Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 23
Desfecho do Caso




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— Vem, vou te ajudar a tirar essa sua roupa! – Digo.

— Não era exatamente assim que eu gostaria de ouvir essa frase! – diz ele.

— Sei! – o puxo pela mão e o levo no laboratório da Wendy. – Wendy, preciso da sua ajuda!

— O que aconteceu? – pergunta ela.

— Fala pra ela senhor do casaco! – ironizo. – Me empresta uma tesoura! – ela me dá a tesoura e começo a cortar a camiseta.

— Na cena, eu emprestei meu casaco a uma moça. QUE EU NÃO TINHA NENHUM INTERESSE. – reviro os olhos – COMO GENTILEZA. E como o vestido dela era preto, eu não imaginava que estaria sujo. E houve a transferência.

— Eu pensei que se ele tirasse a camiseta pela cabeça, poderia contaminar. –digo.

— Pensou certo. – diz ela. – Porque você parece tão incomodada com isso, Érica?

— Porque você não imagina que uma coisa dessas poderia acontecer com o seu namorado, não é mesmo! – olho pro Nick.

— Então é verdade? – diz ela rindo, nos olhamos. – O Hodges me contou – Ela fica sem graça – Disse que o Greg contou a ele e parece que não sou muito boa para guardar um segredo! Desculpa.

— Tudo bem! Eu não queria que fosse um segredo mesmo! – Diz Nick ao olha pra mim. E um sorriso nasce. – Amor, pega o guardanapo no meu bolso esquerdo. – olho pra ele – Antes que a senhora fale algo, peguei com a Catherine para trazer na analise. – Eu olhava apreensiva – Não me olhe desse jeito! – dou um sorrisinho - Wendy, quero que você compare a marca de batom com as epiteliais que você achar! – diz ele. Wendy me olhava sem entender nada. Termino de cortar a camisa e entrego-a.

— Quando sair os resultar nos chame! – digo e pisco para ela. Ela confirma com a cabeça. – E você – me dirijo ao Nick – Você tem que se vestir, não quero que ninguém fique de olho em algo que é meu! – rimos.

— E que culpa tenho de ser desejado, não é mesmo? – brinca ele. Ele se aproxima e coloca a mão em meu rosto. – Mas não importa, porque eu sei quem eu quero! – me beija rapidamente.

— É melhor vocês tomarem cuidado! – alerta Wendy.

— Melhor irmos, obrigada Wendy! – diz Nick pegando em minha mão e nos retiramos da sala.

No armário o Nick pega uma camisa azul, enquanto ele vestia, eu o admirava com ternura. Cada detalhe seu era como uma visão do paraíso.

— E você só vai ficar admirando? – pergunta ele.

— Sim, porque o que eu tenho em mente não é permitido no laboratório! – brinco sussurrando. O puxo pelo cós da calça para perto do meu corpo, no lugar certo. Fazendo com que ele sinta minha mão tocando sua pele, ainda nua, debaixo daquela camisa desabotoada.

— Porra, Érica! Como você consegue ter esse poder sobre mim? – diz ele, em reação ao meu toque. Sua excitação em poucos segundos seria visível. O espaço entre a gente diminuía... Sua mão percorria pela lateral do meu corpo...

— Nick, acharam seu carro! – Grita Catherine na porta. O susto momentâneo faz com que eu me vire automaticamente em direção a porta. – Está tudo bem? – Ela ri.

— Melhor impossível Catherine! – diz Nick com um sorriso sem graça enquanto abotoava sua camisa.

— Sei! Vocês dois tem que tomar mais cuidado, poderia ser qualquer outra pessoa na porta! – Alerta ela. Nós acenamos com a cabeça. – Quero vocês em 5 minutos na garagem de analise! Você vai ter uma grande surpresa... – diz ela ao Nick.

— Como assim? – pergunta ele preocupado.

