Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 19
Peguei você como empréstimo!




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O medo que eu tinha de beijá-lo no laboratório passou. Com o nosso grupinho sabendo, fica mais fácil. Não precisamos mentir ou fingir. Podemos ser nós mesmos. Mas o próximo passo será mais difícil. Conrad Ecklie e Jeffrey McKean. Como Nick e eu iriamos passar por esses dois muros. Creio que o Ecklie seja menos ofensivo quanto McKean. Depois do episódio de hoje... Dele, eu espero qualquer coisa.

— Meus parabéns a vocês dois! – Catherine vem e nos abraça – Ah gente não fiquem ai sentados, venham felicitá-los. – todos se levantam e nos abraçam, parece que ficaram mais felizes que a gente em tirar metade do peso das costas.

— Eu não acredito que perdi você pra ele? – Diz Greg em meio a um abraço dele no Nick – Cara, faça-a feliz.

— Pode deixar! – Confirma Nick. Dou um abraço bem apertado em Greg e todos voltamos aos nossos lugares na mesa.

— Estou muito feliz por vocês! – Sorri Catherine – Eu sei que o amor é lindo, mas a morte não espera ninguém e temos um pra solucionar. Bom o nome da nossa vítima é Dalian Chase, como vocês já sabem, divorciada, mas usa o nome do ex-marido ainda. Ela é uma advogada renomada, ficou conhecida pelo caso dos Fatelli, quem quiser rever o caso o dossiê do caso está na minha mesa, podem pegar a qualquer momento. – Os Fatelli eram uma organização familiar que partilhavam seu gosto por ver o sangue escorrer, mataram diversas pessoas cruelmente. Mas o ápice foi a morte de um empresário.  – Bom eu ia mostrar isso a vocês quando entrei, mas o Grisson não me deu chance – Rimos – ele gosta das atenções só pra ele – Agora é sério! Encontraram o sistema de rastreamento do carro do Nick em uma lata de lixo, a alguns quarteirões da lanchonete. –diz Catherine.

— Alguém verificou se há digitais? – pergunta Warrick.

— Não! – afirma Catherine - Mas se considerarmos que foram realmente os Fatelli, vai estar limpo. Não vamos encontrar nada! – ela coloca o pacote em cima da mesa.

— O meu carro não tinha nada de valor, a não ser pelas provas! – diz ele – Como pude deixar isso acontecer! Droga! – reclama. Ele joga a cabeça pra trás e eu passo a mão como um afago, pra tentar acalma-lo.

Ainda estamos todos aflitos com que está acontecendo. A pressão da corregedoria, que mandaram vários agentes pra cá, fora meu pai. Mckean, o capeta em forma de pessoa. Ninguém está deixando barato pra nós.

— Que isso? – diz Nick ao passar a mão no bolso e tirar um guardanapo – Mindy?

— Você pegou o telefone dela? – me irrito. Todos nos olhavam atentamente.

— Não peguei! Não pense nisso. – diz ele. E olha fixo aos meus olhos – Ela deve ter colocado na hora que eu dei a minha blusa pra ela. – reviro os olhos, ele pega minha mão e da um beijo leve em cima dos nós – Pra você não parar de falar comigo de novo vou até rasgar! – diz ele.

— NANANINANÂO, eu fico com isso! – Catherine pega de sua mão – Pode nos ser útil! Agora a segunda coisa que eu iria falar a vocês. Alguém interessado em ver o vídeo de casamento? Cortesia do proprietário do Buffet! – pergunta ela, já o colocando no aparelho. – Por onde querem começar?

— Pelo brinde! – diz todos sem hesitar.

Ao dar play no vídeo a mãe do noivo foi a primeira a se pronunciar, sua primeira frase foi: " O amor é tão forte quanto a morte" – e ela concluiu – "E como mãe do noivo, o casamento é agridoce".  Mas adiante do seu "brinde", ela já começou a atacar a então nora: "Escolheu uma a qual, não tinha nenhum atrativo" – nesse momento nos olhamos perplexos, na verdade parecia que estávamos vendo um filme de comédia. O vídeo segue – "Não há nada de errado com ela, mas o que há de bom nela? Na verdade até o nome dela é monótono. Tudo bem arrumar uma amante querido, mas não precisa se casar com ela." – Realmente a Sra. Chase não queria ver a seu filho se casar, em hipótese alguma. Continua – "Querido, você tinha tantas opções, poderia escolher qualquer uma. Você vai realmente de baixar a esse ponto?" – o noivo se levanta e é puxado pelo smoking pela Sra. Chase. E assim ela termina o breve e esplêndido brinde, chocando aos convidados e a gente. Olhávamos sem acreditar o que tínhamos visto.

— Homicídio justificável? –brinca Catherine. A noiva poderia ter tanto rancor da sogra, ao ponto de querer vê-la morta. Ou será que a Sra. Chase se matou, em uma forma de negação ao casamento do filho?

— Essa mulher me fascina! – respondo com graça – Como ela foi capaz de ridicularizar a enteada, no casamento. Ela não poderia esperar para o próximo churrasco em família? – rimos.

— A bebida deu um empurrão, como sempre! – diz ele.

— Vou chamar o Grisson, ele precisa ver isso! – Sara se retira da sala.

— Sua mãe é assim também? – aproveito a deixa.

— Não que eu saiba. A minha mãe é bem tranquila na verdade. Por quê? Esta com medo de ter uma sogra igual a Sra. Chase?

— Estou! – Rimos. Como eu estava feliz em não estar mais brava com ele, era uma pena estarmos no laboratório uma hora dessas, merecíamos ter uma reconciliação "daquelas". Me pego lembrando que vim com o meu Dodge e ele está estacionado na garagem do terraço, talvez não fosse uma pena assim. Ninguém vai lá mesmo.  – Amor, preciso que você faça uma coisa pra mim, urgente!

— Se estiver ao meu alcance, que foi? – diz ele, possivelmente preocupado.

— Esqueci uma caixa com umas coisas do laboratório, que peguei emprestado, no meu porta-malas, você me ajuda a pegar? – pergunto. Eu já o encarava com desejo.

— Claro! – concorda ele. Pedimos licença e saímos da sala, vou até a sala dos armários rapidamente pra pegar as chaves do meu Dodge e o acompanho logo atrás correndo, caramba, ele anda muito rápido! Chamamos o elevador pra subir até o terraço. – O que você pegou emprestado do laboratório? –pergunta ele. O elevador abre, por sorte, vazio. Entramos e continuei calada, esperei as portas fecharem e lhe dei um beijo quente.

— Peguei você como empréstimo!


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