabalho pra você. Eu até namorei por um ano, o nome dele era James Carter, ele me traiu - tomo um gole e Nick ri - Não é engraçado tá! - Rimos - Ele dizia que eu tinha que escolher entre ele e o emprego, que era muito gostoso pra deixar, como eu o deixava.

— Bichinha, desculpa, mas esse ai é viado! - Rimos - Ele te traiu com uma mulher ou com um homem? Desculpa a pergunta.

— Bom eu vi ele em um quarto com uma mulher e um homem. Agora não sei se era uma suruba ou ele estava se fazendo de mulher ali também... - Ele arregala os olhos - Ele estava com uma peruca e vestido de dançarina de Hula. - Ele se acaba de rir, que acaba por me contagiar também. - Para Nick, minha decepção amorosa não tem graça. - bato em seu braço. - Porque você não me fala da sua namorada? Você deve estar melhor que eu.

— Eu sei que não tem graça, não estou rindo de como você encontrou ele! - olho pra ele sem entender - Estou rindo dele ter conseguido perder você, no bom sentido. Você é linda, ele foi capaz de fazer isso contigo. É um idiota. - dou risada do que diz - Olha esse sorriso! - Fico sem graça. Ele toca em meu rosto, ele novamente me olha profundamente, é possível ouvir nossa respiração.

— Bom, é melhor irmos, eu preciso, é, é......- começo a parar de falar com ele me olhando - preciso descansar pra ficar em pé a noite.

— Verdade. - ele confirma, parece decepcionado. Levantamos.

— Muito obrigada por me ajudar, com a casa. Isso deve ajudar em pagar a cerveja - pego dinheiro na bolsa, ele põe a mão sobre a minha me impedindo de pegar o dinheiro.

— Não precisa Eri! - Eri, ninguém me chamou assim antes, pelo diminutivo do meu nome. -Eu pago. - Sorrimos e o cumprimento com um beijo no rosto

— Nos vemos a noite! Tchau Nick. Obrigada! - vou saindo e ele me puxa

— Ah quase me esqueci, respondendo sua pergunta, não estou namorando, até tenho casos rápidos, não consigo mantê-los, não achei a pessoa que compreenda que sou um CSI também! -Sorrimos, pisco a ele e ele me responde com um sorriso encantador. E assim, saio do bar.


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