Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 18
Cada um de vocês estão me devendo 100 pratas...




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Nesse momento ele me solta bruscamente, seu olhar pegava fogo de tanto ódio.

— Se você contar alguém o que aconteceu aqui, pode ser a ultima coisa conversa que você terá com alguém! Entendeste-me? – diz McKean. Ainda tentando recuperar o fôlego, eu apenas concordei com cabeça. Ele saiu friamente em minha frente, sentei-me no banco em meio os armários e me ponho a chorar. Olho em meu braço, marcas rochas se formavam, eu tinha que esconder aquilo. De repente Nick aparece na porta.

— Érica! Onde que aconteceu com você? Estou tentando te ligar tem uns 20 minutos e... – ele percebe que estou chorando, rapidamente fecha a porta senta ao meu lado – O que aconteceu meu amor? Porque está chorando? – ele envolve-me em seus braços, eu não poderia contar a ele que McKean havia me ameaçado, ele também estaria em perigo, caso acontece algo.

— Estou com medo de te perder, apenas isso! – minto.

— Amor, eu que digo isso a você! Eu fiz uma burrada sem tamanho! – diz ele – Me desculpa!

— Nick... – digo.

— Érica, você foi a melhor coisa que aconteceu comigo em anos, como eu não seria capaz de me perdoar, caso te perdesse! Você deve estar me odiando agora...

— Eu não te odeio querido, muito pelo contrário. Mas assim, eu olho para as moças aqui de Las Vegas, que passam pela gente, ou mesmo aquelas duas que você pegou informações, eu penso assim, não sou glamorosa como elas. Eu não sou de ficar usando roupa curta, onde dá pra se ver Nárnia. – ele ri- Não tenho na minha cabeça apenas gastar dinheiro em maquiagem ou algo assim.

— E eu não quero isso! – diz ele.

— E quando vi elas te dando o maior mole, fiquei furiosa, passou pela minha cabeça que eu poderia ser mais uma...

— Você não é mais uma da lista! – nega ele – Você é única na minha vida! Eu já te disse isso, eu quero que você seja a mãe dos meus filhos, a dona da minha vida! – diz ele – Sim, já tive muitas namoradas, mas quando você chegou tudo mudou. E não queira se comparar a aquelas mulheres que apenas tem vento na cabeça. Apaixonei-me na primeira vez que te vi, no momento em que o Grisson te apresentou pra gente! – Ele olhava dentro dos meus olhos - Aquele vestido vermelho, aquela noite, dias seguintes nosso primeiro encontro, nossa primeira transa... – sorrimos – Com você tudo é perfeito.

— Eu te amo! – dou lhe um beijo molhado.

— Que saudades eu tenho sua! – diz ele, ele passa a mão pelo meu braço e eu recuo – Estava tão brava assim comigo, que eu nem posso lhe tocar direito? - ele estranha.

— Não é isso amor, é que eu prendi meu braço na porta do carro, agora pouco e ainda está dolorido! – minto. Ele pega meu braço para dar uma olhada.

— Nossa, como? É... Como você fez isso? Caramba. – ele fica impressionado – Não fui eu que fiz isso não, né? – eu nego – Ah vai saber, não é mesmo. Mas ainda quero saber como você conseguiu fazer isso!

— Eu sou desastrada demais amor, eu vivo batendo nas coisas! – ele não poderia saber que fui agredida pelo McKean, pelo o que eu fiquei sabendo por cima ninguém gosta dele, muito menos o Nick. E eu também teria que levar em conta que a nossas vidas estavam em jogo.

— O melhor que podemos fazer agora e colocar uma compressa com gelo, pra vê se a vermelhidão diminui e você tomar alguns analgésicos para a dor! – diz ele. Eu apenas concordo e ele me acompanha até a enfermaria.

Depois fomos à reunião, tentei disfarçar as lagrimas com maquiagem. Vi Catherine perguntando ao Nick o que havia acontecido conosco, por conta da demora e por eu ter aparecido com uma compressa de gelo. Sentamos todos na mesa e esperamos o Grisson, já que antes, ele iria conversar com o McKean.

Eu ainda não sei dizer se vou informar a corregedoria sobre a agressão de McKean. Aquele cara me atiçou em saber quem ele é, e o que ele seria capaz de fazer. Eu nunca tinha visto ele aqui, antes de hoje de manhã. Será supervisor geral dos turnos? Não, Grisson e Catherine estão nessa função. Subdelegado? Também não, Conrad Ecklie é o dono desse cargo! Ele deve ser o delegado geral ou investigador chefe, mas mesmo assim é subordinado a corregedoria. Meu pai ainda seria chefe dele de qualquer jeito.

