Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 14
A Surpresa da Mamãe




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Eu estava totalmente sem reação alguma, como pode eu ter esquecido que o meu pai ia chegar cedo. Nem pro Nick me acordar, agora qual vai ser a minha explicação?

— Bom dia pessoas! Oi pai, Como foi de viagem? – dou um beijo nele – Oi Susan, está bonita nesse vestido, muito quente aqui né? – eles me olham, possivelmente estranhando o meu jeito. Encosto na pia, ao lado do Nick.

— Eu não ganho nem um bom dia? – diz ele.

— Ah, oi amor, como vai? – tento esconder meu medo.

— Que bicho te mordeu? – ele estranhava.

— Nenhum ué! Nada melhor do que amanhecer com o seu pai de surpresa em casa e o seu namorado atender a porta! – meu tom desanima.

— Como assim de surpresa, filha? Eu te avisei que viria já tem uns três dias! – diz meu pai.

— Amor, melhor você tomar um café, acho que você ainda está dormindo. – ele toca as minhas pálpebras e  todos riem.

— Não precisa querido, estou ótima!- por dentro eu estava gritando socorro.

— Então tá! Então, como vocês se conheceram? Ainda não acredito que você achou um conterrâneo meu aqui na cidade do pecado! – diz ele.

— Como nos conhecemos? – começo a suar frio - Querido, porque você não explica pro meu pai como nos conhecemos, enquanto eu vou levar a mala deles pro quarto?

— Eu quero que você me fale! – diz meu pai, reviro os olhos.

— Então... – dou um sorriso forçado, olho para o Nick ele dá um gole no café – Nos conhecemos em um show, não é querido? – ele apenas concordava com a cabeça.

— Sério! Que legal, foram a qual show? – meu pai cerra os olhos.

— Bon Jovi! – Minhas pernas tremiam – Nos conhecemos durante a canção Bed Of Roses, ele estava ao meu lado o tempo todo, mas eu não tinha....

— Filha! – meu pai e interrompe.

— Pera ai pai! Eu estava usando aquele vestido vermelho que...

— Filha, você foi com aquele vestido em um show? Não tinha uma roupa mais confortável não? – eu olhava pro Nick, ele se acabava de tanto rir e tentava abafá-los com a xícara de café.

— Nicholas me ajuda ai! – bato em seu braço.

— Filha, para! Não precisa inventar uma história, eu sei que ele trabalha com você no laboratório. Ele é meu funcionário, lembra?

—Mas eu não menti exatamente, eu realmente usei o vestido e tocava a musica Bed of Roses enquanto demos nosso primeiro beijo.

— Que fofo! – Exclama Susan. Sorrimos pra ela.

— Está bravo comigo? – pergunto ao meu pai. O Nick põe seu braço em torno da minha cintura.

— Não querida, não estou! No coração não mandamos. – meu pai se levanta da cadeira e encosta no balcão em frente a pia.

— E os problemas que podemos ter com o laboratório? E a corregedoria? – digo.

— Era o que eu estava falando para ele. Vocês estão sendo muito corajosos em guardar isso. Quanto tempo vocês estão juntos?

— Umas 2/3 semanas! – diz Nick ao olhar em meus olhos. – Vou te falar uma coisa senhor Montez, é muito difícil esconder o amor que sinto por sua filha. Tudo o que eu queria era poder entrar em todos os lugares de mãos dadas com ela, poder mostrar ao mundo o quanto eu a amo. Mas nem no supermercado estamos seguros... – Nick lamenta.

— Foi o Conrad Ecklie que viu vocês, não é mesmo? – pergunta meu pai.

— Como você sabe? – pergunto.

— Ele me ligou em Nova Iorque para me pedir um "aumento" e comentou que viu vocês dois no supermercado e que o Nick estava beijando a sua mão. E que você, filha, disse que estava passando mal. – continua meu pai - Ele falou que no momento acreditou que você estivesse realmente passando mal, porque quando ele aproximou de vocês, você estava pálida.

— Claro! Você está fazendo uma coisa que pode te mandar embora e do nada aparece o seu chefe. – digo revirando os olhos.

— Mas vocês não estavam em expediente? Estavam? – Pergunta Susan.

— Não, mas o senhor sabe como é o Ecklie, ele é capaz de qualquer coisa para tirar um CSI do laboratório.– diz Nick.

— Deve ser por isso! – sussurra meu pai.

— O que disse pai? – pergunto.
— Nada. Esquece! – ele balança a cabeça.

— Melhor esquecermos essa história de trabalho e aproveitarmos o domingo. Não é mesmo? – sugere a Susan – E eu ainda quero saber quando vocês souberam que se amavam! – sorrimos a ela, mas nossos olhos ainda escondiam o desespero de esconder. 
Essa era a surpresa da minha mãe? Meu pai descobrir meu relacionamento com o Nick e não achar ruim. Meu Deus, só pode ser brincadeira, a pessoa que eu achei que ia me comer frita por burlar as regras é a pessoa que ficou, talvez, mais feliz por isso. Trocamos de roupa e o Nick me ajudou a arrumar o minha cama, porque do jeito que levantamos, eu deixei.