— Você verá! – Ela saí rapidamente da porta e voltamos a ficar sozinhos. Antes que eu pudesse me virar, ele agarra minha cintura com força, colando meu corpo ao seu e deposita um beijo quente em meu pescoço (que pode deixar uma possível marca) que liga todos os sentidos do meu corpo. Solto um pequeno gemido entre dentes.

— Se aqui não fosse tão vigiado, arrancaria essa sua roupa rapidinho e você iria ver o que sou capaz de fazer com você, por me excitar no trabalho dessa forma. – diz na minha orelha.

— Eu excitando você? Jamais! – digo brincando. Nós estávamos bem, isso era o que importava pra mim.

— Só você pra melhorar o meu humor! – diz ele.

...

Chegando à garagem, Catherine estava ajudando o Warrick a estacionar o carro dentro da garagem de análise. O carro estava em um estado inexplicável. Tinham pintado o carro com a cor roxa, sem contar nos desenhos que fizeram por cima da cor.

— Meu Deus! – Exclamo.

— Puta que p... Só podem estar de brincadeira? - Diz Nick em reação ao ver o estado deplorável que deixaram seu carro – Alguém quer comprar um carro? – Diz Nick se aproximando do carro.

— Cara, deixa isso com a gente, você já está passando por muita coisa. A última coisa que você quer é que seu próprio carro acabe com a sua carreira. – Diz Warrick.

— Amor, faz o que o Warrick está sugerindo, é o melhor pra você nesse momento. – Digo.

— O quanto mais longe você ficar desse carro nesse momento é o melhor pra você. –Diz Catherine. Antes de sair, ele dá um beijo no meu rosto e sai cabisbaixo da garagem. Não tinha o que ele fazer, qualquer coisa que ele fizesse poderia prejudica-lo mais ainda.

Dentro do carro encontramos tudo que tínhamos coletado na cena. Até a estátua que matou Dilian. Com a análise das provas guardadas no carro, chegamos a uma suspeita. Kesey Finn, uma das damas de honra que Greg havia coletado informações. E durante uma analise feita no frasco de comprimidos Diazepan, achamos digitais parciais da também madrinha Lucy Walker, esposa de um farmacêutico, o que poderia responder como ela teve acesso à droga – no caso os comprimidos. Descartando qualquer envolvimento da noiva no caso.

Já se passava das 22h e ainda estávamos presos dentro daquele laboratório. Já estava ficando desumano ficar naquelas condições, estamos exaustos, não podemos nem ir pra casa trocar de roupa. Eu estava no meu limite, levantei daquela cadeira desconfortável em direção ao escritório do Ecklie, onde estava meu pai, McKean e alguns funcionários da corregedoria,

— Com licença senhores, boa noite aos outros que eu não conheço. Eu sou Érica Montez. Pai posso falar com você? – digo impaciente.

— CSI Montez, no meu laboratório não é permitido... – Diz McKean.

— Foda-se as suas regras, eu quero falar com meu pai. Se quiser me dar uma advertência por isso, fica à vontade, só deixe-me falar com meu pai. – O interrompo antes mesmo de ele terminar a frase.

— 10 minutos de intervalo! - diz meu pai levantando da mesa. Ele me leva até o estacionamento do terraço.

— Pai, até que horas vamos ter que ficar na merda desse laboratório esperando esses bandos de filhas da mãe decidirem o que vão fazer? - digo – Me desculpa pela forma que estou falando com o senhor. Mas estão todos cansados. O senhor viu a cara do Nick? Nunca o vi daquela forma, está sendo tratado como um condenado a pena de morte. Estamos aqui a mais de 48 horas quase pai. E eu sei que os seus funcionários de bosta estão indo embora e voltando depois. Fora o medo de sermos prejudicados ou penalizados.

— Já acabou Érica? – pergunta meu pai.

— Talvez...

— Érica, vocês precisam ter paciência... - diz ele.

— Paciência? Sério! Pai pelo amor de Deus...

— Érica, "mi hija", quando temos um problema como esse, o procedimento realmente é desgastante. Mas vocês não podem... – diz ele, meu telefone toca.

