Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 22
É sangue na sua camisa?




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Com certeza aquele dia estava acabando comigo. Um desmaio e agora as tripas pra fora, qual o próximo passo? Ataque cardíaco? – saio do banheiro deixando toda minha dignidade que ainda me restava desses dias descarga abaixo. Vou até a pia, levo minha mão gelada com a água que saia da torneira até a minha testa. – O que está acontecendo comigo? Isso tudo não pode estar me afetando dessa forma, me recuso ficar doente nessa hora do campeonato...

— Érica? – diz Harry ao me pegar de surpresa quando saí do banheiro.

— Ai que susto Harry, da pra todo mundo parar de me assustar! – digo revoltada, sentindo uma forte pontada na boca do estômago.

— Desculpa, é que a analise do sangue do Sr. Chase saiu...

— Tudo bem, quais foram os resultados? – Pergunto.

— Quando você tirou o sangue do Sr. Chase, o nível de álcool no sangue era 0,28 e aquilo era às 3h da manhã, e quando ele chegou na delegacia, horas depois, novamente foi analisado, o resultado deu 0,21 e ele estava na fase de eliminação do álcool no sangue. – Diz Harry ao me mostrar os resultados enquanto íamos em direção da sala de reuniões.

— Então na hora que o corpo foi amarrado no carro, o nível de álcool no corpo do Sr. Chase era altíssimo. Com esses níveis seria impossível ele amarrar o próprio sapato – digo.

— Exato – confirma Harry.

— Gente olhem isso! – digo a todos que estavam sentados ao redor da mesa.

— É isso mesmo? O Sr. Chase estava chapadão? – diz Warrick.

— Sim! – diz Harry.

— Presumindo que quem levou seu carro era o assassino – Diz Greg ao Nick - e que o Sr. Chase estava tão bêbado, não poderia ser ele. – conclui Greg.

— Um a menos! – diz Nick.

— Outra coisa, a Sra. Chase gostava de diazepan, os níveis estavam entre terapêutico e tóxico. – afirma Harry.

— Que estranho, no interrogatório o Sr. Chase disse que ela era totalmente contra medicamentos ou drogas. – digo.

— Como técnico, posso dizer que aqueles que mais expostos a drogas, são os que mais a usam. – diz Harry – Como ela está morta, consegui a ficha médica e não há prescrição para Diazepan.

— Então ela ficou alta com remédios de outra pessoa. – Diz Sara.

— Então confirma o que a Mindy disse sobre ela e também o brinde. – Diz Nick, no momento contorço os lábios e reviro os olhos. – Que foi?

— Nada! – digo. – Estou pegando a mania do Grisson de contorcer os lábios. "Não sei mentir". Que droga.

— Sei! – ele sorri, imediatamente sorrio pra ele, não consigo conter meus lábios. Porra lábios dá uma ajudinha.

— Eu acho que já sei o que aconteceu. Eu lembro que quando cheguei à cena do crime, era um local com uma áurea bem pesada... – diz Greg.

— Pode chegar ao ponto que nos interessa? – pergunto.

— Eu já ia chegar lá... Igual ao Nick, eu também conversei com duas moças. Elas estavam sentadas perto de uma fonte que tinha no local. As duas não pareciam muito comovidas com a morte da Sra. Chase, a todo o momento a intitulavam de bruxa. Elas disseram que ela havia obrigado as duas a usarem roupas intimas. E elas eram bem sexys...

— Sua última observação foi bem importante Greg! - Ironizo. Rimos.

— E cadê a relação com o que aconteceu? – diz Sara.

— Calma, estou chegando lá! Elas me disseram que a ultima vez que viu a Dilian foi no quarto de hospedes, quando foram arrumar o cabelo. Afirmaram que ela tinha dito que sentia dor de cabeça. Então elas saíram de lá, quando voltaram ela já estava morta. – diz Greg. – Então eu fui até o quarto, tudo estavam como elas deixaram, era possível se ver blush's derrubados nas cabeceiras, cheiro de laque...

— Sério mesmo que você vai contar em mínimos detalhes? – diz Warrick.

— Acabamos estourando as horas extras mesmo! – reclama Sara.

— Continuando...O casamento parecia um empreendimento. Então foi que eu vi. Uma estátua de um anjo com uma flecha. E na ponta da flecha tinha um vestígio vermelho, era sangue. Pensei que fosse de algum nariz sangrando, alguém que se cortou ao se barbear. Mas será que por ela estar alta demais, ela poderia ter escorregado e batido a cabeça. A flecha tinha quatro lados, o ferimento teria forma de diamante. Olha! - ele mostra a foto da autópsia. – Tudo bate!