Ele parece ser daquele tipo de pessoa que trata tudo a base do gatilho. Posso estar me precipitando, mas já conheci pessoas como ele no passado e acabaram presas por matar pessoas.

— Érica o que aconteceu com você? Quem te bateu? – pergunta Greg.

— Ninguém loirinho!Eu apenas fui um pouco desastrada. – digo. Eu ainda estava muito aflita com o que aconteceu mais cedo, eu estava correndo perigo e a pessoa que eu amo também. – O que fazer o que fazer! – digo sussurrando.

— O que está se passando nessa cabecinha? – pergunta Nick.

— Nada não! – digo ao lhe mostrar um sorriso, ele chega perto do meu ouvido e sussurra.

— Te amo! – diz ele e se levanta rapidamente para pegar um café. Eu me viro e pisco para ele, quando volto virar para a mesa, acabo me assustando com o Greg quase que em cima de mim.

— Ai que susto Greg, não estou muito a fim de ir pro céu antes da hora! – digo.

— Érica, você quer sair comigo? – pergunta ele.

— Nossa! Você é bem direto, não é mesmo? – digo, ele apenas concorda com a cabeça e esboça um sorriso – Eu sei que você é uma pessoa incrível, mas eu terei que negar – ele se entristece – Eu já te falei que tenho namorado.

— Eu não tenho ciúmes! – diz ele.

— Mas o meu namorado tem! – digo.

— Se você diz que tem, porque a gente nunca o viu? – pergunta Greg. Nick começa a tossir, simulando um engasgo com o café.

— Me desculpe – tosse – Não é fácil – tosse – Estar doente e engasgar – Tosse – Ao mesmo tempo. – Diz Nick para tentar chamar a atenção.

— Acho melhor ajudarmos ele, não é mesmo? – digo.

— Não, ele é bem grandinho, sabe se cuidar. – diz Greg ao se referir a Nick – Então Érica, como é o nome dele?

— O nome dele? – digo, "fala logo que você e o Nick namoram" — O nome dele é Rick, isso, Rick Latrell, ele trabalha em um banco em Nova Iorque! – Será que caíram?

— Sorte desse cara! Quando você cansar dele, eu vou estar aqui – diz Greg. Nick tosse mais uma vez. – Vai comprar uma pastilha pra essa garganta!

— Greg para de ficar xavecando a Érica e vamos trabalhar! – Diz Grisson ao entrar na sala. Todos riem.

— Te vejo mais tarde, gatinha! – diz Greg. Nick volta a sentar ao meu lado, com uma expressão de "o que ele estava tentando fazer".

— Você sabe que sou sua! – sussurro em seu ouvido, ao fingir que estava me arrumando na cadeira. Ele sorri.

— Como vocês já sabem, o pessoal da corregedoria está vindo, mesmo com o Sargento Montez aqui. Eles vão colher nossos depoimentos e também saber o que foi perdido, então, por favor, não vamos deixar a coisa pior do que está! – alerta Grisson ao entrar na sala – Quero que escrevam tudo, provas coletadas, entrevistas, tudo o que lembrarem. Ninguém sai daqui até que eles saibam o que aconteceu! – antes que ele pudesse sair da sala, deixou uma pequena pilha de papéis para usarmos.

— Ele e suas saídas dramáticas! – diz Greg – Quantas folhas vocês vão querer?

— Só dá essas folhas logo, se quisermos mais pegamos! – diz Sara ao revirar os olhos. Todos nós estávamos tão exaustos que não víamos a hora de terminar aquela investigação. Ao todo estávamos mais de 15 horas trabalhadas, só naquele dia. Sim, teríamos problemas com o RH. Não quero nem ver.

— O que você está escrevendo? – pergunta Nick a mim.

— Ah, estou escrevendo sobre a única entrevista que fiz aquela noite. E você sabe sobre qual loira vai escrever? Digo.

— Nossa! – diz ele.

— Desculpa, saiu de impulso. – digo.

— Eu já pedi desculpa... – diz ele, e eu concordo.

— Desculpa de que? – pergunta Sara.

— A desculpa esfarrapada que as damas de honra deram a respeito de a noiva gostar da senhora que achamos. Nenhuma nora gosta da sua sogra! – diz ele ao disfarçar.