— Só um minuto pai.

(Ligação ON)

— MONTEZ! – digo.

— Érica, é o Grisson, conseguimos decodificar uma digital achada do carro do Nick, que levou a gente ao possível suspeito do furto. E o mesmo solicitou que você falasse com ele.

— Mais essa! Já vou! Obrigada. – desligo o telefone.

(Ligação OFF)

— "Hija", continua fazendo a sua parte e daqui umas horas vocês vão receber nossa decisão sobre o ocorrido. Eu prometo que ninguém saíra prejudicado. – diz ele beijando minha cabeça. – Agora vá que precisam de você. Eu olhava fixo pra ele, torcendo para as lagrimas não rolarem no meu rosto.

— O senhor percebeu que me chamou de "hija"? – Era como a minha mãe me chamava. Ela era uma descendente mexicana nata.

— Chamei? Eu acho que é uma forma de chamar sua atenção. Assim você me escuta. – diz ele.

— Eu gostei, poderia me chamar assim mais vezes...

Eu posso ter explodido sem necessidade com meu pai, mas ele era a única pessoa que poderia me acalmar naquele momento. Nem mesmo o Nick conseguiria tal faceta. Ele é o que mais precisa se acalmar aqui. O meu pai sabe a fórmula da minha calmaria. Eu nunca tive emocionalmente envolvida com uma pessoa do meu trabalho, acabei tomando as dores do Nick pra mim. Acredito que meu pai possa ajudar de alguma forma, mas se ele não puder, não faço ideia do que vá acontecer.

Desci até as salas de interrogatório e pra minha surpresa, era o padrinho que eu tinha colhido depoimento assim que cheguei à cena do crime. Toddy Gunter.

— Gatinha, fico feliz em ver você novamente. Estava sonhando com isso, sabia? – diz Toddy.

— Sabe, eu acho que você deveria guardar o romantismo pra outra hora, tenho algo sério pra falar com você! Está sendo acusado de furto de carro, obstrução da justiça e conspiração de assassinato. Onde está o romance agora? – digo.

— Eu admito tudo o que você quiser, menos o assassinato. – diz ele.

— Então porque furtou o carro? – pergunto.

— A Dilian já estava morta, ai vocês chegaram, a madrinha gostosa veio fazendo perguntas sobre meu trabalho com guinchos. E pediu que eu roubasse o carro e desse um fim com o que acharam.

— Então você fez o que ela te pediu só para poder transar com ela? – insinuo. Ele mexe a cabeça, concordando.

— Já roubou uma máquina de 2 toneladas? – diz ele – É muito melhor que uma simples foda. Encontrar uma garota gostosa, que já de primeira cai aos seus pés – ele passa a mão nos olhos – meu irmão, isso é excitante pra caramba. – fico enojada – E eu não tinha comprado nenhum presente de casamento mesmo. Comer uma amiga da minha irmã, já vale! – diz ele – e pra ficar melhor ainda, falta a policial. – ele me olha indiscretamente – Não vai me dizer o quanto e excitante pegar um suspeito, o perigo. Hein? Se não tivesse esse policial aqui conosco, já tinha rasgado essa sua camisa e essa sua calça e metido bem gostoso! – Sinto meu estomago revirar novamente, engulo seco. Respira

— Acho que vou pedir pra somar a sua pena por furto, uma pena por assédio! O que acha? – digo o deixando intimidado, sua expressão era certa.

— NÃO POR FAVOR!

—Então comece a rever suas palavras antes de falar com uma policial. – Digo – Pode levar ele! – Aceno com a mão ao policial que estava me acompanhando no interrogatório. O mesmo desloca-se e acompanha Toddy para ser fichado. Um suspiro de animo escapa.

— Conseguimos! – Diz Warrick ao entrar a sala, eu levanto e o abraço. – Agora pode respirar. Está tudo bem? – ele pega em meu ombro.