— Que foi amor? – pergunta ele a me ver se desmontar aos prantos. – Porque você está chorando? 

— Estou... Com... Ai que droga... Não era pra você me ver chorando! – sento na cama enquanto limpava as lágrimas.

— Estou aqui quando sempre precisar, você sabe disso linda! – ele agacha e pega em meu rosto – Agora me conta o que está passando nessa sua cabecinha?

— Estou com medo querido! – eu chegava a soluçar – Estou com medo de te perder!

— Você não vai me perder, isso eu garanto. Eu não vou deixar que nossos empregos nos separe, se for preciso ceder pra ficar ao seu lado, eu cedo. – diz ele.

— Não Nick, você não pode fazer isso, vai estragar seu futuro, como profissional, esse é o emprego dos seus sonhos. Eu que vim pra cá e fiz essa bagunça! Eu que sou a culpada... - choro.

— Érica, você é o meu sonho. Emprego é só um detalhe, posso achar outro. Agora uma mulher com você, eu não vou achar nunca mais, até porque você é única. Eu sacrifico o que for preciso pra ficarmos juntos. – ele encosta sua testa na minha.

— Eu sonhei com a minha mãe ontem... – digo de olhos fechados.

— E o que aconteceu no sonho? – pergunta ele.

— Ela dizia para contar a todos que estamos juntos, que a minha felicidade era a prioridade! E depois ela disse para acordar que ela tinha uma surpresa pra mim. E quando eu acordei, estava lá você e meu pai se dando super bem. - continuo – E não foi a primeira vez que sonho com ela e o sonho sempre tinha haver com nós dois. Eu nunca te contei isso, o primeiro sonho que tive com você era... era...

— Era? – pergunta ele.

— Nada não, bobeira minha! -digo

— Érica! – ele beija a minha mão - Conta-me! – insiste ele.

— Nosso casamento. – curvo a cabeça – Quando sonhei, não estávamos juntos ainda, mas os meus sonhos já diziam, que algum momento estaríamos juntos. No sonho que tive ontem à noite a minha mãe disse-me que estava mexendo os pauzinhos lá em cima. –digo.

— Levanta a cabeça amor! - ele coloca a sua mão no meu queixo – Eu acredito que realmente tenha alguém mexendo os pauzinhos – dou um leve sorriso – Tudo o que está acontecendo conosco não é por acaso. Deus fez com que a gente se conhecesse de alguma forma. Sua mãe deve estar deixando a orelha do Grande vermelha, de tantas ideias que ela está dando pra Ele fazer conosco. – rimos – É serio amor, você tinha que ver. Já perdi as contas de quantas mulheres eu fiquei!

— Foram tantas assim? – pergunto.

— Eu sei! O Warrick me chamava de Papai Smurf das Noitadas! – não me aguento e começo a rir – É serio! Eu já cheguei a pegar mais de cinco em uma noite! – eu gargalhava - Esse sorriso que eu estava querendo ver! – ele me beija – Se seu pai nos aceitou, nós também vamos conseguir tirar nosso amor da obscuridade. Eu prometo. – nos beijamos novamente – Então, me conta como era nosso casamento!

— Não quero contar! Eu nem gostava tanto de você ainda... – digo.

— Não interessa, não vai contar? – nego com a cabeça – Então tá! – ele me agarra feito um urso e deita sobre mim na cama – Agora também não vou te soltar mais!

— Nick! Está me deixando com falta de ar. – rimos.

— Só vou soltar quando me contar! – prosseguia ele ainda em cima de mim.

— Tá bom! – me rendo – Nosso casamento era na praia, você estava lindo de terno me esperando no altar. Todos do laboratório estavam todos sentados na frente do altar improvisado na praia. Eu estava com um vestido de noiva, modelo sereia.

— Eu aposto que você estava muito sexy naquele vestido. – sussurra ele.

— Amor! – rimos, ele me beija.

— Ué, estou mentindo? – diz ele – Brincadeira amor, eu devia estar chorando. Porque no dia que a gente nos casar, eu não vou aguentar te ver linda de branco. Vou ser pior que criança quando vai desmamar! - rimos

— Eu já disse que te amo? – pergunto.

— Me deixa ver... Hoje não! – diz ele.

— Te amo! – digo.

— Eu te amo mais! – ele me beija 
— Eles devem estar sentindo a nossa falta! –digo em meio aos beijos.

— Shhhh, não faz barulho, vai que eles vão embora! – diz ele.

— Se eles forem embora... Podemos brincar! – sugiro, ele sorri.

— Exatamente! – diz ele.

— Nada bobo você! - digo.

— Ou pode ser com eles aqui também, não tem problema nenhum! – bato nele – O que?

— Te amo! – digo a ele.

— Eu te amo mais! – diz, ele levanta – Melhor irmos mesmo, prometi mais cedo ao seu pai que ia fazer um churrasco para ele hoje.

— Ah só porque eu estava gostando da ideia de brincar um pouquinho! – faço uma cara de maliciosa.

— Você só pode estar de brincadeira Érica! – diz ele. Rimos. 

 


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