— Se o ferimento foi acidental, porque ela foi amarrada na traseira de um quarto. – digo.

— Touché. – diz Greg. – Ainda não sei.

— Isso limita a lista de suspeitos, só pra quem tinha acesso a aquela sala. – diz Nick. – E cadê a estátua?

— No seu carro! – afirma Greg.

— Puta merda – digo. Nick faz um barulho em que ele concorda com que eu digo. E todos ficamos calados.

...

Com a chegada do carro que arrastou a vitima, Sara, Greg e eu pudemos dar seguimento com caso. Na porta malas achamos algumas sacolas, malas, que possivelmente estão cheias e uma prancha de surf dentro de uma sacola. Tiro foto do que encontramos antes que pudemos mexer. Levamos uma das sacolas e a prancha para a Wendy analisar, enquanto olhamos as malas.

— Abre a mala! – Digo ao Greg, enquanto coloco a máquina fotográfica em cima da mesa.

— Meninas, venham ver! – diz ele. – Achamos o que foi usado para limpar o sangue!

— Vamos levar pra mesa, ai eu tiro foto e vemos o que mais tem. – Digo.

— Vou pedir para o Nick vir nos ajudar a tirar digitais do para-choque. Toda ajuda é bem vinda! – diz Sara. Eu concordo. Sara liga. – Ele está vindo!

— Puxa, essas bolsas estão pesadas! – digo ao carregar uma das malas. Ao abri-las achamos algumas outras toalhas com sangue. Além de peças de roupas normais. – Eu acho que alguém já estava precavida pra lua de Mel! – Digo segurando a peça intima na mão. – Alguém ia se divertir essa noite.

— Até a mãe de um deles morrer nessa mesma noite! – diz Sara.

— Porque me chamaram? – Diz Nick ao entrar na sala.

— Preciso da sua ajuda! – digo. Ele me olha segurando a lingerie na mão e me olha estranho, nascendo um sorriso em seu rosto.

— Achei que nunca pediria! – diz ele. Pisco pra ele.

— Gente, eu sei que vocês estão juntos e vocês tiveram um momento legal... e meio nojento agora, mas poderíamos voltar ao trabalho! – diz Greg. Apenas concordamos acenando com a cabeça rindo. – Precisamos que você tire as digitais do para-choque novamente. O que tínhamos coletado foi perdido.

— Claro! Qualquer coisa pra me deixar acordado. – diz Nick.

— Opa! Acho que tivemos uma ajudinha da noiva! Diazepan! – Diz Greg ao retirar o frasco do remédio de dentro da bolsa.

— Ela conseguiu remédios pra se acalmar e resolveu acalmar a sogra! – Diz Sara.

— Ainda tem dois comprimidos! – Leio o rótulo – A dosagem bateria com o nível encontrado no sangue da Sra. Chase.

— Gente, analisei sacola com a prancha e bate com o da Sra. Chase. Creio que usaram isso pra tirar ela da cena original para colocá-la amarrada do carro. – diz Wendy – Também encontrei duas epiteliais femininas diferentes em cada uma das alças. E uma delas bate com o nó da meia calça.

— Poderíamos comparar com as amostras que coletamos, mas não temos. – diz Greg.

— Só coletarmos novamente! – Diz Sara.

— De 200 pessoas? – digo preocupada.

— Sim, como não podemos sair, por conta das horas extras, alguém tem que fazer isso? – diz Sara olhando pro Nick.

— Olha, mas nem pensar! – diz Nick nervoso – Eu estou esperando que a minha situação seja resolvida há mais de 24 horas, estou cansado, nem pude tomar um banho – ele olha pra mim – E também não tenho um carro! – Ele sai da sala, nervoso.

— Gente! – Repreendo-os. Saio da sala e vou de encontro até ele. Ele entra na sala dos armários. – Calma, querido! – abraço ele por trás e beijo sua nuca.

— Érica, eu sei que seu pai é o chefe, mas ele não pode me ajudar em nada. Eu sei disso. Conversei com ele. Não há nada que posso fazer. – diz ele.

— Querido... – Tento falar.

— Estou de saco cheio! Eu não fiz nada e todos ficam me olhando como se eu fosse um bandido.

— Eu sei querido...

— Mas se tivesse que fazer tudo de novo eu faria do mesmo jeito! – Diz ele ao tirar o casaco. Ao olhar percebo que sua camiseta está suja com o que parece ser...

— Nick!

— Como é que eu saio de uma situação...

— Nick! Pelo amor de Deus! É sangue na sua camisa? – digo. Ele olha pra sua camiseta assustado.


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