— Estou, por quê? – digo.

— Nada, bom vamos juntar tudo o que temos e chamar aquelas madrinhas assassinas e acabar com isso tudo. – diz ele com certo entusiasmo.

— Aleluia! – Exclamo aliviada.

Já estávamos madrugada adentro, graças ao meu pai, permitiram que pudéssemos ir pra casa tomar banho e trocar de roupa, contanto que voltássemos horas depois. Meu pai e sua equipe da corregedoria iria dar seu veredito final sobre o caso.

Nossa conclusão foi que realmente as madrinhas haviam matado Dalian Chase. Lucy Walker com acesso ao medicamento adulterou o champanhe antes de entregar a Sra. Chase, fez com que ela sentisse os efeitos durante o brinde. Entretanto a mesma já percebendo que havia algo diferente em sua bebida, pudemos ver no vídeo que a Sra. Chase havia falado algo a Lucy, podendo ser uma ameaça. Ela sai do brinde pelos fundos e uma das madrinhas a acompanha. Kesey Finn. Então pelo conjunto das provas, podemos dizer que houve um desentendimento, que fez com que Kesey empurrasse Dalian Chase contra a estatueta, deixando suas digitais na roupa e matando a Sra. Chase com a entrada da flecha da estatueta em seu crânio. Prosseguindo com as imagens pudemos ver Kesey conversando com Lucy e Mindy. Onde as três tramaram um plano, a tiraram da cena e colocaram na sacola da prancha, levaram até o carro, amararam-na no para-choque e assim voltaram para festa. Como se nada houvesse acontecido.

Na manhã daquele dia chegamos cedo ao laboratório, as madrinhas tinham sido presas logo mais cedo, estavam tentando sair da cidade em um Honda antigo quando foram paradas por um policial por estarem acima da velocidade. Dessa vez não participei do interrogatório, mas ouvi tudo da sala ao lado.

— Bom dia meninas, meu nome é Gil Grisson e esse é o CSI Stokes, sabe por que vocês estão aqui, ne?

— Se foi pela morte daquela louca, está perdendo seu tempo conosco! – diz Lucy.

— Será mesmo? – Diz Nick. Nesse momento eles mostram pra elas todas as provas que coletamos, onde as incriminavam.

— Eu não sou uma pessoa má! – diz Mindy. Só pra deixar constado, não gostei dela. – Nós não a matamos, gosto de pensar que ela fez um favor a ela mesma. Ela era doida!

— Ela era uma bruxa com a nossa amiga. Sei que todas bebemos, mas ela nos levou à isso. Fizemos o que tinha que ser feito. Só queria calar ela com as drogas, mas a coisa fugiu do controle. – Se defende Lucy.

— Eu não tive escolha, ela estava vindo pra cima de mim, aquilo foi alto defesa. Ela só caiu do lado errado. Vou te contar, não tenho remorso nenhum. – Diz Kesey.

— Podem falar o que vocês quiserem, as provas não mentem... – Diz Catherine. Elas negaram até o ultimo momento antes de ser levadas para ser fichada. Ainda a Mindy teve a audácia de perguntar ao Nick porque ele não ligou pra ela. Vadia!

...

— Bom trabalho a todos! – Diz McKean ao entrar na cozinha, onde estávamos esperando ansiosamente pelo desfecho acordado pela corregedoria. - Como conseguiram recuperar o carro e não houve danos a nenhuma das provas , não precisando levar a júri. Mas alguns de vocês cometeram infrações disciplinares, ainda não escapam de uma advertência. – rebate McKean.

— Tudo bem! – diz Grisson. – Acho que todos aqui levamos uma lição desse caso. – Graças a Deus meu pai conseguiu tornar as coisas mais suaves pra nós. – Não trabalhar mais com o próprio carro, não extrapolar em horas extras...

— Poupe os discursos Gil! Então, quem será o primeiro a fazer as honras em assinar a primeira advertência? – diz McKean. 

 


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