— Ah sim, a mãe do meu ex-namorado era uma senhora bem legal, pra dizer a verdade. – diz Sara – Não tenho o que reclamar!

— E a mãe do Grisson, como é? – pergunta Warrick.

— Vamos trabalhar? Eu não sei por que me intrometi nesse assunto! – diz ela. Eu olho para o Nick, ele percebe que ainda estou magoada com o que aconteceu. E realmente eu estava. Por mais besteira que aquilo poderia ser, me magoou. Mas aquilo só iria se curar com o tempo. Mas eu teria que esquecer aquilo de alguma forma ou outra, eu o amo. E aquilo não deveria ser mais um empecilho entre nós.

— E você vai escrever sobre o que? – pergunta Greg a mim.

— Não se esqueça de contar que levou uma cantada do padrinho! – diz Warrick.

— Warrick! – digo, Nick já me frita com os olhos – Mas eu o cortei na hora, falei que namoro e não estava ali pra brincadeira, diferentemente de certas pessoas! – digo olhando ao Nick.

— Mas eu não dei liberdade assim! – diz Nick.

— Não deu? Não fui eu que dei o casaco a uma das loiras gostosas! – digo.

— Só foi um casaco! Você tinha me dito que estava tudo bem entre a gente... – Diz Nick.

— Eiiii! – Warrick chama a nossa atenção, todos olham surpresos pra nossa ceninha de ciúmes, e eu segurava o riso – Dá pra vocês dois pararem com isso! Estamos em ambiente de trabalho!

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? – diz Catherine.

— Vocês querem saber? Realmente? – diz Nick, e todos concorda.

— Querido! – o alerto.

— Eu vou contar, não aguento mais isso. – ele se levanta, fecha a porta da sala em que estávamos. – Eu e ela prometemos que guardaríamos segredo e que viveríamos isso enquanto poderíamos, mas isso está sendo um inferno. Eu e a Érica estamos namorando. Foda-se a merda da corregedoria. Eu quero passar o resto dos meus dias com ela, eu a amo mais que tudo na vida. – ele me puxa – Eu não vou me calar mais! Se quiser me mandar embora Catherine, pode mandar. Mas isso não vai mudar o fato de querer me casar com ela. Sou louco por ela desde que a vi pela primeira vez no laboratório, você sabe disso. – ele se vira pra mim - Amor, eu te peço desculpas novamente, eu sei que ficaste triste comigo e eu já te disse que não me perdoaria se te perdesse. – eu lhe dei um beijo que nunca tinha dado nele antes, pude sentir lagrimas escorrendo em seu rosto.

— Não acredito que você fez isso! – digo, ele sorri.

— Eu falei pra vocês, cada um de vocês estão me devendo 100 pratas! – diz Catherine.

— Como é que é? – digo.

— Nós apostamos entre a gente quanto tempo vocês iriam aguentar sem dizer pra ninguém que estão juntos. Eu apostei que no primeiro mês de namoro de vocês, algum de vocês dois iriam acabar falando. – diz Catherine.

— E como vocês sabem? Você contou pra eles Warrick? - pergunta Nick?

— Nem precisei. Na festa do meu casamento, todos viram o jeito que vocês dançaram juntos. – diz ele.

— E você foi de vermelho, Érica! Se você não estivesse interessada nele, você teria ido com algum vestido de outra cor. E não da cor vermelha. – diz Catherine. – Vocês já perceberam o jeito que se olham? Ninguém olha assim para uma pessoa, se essa pessoa não estiver apaixonada por ela. – diz ela docemente – Olha, não vamos julgar vocês.

— Paixonites por colegas de trabalho é normal! – Diz Greg.

— Greg, o que eu sinto por ela não é uma simples paixonite. Paixonite é o que você sente pelas personagens dos jogos de computador que você joga durante o almoço. Pela Érica, eu sinto amor. Amor. Com todas as palavras e línguas. Dizem que quando o amor da sua vida aparece na sua frente, você sabe exatamente quem ele é e a importância que ele terá. Eu nunca senti nada assim por ninguém. Só com ela. Os próximos passos da minha vida são com ela. – Diz Nick. Eu não pensei que aquele momento seria daquela forma. Eu imaginava que sairia um chorando e o outro morto de tristeza. Mas não, eu me apaixonei mais ainda por ele.

— Não me importo com mais nada, eu quero você pra sempre comigo! – eu o abraço fortemente e o beijo apaixonadamente.


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